Blogs

A Nona Sinfonia: da literatura à música

segunda-feira, 29 de maio de 2023

A Nona sinfonia de Ludwig Van Beethoven (1770-1827) guarda silêncios. Somente quem é tocado pelos caminhos entre a literatura e a música pode interpretá-los. O silêncio guarda palavras, afetos e tem a profundeza dos sentidos. Contudo só é escutado por quem está pronto a torná-lo o melhor aliado. 

A Nona sinfonia de Ludwig Van Beethoven (1770-1827) guarda silêncios. Somente quem é tocado pelos caminhos entre a literatura e a música pode interpretá-los. O silêncio guarda palavras, afetos e tem a profundeza dos sentidos. Contudo só é escutado por quem está pronto a torná-lo o melhor aliado. 

Beto, meu filho, quando tinha uns oito ou nove anos, ficou encantado com a obra de Beethoven. Ele colocava o disco na vitrola, na época de vinil, e ficava escutando em silêncio. Tão envolvido ficou que estudou piano dois ou três anos e, depois, tornou-se um amante de música tendo uma coleção de CDs imensa e de muito bom gosto.

Meu professor de literatura e amigo, Márcio Paschoal, me presenteou com um vídeo feito na Plaça de San Roc, em Sabadell, província de Barcelona, onde músicos, em silêncio, foram se chegando ao centro da Plaça e começaram a dar os primeiros acordes da Nona Sinfonia. Então, uma orquestra, acompanhada de um coral, fizeram explodir a beleza literária e musical num final de tarde de serena paz.

Mas o que me traz aqui com esse tema é que a Nona Sinfonia, “Ode à Alegria”, finalizada em 1824, especialmente o quarto movimento, uma das mais conhecidas músicas do repertório ocidental e a mais arrojada composição de Beethoven, foi o fato de ter sido inspirada na poesia de um amigo, Friedrich Schiller, escrita em 1785, também intitulada “Ode à Alegria”. Quando terminou de compô-la, 30 anos depois de ter feito as primeiras tentativas de musicar o poema, Beethoven estava surdo. Ele foi um músico poeta. Em processo de evolução da surdez, utilizou-se dos sons musicais, dia a dia guardados na memória, para musicar palavras poéticas cheias de idealismo e irmandade, sentimentos partilhados por ambos. Por assim serem fortalecidos, os versos estiveram vívidos num dos mais belos processos criativos durante 10.800 dias aproximadamente.  

Para Beethoven, o silêncio da surdez tinha o encantamento do enlevo. O silêncio do meu filho procurava captar o sofrimento do compositor e a vontade de entender a sua genialidade, capaz de fazer uma orquestra produzir uma música divina com os ouvidos silenciados. 

A música e a poesia são irmãs de talento, imaginação e empenho. A poesia de Schiller e a música de Beethoven compõem um hino à alegria, que abraça o melhor do ser humano. Constitui-se em uma mensagem sem desigualdades e diferenças raciais, sociais e políticas. Foram compostas em épocas conflituosas, nos períodos em que a Revolução Francesa, as guerras napoleônicas e as repressões impostas pelo congresso de Viena abafavam a paz e a solidariedade.  

 

Ode à Alegria

                                        Friedich Schillet

 

Ó amigos, mudemos de tom!

Entoemos algo mais prazeroso e mais alegre!

Alegria, formosa centelha divina,

Filha do Elysium,

Ébrios de fogo, entramos em teu santuário celeste!

 

Tua magia volta a unir

O que o costume rigorosamente dividiu.

Todos os homens se irmanam, ali onde repousam tuas doces asas.

 

Quem já conseguiu o maior tesouro de ser o amigo de 

um amigo, quem já conquistou uma mulher amada, rejubile-se conosco!

 

Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,

uma única em todo mundo.

Mas aquele que não conseguiu isso, que fique chorando 

Fora desta irmandade!

 

Todos os seres bebem da mesma água no seio da natureza.

Todos bons, todos maus, seguem seus caminhos de rosas.

 

A alegria nos deu beijos e vinhos e um amigo leal até a morte;

Deu força para a vida aos mais humildes -

E ao querubim, a contemplação diante de Deus!

 

Voem alegre como teus sóis

Através do esplêndido espaço celeste expressem,

Irmãos, teus caminhos, alegres como heróis para a vitória.

 

Abracem-se, milhões de irmãos!

Que este beijo envolva o mundo inteiro!

Irmãos, sobre o firmamento estrelado habita um Pai amoroso.

 

Fraquejais, milhões de criaturas?

Não pressentíeis, mundo, o seu Criador?

Busquem-no além do firmamento celeste,

acima das estrelas, onde Ele mora!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Ex-prefeito Feliciano Costa: o austero

sábado, 27 de maio de 2023

Edição de 26 e 27 de maio de 1973

 Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

 Manchetes

Edição de 26 e 27 de maio de 1973

 Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

 Manchetes

 O austero - Quando coisas das mais inusitadas estão ocorrendo no Palácio Barão de Nova Friburgo, sede da nossa prefeitura, é bom recordar os dois anos da administração do ex-prefeito Feliciano Costa. Foi, realmente, uma administração de coisa pública. Não permitiu o ex-prefeito que problemas pessoais, domésticos e particulares perturbassem ou tumultuassem sua administração, toda ela visando servir ao povo, sem falsos “slogans”, sem atender a interesses pessoais, com honestidade e sem corrupção. Feliciano cresce, em função do tempo e em função da dimensão.

