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Pouco crescimento da população e seus riscos

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Dados mostram que população brasileira tem aumentado, mas em ritmo mais lento em 150 anos. A taxa média de crescimento anual da população brasileira atingiu, entre 2010 e 2022, o menor nível da série histórica. É o que mostram dados do Censo 2022, divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo IBGE.

Dados mostram que população brasileira tem aumentado, mas em ritmo mais lento em 150 anos. A taxa média de crescimento anual da população brasileira atingiu, entre 2010 e 2022, o menor nível da série histórica. É o que mostram dados do Censo 2022, divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo IBGE.

De acordo com o levantamento, o avanço no número de habitantes no país foi de apenas 0,52% por ano ao longo dos últimos 12 anos. Até então, o menor crescimento anual havia sido registrado entre os anos 2000 e 2010, quando o índice ficou em 1,17%. Desaceleramos o crescimento populacional brasileiro.

Teremos mais avós que netos

Devido às melhorias proporcionadas pelo aumento da qualidade de vida do mundo, as pessoas estão vivendo mais. De modo inversamente proporcional, devido aos altos custos que demandam uma criança e ao planejamento familiar cada dia mais tardio, as famílias estão tendo menos filhos.

Um, dois, e quando muito, três. Às vezes, até nenhum. De vez em quando, pais de pet. É a nova realidade da família moderna. Em 1960, a taxa mundial de fecundidade era de quase cinco filhos por mulher, segundo o Banco Mundial. Quase 60 anos depois, esse número caiu pela metade, para apenas 2,4.

Por outro lado, os avanços socioeconômicos galgaram a passos largos, beneficiando muita gente que nasceu nesse período. Em 1960, as pessoas viviam em média pouco mais de 52 anos de idade. Passados os mesmos 60 anos, a expectativa de vida atual atingiu 72 anos em 2017.

De acordo com um estudo realizado pela ONU, atualmente existem 705 milhões de pessoas acima de 65 anos contra apenas 680 milhões entre zero e quatro anos. Pela primeira vez na humanidade estamos vivendo em uma sociedade com mais avós do que netos.

As estimativas apontam que esse desequilíbrio entre os mais velhos e os mais jovens tende a aumentar. Até 2050 – haverá duas pessoas com mais de 65 anos para cada uma entre zero e quatro anos. Afinal: “Num mundo com tanta gente, não ter a população crescendo é ruim?”

Em outros países, a mesma situação

Pode-se observar o envelhecimento da população mais acentuado nos países desenvolvidos, como Japão, Canadá e França. Esses países tendem a ter menores números de nascimentos por uma série de razões. Nessas nações, o alto custo de vida leva as pessoas a terem menos filhos. A inserção da mulher no mercado de trabalho, também a faz ter filhos mais tarde, e, portanto, têm menos filhos.

Um bom exemplo é o Japão, onde a expectativa de vida ao nascer é de quase 84 anos (a mais alta do mundo). Ali, os idosos somaram 27% da população no ano passado - também a maior taxa do mundo. E a população com menos de 5 anos? Segundo a ONU, 3,85%.

Os desafios preocupam as autoridades japonesas há décadas. Como medida, a idade mínima para aposentadoria de 65 para 70 anos. No Japão, os seus trabalhadores se aposentam mais tarde do que em qualquer outro lugar do mundo. E se você pensa que esse desafio somente está restrito a países desenvolvidos, você está errado.

A desaceleração no desenvolvimento demográfico pode ter um impacto negativo no crescimento das economias, assim como aconteceu com a China, que pode ter seu planos de se tornar a maior economia global adiados, explica Lorran Lamblet, assessor de investimentos da Manchester, filiada ao Banco XP.

“A China adotou uma política de permitir apenas um filho por casal, o que abaixou a média para 1,6 filhos. Em contrapartida, o crescimento do país que está atrelado a infraestrutura e a construção de imóveis passam por dificuldades que geram um efeito cascata da economia.  Estima-se que existem mais imóveis disponíveis do que pessoas.”

Para se ter ideia, desde 2013, todo bebê recém-nascido em Lestijärvi, um dos menores municípios da Finlândia, "vale" 10 mil euros (o equivalente a cerca de R$ 46,3 mil) pagos pelo governo. A baixa taxa de natalidade afeta muitos países no mundo e conosco, isso não será diferente.

Questão de tempo

Vamos fazer uma analogia. Pensemos em noite de Natal. Os avós, com uma condição de vida mais estável, podem dar, cada um, um presente para seu neto, um jovem adulto. Em contrapartida, esse mesmo neto, entrando no mercado de trabalho, não tem condição de dar um presente para cada um dos avós. Matematicamente, a conta natalina não fecha. E menos ainda, a da economia.

A medida que envelhecemos, demandamos cada vez mais recursos do Estado. Pessoas especiais necessitam de cuidados especiais. Os gastos estatais são inerentes em diversos campos, em especial: na área da saúde (tanto na prevenção como no combate), por meio do SUS, e na aposentadoria, por meio da Previdência Social.

