A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou por unanimidade nesta quinta-feira, 11, o recebimento da denúncia contra Wilson Witzel (PSC). O governador afastado do Rio agora é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os ministros também votaram pelo afastamento de Witzel do cargo por mais um ano. Uma decisão do próprio STJ afastou Witzel, no fim de agosto, por 180 dias, prazo que acabaria no fim deste mês.
A Corte Especial é formada por 15 desembargadores, mas dois deles se declararam impedidos. Os outros 13 ministros votaram pelo recebimento da denúncia.
A prorrogação por mais um ano vale também para outras medidas cautelares. Pela decisão, Witzel está proibido de:
- frequentar a sede do Poder Executivo
- manter contato com servidores
- morar no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo.
O governador afastado foi denunciado pelo Ministério Público Federal na Operação Tris in Idem, um desdobramento da Lava-Jato no Rio que apontou corrupção na Saúde do estado.
A suspeita é de que o governador tenha recebido, por intermédio do escritório de advocacia de sua mulher, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propinas.
A descoberta do esquema criminoso teve início com a apuração de irregularidades na contratação dos hospitais de campanha, respiradores e medicamentos para o enfrentamento da pandemia do coronavírus.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o governo do Rio na gestão de Witzel estabeleceu um esquema de propina para a contratação emergencial e para liberação de pagamentos a organizações sociais (OSs) que prestam serviços ao governo, especialmente nas áreas de Saúde e Educação. As informações são do portal de notícias G1.
Deixe o seu comentário