Os avalistas - O dr. Dermeval Barbosa Moreira e o dr.Waldir Rodrigues Costa, são dois médicos que merecem todo o respeito e consideração dos friburguenses. Prestam serviços há mais de 40 anos à população de Nova Friburgo. Ninguém, na cidade, sempre que precisou, deixou de ter o carinho, o conforto e a atenção dos dois queridos homens públicos. Esses médicos, entretanto, somaram o seu prestígio, que é inegável, para eleger o atual prefeito dr. Amâncio Mário de Azevedo, que embora tenha sim prestígio na cidade, jamais chegaria à prefeitura, sem o beneplácito e o apoio de Dermeval e Waldir. Os dois são, portanto, os avalistas do prefeito Amâncio. Mas será que eles estariam de acordo com tudo que vem ocorrendo na prefeitura?

Álvaro de Almeida pode ser candidato a federal pela Arena - Com base em seu trabalho na última campanha do engenheiro Ariosto Bento de Mello, e, considerando seu trabalho atual visando unir as diversas alas da Aliança Renovadora Nacional, o diretor da Arena cogita a possibilidade de lançar o sr. Álvaro de Almeida como seu candidato a deputado federal. Ele seria uma solução política ideal para os diversos problemas que o partido oposicionista local tem enfrentado nos últimos tempos. Álvaro tem ainda a vantagem de ter exercido durante mais de 15 anos atividade política efetiva, tendo sido deputado estadual e secretário de Estado. Outros candidatos estão em estudos na Arena: Feliciano Costa, Messias Teixeira e Heródoto Bento de Mello.

Colina inaugura e vende tudo - A Colina S/A, o mais novo revendedor da Chrysler, responsável pela venda dos automóveis Dodge em Friburgo, inaugurou suas instalações. Jayme Segal, Sílvio Ruiz, junto aos drs. Augusto Cláudio e Fernando Vassallo, diretores da nova organização, mostravam-se satisfeitos com a acolhida e o êxito dos Dodge. Um sucesso nas vendas, principalmente o modelo 1.800.

Pílulas

 ●     Igualmente com o que aconteceu com a nossa análise sobre a situação do partido arenista, os comentários publicados na semana passado quando fazíamos o mesmo com o MDB, conseguiu desagradar a “gregos e troianos e baianos”... Um desses “baianos” chegou ao cúmulo de nos acusar de tentar lançar um embrião de discórdia  entre os emedebistas. 

●     O mesmo poder que para Kissinger é "afrodisíaco" traz consigo uma natural disputa entre aqueles que o compõem ou o cercam. Isso hoje, passados quase seis meses de administração, nota-se claramente, pois determinados elementos que integram o “staff” administrativo e político são completamente “virgens” para enfrentar os tortuosos e perigosos caminhos da política. 

●     Como negar também, as profundas divergências entre a ala que chamamos de “jovens turcos” com a ala que passaremos a denominar de “FEC”, principalmente as que partem de suas respectivas lideranças? Essa marcante divergência impõe uma conclusão lógica: cedo, cedo, o prefeito terá que se definir por uma das duas lideranças.

●     Essa definição irá acarretar, inevitavelmente, no surgimento de - quem sabe? - um MDB-2,  ou quase partido dentro do próprio MDB, obedecendo a princípios diferentes daqueles anunciados pela atual executiva.

●     Ponto para Célio Ivo, que acaba de readmitir o servidor Sebastião Machado no Serviço de Águas mostrando assim, que aquela autarquia não se afina com a política de perseguição que tanto prejuízos vem causando àqueles que pregaram “paz e amor”.

E mais…

Impactos de outrora…

 Impacto de papel (II)

 Sociais

 A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Laiz Aor dos Santos e Marcelo Braune (27); Gustavo José do Couto (29); Gustavo de Castro Rabello e Alfredo Noel Filho (30); Antonio Valente (31); Zuenir Carlos Ventura, Armando Gardon e Gilberto Paulo de Souza (01); Eunice Macedo Leal e Carlos Roberto Ventura (02)

(*) estagiária com a supervisão de Henrique Amorim

 

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Crédito privado, como incluir em sua carteira

quinta-feira, 25 de maio de 2023

O produto de investimento em renda fixa de crédito privado no Brasil é uma opção bastante popular entre os investidores que desejam obter retornos mais atrativos em comparação aos investimentos em renda fixa tradicional, como os títulos públicos e bancários. Hoje vamos entender o que é esse produto, como funciona, seus principais tipos e algumas considerações importantes para os investidores interessados.

O produto de investimento em renda fixa de crédito privado no Brasil é uma opção bastante popular entre os investidores que desejam obter retornos mais atrativos em comparação aos investimentos em renda fixa tradicional, como os títulos públicos e bancários. Hoje vamos entender o que é esse produto, como funciona, seus principais tipos e algumas considerações importantes para os investidores interessados.

Em primeiro lugar, é importante compreender o que é renda fixa. Renda fixa é uma categoria de investimentos que se caracteriza por oferecer uma remuneração predefinida ao investidor. Isso significa que o investidor conhece previamente as condições de rentabilidade do seu investimento, como os juros a serem pagos e os prazos envolvidos.

