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Nova Friburgo, um suspiro na realidade

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Seria um final de semana diferente. Dois dias para rever a cidade onde nascera, comemorar o aniversário de setenta anos do amigo de infância e recordar os tempos de juventude quando se perdia pelas ruas de Nova Friburgo. 

Seria um final de semana diferente. Dois dias para rever a cidade onde nascera, comemorar o aniversário de setenta anos do amigo de infância e recordar os tempos de juventude quando se perdia pelas ruas de Nova Friburgo. 

O sábado amanheceu querendo chover. Ele saiu com o guarda-chuva nas mãos e chegou na rodoviária Novo Rio com um vento fino, soprando pingos de chuva. Foi o primeiro a entrar no ônibus e sentou-se na janela numa das últimas fileiras. Em pouco tempo, os lugares já estavam ocupados, menos o do lado dele. Foi um alívio pensar que poderia esticar as pernas para o lado e dormir um pouco. Entretanto, uma moça alta entrou no corredor e foi direto para aquele lugar vago. Pelo menos uma passageira assim. Ela, com displicência, ajeitou os cabelos morenos que desciam pelos ombros e um leve perfume de alfazema tomou conta do ambiente que o fez respirar fundo, principalmente quando viu as pernas de pele lisa serem cruzadas. Fechou os olhos para não deixar que se pronunciassem. Assim que o ônibus pegou a estrada, ela colocou o fone de ouvido e mergulhou num desligamento infinito. Para não invadir a privacidade da jovem, deixou seu olhar se perder na paisagem, levando seu pensamento para as festas do Clube Xadrez, os bailes de carnaval do Country Club e desfiles das escolas de samba na Alberto Braune quando, na mesma idade que daquela jovem, experimentava a liberdade de ser homem e se movimentar pela vida. Foi o tempo das surpresas e descobertas. Entre a passageira e ele havia cinquenta anos de distância e uma vida enfrentada. Realizada. Suas palavras emotivas transbordavam o dicionário. Amar sempre lhe fora uma palavra atraente, mesmo quando ganhava sonoridade irônica. A solidariedade delineara seu pensamento durante anos, mesmo quando ele não passava de um coringa que preenchia lacunas dos amigos que precisavam cobrir os vazios da solidão. Ele, amante da vida, tendo vivido com intensidade do amanhecer ao entardecer, renovando as células ao longo dos anos e resgatando a juventude, suspirava com o olhar perdido nas matas verdes da Serra da Boa Vista, que lhe sorriam.  Estar ali era um suspiro na realidade. Enquanto o ônibus balançava nas curvas ia revendo suas amigas, companheiras de segredos e solidárias nas suas dores. Como amante, ele as acolhia com rosas vermelhas sob lençóis de linho branco. Ele as ouvia sorrindo, acalmando e amparando com esperança as lágrimas que lhes molhavam os dedos dos pés. Enquanto o ônibus subia a serra, percorria o passado numa boa viagem, que umedeceu seus olhos e fez com que os sabores das frutas cítricas tomassem conta do seu paladar que ameaçava enjoar. Durante a maturidade, fora um louva-deus que pousou sobre a vida e perdera-se nas cores das florestas que adentrara. Passou seus dias se sustentando em cordas bambas, sem ter camas elásticas para sustentar-se a cada voo que dava no ar.

Quando o ônibus estacionou na Rodoviária Sul, em Nova Friburgo, seus olhos estavam fechados e molhados. Entre pestanas, ele ainda viu a moça, apressada, saltar e desaparecer no meio de tantos outros passageiros.

***

O relógio teve que despertar três vezes para que ela não perdesse a hora. Precisava dormir! Descansar dos livros, do trabalho e das relações mal resolvidas. Acordava para um final de semana chuvoso e que definitivamente gostaria de ter junto ao avô.

Chegou com a porta do ônibus fechando e sentou-se ao lado de um senhor que se ajeitou com sorriso nos olhos. Colocou o fone de ouvido. De olhos fechados, poderia pensar melhor na vida e compreender as contradições do dia a dia. Será que consigo ter paz na cidade do Rio de Janeiro? Aqui parece que o mundo tem a bunda virada ao avesso! Cercada de embates acirrados, estava aprendendo a viver. Meus avós e eu... tínhamos uma vida tão legal em Nova Friburgo... recordava dos passeios nas montanhas, piqueniques em cachoeiras e viagens da região serrana às praias. Vovó se foi. Cresci e tive que vir para o Rio de Janeiro. Ainda não me situei. Escutando música e sentindo o balanço do ônibus, lembrou-se da voz aveludada dos avós, das tantas vezes que eles a deixavam na rodoviária e acenavam para se despedir. Daquelas mãos envelhecidas que a acolhiam por inteiro e daqueles ombros nos quais encostava a cabeça. O cheiro da mata da Serra da Boa Vista lhe deu um nó apertado na garganta. Estava cansada dos silêncios da cidade grande e da correria das ruas. Sentia vontade de voltar para casa e deitar a cabeça no travesseiro de menina. Sentiu-se suspirosa. Ainda não conseguia usar a liberdade de ser mulher e movimentar-se vida afora; estava confusa com as descobertas. Entre um lamento e outro, num rápido olhar, viu que o passageiro ao lado era um homem muito mais velho. Ah, se tivesse minha idade, seria um cara interessante... Deveria ter sido bonito... Quem sabe? Quem sabe... Estava sem palavras e tinha uma vida de baixa sonoridade. Viu-se diante de incógnitas.  A figura masculina do avô delineou seu pensamento, chegando a concluir que ela ainda não conseguia preencher seus vazios. Observou as mãos enrugadas, finas e elegantes do passageiro. Fechou os olhos e lembrou-se das mãos masculinas que conheceu. Gostava de mãos. As mãos acolhiam e impulsionavam. Fez, então, do velho passageiro alguém que a impulsionasse à vida. As cores explodiram em seu pensamento, suscitando novos sonhos. Adormecida, sentiu-se bela e com alma quieta, tinha que aprender a fazer a vida explodir em cada entardecer, para, no dia seguinte, amanhecer renovada. Suas jovens células precisavam ser reavivadas para que pudesse resgatar a juventude que se perdia a cada momento. Sou mais velha do que ele!? Suspirou fundo com o olhar perdido nas matas verdes da Serra da Boa Vista. Aquele velho homem desconhecido tinha algo que transmitia entusiasmo pela vida. Emanava calor. Juventude. O balanço do ônibus nas curvas a fez rever seus poucos sonhos de travesseiro. Sentia falta dos amigos que deixara em Friburgo. Queria alguém que escutasse suas dores urbanas, que pudesse ouvi-la sorrindo e amparasse com esperança suas lágrimas que molhavam os dedos dos pés. Ainda precisava viver anos para ser desprendida e audaciosa a fim de despertar vontades diferentes. Sua vida era uma realidade cheia de suspiros. Durante o tempo em que o ônibus subia a serra, ela tentava percorrer o futuro numa agitada viagem. Aquele estado de espírito umedeceu suas mãos e fez com que o sabor amargo tomasse conta do seu paladar, já bem enjoado. Adentrava a maturidade como um touro que se esbarrava na vida e sem coragem para atravessar florestas. Não queria passar a vida se sustentando em cordas bambas e sem ter camas elásticas para sustentá-la a cada voo que desse no ar.