Contudo, com menos nascimentos, temos um cenário com menos jovens adultos trabalhando, pagando impostos e consequentemente, contribuindo para a previdência. Então, não será somente a conta natalina que poderá não fechar. A pressão sobre os sistemas de saúde e previdenciário são questão de tempo.

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Genética não é tudo

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Nosso comportamento, o jeito como somos como personalidade tem muito que ver com genética. Isto significa que herdamos de nossos pais e avós tendências de ser do jeito como acabamos nos tornando. Mas a hereditariedade não é tudo.

Alguns neurocientistas dizem que 40% do que somos como pessoa, nosso jeito de pensar, sentir e agir, depende de genética, mas o resto é influenciado pela epigenética, pelo meio ambiente onde a criança passa os primeiros anos de sua infância e pela sensibilidade dela.

Nosso comportamento, o jeito como somos como personalidade tem muito que ver com genética. Isto significa que herdamos de nossos pais e avós tendências de ser do jeito como acabamos nos tornando. Mas a hereditariedade não é tudo.

Alguns neurocientistas dizem que 40% do que somos como pessoa, nosso jeito de pensar, sentir e agir, depende de genética, mas o resto é influenciado pela epigenética, pelo meio ambiente onde a criança passa os primeiros anos de sua infância e pela sensibilidade dela.

Epigenética tem que ver com o que ocorre em nosso ambiente e que influi no modo como vamos funcionar como pessoa. Um feto na barriga de sua mãe sofre, positiva ou negativamente, influências dos hábitos da mãe, sejam relacionados com a alimentação dela, sono, e também como esta mãe pensa, sente, reage na vida.

Filhos de mães muito ansiosas têm maior possibilidade de virem a ter problemas emocionais ligados à ansiedade excessiva do que filhos de mães calmas. Algumas mães ansiosas demais agitam a criança por qualquer coisa. Ficam muito nervosas por qualquer sintoma que a criança apresenta, seja um espirro, ou se ela tropeça num móvel em casa ou no balanço no parquinho. Este nervoso da mãe afeta a criança, mesmo quando o bebê ainda está sendo gerado no útero materno.

Genética produz a propensão para uma doença e não a obrigatoriedade de vir a ter a mesma doença do pai ou da mãe. Filhos de pais alcoólatras tendem a ter mais problemas com a bebida alcoólica do que filhos de pais não bebedores. Por isso, nesse exemplo de alcoolismo, quem teve pai ou mãe, ou ambos, abusadores ou dependentes do álcool, precisam ter cuidado para não cair na doença alcoolismo.

Além dos fatores genéticos para explicar nosso jeito de ser, está a dinâmica familiar, ou seja, como funciona a família de origem da pessoa. Crianças criadas num ambiente familiar equilibrado emocionalmente crescem se sentindo com valor, gostam da vida, aprendem a lidar com suas emoções. E as que vêm de um ambiente familiar muito conturbado, com pais abusivos, ausentes, filhos de divórcio, podem desenvolver um transtorno emocional mesmo na infância, na adolescência ou na idade adulta.

Um terceiro fator que molda nossa personalidade, além da genética e do ambiente familiar dos primeiros anos de vida, é a sensibilidade daquela criança. Algumas crianças são mais sensíveis do que outras, por isso, podem sofrer mais do que seu irmão ou sua irmã na mesma família, diante de algum evento traumático. Este é um dos motivos porque pai e mãe que têm mais de um filho precisam pensar e observar que um deles pode ser mais sensível e, portanto, necessitar de atenção diferente.

Cada criança precisa do pai e da mãe presentes ao longo da infância para receber de cada um o modelo masculino e feminino saudável que ajudarão da formação de uma personalidade com menos possibilidade de vir a ter sofrimentos emocionais no futuro.

Genética, epigenética, ambiente familiar e sensibilidade da pessoa são os fatores básicos que constroem nosso jeito de ser. As boas novas é que mesmo que você tenha sido criado num ambiente familiar disfuncional, é possível aprender a lidar com as dores e machucados produzidos no passado para que eles não fiquem prejudicando sua vida, seu comportamento, seus relacionamentos, seus estudos e trabalho hoje.

Este aprendizado envolve autoanálise, pensando sobre seu comportamento, fazer as conexões entre o que houve no seu passado e como você funciona hoje, ler bons livros sobre autoconhecimento, assistir palestras e vídeos com base científica sobre o assunto e em alguns casos aconselhamento profissional. Lembrando também que todos estamos envolvidos numa guerra espiritual entre o bem e o mal, e por isso precisamos de desenvolvimento espiritual para ter boa saúde mental.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Sem desperdício

terça-feira, 27 de junho de 2023

Cada cômodo é um brechó enlouquecido

Cada cômodo é um brechó enlouquecido

Outro dia li que a prefeitura do Rio recebe centenas de reclamações contra guardadores. A princípio pensei que fossem contra os chamados guardadores de carros, que não guardam nada, mas são assim chamados e acatados. Começaram conhecidos como flanelinhas, por causa do pedaço de pano que usavam para esfregar os vidros dos carros em troca de uma gorjeta, mais ou menos espontânea. Aos poucos foram se profissionalizando, e hoje melhor seria que os intitulássemos “os donos do pedaço”. Privatizaram as ruas, cada trecho tem seu titular que, com ares de quem comanda o tráfego e a cidade, indica onde o motorista pode passar ou parar. Mostra a guia pintada de amarelo e faz sinal para que o carro seja estacionado ali mesmo, com a explicação mais suscinta e definitiva possível: o polegar levantado, como quem diz: “Deixa comigo, aqui mando eu”.

