Quem fica

Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

sexta-feira, 07 de março de 2025

A vida tem um jeito peculiar de nos surpreender. Às vezes, parece que estamos seguindo um roteiro seguro, com tudo sob controle, até que, de repente, o imprevisível nos sacode. Como um vento forte que muda a direção da vela, somos lançados em novas rotas, algumas desejadas, outras inevitáveis. É nesses momentos que descobrimos o que realmente importa: quem está ao nosso lado na hora H.

O tempo ensina que, apesar das incertezas, nunca estamos totalmente sozinhos. Há aqueles que chegam sem precisar ser chamados, que seguram nossas mãos sem hesitação, que nos oferecem abrigo mesmo quando não temos nada a oferecer em troca. São esses laços invisíveis que fazem toda a diferença. A força do coletivo, do afeto compartilhado, do amor traduzido em presença.

Nos dias difíceis, vibrar na frequência do bem é uma escolha poderosa. O desconhecido pode assustar, as quedas podem doer, mas há sempre um abraço que acalma, uma palavra que orienta, um gesto que fortalece. O presente é nosso único domínio, e nele devemos construir as pontes que nos sustentam. O futuro, sempre incerto, se molda conforme as sementes que plantamos.

A riqueza da vida não está nos bens acumulados, mas nos afetos que cultivamos. No olhar que acolhe, na mão que apoia, na simplicidade de um “estou aqui”. A verdadeira segurança está na rede de amor que nos cerca, nas conexões sinceras que nos lembram que, mesmo nos dias mais turbulentos, há corações dispostos a nos guiar de volta ao equilíbrio.

Na vulnerabilidade, aprendemos sobre generosidade. Sobre como, nos momentos em que temos pouco a oferecer, recebemos o que há de mais valioso: a presença. E talvez essa seja a mensagem maior da vida, o recado silencioso do universo. O amor que semeamos retorna. O cuidado que ofertamos ecoa. As mãos que estendemos um dia nos alcançarão.

Na hora H, o que faz diferença não é o acaso, mas os laços. Porque, no fim das contas, é isso que nos mantém de pé. O resto é apenas cenário, pano de fundo para a peça da existência, onde os verdadeiros protagonistas são aqueles que escolhem ficar e amar, apesar de tudo.

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Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

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