Quando o ônibus estacionou na Rodoviária Sul, seus olhos estavam zonzos. Levantou-se e adentrou Nova Friburgo.

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Walter Araújo - Um secretário ativo

sábado, 20 de maio de 2023

Edição de 19 e 20 de maio de 1973

 Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

Edição de 19 e 20 de maio de 1973

 Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

Walter Araújo - Um secretário ativo - Com a extinção do Samdu, um grave problema foi criado para o povo friburguense: o atendimento domiciliar de urgência. Sem exageros, pode-se afirmar que nos últimos tempos algumas mortes ocorreram, por falta de um imediato socorro domiciliar, desde que, apresentando-se o mal súbito ou ocorrendo o acidente. Saudamos o convênio assinado pela prefeitura e o hospital regional, uma vitória pessoal do dr. Walter Araújo, secretário de Saúde, que em boa hora foi chamado a ocupar aquela importante secretaria.  

Arena lança federal - Após examinar os aspectos partidários e políticos relativos à próxima eleição, a Arena está propensa a lançar um candidato a deputado federal, que será um nome de grande expressão político-eleitoral, tanto em Nova Friburgo, quanto no Centro-Norte. Visa a Arena ter um legítimo representante que terá e irá trabalhar em função dos interesses dos prefeitos e vereadores arenistas de Friburgo, Bom Jardim, Cantagalo, Cordeiro, Duas Barras, Sumidouro, Cachoeiras de Macacu, São Sebastião do Alto, Carmo e Itaocara, onde a Arena é maioria e partido absoluto. O nome terá que ter gabarito de político experimentado, com larga folha e serviços prestados ao povo fluminense.

Água: um ano - Há exatamente um ano, o então prefeito Feliciano Costa, nomeou o dr. Raphael Jaccoud para o cargo de diretor do Serviço Autônomo de Água, dando consequência ao corajoso ato de denúncia do convênio que a prefeitura mantém com a Fundação Sespe, de Minas Gerais, que tanto vinha prejudicando a população friburguense. Foi o fim da Amae, de tão triste memória para todos nós. Mas, justiça seja feita, aquela “briga” foi comprada única e exclusivamente por A VOZ DA SERRA, que através do nosso saudoso patrono Américo Ventura Filho, manteve, durante longo tempo, sozinho, uma campanha de esclarecimento e denúncia contra os demandados dos que ele chamava de “estrangeiros da água”. Friburgo deve também ao "velho" Ventura, essa vitória. E para confirmar a razão sustentada pelo nosso patrono, temos hoje, o Serviço de Água, funcionando esplendidamente, tendo à sua frente o dr. Dante Magliano, um friburguense que, conhecedor profundo dos problemas e das dificuldades do município. 

  Pílulas

●     O MDB, no que se relaciona com a unidade de quadros, não se encontra em melhor situação que a Arena. Tem alas também (pelo menos três) e sub-abas e sub-sub-alas. A diferença entre o MDB e a Arena é que o partido governista municipal está de posse do poder. E o poder - como afirmou o pacificador Henry Kissinger - “chega a ser afrodisíaco"

●    Sustentadas precariamente pelo poder, três alas são perfeitamente reconhecíveis hoje e convivem reconhecíveis hoje e convém numa espécie de "acordo" ou melhor dizendo, numa espécie de “paz armada”, “paz” que certamente vai deteriorando-se à medida em que se aproxima as eleições de 1974.

●     Porque os interesses são muito variados e diversos. Por exemplo, existe a ala que poderia ser chamada de ala dos “jovens turcos” que segue a liderança e visa com determinação a eleição do secretário geral, Paulo Azevedo. Como o nome diz é ala de gente jovem - conhecidos como “os oitentinhas” - e que hoje detém a maior parcela do poder municipal. É ala de renovação do MDB.

●     E a terceira ala, que poderia ser chamada de “ala do eu sozinho” é a liderada pelo deputado estadual dr. Waldyr Costa. É ala de grande penetração popular que, entretanto, não tem esquemas, não tem determinação e está - cientificamente - sendo desgastada pela ala dos “jovens turcos”, comandada por Paulo Azevedo.

