A história relata que Jesus Cristo viveu na Palestina cerca de dois mil anos atrás. Em vestes humanas ele veio à Terra no nível daqueles que desejava salvar. Que humildade! Totalmente oposto aos arrogantes e aos abusadores do poder que dizem coisas como “Sabe com que está falando?”. Que pessoas fracas são estas, não é?
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana

Cesar Vasconcellos de Souza
Saúde Mental e Você
O psiquiatra César Vasconcellos assina a coluna Saúde Mental e Você, publicada às quintas, dedicada a apresentar esclarecimentos sobre determinadas questões da saúde psíquica e sua relação no convívio entre outro indivíduos.
Susan Cain, autora do livro “O Poder dos Quietos”, conta que o dr. Jerry Miller, psicólogo infantil, diretor do Centro para a Criança e a Família da Universidade de Michigan nos Estados Unidos, atendeu os pais de um garoto de 7 anos levado à ele pelo medo do filho ter “problemas” psicológicos. O menino era introvertido mas não apresentava nenhuma doença mental que necessitasse tratamento psicológico ou psiquiátrico.
A insônia é a alteração do sono normal. Pode ser temporária ou crônica, e também inicial, intermitente e terminal. Inicial é quando a pessoa tem dificuldade para induzir o sono, ela deita e custa muito a dormir. A intermitente é quando ela tem interrupções freqüentes e variadas no período em que vai dormir. E a terminal é quando ela deita, dorme logo, mas acorda muito cedo, tendo dormido poucas horas e não consegue voltar a dormir.
A ciência está ampliando o conhecimento sobre biorritmos. Sabe-se que para várias funções orgânicas existe o que cientistas chamam de “Ritmo do Sétimo-Dia”. Algo ocorre em nosso corpo em certas circunstâncias no sétimo dia do evento, seja uma cirurgia, transplante ou liberação de hormônios. Precisamos deste tipo de biorritmo.
Nosso corpo tem vários sistemas, respiratório, imunológico, circulatório ou cardiovascular, digestório, nervoso, e outros. O sistema nervoso se divide em central e periférico. O sistema nervoso central é composto de encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e medula. Já o sistema nervoso periférico é composto dos nervos, dos gânglios e das terminações nervosas.
Queixa principal (QP) é o que o paciente comenta como motivo da consulta. Em psiquiatria/psicologia ela pode ser “depressão”, “pânico”, “medo excessivo (fobia)”, “pensamentos obsessivos”, “insônia”, “problemas conjugais”, “problemas com filho”, “abuso de drogas”, “delírios, alucinações, ideias de perseguição” etc.
Como lidar com isto na pandemia?
Na primeira parte deste tema publicada na última quinta-feira, 23, expliquei que quando uma pessoa sofre uma perda, ela entra no que chamamos de “luto psicológico”, que envolve normalmente tristeza, dúvidas, angústia, raiva, e que isto geralmente passa após algum período. Comentei que, conforme estudos da psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, as pessoas ao viverem o luto passam por cinco estágios, que são a negação, a raiva, a barganha, a depressão e a aceitação. E dei algumas características de cada uma destas fases.
O isolamento social produzido pela pandemia causa uma reação emocional em todos nós. Estamos numa perda. Vivemos temporariamente num luto pela perda do contato com pessoas queridas, pelo medo de contaminação e complicações que a doença Covid-19 pode produzir.
Luto psicológico é o estado emocional que vivemos diante de alguma perda. É normal. Seria anormal sentir alegria, bem estar, ausência de tristeza e de ansiedade vivendo em isolamento social e com dúvidas sobre ser infectado e poder morrer.
Na Bíblia existe o livro de Isaías que no capítulo 26 e versículo 3 diz: “Tu Deus conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.” Que é mente firme? É a que se mantém centrada num objetivo. Segundo este texto a concentração da mente em Deus, produz paz. Paz não necessariamente com ausência de momentos de angústia ou tristeza, inevitáveis nessa existência. Quando você desenvolve, com a ajuda de Deus, uma mente firme em Deus, você aprende a não ter medo do medo, nem medo da angústia, nem da tristeza que, vez ou outra, nos perturbam.