No caso do crédito privado, o investimento é realizado em títulos de dívida emitidos por empresas privadas não financeiras. Esses títulos podem ser de diferentes tipos, como debêntures, certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e certificados de recebíveis do agronegócio (CRA), entre outros.

Ao adquirir esses títulos, o investidor empresta dinheiro para a empresa emissora, que se compromete a pagar uma remuneração acordada, composta por juros e, em alguns casos, correção monetária. Essa remuneração pode ser prefixada, quando a taxa de juros é determinada previamente, ou pós-fixada, quando está atrelada a algum índice de referência, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Uma das principais características dos investimentos em renda fixa de crédito privado é o seu potencial de oferecer retornos mais elevados em relação a investimentos em renda fixa tradicional, como os títulos públicos. Isso ocorre porque o risco envolvido nesses investimentos é maior, uma vez que as empresas privadas apresentam maior risco de inadimplência do que o governo e seus títulos não contam com a garantia do FGC. Portanto, os investidores demandam uma compensação maior pelo risco assumido.

É importante ressaltar que a rentabilidade dos investimentos em renda fixa de crédito privado está diretamente ligada à capacidade de pagamento da empresa emissora dos títulos. Antes de investir nesses produtos, é fundamental analisar a solidez financeira da empresa, sua capacidade de gerar receitas, seu histórico de pagamento de dívidas e outros indicadores relevantes. Além disso, é recomendado diversificar a carteira, distribuindo o investimento entre diferentes empresas e setores da economia, a fim de mitigar os riscos específicos de cada emissora.

Além disso, algumas modalidades de investimento em renda fixa de crédito privado contam com incentivos fiscais, como é o caso das debêntures incentivadas.

Essas debêntures são emitidas por empresas para financiar projetos de infraestrutura e possuem a vantagem de serem isentas de imposto de renda para pessoas físicas.

Em resumo, o produto de investimento em renda fixa de crédito privado no Brasil é uma opção para os investidores que buscam retornos superiores aos oferecidos pelos investimentos tradicionais em renda fixa, mesmo ciente dos riscos corridos. Portanto, é fundamental realizar uma análise cuidadosa antes de investir e diversificar a carteira para reduzir os riscos específicos de cada emissora.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Dedo em riste

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Todo santo dia nos deparamos com mesas redondas - reais e metafóricas-, cujas cadeiras confortáveis são ocupadas por centenas de milhares de pessoas propensas a julgar os outros. Vemos de tudo. Os assuntos são os mais variados possíveis. Alguns, de extrema relevância social, e outros, com sua importância pessoal. Há aqueles deveras desimportantes, irrelevantes e que tomam um tempo invejável em seus debates. Sua inutilidade pode ser tamanha que passamos a questionar sua real (in) significância.

Todo santo dia nos deparamos com mesas redondas - reais e metafóricas-, cujas cadeiras confortáveis são ocupadas por centenas de milhares de pessoas propensas a julgar os outros. Vemos de tudo. Os assuntos são os mais variados possíveis. Alguns, de extrema relevância social, e outros, com sua importância pessoal. Há aqueles deveras desimportantes, irrelevantes e que tomam um tempo invejável em seus debates. Sua inutilidade pode ser tamanha que passamos a questionar sua real (in) significância. E ao buscar respostas, nos deparamos com outras questões, que passam por sobre como estamos optando em investir nosso tempo e nossa energia.

Cada passo dado em determinados momentos, pode receber uma enxurrada de críticas. Agrega-se ao rumo tomado os dedos apontados e as línguas afiadas. Muitas vezes, não conseguimos vislumbrar trincheiras que limitem o campo de visão dos olhares vorazes das críticas nem sempre construtivas. E então, se a corda estiver bamba e o alvo desequilibrado, o tombo é quase certo.

Ao escolher o lado dessa invisível linha tênue que separa aqueles que agem daqueles que criticam, há que se ter firmeza e clareza mental. Se o desejo é fazer, talvez mirar no futuro próspero, no presente em construção e na consciência tranquila de quem emprega a energia em subir degraus, seja em que aspecto da vida for, pode ser um caminho mais confortável. Evoluir costuma proporcionar uma satisfação única, embora quase nunca fácil.

Se a prioridade for assistir de camarote a esse movimento contínuo do mundo e das pessoas com os dedos em riste para o julgamento, há que se ter também a consciência limpa, de que se as avaliações forem verdadeiras e para o bem, podem ter uma missão elementar nesse processo, mas que críticas maldosas e inconsequentes podem fomentar coisas que realmente não são legais.

Sejamos responsáveis até por essas escolhas. Nossos companheiros de existência não são inimigos desguarnecidos estanques e prontos para receberem ataques e pancadas. Parece banal, mas precisamos lembrar que as pessoas têm sentimentos. Cuidar das nossas palavras. Apurar, com naturalidade, nossas opiniões. E dizer o que merece ser dito de forma respeitosa. Ser sincero não sobrepõe à necessidade de convivermos com respeito. Expor uma opinião não significa que ela deve ser lançada feito uma bomba sobre os ombros do outro. Essa metralhadora giratória da crítica destrutiva pode ser muito nociva. Falta delicadeza, bom senso e empatia. E não é "mimimi". É respeito, que é bom e todo mundo gosta.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Por que tanto racismo nos campos da Espanha?

quarta-feira, 24 de maio de 2023

O atacante Vinicius Júnior do Real Madrid tem sido o alvo preferencial de ofensas racistas ao longo da temporada do Campeonato Espanhol. Ao longo das partidas, o jogador que defendeu a camisa brasileira na última Copa do Mundo, costuma ser chamado pelos infratores de “macaco”, imitam sons e gestos simiescos.