●     Mas, existe uma ala - ainda indefinível mas em processo de crescimento: é a ala da professora Dilva Maria de Morais que, dia a dia, cresce, ganha importância, revela expressão, vai somando e acaba por atrair tanto a elementos pertencentes aos “jovens turcos” quanto os elementos pertencentes a “velha guarda” de Amâncio Azevedo. Sua líder, Dilva Morais, é mulher inteligente, envolvente, culta, e desenvolve atualmente grande atuação à frente da direção executiva da FEC. Ninguém se admire se a professora Dilva viver como candidata a deputada estadual, enfrentando tanto o secretário geral, quanto o dr. Waldir Costa.

E mais…

 Domésticas: têm cartilha publicada

Baile da Musa é hoje na SEF

Impacto de papel

Sociais

 A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Lucíola Pereira Costa, Francisco Alves da Rocha e Dr. Walter Araújo (22); Laura Cordoeira Rotary e Helena Salomão (24); Sofia Lucas Bravo e Moacyr do Lago Zamith (25); Alfredo Motta (26); Laiz Aor dos Santos e Marcelo Braune (27). 

 

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É o que é o amor

sábado, 20 de maio de 2023

Repetidas vezes, tenho dito para mim mesmo, não por sabedoria sobrenatural ou fé, mas por vivência: o amor é composto por muitos ingredientes, alguns até exclusivos de cada relacionamento, mas todos os amores são sustentados por companheirismo, intimidade e admiração. 

Repetidas vezes, tenho dito para mim mesmo, não por sabedoria sobrenatural ou fé, mas por vivência: o amor é composto por muitos ingredientes, alguns até exclusivos de cada relacionamento, mas todos os amores são sustentados por companheirismo, intimidade e admiração. 

Você já se foi há algum tempo, seguiu seu percurso, ainda que eu estivesse no seu caminho ou o seu caminho em mim. Depois de muitas curvas, derrapadas, cartas não entregues, mensagens elaboradas não enviadas, confissões embriagadas, percebo que eu consegui. Consegui me desligar de você. Penso sempre em você, mas por agora os pensamentos moram em outra esfera. 

Só depois de você, ainda que só quando você foi embora, ainda que só quando consegui te deixar ir de mim, que me escuto: amor é companheirismo, intimidade, admiração.

Companheirismo, intimidade, admiração, talvez somados, não sejam tão românticos como comédia hollywoodiana. Mas é o que é o amor. Fantasias e alegorias perdem o brilho com o tempo ou a falta de ineditismo. Declarações rasgadas viram peça de livro ou boas memórias. 

Ainda que o passado dê fôlego ao futuro, o amor só sobrevive ao cotidiano com o companheirismo que estende a mão, com a intimidade de quem se entende pelo olhar até nas discussões, com a admiração de quem sorri e basta o sorriso para que o outro saiba que é uma chuva de palmas.

Eu te amei. Sei que me amou. Errei, tanto quanto você errou. E, tudo bem. Não quero saber de erros que não soube ou que não admito para você. Se amor é deixar ir... 

Eu de ontem não deixaria. Eu sei. Peço desculpas pelo meu egoísmo. Te deixo, hoje. Para voltar depois? Não sei e não carrego mais essa esperança. O destino? Ele até pode, mas peço que não sussurre nos meus ouvidos, e, se seus ventos uivarem, estarei surdo para o aviso de tempestades. 

O quê? Não sei. E adoro não saber se está feliz com outro. Se está, fico contente por estar e por eu não saber. 

A saudade é boa quando se amou. Toda admiração, todo companheirismo, toda intimidade foram tão verdadeiros e únicos. Tão singulares. Nossos céus de estrelas foram singulares. Nossos voos matutinos foram singulares. Nossa viagem à São Tomé foi singular. Até nossa preguiça de ficar o domingo inteiro debaixo dos lençóis foi singular.   

Não! Não me venha falar que sou ótimo com poesias, mas péssimo na vida real. Fui surreal na vida cotidiana. Para fora ou além dela — um poema. Muitas crônicas, sobre exoplanetas, escovas de dente, coração amadeirado e outras coisas entre as camas, as horas, na cantoria de quem é melodia com os olhos e sintonia com as línguas. Amor certeza e esteja certo disso.   

Para sempre te amarei. E esse eu que para sempre admite que te amará é o que deixa você ir. Porque amar é também saber deixar ir e isso advém de amor maduro, mais do que inconsequente. 

Mesmo com todo nosso companheirismo. Mesmo com a intimidade que construímos. Mesmo com a admiração que mantemos um pelo outro, mesmo quando não nos admiramos a nós mesmos, mas estávamos ali para admirar o outro e nesse espelho ver no reflexo de si mesmo o quanto de beleza temos.    

Não sei se o amor tropeça, mas acredito que o amor não necessite de bengalas. Pois, o amor é asa. Enquanto juntos, fomos o par de asa do outro. Com tudo que nos ensinamos, espero, ainda que capenga, possa encontrar o par de asa que me fará voar pleno de novo.

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Cartão de crédito: vilão ou aliado?

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Verdade seja dita, temos aqui uma excelente ferramenta de troca. O cartão de crédito é a evolução do dinheiro físico para o dinheiro eletrônico – e você pode até pensar o contrário, mas o cartão passa por muito mais protocolos de segurança em sua usabilidade do que o papel-moeda.

Verdade seja dita, temos aqui uma excelente ferramenta de troca. O cartão de crédito é a evolução do dinheiro físico para o dinheiro eletrônico – e você pode até pensar o contrário, mas o cartão passa por muito mais protocolos de segurança em sua usabilidade do que o papel-moeda.