Mas não era de guardadores de carros que a notícia falava. As reclamações ─ certamente de vizinhos ─ são contra pessoas que guardam em casa tudo quanto podem, todo tipo de velharia, porcaria e inutilidade. Já tem inclusive diaristas especializadas no que denominam “limpeza do bem”, ou coisa parecida. São experts em jogar lixo fora, às vezes enfrentando a cara amarrada, quando não as lágrimas da dona da casa. Parênteses para explicar que digo “donas da casa”, e não “donos”, porque os imóveis a serem desentupidos geralmente são capitaneados por mulheres que, como se sabe, desde Adão e Eva são mais afetivas e mais apegadas às coisas do lar.

Tem de tudo para todos os gostos. Cada cômodo é um brechó enlouquecido. Panelas sem cabo e sem tampa (e eventualmente sem fundo); pé esquerdo de chinelo sem o seu companheiro de andanças; cadeiras sem assento; livros com acentos usados em 1940; vidros de remédios vazios, uma boneca sem cabeça e outra tão suja que é quase impossível descobrir onde ficam os braços e onde ficam os pés. Sem falar na foto de Carlos Gardel, que ninguém sabe como foi parar ali.

Numa das casas visitadas a “limpadora do bem” encontrou dezenas de caixas de papelão, de todos os tamanhos e formatos. “Eu tive que almoçar no corredor, porque as caixas ocupavam as mesas, cadeiras e sofás. Até para usar o vaso sanitário era preciso antes tirar algumas caixas do caminho”.  A explicação da moradora, mutatis mutandis, foi a mesma de todos (bem, a tal esquesitice não é exclusividade feminina) os guardadores. Acham que em algum momento futuro vão necessitar daquilo que agora é tido como inútil. Uma delas confessou que diversas vezes enfiou tudo em sacos para pôr no lixo, mas depois ficou com medo de precisar de alguma coisa do que ia jogar fora.  Desfez o saco e de novo entulhou armários e gavetas, embaixo da cama e em cima do guarda-roupas, para alegria das baratas e desespero do marido e dos filhos.

A prefeitura carioca garante que oferece, além da remoção do entulho, assistência psicológica aos guardadores, para que, assim orientados, parem de guardar. Ainda se guardassem dinheiro! Mas, mesmo que tivessem dinheiro, onde achariam espaço em casa para guardá-lo?

É um distúrbio psicológico, sem dúvida. Mas também nós, que não guardamos panelas furadas, se não nos cuidarmos, aos poucos vamos estocando velhos ressentimentos, mágoas injustificadas, ideias pregadas na mente e despregadas da realidade, conceitos e preconceitos do tempo do onça, medos que vieram lá da infância e que nunca conseguimos jogar na lixeira do esquecimento. Felizmente existem faxineiras do bem inclusive para esses casos, e pode ser que uma delas esteja bem ao nosso lado. Diz o ditado que cabeça vazia é oficina do diabo. Pior ainda é a cabeça cheia de porcarias: aí mesmo é que o diabo deita e rola.

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Segue o vice, pois o líder disparou

terça-feira, 27 de junho de 2023

A performance do Botafogo no que está sendo chamado de Brasileirão Rei, em homenagem a Pelé é incontestável. Passadas 12 rodadas do campeonato, o alvinegro tem 30 pontos ganhos e seis perdidos, consequência de dez vitórias e apenas duas derrotas. O Grêmio, vice-líder tem 23 pontos, sendo sete vitórias, dois empates e três derrotas. Uma diferença de sete pontos em relação ao segundo colocado e oito em relação ao Flamengo que é o terceiro, na tabela com 22 pontos.

A performance do Botafogo no que está sendo chamado de Brasileirão Rei, em homenagem a Pelé é incontestável. Passadas 12 rodadas do campeonato, o alvinegro tem 30 pontos ganhos e seis perdidos, consequência de dez vitórias e apenas duas derrotas. O Grêmio, vice-líder tem 23 pontos, sendo sete vitórias, dois empates e três derrotas. Uma diferença de sete pontos em relação ao segundo colocado e oito em relação ao Flamengo que é o terceiro, na tabela com 22 pontos. É engraçado porque logo após a estreia no campeonato, derrotando o São Paulo por 2 a 1, no estádio Nílton Santos, o “coleguinha” Arnaldo Ribeiro comparou o Fogão a um lixo e o chamou, ainda, de adversário fraco. Passadas essas 12 rodadas o Botafogo venceu, excetuando o Santos, os principais clubes de São Paulo, a saber Palmeiras, Corinthians e o próprio tricolor do Morumbi. Quem é o lixo?

