Síndromes respiratórias no frio: alta nas internações destaca importância da vacina

Estado do Rio já soma mais de nove mil hospitalizados e 676 mortes por SRAG este ano
quarta-feira, 18 de junho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

Com as baixas temperaturas registradas ultimamente na Região Serrana nesta reta final do outono e início do inverno - que chega oficialmente no final da noite desta sexta-feira, 20 - é comum o aumento dos casos de síndrome respiratória, sobrecarregando os setores de urgência dos hospitais e, principalmente, atingindo crianças e idosos. 

Nesta semana, o Governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou que o Painel de Monitoramento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), apresentou uma pequena desaceleração de internações hospitalares na maioria dos municípios fluminenses, mas os números ainda permanecem elevados, especialmente entre crianças de até 9 anos e idosos com mais de 70 anos. 

Do início deste ano até a última segunda-feira, 16, foram registradas pela Secretaria estadual de Saúde (SES-RJ), 9.140 internações e 676 mortes por SRAG no estado. Na última análise (Semana Epidemiológica 24, que compreende o período dos últimos dias 8 a 14), foram 447 internações, das quais 130 já registradas oficialmente.

A VOZ DA SERRA solicitou à Prefeitura de Nova Friburgo informações sobre a média de atendimento de pacientes com SRAG no setor de urgência do Hospital Municipal Raul Sertã e na Unidade Pronto Atendimento (UPA) do distrito de Conselheiro Paulino, mas até o fechamento desta edição no final da tarde de quarta-feira, 18, não obteve resposta. 

A importância da vacinação 

De acordo com o panorama semanal divulgado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), o cenário reforça a necessidade da vacinação contra o vírus Influenza, principal causador da gripe, e da adoção de medidas preventivas para conter a circulação dos vírus respiratórios. “A vacina da gripe protege contra os principais vírus em circulação e é fundamental para evitar formas graves da doença. Precisamos avançar na cobertura vacinal e manter os cuidados básicos, como o uso de máscaras em caso de sintomas e a higiene das mãos”, destaca a secretária estadual de Saúde, Claudia Mello.

A partir de abril, houve aumento da circulação da Influenza A (H1N1), especialmente entre idosos e gestantes. O vírus sincicial respiratório (VSR), predominante entre crianças, já apresenta sinal de queda nas últimas semanas.

Cobertura vacinal abaixo do esperado

A campanha de vacinação contra a gripe no Estado do Rio de Janeiro teve início em 2 de abril e vai até janeiro de 2026. A meta é vacinar 4,6 milhões de pessoas dos grupos prioritários, mas até o momento apenas 22,97% desse público foi imunizado. Foram aplicadas 2.146.734 doses, sendo 1.066.950 destinadas ao público prioritário. Os dados acendem alerta, uma vez que a meta do Ministério da Saúde é de ao menos 90% de cobertura.

Em Nova Friburgo, a Secretaria Municipal de Saúde não divulgou um balanço das doses aplicadas desde o início da campanha. A vacinação contra a gripe no município é oferecida para a população de todas as idades, acima de 6 meses, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, nos postos de saúde Sílvio Henrique Braune, no Suspiro; Tunney Kassuga, no bairro Olaria; Ariosto Bento de Mello, no Cordoeira; José Copertino Nogueira, em São Geraldo, e Waldir Costa, no distrito de Conselheiro Paulino.     

Leitos ampliados e ações de vigilância

Para o enfrentamento do período de maior incidência da doença, o estado mantém, por enquanto, 85 leitos pediátricos dedicados à SRAG, sendo 40 no Hospital Estadual Ricardo Cruz, na Baixada Fluminense, e 45 no Hospital Zilda Arns, no Médio Paraíba. O número de solicitações por leitos segue elevado, com média de 200 pedidos por semana, principalmente para crianças e, mais recentemente, para idosos.

 

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