Contudo, é claro, temos em um único objeto, potencial vilão ou aliado. Tudo depende de como você vai se posicionar diante disso. Afinal, estamos falando de crédito! Voltando ao questionamento do título, o cartão de crédito não é necessariamente o vilão das suas finanças pessoais, mas o uso inadequado pode, sim, desencadear sérios problemas financeiros e gastar além das suas possibilidades financeiras é o pior dos problemas. Você já se deu conta das taxas de juros cobradas por essa operação? De acordo com o Sistema Gerenciador de Séries do Banco Central do Brasil, a “Taxa média mensal de juros das operações de crédito com recursos livres – Pessoas físicas – Cartão de crédito rotativo” chegou a 14,92% ao mês em março de 2023. É a maior taxa desde março de 2017 e, nestes níveis, uma dívida de R$ 1 mil pode passar dos R$ 5 mil após 12 meses.

Então que tal parcelar a fatura do seu cartão? Nesse caso, aqui a escolha também sai cara: média de 9,34% ao mês em março de 2023. E já que o intuito é provocar um choque de realidade, por que não mostrar os valores anuais? Para o mesmo mês em questão, as taxas médias anuais são de 430% para o rotativo e 192% para o parcelamento do cartão de crédito.

Boas ferramentas, assim como as facas da melhor cutelaria do mundo, também podem ser perigosas. O seu cartão de crédito não foge disso, então se fique com algumas dicas de bom uso.

  • Crie um orçamento: Antes de utilizar o cartão de crédito, tenha um plano financeiro claro para acompanhar seus gastos e garantir que você possa pagar a fatura do cartão integralmente.
  • Reconheça a sua realidade: Evite a tentação de gastar além do que pode pagar.
  • Pague o valor total da fatura: Já falamos sobre as taxas cobradas…
  • Acompanhe seus gastos: Verifique sua fatura mensal para identificar possíveis erros ou transações não autorizadas.
  • Conheça as taxas e os termos: Compreenda os prazos de pagamento, a taxa de juros aplicada em caso de parcelamento e eventuais taxas adicionais. Existem bancos com melhores condições que outros.
  • Evite saques em dinheiro: Evite retirar dinheiro em caixas eletrônicos com o cartão de crédito, pois normalmente são cobradas taxas por esta operação.
  • Utilize os benefícios: Certifique-se de entender e aproveitar benefícios como programas de recompensas de forma inteligente, considerando seu estilo de vida e necessidades.

Para evitar problemas financeiros, é importante estabelecer um orçamento, gastar dentro de suas possibilidades, pagar o valor total da fatura mensalmente para evitar juros e encargos, e usar o cartão de crédito de forma consciente, considerando sua situação financeira atual. Utilizando com responsabilidade, o cartão de crédito pode se tornar ferramenta útil para gerenciar as finanças pessoais, construir histórico de crédito e aproveitar benefícios.

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Vida como ela é

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Muitos de nós têm dificuldades em assimilar a efemeridade da vida, a velocidade com que o tempo passa. Quando muito jovens, achávamos que seríamos, inclusive, eternos. A juventude tem esse frescor, nos ilude ao imaginarmos uma vida muito longa pela frente e sequer vislumbramos que o fim pode chegar. Vai chegar, aliás, um dia. Parece coisa que acontece com os outros, tão distante que não pode nos alcançar.

Muitos de nós têm dificuldades em assimilar a efemeridade da vida, a velocidade com que o tempo passa. Quando muito jovens, achávamos que seríamos, inclusive, eternos. A juventude tem esse frescor, nos ilude ao imaginarmos uma vida muito longa pela frente e sequer vislumbramos que o fim pode chegar. Vai chegar, aliás, um dia. Parece coisa que acontece com os outros, tão distante que não pode nos alcançar.

Mas a vida é isso aí, Vida. Ela sendo ela. Cheia de riscos. Poderosa, intensa, surpreendente. E ela tem essa força para mudar tudo da noite para o dia, relativizar convicções, romper com devaneios, desnudar a realidade, impor desafios, apresentar obstáculos algumas vezes intransponíveis. E aí é que começa a complicar. Há surpresas na vida que são implacáveis, arrebatadoras, nos tira o chão, nos coloca no cantinho do castigo olhando para as paredes de forma severa, sem hora para acabar. Não vai adiantar reclamar com os pais, os diretores não vão poder fazer nada.

E o tempo que parece voar, realmente passa rápido demais. Creio que um dia todos chegaremos a essa conclusão. E não dá para parar o relógio, colocar pilha fraca, sumir com o marcador. Ele não vai parar de passar e esse minuto em que penso essas palavras, também jamais voltará. Já dizia meu saudoso avô: “o relógio só anda para a frente.” E é isso mesmo. Temos que aproveitar.

Chega uma hora, em que precisamos entender que existir significa também tomar as rédeas dessa existência, assumir de alguma maneira as responsabilidades, consentir, abraçar as possibilidades, desfrutar dos segundos, valorizar todos os instantes. Precisamos também estar cientes de que acatar a postura ativa diante da vida, significa também não esperar a “papinha na boca”, a mão na testa, alguém como escudo e as respostas prontas para tudo. É aprender sobre amor próprio. A entender-se no mundo, reconhecer seu valor e polir seus defeitos.

Independente de crenças religiosas, das aspirações que temos sobre o lado de lá, na crença que podemos nutrir sobre a vida depois do “fim”, fato é que essa roupagem assumida por essa vida é única e preciosa e não deve ser desperdiçada. Creio realmente que não estamos aqui a passeio. Temos missões urgentes a cumprir. Precisamos ser úteis ao bem da humanidade. Carecemos de sabedoria para escolhermos as pessoas com quem desejamos caminhar. Um dia, de uma maneira ou de outra, receberemos todos a conta da vida. Que tenhamos feito boas escolhas.

