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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Antes de embarcarmos, vamos festejar o décimo aniversário da nossa coluna. Era final de janeiro de 2014, quando um texto meu fez sucesso nas páginas de A VOZ DA SERRA. Virou coluna e eu só tenho a agradecer a honra de ter merecido um passaporte para as nossas viagens literárias que eu tanto amo escrever. Gratidão!

O primeiro mês do ano está por um fio. Promessas, contas, planos, tudo entra na conta da rotina do ano velho. Por enquanto, o Caderno Z nos propõe o “tempo de refletir sobre a pessoa que queremos ser e o que pretendemos alcançar”. É certo que o que mais a gente quer é alcançar metas, mas nem sempre somos donos das nossas vontades. E me lembrei de mamãe que dizia: ninguém perde por esperar.

É o que deve ter acontecido com Richard Morgan, o irlandês que começou a se exercitar aos 70 anos e se tornou campeão mundial de remo. Ele treina cerca de 40 minutos por dia, começando com uma remada de 30 quilômetros, faz musculação com pesos e outros treinos. Agora, aos 93, ele está sendo estudado pela ciência por tamanho desempenho. Seu neto, doutor Lorcan Daly, ressalta: “Isso nos revela que o condicionamento físico é muito responsivo. Você pode começar a qualquer momento. Nunca é tarde demais”. Mamãe que dizia: ninguém perde por esperar.

A sorte é que se o tempo passa e a idade chega para todos, o “mercado de produtos e serviços deve atentar para a terceira idade no Brasil”. Fala-se agora da “economia prateada” que alerta empresas e indústrias para atender as demandas da grande parcela idosa, cada vez mais atualizada e participativa. E ninguém deixe de lado o bem-estar promovido pelas receitas de florais e suas ondas energéticas.

Nosso conselheiro “Z”, realça: “Saia da zona de conforto, pois não é fazendo sempre as mesmas coisas que conseguirá as mudanças que busca”. Minha neta, Júlia, 8 anos de esperteza, me aconselhou: “Vovó, você trabalha muito, precisa fazer coisas diferentes!” Perguntei: o que você poderia me sugerir? – E ela: “Ah, vovó, você pode lavar telhas!”. (Não deixa de ser uma coisa diferente e até topei o desafio. Risos)

O mundo físico também está sujeito às mudanças. Wanderson Nogueira fez uma análise interessante: “O que era arranha-céu ontem não é mais e amanhã... O conceito de arranha-céu muda de acordo com a evolução da engenharia. Já foi considerado arranha-céu edifícios de dez andares. Atualmente, é preciso ter mais de 40 andares e ser mais alto que 150 metros para ser um arranha-céu. Amanhã… Quem sabe?  O que nunca muda, no entanto, é que a altura de tudo pouco importa, quando se pode ser humanamente gigante em si mesmo. Somos e sempre seremos, afinal, arranha-céus.”              Com o Caderno Z nos sentimos aptos às mudanças. Entretanto, tudo flui para as boas mudanças? Por mais que tenhamos esse desejo, ainda é preciso que o Cão Sentado, na charge de Silvério, uive aos quatro cantos, em defesa das mulheres. Ainda é preciso que se criem leis e projetos que possam garantir a segurança feminina. Há um alerta, criado pela Secretaria estadual da Mulher, visando o período carnavalesco: “Ouviu um não? Respeite a decisão”. Outro assunto que requer atenção é a intolerância religiosa. Se não for por amor e respeito ao semelhante e às suas escolhas, que seja pela Constituição Federal que assegura o livre exercício de todos os cultos religiosos.

Enquanto no anonimato, as mulheres travam suas lutas para vencer os desafios da menopausa e manter a saúde óssea por meio de exercícios físicos, há meninas, na internet, cultuando a beleza, exageradamente. Por incrível que pareça, há crianças, em plataformas digitais, ensinando como cuidar da pele. Uma “jovem”, de apenas seis anos, com incentivo da mãe, mostra a seus quatro milhões e meio de seguidores, “como uma criança pode dominar a maquiagem melhor do que a maioria das mulheres adultas”. A internet deu vez e voz a quem levaria vidas e mais vidas para se promover. E me pergunto: o que será da infância se, no futuro, a criança nascer adulta?

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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