Após um campeonato carioca ruim, em que se classificou em quinto lugar, atrás do Volta Redonda, e um início de Taça Brasil pior ainda, levando a uma desclassificação precoce, o técnico Luís Castro conseguiu se fazer entender pelo grupo de jogadores. Esse entendimento propiciou uma integração importante entre jogadores e técnico e os resultados começaram a aparecer. Diga-se de passagem, que a torcida, após os resultados ruins da equipe, pediu o afastamento do técnico e se não fosse John Textor, dono da SAF Botafogo, isso teria acontecido, pois é uma tônica no futebol brasileiro a cabeça do técnico rolar com os maus resultados da equipe. Que o diga o Corinthians paulista que, desde o início da temporada, já trocou cinco comandantes. Hoje, a fila de pedido de perdão a Luís Castro dá a volta no estádio Nilton Santos e a possível saída dele, para o futebol árabe, assusta os torcedores.

Esse é um problema para o futebol brasileiro, a meu ver sem solução, as famosas janelas de transferência que são abertas em janeiro e julho. Tanto o futebol europeu como agora o árabe, têm muito mais bala na agulha para levar jogadores brasileiros que se destacam em seus clubes. No caso do alvinegro da Rua General Severiano, podemos destacar o goleiro Lucas Perry, o defensor Arielson, o meio campista Eduardo e o atacante Tiquinho Soares como possíveis alvos dessa janela. Quase meio time podendo ser desfeito pelos dólares árabes ou os euros europeus.

O último jogo, contra o Palmeiras, mostrou o progresso do Botafogo, um time com uma defesa sólida, é a terceira menos vazada do campeonato, um meio campo que sabe sair rápido da defesa para o ataque, a chamada transição, e um ataque veloz com dois pontas “rapdézidos” e dribladores e um atacante que tem faro de gol e é o atual artilheiro do campeonato, com 11 gols em dez jogos, pois em dois ele não marcou. Desde o início da temporada são 20 no total. Na realidade, no duelo entre os dois técnicos portugueses, Abel do Palmeiras e Luís Castro do Botafogo, este último deu um nó tático no primeiro, pois apesar do Palmeiras ter maior posse de bola durante o jogo, foi o Botafogo que venceu com um gol de Tiquinho aos 27 minutos do segundo tempo. Diga-se de passagem, que a equipe palmeirense perdeu um pênalti com a bola sendo chutada para fora por Raphael Veiga, também no segundo tempo.

Creio que a desconfiança e os deboches de alguns comentaristas esportivos, em relação ao time da estrela solitária deveriam ser revistos, pois tanto o Atlético Mineiro, como Flamengo e Palmeiras que foram apontados como os melhores times desse brasileirão, foram derrotados pelo Botafogo. O campeonato é longo, muita água vai rolar por baixo da ponte, mas no momento atual, quer queiram quer não queiram, o glorioso é sim um postulante ao título.

Aliás, um torcedor botafoguense procurou um oftalmologista e esse lhe perguntou qual era o problema, ao que ele respondeu estar preocupado, pois não enxergava ninguém a sua frente.

Segue o vice, pois o líder disparou. 

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AVS é a voz da credibilidade em ação!

segunda-feira, 26 de junho de 2023

O Caderno Z, volta e meia, me traz recordações da infância e não há como tratar o tema dos festejos juninos, sem que eu me lembre das maravilhosas festas organizadas por Marilza Breder, no pátio das garagens, na Travessa Bonsucesso 1, na Filó, onde morei. A animação começava nos preparativos e ia até alta noite. Era pura felicidade. Mesmo com a modernidade do estilo caipira, a tradição junina se mantém. Antes, os remendos nas calças eram imprescindíveis, caracterizando o figurino. Agora, a calça rasgada virou moda.

O Caderno Z, volta e meia, me traz recordações da infância e não há como tratar o tema dos festejos juninos, sem que eu me lembre das maravilhosas festas organizadas por Marilza Breder, no pátio das garagens, na Travessa Bonsucesso 1, na Filó, onde morei. A animação começava nos preparativos e ia até alta noite. Era pura felicidade. Mesmo com a modernidade do estilo caipira, a tradição junina se mantém. Antes, os remendos nas calças eram imprescindíveis, caracterizando o figurino. Agora, a calça rasgada virou moda. O repertório musical mudou bastante, valendo todos os ritmos e as comidas e bebidas agregam os costumes das regiões.

Os santos Antônio, João, Pedro e Paulo dão o caráter religioso aos eventos e são festejados de acordo com as culturas regionais. Em São Pedro da Serra vai ter festa no próximo fim de semana, como destacou o Z do último fim de semana. O distrito foi nomeado, não em homenagem ao santo, mas para render honras ao imperador D. Pedro II, que até doou um sino de bronze para a igreja. 