O atacante Vinicius Júnior do Real Madrid tem sido o alvo preferencial de ofensas racistas ao longo da temporada do Campeonato Espanhol. Ao longo das partidas, o jogador que defendeu a camisa brasileira na última Copa do Mundo, costuma ser chamado pelos infratores de “macaco”, imitam sons e gestos simiescos.

Durante o último jogo pelo Real Madrid, o cenário foi chocante para quem assistia. Torcedores de todo o estádio proferiam ataques racistas contra o atleta em coro. Os jogadores espanhóis e as autoridades pouco fizeram para cessar o filme de terror que o atleta vivia dentro de campo.

Inconformado, o atacante reclamou com o árbitro da partida, que pouco fez. Com isso, o coro racista tomou ainda mais forma e volume no estádio, produzindo um cenário de barbárie. Vinicius foi às lágrimas e revidou os ataques raciais com um dedo do meio para torcida adversária e disse que cairiam para a segunda divisão.

Instantes depois, se já não bastassem os cânticos racistas, o brasileiro foi imediatamente atacado pelos jogadores do time adversário, com pontapés e uma gravata. Surpreendemente – ou não - como resultado, tivemos o atacante brasileiro como o único expulso de campo.

A imprensa espanhola que deveria ter um papel fundamental no combate ao racismo, simplesmente ignorou como se nada tivesse acontecido. Na saída de campo, um repórter teve a audácia de perguntar se o atacante pediria desculpas para a torcida. No dia seguinte, uma revista local culpou o próprio Vinícius Junior por ter ‘provocado’ os ataques racistas.

A imprensa mundial se solidarizou e tocou o dedo na ferida de uma questão cultural que sempre é jogada para debaixo do tapete na Espanha: o racismo. As autoridades espanholas, com a imagem arranhada, se mexeram, e detiveram sete pessoas até o momento. Grande parte, nem presa ficou. Mais da metade já foi liberada.

Afinal, por que o racismo no futebol espanhol é mais escancarado do que em outras ligas europeias?

Espanha: o Primeiro Mundo que segue atrasado

Os episódios vividos por Vinicius Júnior se somam a um dos inúmeros de casos de racismo nos estádios mundiais. O grande boom de jogadores negros na liga aconteceu após 1995, através de uma lei que foi responsável pela abertura do mercado europeu a atletas de todos os continentes e contou com forte entrada de africanos e sul-americanos.

No entanto, a crescente do racismo nos jogos do Espanhol vem como um reboque das mudanças sociais vividas pelo país na última década. Com a crise europeia, deu-se o aumento do discurso pela rejeição aos imigrantes, e como consequência, o crescimento de partidos de extrema direita radical, no caso, o ‘Vox’ - o partido de extrema-direita mais expressivo do país conhecido por suas posturas claramente racistas, xenofóbicas e anti-imigração.

Os discursos partidários se estenderam para além dos campos políticos, dando espaço para a guinada para dentro dos campos de futebol, incluindo, as torcidas organizadas, como é o caso do grupo Ultra Yomus: os responsáveis pelos xingamentos ao jogador brasileiro no último jogo.

A torcida, por sua vez, é considerada ideologicamente fascista e nacionalista espanhola, estritamente ligada ao partido. Estes torcedores nunca se esconderam nos estádios espanhóis, especialmente com a guinada dos discursos xenofóbicos em todo o país, dando voz a ataques criminosos.

Tratam-se velhos e antigos conhecidos dos espanhóis, que ganharam ainda mais força após as eleições de 2019, permeando por vários espaços do país munidos de bandeiras e tatuagens da suástica, proferindo seus cânticos racistas e xenofóbicos. No atual momento, a crise na liga espanhola afeta até as relações diplomáticas entre Brasil e Espanha.

Infelizmente, o caso do Vinicius Júnior não é o primeiro e nem será o último. Continuará acontecendo e durante muito tempo ainda. O debate sobre racismo na Espanha engatinha. Além disso, não há interesse político para fazer com que as leis punam com rigor essas pessoas.

A cultura do esporte sempre diz que os esportistas têm que aceitar todos os insultos vindos das arquibancadas – sejam eles quais forem. Contudo, Vinicius Júnior diz não, ele levanta a voz e se rebela. Ele tem consciência do seu papel como atleta de elite negro. E ao contrário do que pensam, ele não está sozinho na luta contra o racismo!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Doença de Alzheimer e assistir TV

quarta-feira, 24 de maio de 2023

No site da Harvard Health Publishing foi publicado um artigo em 10 de abril de 2023 com o título: “O menor tempo de TV reduz o risco de demência?”. O autor é o médico Andrew Budson, do Conselho Consultivo Editorial da Harvard Health Publishing, pertencente à Universidade Harvard. Ali é dito que um estudo estimou que metade dos adultos americanos passam de duas a três horas por dia assistindo televisão, com alguns assistindo até oito horas por dia. Isto é bom ou é ruim?