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Gasolina, diesel e gás vão ficar mais baratos

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Na manhã da última terça-feira, 16, a Petrobras anunciou o fim da Política de Paridade de Importação (PPI) adotada há mais de seis anos. A estatal anunciou a adoção de um novo modelo para definir o preço dos combustíveis e as reduções no valor do diesel, da gasolina e do gás de cozinha já foram divulgadas. Afinal, o que mudou na prática para o consumidor final?

Política de paridade de importação

Na manhã da última terça-feira, 16, a Petrobras anunciou o fim da Política de Paridade de Importação (PPI) adotada há mais de seis anos. A estatal anunciou a adoção de um novo modelo para definir o preço dos combustíveis e as reduções no valor do diesel, da gasolina e do gás de cozinha já foram divulgadas. Afinal, o que mudou na prática para o consumidor final?

Política de paridade de importação

Desde 2016, ainda durante o governo de o ex-presidente Michel Temer, a estatal adotou a Política de Paridade de Importação, que determinava o preço dos combustíveis que nós usamos no dia-a-dia (gás de cozinha, diesel, gasolina), baseado na cotação do dólar e no valor cobrado no mercado exterior.

Apesar de pagarmos em reais, os valores praticados se vinculavam ao preço do mercado internacional, usando como referência o preço do barril de petróleo - que é calculado em dólar. Ainda que controverso, com esse modelo a Petrobras alcançou recordes de lucros e distribuição de repasses financeiros para os seus acionistas.

Somente no segundo semestre de 2022, a empresa efetuou o repasse histórico de R$ 87,8 bilhões para os seus acionistas. O valor do montante total dos repasses do ano passado foi de R$ 217 bilhões, o que é três vezes mais do que pago pela companhia somente no ano de 2021 – momento já de alta dos combustíveis.

Em contrapartida, nós - os consumidores finais - não possuíamos os mesmos privilégios e pagávamos essa conta. Com a subida do dólar, o brasileiro sofreu com os patamares recordes na história do preço da gasolina nos últimos anos - chegando a custar R$ 8,90 em cidades do nosso Estado.

Em entrevista coletiva, Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobrás, afirma que o mesmo combustível que era extraído, refinado e produzido em reais, era cobrado em dólares: "Paridade de importação era uma abstração. Pegar preço lá fora, colocar aqui dentro como se tivesse produzido lá fora, só que na porta da refinaria daqui".

Um levantamento, em 2022, feito pelo site de consultorias Global Petrol Prices indicou que o preço da gasolina está 15% acima da média praticada em 170 países do mundo. Assim, o valor da gasolina brasileira esteve, à época, entre uma das mais caras do mundo.

No entanto, o levantamento feito pela pesquisa, não levou em conta o poder de compra da população – ou seja, quanto a população ganha e o quanto pode gastar com combustíveis - fazendo com o que a situação brasileira fosse ainda mais delicada e nós pagássemos essa salgada conta.

Com a PPI em vigência, a estatal não possuía qualquer autonomia para contrabalancear as grandes variações e nem para evitar que as fortes repercussões no Brasil chegassem ao consumidor. E assim, esses aumentos, em efeito cascata, refletiam para diversos setores, dentre eles: transporte, alimentício, bens, serviços, entre outros.

Nova política de preços e os valores

Na nova política de preços da companhia, a Petrobras apontou que não deixará de acompanhar as cotações internacionais do petróleo e seus derivados. Reforça que os reajustes continuarão, sem periodicidade definida, somente evitando repasses repentinos ao consumidor diante das variações das cotações internacionais e do valor do dólar.

A proposta sinaliza ainda um ponto de equilíbrio entre os interesses dos acionistas e o papel social da estatal defendido pelo governo, voltado para atender a expectativa do consumidor brasileiro por valores mais baixos e pela necessidade de reinvestimentos no refino dos combustíveis.

O presidente da Petrobras, em entrevista coletiva, assegura que a nova política de preços da estatal não será influenciada pelo Governo Federal. Por fim, explicou que o valor praticado na revenda dos produtos, no entanto, também não será controlado pelo governo.

As distribuidoras da companhia, já divulgaram as primeiras quedas nos preços do diesel, da gasolina e do gás de cozinha (GLP):

  • Na “gasolina A”: houve uma redução de R$ 0,40 por litro (-12,6%);
  • No “diesel A”: houve uma redução de R$ 0,44 por litro (-12,8%);
  • No gás de cozinha (GLP): redução de R$ 8,97 por botijão de 13 quilos (-21,3%).

Segundo a empresa, as denominações "gasolina A" e "diesel A" se referem ao combustível puro – antes da mistura com álcool e biodiesel, respectivamente. Sendo importante lembrar que a nossa legislação permite a composição da gasolina com o percentual de aproximadamente 25% de etanol.

Por fim, a companhia reforça que ainda que não tenha a gerência sobre o valor das revendas, o cenário é de boas expectativas para a lucratividade da empresa e para os consumidores, sendo plenamente possível praticar o valor do botijão de gás para o consumidor final abaixo dos R$ 100.

Alguns postos da cidade de Nova Friburgo já tiveram reajuste no valor dos combustíveis. Por certo, a gasolina que aumentou periodicamente desde 2016, nos proporciona um respiro. Ainda que não pareça, são centavinhos no final do mês que fazem a diferença não somente nos combustíveis, mas em todos os bens e serviços que precisam de transporte.