O Solstício de Inverno, na última quarta-feira, 21, confirmou as noites que vinham congelando até a alma da gente. A previsão meteorológica é a de que o frio será mais ameno devido a influência do El Niño. Mas, ninguém se iluda: aqui para nós ainda vem muito frio pela frente... e pelas costas. De minha parte, o pior é transpor o outono, quando os dias vão ficando menores. Daqui em diante, melhora! Como diz Wanderson Nogueira: “O tempo lá fora não define nossas particulares essências. Ainda que cientistas afirmem que lugares mais frios tendem a fazer pessoas mais fechadas, mais frias, poetas contraporão que lugares mais frios tendem a fazer as pessoas se abraçarem para se esquentarem e, aquecidas, compartilham seus próprios corações.”. Que lindo!

Dizem que o frio tem as suas vantagens, que é bom para dormir e se alimentar. Eu penso que o frio é bom, quando ele vai embora. O fato é que o frio deu a Nova Friburgo a oportunidade de figurar na Revista Vogue, em 8º lugar entre as cidades mais frias do Brasil e ainda se sobressair como uma das melhores em qualidade de vida entre as cidades do interior do Rio de Janeiro. Enquanto isso, o jornal nos trouxe informações da pesquisa da Pnad que divulgou que a “população do Brasil envelhece e mora cada vez mais só e de aluguel”. De repente, antes só do que mal acompanhada...

Quem está ficando idoso é o nosso teleférico, que teve o início de sua construção anunciado em “Há 50 anos”, em junho de 1973. A VOZ DA SERRA tem esse dom de manter viva a memória de Nova Friburgo. Que nós possamos deixar boas realizações no presente para serem divulgadas em 2073. Tomara!!  A lei que regulariza a circulação de bicicletas elétricas deve ser enfática no sentido de observar o cumprimento das regras. Observo bicicletas na contramão, sem campainha e não obedecendo os sinais.

A charge de Silvério se enfeita de bandeirinhas e alerta -  “Dengue: Previna-se...”. A vacina chega por esses dias ao Brasil e poderá custar até R$ 500 em redes particulares de saúde. Vamos aguardar o abastecimento nos postos públicos. Enquanto isso, o melhor é não deixar água parada. Alguém já pensou sobre o que fazer com o dinheiro da restituição do Imposto de Renda? A orientação sobre o assunto está uma verdadeira aula de economia. Os especialistas aconselham que, mesmo sendo um valor pequeno, deve ser usado para “alcançar uma meta financeira”. É um bom $O$. A cultura de Nova Friburgo está rindo à toa com a destinação de R$ 1.588.999.03 da parte dos recursos da Lei Paulo Gustavo, por intermédio do Ministério da Cultura. A Semana do Orgulho LGBTI+ tem programação variada em Nova Friburgo, a partir desta quarta-feira, 28. Celebrando a diversidade a gente colhe a unidade.

Já estava mais do que na hora de Nova Friburgo prestar uma homenagem ao nosso friburguense coroado – Benito di Paula. Ele que, por si só, é um monumento vivo, apaixonante, um show dentro de um show, onde quer que se apresente, ganhará uma estátua na cidade. “É do jeito que a vida quer”... é desse jeito! Viva Benito, que bonito!

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Marcantes Bodas, hoje!

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Esta terça-feira, 27, assinala uma marca muito especial na vida do simpático casal Alessandra Jaccoud e Welliton Pinto.

É que para felicidade também de seus familiares e amigos,  Alessandra e Welliton estão completando nesta data 25 anos de feliz e exemplar união matrimonial, portanto, Bodas de Prata.

Com grande carinho endossado por muita gente, nossos parabéns ao querido casal que aparece aí na foto em companhia dos importantes frutos de sua união: as filhas Karen, que estará se formando em medicina neste ano e Karoliny, de 14 anos.

Esta terça-feira, 27, assinala uma marca muito especial na vida do simpático casal Alessandra Jaccoud e Welliton Pinto.

É que para felicidade também de seus familiares e amigos,  Alessandra e Welliton estão completando nesta data 25 anos de feliz e exemplar união matrimonial, portanto, Bodas de Prata.

Com grande carinho endossado por muita gente, nossos parabéns ao querido casal que aparece aí na foto em companhia dos importantes frutos de sua união: as filhas Karen, que estará se formando em medicina neste ano e Karoliny, de 14 anos.

São Pedro da Serra em festa

Da próxima quinta-feira, 29, a domingo, 2 de julho, será realizada a imperdível 158ª edição da festa em louvor a São Pedro, no aprazível distrito de São Pedro da Serra.

Conforme os organizadores, além de procissão e missas a serem celebradas pelo padre Edson Shirley Viana, haverá show de prêmios, apresentação musical com Wlad, leilão e almoço comunitário no domingo. Tudo isso em meio a mais atrações, com funcionamento de barraquinhas da igreja que prometem muitas delicias típicas, como pastel, caldo, canjica, cachorro e chocolate quentes, doces e refrigerantes. Vale à pena comparecer e curtir à valer!

Parabéns para a Vera

Um grande abraço de congratulações para a amável Vera Regina Oliveira Rodrigues (foto), que está vivendo hoje, 27, um dia de muitos cumprimentos em razão de sua troca de idade. Felicidades e mais felicidades para ela!