No site da Harvard Health Publishing foi publicado um artigo em 10 de abril de 2023 com o título: “O menor tempo de TV reduz o risco de demência?”. O autor é o médico Andrew Budson, do Conselho Consultivo Editorial da Harvard Health Publishing, pertencente à Universidade Harvard. Ali é dito que um estudo estimou que metade dos adultos americanos passam de duas a três horas por dia assistindo televisão, com alguns assistindo até oito horas por dia. Isto é bom ou é ruim?

Dr. Budson diz que quanto mais tempo você se senta e assiste televisão, menos tempo tem para atividade física. E sabe-se que a prática de atividade física habitual diminui o risco de problemas cognitivos e demência. Se além de gastar muito tempo diante da TV você ainda fica sentado com outras atividades, isto aumenta ainda mais o risco de doenças como a de Alzheimer ou outro tipo de demência.

Será que estando exercitando-se regularmente, assistir televisão ainda é ruim para a saúde? O primeiro estudo científico que sugeriu que a TV ainda é ruim para o seu cérebro foi de 2005. Controlando o ano de nascimento, sexo, renda e educação, os pesquisadores viram que cada hora a mais assistindo TV na meia idade aumentava o risco de doença de Alzheimer de uma a três vezes. E participar de atividades estimulantes intelectualmente e atividades sociais reduziu o risco de desenvolver esta doença.

Em 2018, o estudo do UK Biobank começou a acompanhar cerca de 500 mil pessoas no Reino Unido que tinham de 37 a 73 anos quando foram recrutados pela primeira vez entre 2006 e 2010. As informações demográficas relatadas foram um pouco escassas: 88% da amostra foi descrita como branca e 11% como outra; 54% eram mulheres. Os pesquisadores examinaram o desempenho basal dos participantes em vários testes cognitivos diferentes, incluindo testes de memória visual-espacial, numérica de curto prazo, inteligência, entre outros.

Cinco anos depois, muitos participantes repetiram certos testes. Dependendo do teste, o número de participantes avaliados variou de 12.091 a 114.373. Os resultados deste estudo foram claros. Primeiro, mais tempo de assistir TV estava associado a uma pior função cognitiva em todos os testes cognitivos. E mais importante, o tempo de ver TV também estava ligado a um declínio na função cognitiva cinco anos depois para todos os testes cognitivos. Embora esse tipo de estudo não possa provar que a assistir TV causou o declínio cognitivo, ele sugere que sim. Mas o uso do computador foi associado a melhor função cognitiva e a uma menor probabilidade de declínio cognitivo ao longo do estudo de cinco anos.

Dr. Andrew comenta que em 2022, os pesquisadores analisaram essa mesma amostra do UK Biobank com outra pergunta em mente: o tempo gasto assistindo TV versus o uso de computador daria diferentes riscos de desenvolver demência ao longo do tempo? Suas análises incluíram 146.651 pessoas do UK Biobank, com 60 anos ou mais. No início do estudo, nenhum havia sido diagnosticado com demência. Ao longo de 12 anos, 3.507 participantes foram diagnosticados com demência. Depois de controlar a atividade física do participante: o tempo gasto assistindo televisão aumentou o risco de demência e o tempo gasto usando o computador diminuiu o risco de demência. Os que assistiam mais TV diariamente, mais de quatro horas, tinham 24% mais chances de desenvolver demência. E os que usavam computadores interativamente mais de uma hora por dia como atividade de lazer tinham 15% menos chances de desenvolver demência.

Este médico de Harvard diz que se você assistir mais de uma hora de TV por dia, a recomendação é desligá-la e fazer atividades que são boas para seu cérebro como praticar exercícios físicos, usar o computador, fazer palavras cruzadas, ouvir boa música, participar de atividades sociais e outras cognitivamente estimulantes.

Fonte: https://www.health.harvard.edu

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Botafogo transforma pó de arroz em talco

terça-feira, 23 de maio de 2023

No último sábado, 20, o Botafogo recebeu o Fluminense, no Nílton Santos, seu estádio situado no bairro Engenho de Dentro, na Zona Norte carioca. Jogando bem, suplantando seu adversário, um dos melhores times do atual Brasileirão, o alvinegro impôs o seu jogo e venceu por 1 a 0, com gol do zagueiro Victor Sá. Mais uma vitória, a sexta em sete jogos que mantém o Fogão em primeiro lugar com 18 pontos, três à frente do segundo colocado e a cinco do terceiro.

No último sábado, 20, o Botafogo recebeu o Fluminense, no Nílton Santos, seu estádio situado no bairro Engenho de Dentro, na Zona Norte carioca. Jogando bem, suplantando seu adversário, um dos melhores times do atual Brasileirão, o alvinegro impôs o seu jogo e venceu por 1 a 0, com gol do zagueiro Victor Sá. Mais uma vitória, a sexta em sete jogos que mantém o Fogão em primeiro lugar com 18 pontos, três à frente do segundo colocado e a cinco do terceiro.

Após um péssimo campeonato carioca, em que não obteve a classificação entre os quatro que disputaram o título, vencido pelo Fluminense, e com a cabeça do técnico Luís Castro sendo pedida pela torcida, o alvinegro de General Severiano conseguiu dar a volta por cima. Venceu o torneio de consolação chamado Taça Rio, que lhe deu o direito de disputar a Taça Brasil do ano que vem, completou a sua pré-temporada com esses jogos e estreou no Campeonato Brasileiro de 2023, com força total.