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A importância da mãe

quarta-feira, 17 de maio de 2023

No último domingo, 14, foi comemorado o Dia das Mães que, na verdade, é todo dia. Quando ela ama seu filho, sua filha, cada dia ela pensa neles. O pai que ama seus filhos também. Apesar de atrasado, quero deixar umas palavras sobre as mães.

O vínculo da mãe com seu filho é poderoso porque é biológico, emocional, relacional e espiritual. Ser mãe amadurecendo é ter uma mentalidade de sacrifício na qual existe o pensamento: que posso fazer para ajudar meu filho, minha filha?

No último domingo, 14, foi comemorado o Dia das Mães que, na verdade, é todo dia. Quando ela ama seu filho, sua filha, cada dia ela pensa neles. O pai que ama seus filhos também. Apesar de atrasado, quero deixar umas palavras sobre as mães.

O vínculo da mãe com seu filho é poderoso porque é biológico, emocional, relacional e espiritual. Ser mãe amadurecendo é ter uma mentalidade de sacrifício na qual existe o pensamento: que posso fazer para ajudar meu filho, minha filha?

A mãe que lida com o estresse em sua função maternal, pode adquirir alívio na medida em que ela pede ajuda para as multitarefas sob sua responsabilidade. Tem gente que assume coisas demais porque pode ter dificuldade em pedir ajuda aos outros. Se você é mãe e está super atarefada, evite assumir tudo sozinha. Se você faz isso porque pensa que seu marido ou outro familiar adulto não fará como você faz, talvez seja melhor aceitar a frustração de que realmente o outro não fará a tarefa igual você faz, mas pedir ajuda assim mesmo para evitar o esgotamento.

Tenha momentos para si mesma, para ler, sair com uma amiga, tirar um cochilo. Algumas mães dizem: “Ah! Meu marido não vai cuidar bem das crianças!”. Sim, ele poderá não cuidar como você cuidaria, mas elas não irão morrer sem sua presença. Outras mães argumentam: “Meus filhos não conseguem ficar sem minha presença.” Neste caso pense que há uma diferença entre “eles vão sentir minha falta” e “eles não aguentam ficar sem mim”. A primeira é verdadeira, mas a segunda não necessariamente.

Sinais de que você pode estar entrando num esgotamento podem ser: cansaço, dores musculares e de cabeça, alterações menstruais, insônia, infecções repetidas, desinteresse sexual, dificuldade de concentração, labilidade emocional (chorar com facilidade), desânimo, pensamento lento entre outros.

Ter contato com outras mães ajuda a ver que elas também têm dificuldades no seu papel materno e possibilita trocar ideias sobre solução de problemas no lar, além de desabafar suas preocupações. Cada mãe precisa se cuidar através de exames médicos como prevenção de câncer de mama, ginecológico e outras questões de saúde. É importante manter o peso adequado, praticar atividades físicas ao ar livre, usar alimentação natural.

Do ponto de vista psicológico a mãe se sentirá melhor ao crer que seus filhos podem aguentar a falta dela quando ela precisar se ausentar. Também é importante colocar limites para as crianças que geralmente exigem muita atenção, querem que a mãe brinque com elas muito tempo, além delas pedirem para comprar coisas como brinquedos e guloseimas.

Se a mãe dá tempo de qualidade para seus filhos, ela não precisa se sentir culpada de ter momentos para cuidar de si. E vai ajudar na saúde geral da mãe se ela dormir bem, delegar tarefas, desabafar com pessoa ética, de experiência e de preferência do mesmo sexo. Ela deve observar seus pensamentos e ver se existem autodepreciação, autodesvalorização e evitar isso. Ajuda também cultivar gratidão, orar e ter convívio em sua comunidade religiosa.

Finalmente, o papel da mãe para com seus filhos é fundamental para a construção do caráter deles. Uma autora com mais livros traduzidos no mundo, escreveu: “Depois de Deus, o poder da mãe para o bem é a maior força conhecida na Terra.” Ellen G White - O Lar Adventista, pág. 240. Use, mãe, este poder para o bem sempre. Se você precisar parar com seu trabalho fora de casa por algum tempo para cuidar do seu filho ou filha, saiba que isto terá consequências positivas para o resto da vida da criança. Você poderá perder dinheiro, mas ganhará a paz e consciência tranquila de ter feito o melhor por seu filho ou filha enfrentar a vida.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A origem do Dia das Mães

terça-feira, 16 de maio de 2023

No último domingo, 14, foi comemorado o Dia das Mães. É sempre interessante procurarmos o porquê dessa homenagem e como ela surgiu; ainda mais que a data é celebrada em vários países do mundo. Na realidade, surgiu nos Estados Unidos, sendo designado por Anna Jarvis, filha da ativista Ann Jarvis. O dia foi criado por Anna como uma forma de homenagear sua mãe, falecida em 1905. Sua criação oficial aconteceu em 1914, por meio do presidente norte-americano Woodrow Wilson.

No último domingo, 14, foi comemorado o Dia das Mães. É sempre interessante procurarmos o porquê dessa homenagem e como ela surgiu; ainda mais que a data é celebrada em vários países do mundo. Na realidade, surgiu nos Estados Unidos, sendo designado por Anna Jarvis, filha da ativista Ann Jarvis. O dia foi criado por Anna como uma forma de homenagear sua mãe, falecida em 1905. Sua criação oficial aconteceu em 1914, por meio do presidente norte-americano Woodrow Wilson.