Posse maçônica

No próximo sábado, 1º de julho, a Loja Maçônica Jacques de Molay, no bairro Tingly, vai empossar para mais uma mandato anual, o seu presidente reeleito e médico dos mais admirados de nossa cidade, dr. Leonard Floriano Portilho Eyer.

Desde já, parabéns e votos de mais uma grande gestão a frente daquela instituição.

Padre estreia nova idade

O próximo sábado, 1º de julho, será dia de cantar parabéns para um aniversariante bastante querido por esta coluna, assim como por muita gente de Nova Friburgo: o admirado Padre Roberto José Pinto (foto), da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, do distrito de Riograndina, que completará 63 anos de idade.

Por esta especial razão, desde já antecipamos nossos cumprimentos ao grande sacerdote Roberto, que é também um excepcional figura humana, conhecida deste colunista e de muitas outras pessoas da cidade, desde quando ele foi balconista na antiga Cadima, Casa Distribuidora de Materiais de Construção.

Vivas para o Erick

Quem também festeja aniversário hoje, 27, recebendo os parabéns de familiares e amigos, é o prezado amigo, acordeonista dos bons, figura das mais simpáticas e admirado profissional do mercado financeiro, Erick Punisse de Oliveira. Aí na foto o aniversariante aparece em companhia da  esposa Deborah.

Para o grande Erick, que com a querida Débora e o fofíssimo filho Benito forma uma linda família, os parabéns desta coluna com votos de muitas felicidades.

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A Comunicação no decreto Inter Mirifica do Concílio Vaticano II

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Um importante e valioso decreto sobre os Meios de Comunicação Social, o Inter Mirifica (Entre as coisas Maravilhosas), foi promulgado em 4 de dezembro de 1963, como documento integrante do renovador Concílio Vaticano II.

Um importante e valioso decreto sobre os Meios de Comunicação Social, o Inter Mirifica (Entre as coisas Maravilhosas), foi promulgado em 4 de dezembro de 1963, como documento integrante do renovador Concílio Vaticano II.

A introdução usa os termos “instrumento de comunicação social”, preferindo-os a “meios audiovisuais”, “meios de informação”, “mass media”, técnicas de difusão ou “mass communications”, pois queria referir-se a todas as tecnologias de comunicação, utilizando um conceito de tecnologia que não se reduzia à parte técnica da difusão, mas incluía todos os atos humanos decorrentes e sua dimensão relacional, que são a principal preocupação da igreja. Quis excluir qualquer ideia ambígua de massificação como fosse uma consequência inevitável da utilização dos instrumentos. Assume uma visão mais positiva da comunicação frente às questões sociais,

Assegura o decreto, pela primeira vez num documento universal da Igreja, a obrigação, no dever de pregar a Boa Nova e o direito inato de a Igreja usar os instrumentos de comunicação social, “necessários e úteis para a formação cristã e para qualquer atividade empreendida em favor da salvação do homem” (IM 3).

A Igreja é uma sociedade missionária e deve empregar os meios de comunicação social, principalmente através de seus leigos. O uso correto destes meios deve levar em consideração a matéria (notícia), as circunstâncias e o modo como será feita a comunicação.

A maior contribuição do Inter Mirifica foi sua afirmação sobre o direto de informação, visto não relacionado a interesses comerciais, mas como um bem social.

“É intrínseco à sociedade humana o direito à informação sobre aqueles assuntos que interessam aos homens e às mulheres, quer tomados individualmente, quer reunidos em sociedade, conforme as condições de cada um” (IM 5)

E ressalta a escolha livre e pessoal, em vez da censura e da proibição (IM 9), incentivando a formação da consciência moral objetiva nos valores e princípios cristãos.

No segundo capitulo, de nível pastoral, o Inter Mirifica estabelece que pastores e leigos promovam a boa imprensa a as boas transmissões e também a imprensa e as transmissões católicas. Contribuam para a formação dos agentes da opinião pública. São enúmeras diretrizes gerais referentes à educação católica, à criação de secretariados diocesanos, nacionais e internacionais de comunicação social ligados à Igreja (IM 19-21).

O decreto conciliar Inter Mirifica foi um divisor de águas na consideração da Igreja sobre a mídia, pela primeira vez tratando do tema como independente e interligados a toda a dimensão humana e suas implicações éticas, dando orientações pastorais e concretas para uma ampliação do campo e missão comunicacional da Igreja.  

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da Comunicação Institucional da Diocese de Nova Friburgo

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Poderá ser Nova Friburgo considerada uma Cidade Literária?

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Gostaria de começar a coluna afirmando que Nova Friburgo é uma Cidade Literária pelo seu potencial inspirador, natureza e história. Mesmo possuindo uma produção literária considerável, além de acolher a Academia Friburguense de Letras e a União Brasileira de Trovadores, ainda um longo caminho precisa ser percorrido para ser assim considerada. Essas cidades atraem amantes de livros, têm uma vida literária produtiva, possuem editoras, livrarias e lojas que vendem livros usados, promovem festas e feiras literárias, atraem leitores, escritores e bibliógrafos.