Como já disse anteriormente, em outra coluna, é ainda uma equipe em formação, necessitando de reforços em algumas posições e de mais alguns jogadores, para compor o elenco, pois, no momento disputa três competições, a saber: Taça Brasil, Taça Sul Americana e Brasileirão. No entanto, é uma equipe que, a meu ver, só fica atrás da do Palmeiras (o melhor time do Brasil atualmente) e do Flamengo. É um calendário desumano e que cobra um preço muito alto a todos os times, pois o departamento médico deles tem sempre jogadores machucados, com as mais variadas lesões, as principais sendo distensões musculares, entorses e ruptura de ligamentos, mais comumente do joelho.

É lamentável que parte da mídia, aquela mesma que distorce os fatos contemporâneos da política nacional, ainda trate o Botafogo como cavalo paraguaio, aquele que numa corrida inicia em disparada, deixando os demais para trás e, ao final, chega em último lugar. É um desrespeito para com uma equipe que tem história no futebol brasileiro e internacional, ser chamado de lixo pelo coleguinha Arnaldo Ribeiro, atualmente, nas TVs Cultura e Band Sports. Claro está que até se tornar SAF (Sociedade Anônima de Futebol) em meados do ano passado, o Fogão sofria nas mãos de diretorias aproveitadoras e incompetentes, como aliás ocorre com grandes times do futebol nacional. No entanto, com a chegada do John Textor, atual dono do time Botafogo, pois foi o departamento de futebol que foi comprado pelo americano, as coisas mudaram.

Um exemplo típico de outra mentalidade foi a manutenção de Luís Castro com treinador, em meio a vários resultados adversos; enquanto isso, o Corinthians de São Paulo, em quatro jogos, apresentou quatro técnicos diferentes. Nesse troca-troca, não há time que se acerte, pois um treinador precisa de tempo para conhecer seus jogadores e implantar seu estilo de jogo. Portanto, ser comparado a lixo é muita falta de respeito e consideração, além de pouco profissional.

Como disse Gérson, o Canhotinha de Ouro, que brilhou no alvinegro da estrela solitária, o diferencial de Luís Carlos é jogar com dois pontas bem abertos e rápidos e um atacante diferenciado, Tiquinho, artilheiro do campeonato até aqui, apoiados por um meio de campo sólido que alimenta esse ataque. Além disso, tem um goleiro excepcional, Lucas Perri, e uma ótima defesa que é uma das menos vazadas nessas sete primeiras rodadas.

Com relação ao Fluminense, seu treinador, Fernando Diniz, implantou uma mecânica de jogo muito vistosa e agradável de ser vista, com um time altamente competitivo. O problema é que tal maneira de jogar exige muito dos jogadores e, nesse calendário desumano, pode ser fatal. Ao contrário do Palmeiras, do Flamengo e do próprio Botafogo, o tricolor das Laranjeiras não tem muitas peças de reposição o que compromete o desempenho do time, quando a sequência de jogos é muito apertada. Acho que está entre os times que podem levantar o caneco, ao final da competição. Mas, que no sábado passado o pó de arroz virou talco, não tenho dúvidas.

Méritos para o Botafogo que até aqui mostrou o porquê de estar na ponta da tabela e que motivou sua torcida, como há muito não se via. Tem, também, condições de ser campeão.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

AVS é do túnel do tempo, do presente e do futuro!

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Apesar do frio que começa a dar as caras, o mês de maio continua com suas datas relevantes e o Caderno Z do último fim de semana marcou, mais uma vez, o calendário de forma expressiva. O Dia Mundial das Abelhas, 20 de maio e o Dia Internacional do Chá e da Meditação, 21, acrescentaram mais doçura ao 5º mês do ano. A célebre frase - “um mundo sem abelhas é um mundo sem pessoas” traduz a vasta responsabilidade que temos diante da apicultura. Entre as curiosidades, uma abelha retira o néctar e o pólen de dez flores por minuto, sendo que uma colmeia pode abrigar até 50 mil delas.

Apesar do frio que começa a dar as caras, o mês de maio continua com suas datas relevantes e o Caderno Z do último fim de semana marcou, mais uma vez, o calendário de forma expressiva. O Dia Mundial das Abelhas, 20 de maio e o Dia Internacional do Chá e da Meditação, 21, acrescentaram mais doçura ao 5º mês do ano. A célebre frase - “um mundo sem abelhas é um mundo sem pessoas” traduz a vasta responsabilidade que temos diante da apicultura. Entre as curiosidades, uma abelha retira o néctar e o pólen de dez flores por minuto, sendo que uma colmeia pode abrigar até 50 mil delas. Apenas as fêmeas trabalham e ao macho cabe a fecundação da rainha, cuja missão masculina tem esse único objetivo.

Da colmeia para o mel, nós somos os felizardos, afinal, recebemos o produto, deliciosamente nutritivo. Que tal um chazinho adoçado com mel para festejar também o Dia da Meditação? - Mel, chá e meditação, uma trilogia perfeita para fazer terapia. Se a música for inserida, o quarteto ganha espaço até nos transtornos de insônia. Inclusive, a música está sendo estudada como grande aliada contra a insônia, embora, o contrário seja motivo de pesquisas. De minha parte, mesmo preferindo absoluto silêncio, sem muito me aprofundar no assunto, parece incrível que uma pessoa possa dormir mal ouvindo música. O “Z” realçou a importância de inserir as crianças na arte de meditar. Dalai Lama ressaltou: “Se ensinarmos a meditação a cada criança, eliminaremos a violência em apenas uma geração. Somente por esta razão já valeria tentar”. Lindo!