Essa norte-americana, nascida na Virgínia, EUA, em 30 de setembro de 1832, era uma ativista que dedicou sua vida a obras de caridade, sobretudo aquelas realizadas durante um dos períodos mais conturbados da história norte-americana: a Guerra da Secessão. Anna Jarvis dedicou-se totalmente ao trabalho social, ela fazia parte de uma igreja metodista e passou a trabalhar, a partir da década de 1850, na conscientização das famílias na região onde morava, Virgínia Ocidental. Suas ações estavam ligadas ao Mother’s Day Work Clubs e ela se preocupava muito com a importância de manter-se em boas condições sanitárias, isto é, higiene. Isso porque, na época, era comum que doenças, como febre tifoide e cólera, afetassem locais sem as condições ideais de higiene. Durante a Guerra Civil Americana, Ann Jarvis ajudou socorrendo soldados que lutavam dos dois lados do conflito. Ela forneceu alimentos para quem os necessitava e auxiliou no tratamento de doenças.

Dia das Mães é uma data comemorativa celebrada, no Brasil, no segundo domingo do mês de maio. Acredito que esse mês tenha sido escolhido por ser dedicado, pela Igreja Católica, a Maria, mãe de Jesus, considerada progenitora de todos nós. Nele é homenageado todo o amor, carinho e dedicação que as mães têm com seus filhos. Essa comemoração foi oficialmente instituída aqui por Getúlio Vargas, em 1932, mas fala-se que a primeira celebração do tipo foi realizada ainda na década de 1910. o primeiro registro de comemoração do Dia das Mães de que se tem conhecimento em nosso país é de 1918 e se refere a uma celebração do tipo realizada em Porto Alegre-RS.

Mas, outros países também têm uma data dedicada às mães, podendo variar a época dessa comemoração. Listamos a seguir vários países e o dia dessa homenagem, lembrando sempre que em alguns ela é uma data móvel e em outros não. Assim, no Brasil, EUA, Alemanha, Canadá, República Tcheca, Finlândia, Gana, Gabão, Islândia, Paquistão e Nova Zelândia, a comemoração é feita no segundo domingo de maio; na Eslovênia, em 25 de março; no México, Guatemala e El Salvador, em 10 de maio; na França, no terceiro domingo de maio e na Rússia, no último domingo de novembro.

Como toda festa popular, o Dia das Mães que foi instituído como um princípio nobre que é dedicar um dia especial àquela que nos gerou e nos trouxe ao mundo e se preocupa, desde o momento da maternidade até sua morte, com nosso bem estar, nossa formação moral e educacional, além de nos preparar para enfrentar a vida. Claro que existem exceções, mas uma mãe nunca abandona seus filhos e sempre se preocupa com eles.

No entanto, como em todas as comemorações populares, existe o lado comercial da coisa e o comércio se aproveita disso, para aumentar seu faturamento. Não tenho informações do que acontece nos outros países, mas no Brasil é sabido que só o Natal suplanta o Dia das Mães, em faturamento. Apesar de que o simples fato de se lembrar dela, seja com a oferta de uma rosa, um simples beijo ou uma demonstração maior de carinho ou um telefonema daqueles que moram em outras cidades, são suficientes para deixar nossas mães contentes.

Nada contra o marketing que se faz dessa data, conclamando ao consumo, mas é preciso se ter sempre em mente que o ato de presentear não pode, jamais, substituir o carinho que devotamos as nossas mães. Afinal, não podemos nos esquecer de que ser mãe é uma missão de todos os dias, não numa determinada data. Deixo aqui meu abraço para todas as mamães de nossa cidade e, porque não, do Brasil.

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Aniversário bem comemorado!

terça-feira, 16 de maio de 2023

No último sábado, 13, em animado jantar, a jovem Renata Garcia Knupp, em companhia de familiares, comemorou seu aniversário em belo estilo.

No registro, vemos Renata em detalhe com o marido Jorge e à mesa, com o irmão Willian, cunhada Anne, mãe Lili Garcia e a cunhada Rebeca Vieira.

Roqueano S.C., setentão!

O tradicional Roqueano Social Clube, um patrimônio de Olaria e de Nova Friburgo, e um dos melhores clubes do município tem mesmo muito a celebrar. No próximo domingo, 21, o Roqueano chega a marca de 70 anos de imponente existência.

No último sábado, 13, em animado jantar, a jovem Renata Garcia Knupp, em companhia de familiares, comemorou seu aniversário em belo estilo.

No registro, vemos Renata em detalhe com o marido Jorge e à mesa, com o irmão Willian, cunhada Anne, mãe Lili Garcia e a cunhada Rebeca Vieira.

Roqueano S.C., setentão!

O tradicional Roqueano Social Clube, um patrimônio de Olaria e de Nova Friburgo, e um dos melhores clubes do município tem mesmo muito a celebrar. No próximo domingo, 21, o Roqueano chega a marca de 70 anos de imponente existência.

E desde já, a coluna agradece a forma sempre especial e carinhosa para festejar a ocasião junto à família RSC.

Parabéns aos garis!

Nesta terça-feira, 16, os parabéns não são somente para Nova Friburgo pelos seus 205 anos. Merece também ser lembrada uma categoria muito importante para a nossa e todas as cidades: os garis que tem nesta data o seu dia.

O Dia do Gari, que existe desde 1962, surgiu inclusive com criação da denominação para esta profissão, a partir do francês Pedro Aleixo Gary, que ficou conhecido por ser o fundador da primeira empresa coletora de lixo no Rio, conforme destaca reportagem na página 10 desta edição.   

Nosso parabéns também aos 140 colaboradores da  concessionária Empresa Brasileira de Meio Ambiente, que muito se esmeram quando o assunto é limpeza.

Show no The Voice Kids!

Confirmando o que a coluna antecipou na semana passada, a Giovanna Ferreira (foto), de Nova Friburgo, arrasou em sua apresentação no The Voice Kids como a mais novinha participante da edição do programa do último domingo, 14, na Rede Globo. Com grande talento, a menina de 9 anos, levou os jurados e técnicos Isa, Mumuzinho e Carlinhos Brown a virarem suas cadeiras para apreciá-la melhor.