Gostaria de começar a coluna afirmando que Nova Friburgo é uma Cidade Literária pelo seu potencial inspirador, natureza e história. Mesmo possuindo uma produção literária considerável, além de acolher a Academia Friburguense de Letras e a União Brasileira de Trovadores, ainda um longo caminho precisa ser percorrido para ser assim considerada. Essas cidades atraem amantes de livros, têm uma vida literária produtiva, possuem editoras, livrarias e lojas que vendem livros usados, promovem festas e feiras literárias, atraem leitores, escritores e bibliógrafos.

As Cidades Literárias possuem selos de qualidade da UNESCO e estão espalhadas mundo afora por destacarem a literatura como ponto estratégico do seu desenvolvimento cultural, social e econômico. Realizam projetos literários inovadores de produção e intercâmbio entre escritores. Podemos citar Óbidos (Portugal), Edimburgo (Escócia), Milão (Itália) Slemani (Iraque), Quebec (Canadá), Montevidéu (Uruguai), Melbourne (Austrália), Dublin (Irlanda), dentre outras em todos os continentes. No Brasil, há centros de produção e difusão da literatura, como Paraty e Porto Alegre, porém ainda não conquistaram o selo.  

Em princípio, toda a cidade tem potencial para ser literária uma vez que a literatura é o meio pelo qual os escritores, através de diferentes estilos, expressam suas emoções e expectativas, eternizam a cultura e a história do lugar, recordam o passado e vislumbram o futuro. É a arte da palavra que vai brotando com o viver, através de um diálogo intenso e profundo entre alguém que escreve com alguém que lê. O escritor faz-se presente através das suas palavras, mostrando seu modo de pensar e sentir em todo tempo e lugar; tem imortalidade.

Uma Cidade Literária, ao preservar o acervo de livros, tem cuidados especiais com os escritores que sobre seu solo passaram ou viveram, além de apoiar a produção dos atuais. Nova Friburgo tem tradição de acolher artistas da palavra como Machado de Assis, J.G. de Araújo Jorge, Casimiro de Abreu. No entanto, hoje precisa oferecer subsídios aos atuais, através da implementação de medidas políticas e econômicas a fim de apoiar os criadores de obras literárias e a criação de uma nova literatura, posto que necessitam de recursos materiais para evoluir como artistas da palavra e construir obras de qualidade. 

São Cidades que ampliam a relação entre a população com livros, atividades e outros formatos de ações literárias. Constantemente abrem possibilidades para o turismo cultural dado que a literatura também atrai a produção de atividades artísticas afins.   

Além do mais, realizam atividades que fomentam a leitura e a formação de leitores. Não resta dúvida que as escolas que investem em suas bibliotecas e atividades multivariadas de leitura possuem papel fundamental para o desenvolvimento do hábito e do gosto de ler. Entretanto a escola precisa do respaldo de atividades literárias realizadas na comunidade, como feiras, saraus, concursos e festivais literários para atingir seus objetivos.

Para finalizar, aqui deixo mais uma semente para corroborar com a escolha da população pela construção da Biblioteca Internacional Machado de Assis (BIMA) no espaço vazio da Praça do Suspiro. 

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Iniciada a construção do teleférico

sábado, 24 de junho de 2023

Edição de 23 e 24 de junho de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes 

Iniciada a construção do teleférico - Com 450 metros acima do nível da cidade, extensão de três mil metros, com 11 cabinas de acrílico e dando visão total para a reserva florestal da cidade, foi iniciada a instalação do teleférico.  

Edição de 23 e 24 de junho de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes 

Iniciada a construção do teleférico - Com 450 metros acima do nível da cidade, extensão de três mil metros, com 11 cabinas de acrílico e dando visão total para a reserva florestal da cidade, foi iniciada a instalação do teleférico.  

Amâncio interpela imprensa - Por terem denunciado escândalos ocorridos na prefeitura os jornais “A Paz” e o “Centro Norte” estão sendo interpelados judicialmente pelo prefeito Amâncio Azevedo. Imprensa de todo o Estado do Rio acompanha atentamente a questão.  

Padilha vem aí para inaugurar a Escola Canadá - A Aliança Renovadora Nacional (Arena), juntamente com o povo de Nova Friburgo preparam-se para receber em setembro a visita ilustre do Governador do Estado do Rio, Raymundo Padilha. Ele subirá a serra para inaugurar o Grupo Escolar Canadá, localizado em Olaria, com 20 salas de aula e construído com verba do Fundo de Educação e Cultura, com incentivo da administração passada do prefeito Feliciano Costa. A nova unidade parte de um conjunto de obras que o Estado vem realizando nos municípios onde a reforma do ensino vem sendo implantada. 