Com Wanderson Nogueira, valeu espargir o amor em cada parágrafo de Palavreando: “Ainda que o passado dê fôlego ao futuro, o amor só sobrevive ao cotidiano com o companheirismo que estende a mão, com a intimidade de quem se entende pelo olhar até nas discussões, com a admiração de quem sorri e basta o sorriso para que o outro saiba que é uma chuva de palmas.”. Pois, que chovam palmas, muitas!

O Cão Sentado, na charge de Silvério, não é o Procon, mas é o “procão” que também está na mira da fiscalização para verificar se os postos de combustíveis e depósitos de gás de cozinha estão atendendo à determinação do Governo Federal, quanto a redução do valor dos combustíveis para o consumidor final. Olho vivo, gente!

Olho vivo também para o “Maio Amarelo”, mês da prevenção de acidentes, na campanha #ToNaEstrada desenvolvida pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro. Por si só, o slogan da campanha diz tudo: “O caminho seguro quem faz é você “. Telefone celular ao volante, trafegar pelo acostamento, velocidade acima do permitido, falta de uso de cinto de segurança e uso de bebida alcoólica são as infrações mais comuns entre os motoristas. Todo cuidado é pouco!

Está lançado o projeto “Fitos: Plantas Medicinais na Estrada”. Quem nos trouxe essa joia de informação foi Thiago Lima. O projeto é liderado pela moradora do distrito de Lumiar, Jeane Nogueira, farmacêutica especialista em Fitoterapia Clínica. Ela vai percorrer em seu mini motorhome, os diferentes seis biomas do país: a Mata Atlântica, Pampa, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Amazônia, visitando produtores de plantas medicinais e especiarias. A expedição que teve início na última sexta-feira,19, terá duração de dois anos. Que beleza! Em “Sociais”, dos três aos 32 anos, a coluna traz duas aniversariantes muito queridas: Isa, fazendo 3 aninhos, alegrando a família Sarquis Wermelinger, e Juliana Rosado Martins, no auge de seus 32 anos. A “Ju” é filha de nossa querida Mária Ventura, de AVOZ DA SERRA. Parabéns e felicidades!

Em “Há 50 Anos”, uma lembrança: “Walter Araújo – um secretário ativo”. Quem não se lembra da figura amiga e carismática do dr. Walter, quer atuando na medicina, como na vida pública da cidade? Quem o conheceu tem na memória a infinidade de seus feitos em prol do bem de Nova Friburgo. Quem não o conheceu, certamente, tem a sensação de que perdeu parte da história friburguense. Ainda bem que A VOZ DA SERRA dá sua voz para o passado e nada se perde no túnel do tempo.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Casal 10 com Bodas de Ouro

segunda-feira, 22 de maio de 2023

No último dia 5, o secretário municipal de Fazenda de Nova Friburgo, Rodrigo França, completou 44 anos de idade, e a festividade foi dividida com seus pais, Demair Silva e Sueli França Silva (foto) que somaram nesta data 50 anos de um feliz união conjugal marcada por muito amor, carinho, compreensão. Por isso, nos unimos aos familiares e amigos do casal para desejar ainda mais felicidades aos simpáticos Demair e Sueli.

Combustíveis: mão e contramão

No último dia 5, o secretário municipal de Fazenda de Nova Friburgo, Rodrigo França, completou 44 anos de idade, e a festividade foi dividida com seus pais, Demair Silva e Sueli França Silva (foto) que somaram nesta data 50 anos de um feliz união conjugal marcada por muito amor, carinho, compreensão. Por isso, nos unimos aos familiares e amigos do casal para desejar ainda mais felicidades aos simpáticos Demair e Sueli.

Combustíveis: mão e contramão

Até pelo menos a noite do último domingo, 21, a maioria dos postos de combustíveis de nossa cidade já havia reduzido o preço da gasolina conforme anunciado pelo Governo Federal na semana passada.

Mas, uma coisa é certa: independentemente das supostas razões que os empresários possam ou não ter, a estrada a ser percorrida na questão dos preços cobrados ao consumidor tem sentidos opostos e claro, em desfavor dos consumidores.

Quando a notícia é redução do preço, isso quando chega as bombas, demora bastante, porém como também sabemos, quando se trata de aumento do preço, alguns minutos após o anúncio feito pelo governo, o novo valor já entra em vigor. Ah Brazil!

Congresso Brasileiro Ortopédico

Desta quinta-feira, 25, a sábado, 27, será realizada a edição deste ano do 16º Congresso Brasileiro Ortopédico de Osteometabolismo, no Sheraton Grand Rio Hotel & Resort, no Leblon, na Zona Sul carioca. O evento será promovido pela Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo (Aboom) que tem como presidente de seu comitê organizador, a diretora do Cepor - Centro de Pesquisa de Osteoporose do Estado do Rio, Cecília Richard, que é friburguense.

Considerada uma das especialistas que mais detém conhecimento sobre o tratamento da osteoporose no país, a médica é filha do saudoso engenheiro Ariosto Bento de Mello e de dona Ada.