Assim, frente a muitos aplausos e diversas mensagens de carinho dos telespectadores, a nossa Giovanna escolheu fazer parte do time Isa para as próximas fases do programa.

Dia do Botafogo

Embora nem todos saibam, nesta terça-feira, 16, também é celebrado o Dia do Botafogo, como sempre nos lembra o amigo e leitor da coluna, Maurício Patuelli. Esta data consagrada foi oficializada para o time alvi-negro, por ser o dia que nasceu um dos mais extraordinários craques de sua história, o lateral Nilton Santos que dá nome ao seu estádio. Se não tivesse falecido em 27 de novembro de 2013 decorrente de Alzheimer, Nilton Santos estaria completando 98 anos neste 16 de maio.

Congratulações aos novos cidadãos!

Desde já, parabéns a todos os agraciados pela Câmara e vereadores com as comendas Barão de Nova Friburgo e os títulos de Cidadania Friburguense, em solenidade nesta terça-feira, 16, no no teatro do Colégio Anchieta.

Porém, de forma especial os cumprimentos especiais para os amigos deste colunista e portanto, documentalmente agora oficializados cidadãos friburguenses, Josimar da Silva Tardin, Aldo Willian Alves Cantalice Edilmar Peña Rodrigues, bispo Dom Luiz Antonio Lopes Ricci e o Luiz Fernando Albuquerque de Oliveira, do Cadima Shopping. 

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Teófilo, Maria, Conceição

terça-feira, 16 de maio de 2023

Melhor seria se houvesse uma lei proibindo os filhos de escreverem sobre suas mães

Melhor seria se houvesse uma lei proibindo os filhos de escreverem sobre suas mães

Escrevo em jornais há tantos anos que não sei como não conheci Gutenberg pessoalmente. Deve ter sido por pouco. Nesse tempo todo, nem que seja por acaso ou por descuido, há de ter acontecido que eu tenha escrito alguma coisa que se aproveite. Mas também, por ignorância, desinformação ou incompetência, eu certamente disse muitas palavras, frases, textos inteiros de que os leitores mereciam ter sido poupados (e assim me admirariam não pelo que escrevi, mas pelo que deixei de escrever). Mas também entre escritores ─ mesmo os grandes e famosos ─ houve quem abominasse obras que tinha posto no mundo. Veja o que disseram Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão sobre “Os Mistérios da Estrada de Sintra”, que haviam perpetrado a quatro mãos: “O que pensamos hoje do romance que escrevemos há quatorze anos? ─ louvores a Deus! ─ que ele é execrável, e nenhum de nós, quer como romancista, quer como crítico, deseja ao seu pior inimigo um livro igual”. E assim justificaram a sua publicação: “Consentimo-lo porque entendemos que nenhum trabalhador deve envergonhar-se do seu trabalho”.

Ainda bem que os leitores em geral têm a gentileza de ficar calados quando não gostam, e de se manifestarem quando acontece o contrário.  Assim, de vez em quando recebo uma mensagem, um comentário, às vezes até um elogio. Lembro, por exemplo, de uma senhora que me parou na rua para dizer que tinha se emocionado até as lágrimas com uma de minhas crônicas. Eram lembranças de meu avô e logo ficou claro para mim que o mérito era dele, e não meu. Ela o havia conhecido e estimado e, ao ler sobre ele, reviveu um passado em que, jovem, fora vizinha de Seu Teófilo Chardelli, um senhor trabalhador, sério e educado. Mas eu não deixei de me considerar ao menos um pouco merecedor daquelas lágrimas, pois foram minhas palavras que colocaram meu avô novamente diante dela, tantos anos depois de ele ter ido para o céu, onde também, com toda certeza, conquistou muitos admiradores, que não era sem razão que ele se chamava Teófilo: amigo de Deus.

Falar de meu avô desperta em mim a vontade de falar também de duas mulheres que habitaram minha vida e até hoje habitam minha memória e meu coração. Minha avó, Maria Maturo Chardelli, nascera na Itália, se criara no Brasil e guardava em si o que de melhor podia haver nessa mistura de temperamentos ítalo-brasileiros. Tanto eu quanto meus irmãos e irmãs, quando pequenos, vivíamos mais na casa dela do que na nossa. E mesmo depois de adulto continuei indo lá com frequência, era um dos meus programas habituais das tardes de sábado. Ela me conhecia desde o dia do meu nascimento, portanto, desde antes que eu mesmo me conhecesse. No entanto, ainda que me tivesse visto há poucos dias, me recebia como se há anos não pusesse os olhos em mim.

A outra, Dona Conceição Chardelli Canto. Até evito falar ou escrever sobre ela, porque mesmo que escrevesse outra Bíblia não poderia dar sequer uma ideia da mãe que ela foi, a um só tempo tão humilde e tão dedicada. Era o coração da família. Coração que se sacrificou inteiramente pelos filhos e nunca achou que tinha feito qualquer sacrifício por eles. Não é possível voltar ao passado, a vida não tem segunda via. Mas eu, se pudesse voltar, era só para fazer de novo alguma coisa com que eu a tenha deixado feliz e pedir perdão a ela pelas muitas coisas que fiz ou que deixei de fazer e que a magoaram.

Mas o que eu acho mesmo é que ninguém devia escrever sobre a própria mãe, porque, por melhor que o faça, sempre vai ficar devendo muito, vai ficar sempre muito aquém do que queria e devia dizer. Melhor seria se houvesse uma lei proibindo os filhos de escreverem sobre suas mães, porque, eles, por mais que as elogiem, as reduzem.

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