O que sobra no final de sua vida?

César Vasconcelos de Souza

Cesar Vasconcellos de Souza

Saúde Mental e Você

O psiquiatra César Vasconcellos assina a coluna Saúde Mental e Você, publicada às quintas, dedicada a apresentar esclarecimentos sobre determinadas questões da saúde psíquica e sua relação no convívio entre outro indivíduos.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

A história relata que Jesus Cristo viveu na Palestina cerca de dois mil anos atrás. Em vestes humanas ele veio à Terra no nível daqueles que desejava salvar. Que humildade! Totalmente oposto aos arrogantes e aos abusadores do poder que dizem coisas como “Sabe com que está falando?”. Que pessoas fracas são estas, não é?

No caráter de Jesus não havia nenhuma malícia, nem impureza, nem mácula, nenhuma arrogância. E em relação a nós, como está o nosso caráter? Tem brotado dele malícias, corrupção, mentiras, vaidade, que se transformam em comportamentos egocêntricos, pedantes, arrogantes? Ou temos aceitado ajuda divina passando gradativamente a ter atitudes éticas, bondosas, benignas que auxiliam o próximo? Já descobriu a necessidade de acabar com suas mentiras e outros problemas de caráter para crescer e realmente se tornar feliz? Somos ajudados a querer o bem se pelo menos queremos ser ajudados. Você quer? Saúde depende de admitirmos ter a doença e decidir praticar o que promove recuperação.

Contudo Jesus sendo Deus assumiu um corpo humano já debilitado em comparação com o corpo, por exemplo dos primeiros seres humanos, como Adão que tinha quase quatro metros de altura e viveu quase mil anos. Uma amiga comentou no contexto de Jesus ter assumido um corpo como o nosso assim: “Como a divindade coube num corpo humano!” trajando sua divindade com a humanidade, para se associar com a humanidade imperfeita, ele procurou ajudar-nos a redimir o que, pela desobediência, Adão perdera.

Em seu próprio caráter Jesus manifestou para o mundo o caráter de Deus. Ele não viveu procurando agradar a si mesmo, mas fazendo o bem. Você faz o bem? A história dele por mais de 30 anos de vida aqui na Terra foi de benevolência desinteressada. Duas das revistas médicas mundialmente famosas no meio científico a “The Lancet” e a “NEJM-New England Journal of Medicine,” admitiram este mês que elas se deixam influenciar pela indústria farmacêutica que faz muita pressão para publicar artigos com conflitos de interesses nestes periódicos.

Alguns cientistas ganham muito dinheiro das indústrias de medicamentos ao produzirem pesquisas sobre determinado remédio. A “The Lancet” publicou um trabalho poucas semanas atrás sobre medicamentos para a Covid-19 que verificou-se depois que no estudo haviam erros e falhas de metodologia de pesquisa científica. Um dos autores tinha conflito de interesse com uma indústria de medicamentos. Que vergonha! Veja isto em: https://quinina.com.br/editores-do-the-lancet-e-do-nejm-as-empresas-farmaceuticas-nos-pressionam-a-aceitar-artigos/

Você faz o mesmo? Defende ideias e comportamentos não saudáveis por interesse seja econômico ou ideológico sem uma apropriada verdade por detrás? Ganhar dinheiro, fama, discussões filosóficas tem realmente produzido paz em sua mente? Jesus não tinha nenhum conflito de interesse em sua pregação, em sua conduta e vida terrestre. Não é sem razão que as pessoas ficavam maravilhadas com seus ensinamentos. Ele ensinava como tendo autoridade e não preso às tradições religiosas que colocavam a opinião humana acima da revelação divina, como muitas filosofias, ideologias e religiões fazem hoje. Cristo não ficou preso às fracas e insípidas fábulas e tradições dos escribas e fariseus. Alguns admirados de sua doutrina, chegaram a expressar: “Nunca homem algum falou como este homem.” João capítulo 7, versículo 46.

Examine por você mesmo com humildade e motivação de desejar a verdade o que consta nas escrituras sagradas, a Bíblia. Ali tem saúde mental, saúde física, saúde espiritual e social. A postura de reverência diante da luz da verdade nos conduz à saúde, força para viver e entendimento do sentido da vida, que não é “retomada do crescimento econômico após a pandemia. Só a mente contrita e humilde pode ver a luz. Temos que deixar a arrogância, a autoconfiança doentia, a fissura materialista, a obsessão pela fama, pelo prazer sexual, pelo romance, pelo acúmulo de bens, para realmente ser possível amadurecer como pessoa. Não tem remédio de farmácia que faça isso.

Você pode escolher um caminho bom. Pode escolher. Você pode decidir querer a verdade, saindo da corrupção, do nariz empinado que defende ideologias no mínimo duvidosas. Deixe a mente aberta para que o que é realmente verdadeiro possa entrar. Não é abandonar o que você sinceramente crê hoje como verdade e realidade. Mas é se perguntar: “O que creio é realmente verdadeiro?”. E pesquisar. Este é o caminho do crescimento de nosso caráter. É o que pode ajudar a humanidade. Afinal, no final de nossa vida nessa existência curta, o que sobra é o caráter, é o que você fez de bom para as pessoas, sem interesses egoístas. O resto se perde, ou fica por aí nas contas bancárias ou listadas no seu inventário para outros desfrutarem. Você pode escolher agora o que quer deixar ao morrer. Luz ou escuridão, bem ou mal, só dinheiro ou exemplo de bom caráter que influencia vidas para a virtude.

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