Tendo como tema central do congresso científico, o osteometabolismo, sendo a osteoporose o principal foco, o envelhecimento da população está entre as principais preocupações dos especialistas, por influir diretamente nos problemas de saúde relacionados à ortopedia, segundo diz  Marcos Tadeu Richard Ferreira, conselheiro fiscal do Congresso.

Na foto, a friburguense Cecília e o marido, dr.Marcos Tadeu. Mais informações sobre o evento no site (www.cboom.com.br) ou no próprio Instagram do evento: @cboom2023.

Vivas às nossas indústrias!

Nesta quinta-feira, 25, celebra-se o "Dia da Indústria" e por isso, saudamos todos os que integram as importantes indústrias sediadas em nosso município.

Reunião da Adhonep

Será nesta sexta-feira, 26, o jantar comemorativo do Capítulo 25 da Adhonep, a Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno de Nova Friburgo, a partir das 19h30 na churrascaria Chimarron, no Centro.

Mantendo a tradição de marcantes preleções, quem vai apresentar um tocante testemunho de sua vida, será Luiz Augusto Caetano Rodrigues, psicólogo e diretor da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.

Mais informações ou adesões com Jorge pelo cel-zap (22) 99 999-0077 ou Rosana 99 821-4503.

Não seguiu, mas foi bem!

Apesar de ter se apresentado muito bem no último domingo, 21, no The Voice Kids e novamente ter proporcionado um belo show na fase das batalhas do programa junto com outros dois candidatos de 9 anos de idade, a talentosa representante de Nova Friburgo, Giovanna Ferreira não foi selecionada. Mas valeu pelo esforço. A menina mostrou que tem um grande talento e oportunidades não faltarão para ela brilhar como cantora.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Os Dez Mandamentos da Comunicação Pastoral

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Celebramos no último domingo, 21, a Ascensão do Senhor e o 57° Dia Mundial das Comunicações Sociais, com a mensagem do Papa Francisco com o tema "Falar com o coração - testemunhando a verdade no amor". Apresentamos aqui para dar continuidade à temática alguns pontos de orientação para a nossa comunicação evangelizadora.

Os Dez Mandamentos da Comunicação Pastoral

1.   Adorar somente a Deus. Jamais a própria matéria ou produção. Amar a Deus sobre todas as coisas, acima da técnica, dos meios, dos planos e das adesões.

Celebramos no último domingo, 21, a Ascensão do Senhor e o 57° Dia Mundial das Comunicações Sociais, com a mensagem do Papa Francisco com o tema "Falar com o coração - testemunhando a verdade no amor". Apresentamos aqui para dar continuidade à temática alguns pontos de orientação para a nossa comunicação evangelizadora.

Os Dez Mandamentos da Comunicação Pastoral

1.   Adorar somente a Deus. Jamais a própria matéria ou produção. Amar a Deus sobre todas as coisas, acima da técnica, dos meios, dos planos e das adesões.

2.  Não usar a palavra, a imagem, ou o conteúdo cristão em vão. A saturação não é comunicação. Banaliza a mensagem e tira o foco do objetivo sagrado e pastoral.

3.  Guardar o tempo certo para Deus, entregando todos os trabalhos à iluminação do Espírito Santo comunicador, antes de qualquer estratégia, planejamento ou ação.

4. Honrar e dignificar sempre a Palavra e a Fonte Divina, o patrimônio da Fé, a Igreja e manter sempre clara a proposta do Reino de Deus, sem ceder às negatividades ou ao pessimismo dos que agem sem a Graça.

5. Não matar as iniciativas das comunidades ou dos agentes de pastorais, impondo os seus modelos preconcebidos. Interagir, dialogar e construir um projeto de comunicação a partir de todos os potenciais, expressões e criatividades.

6. Não adulterar o conteúdo da informação ou da transmissão, somente para agradar, ganhar adeptos ou seguidores. Inculturar a linguagem, sem desfigurar os fundamentos da Fé. Conservar íntegro o sentido interno da Verdade ética e religiosa Revelada, mesmo que isto cause rejeição, oposição ou mesmo perseguição, como fizeram com o Mestre.

7. Não roubar o lugar de Deus na comunicação. Deus é o centro de tudo. Ele deve ser anunciado como o grande Senhor e Salvador. Não fazer uma apresentação personalista e vaidosa do Evangelho, projetando mais a sua imagem do que a de Jesus Cristo.

8. Não mentir a respeito da dignidade humana, dos valores mais profundos morais, espirituais, da realização, santidade e salvação, numa abordagem reducionista ou relativista, manipulando o processo comunicativo apenas para o sucesso midiático, conformando-o com a mentalidade do mundo materialista e egoísta.

9. Não invejar os talentos dos outros. Nem querer destruí-los ou ofuscá-los. Desenvolver os próprios dons, em comunhão com todos, valorizando as capacidades, habilidades e experiências dos irmãos, na construção de um projeto comum, num verdadeiro sistema pastoral de comunicação, usando todos os meios, ferramentas e caminhos culturais para a evangelização.

10. Não associar a comunicação do Reino ao espírito pagão da prosperidade material, da fama etérea do mundo, da autoafirmação institucional ou ambição de êxito social e popularidade. Cultivar a espiritualidade do despojamento, da humildade e serviço, no testemunho da autenticidade, aliando competência e qualidade à simplicidade da proposta amorosa e atraente da doação-cruz de Cristo.

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da Comunicação Institucional

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.