Magliano deixa o Serviço de Águas - Lamentável, sob todos os aspectos, a demissão, a pedido, do dr. Dante Magliano do Serviço de Águas e Esgotos. Este serviço constituía um dos melhores setores da atual administração, mercê do trabalho incansável, inteligente e eficiente desenvolvido pelo jovem administrador. Apesar de sua discrição, relativamente à sua demissão, estamos inconformados que o talentoso advogado vinha sendo pressionado, por não se submeter aos caprichos do secretário geral, dr. Paulo Azevedo. 

Fim de convivência - Se captamos bem os sentimentos populares - e temos certeza que o fizemos - ocorreu uma inusitada reação no espírito bem, simples, e ordeiro do povo brasileiro, quando do anúncio da indicação do general Ernesto Geisel como o futuro presidente da República.

Maçons: posse da nova diretoria - Neste 24 de junho de 1973, em seu templo situado na Rua 7 de setembro, a Loja Maçônica Indústria e Caridade recebe sua nova diretoria, que atuará no biênio 1973/1975. Com o reconhecimento de todos os seus companheiros pelo brilhante trabalho desenvolvido como presidente, o sr. João Agrello - figura querida em todos os círculos sociais de Friburgo - que entregará o bastão de comando ao sr. Flávio Cordeiro.

O boletim do Leão - Registramos o aparecimento de O Leão de Nova Friburgo que é o boletim mensal do Lions Clube de Nova Friburgo. Número especial para comemorar os 155 anos de nossa terra: bela apresentação, ótima paginação, matéria pesquisada de alto gabarito. Nossos parabéns ao CL José Carlos Schuenck, diretor do referido boletim. 

Recreativa Contour volta a ativa - É com satisfação que registramos o reinício de atividades da Associação Recreativa Contour que congrega  os empregados e familiares da fábrica de móveis Contour. Fato auspicioso, ocorrido com um coquetel. 

E mais…

Dr. Dermeval: deputado federal…

Gente & Coisas… 

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Maria Tereza de Oliveira (24); Nair Bravo Mastrângelo, Ernesto Victor Hamelmmann e Márcio Gonçalves Pereira (25); Lucilia Castro Rabello, Maria Lúcia Oliveira, Gilberto Souza e Edith Cardinalli (26); Alice Pinto da Costa, Frederico Rosenthal e Madre Lúcia Braune (28); Prudêncio de Miranda, Afif Lopes, Marcelo Lugon e Mariléa da Costa (29); Maria das Graças Malheiros, Luiz Barbosa de Faria, Therezinha Ventura e Zenair Guimarães (30) e Iêda Kind (1º de julho).

Foto da galeria
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Ainda que queime o frio

sábado, 24 de junho de 2023

Os seis graus que fazem lá fora podem ser menos intensos do que o frio que faz dentro de um coração vazio.  Coração vazio pesa. Como sala cheia também pode ser muito vazia. Porque não é o espaço ocupado ou quantas pessoas estão ali, mas como preenchemos e somos preenchidos por olhares e compreensões. Como nos conectamos uns aos outros e como esse laço invisível nos traz para perto, junto, parte. Não nascemos para sermos sozinhos. 

Os seis graus que fazem lá fora podem ser menos intensos do que o frio que faz dentro de um coração vazio.  Coração vazio pesa. Como sala cheia também pode ser muito vazia. Porque não é o espaço ocupado ou quantas pessoas estão ali, mas como preenchemos e somos preenchidos por olhares e compreensões. Como nos conectamos uns aos outros e como esse laço invisível nos traz para perto, junto, parte. Não nascemos para sermos sozinhos. 

O frio do inverno traz para as fotografias dias bonitos. Céus rosados, luas destacadas no imenso pano azul-escuro. Que teto lindo é o que há sobre nós. Percebemos? 

Enquanto o sereno gélido rouba a nossa atenção, despercebido passa o tempo sem que ousemos roubar os minutos dele. E o tempo nos leva, enquanto consome, com fúria e cinismo, nossa pele, corpo, neurônios. Mas o tempo, sagaz, não se atreve a tomar nosso arbítrio. Assim, ainda que tente nos iludir e corromper, o tempo é o que a gente faz dele. Então, quem seria o vilão? Há tirano? 

Gostamos de nos tapear. Fingimos ingenuidade, mas é tão evidente o destino. Talvez seja mais fácil, apenas culpar outrem: o tempo, o frio, aquilo que passeia pelo vento lá fora. E o vento bate. Abrimos a porta. Até vampiro só entra se for convidado. Damos sangue sem saber que alma também evapora, ainda que perecível mesmo seja só o corpo. 

Talvez esse frio que congela a grama do quintal seja essa parte nossa que julga ou se faz indiferente. Ao fazer réus, nos condenamos. Ao sabor da indiferença, nos sabotamos. E no apocalipse cotidiano não é o frio que nos paralisa, afinal, “seja quente ou seja frio. Não seja morno, senão te vomito”.  

O tempo lá fora não define nossas particulares essências. Ainda que cientistas afirmem que lugares mais frios tendem a fazer pessoas mais fechadas, mais frias, poetas contraporão que lugares mais frios tendem a fazer as pessoas se abraçarem para se esquentarem e aquecidas compartilham seus próprios corações. 

Se coração vazio pesa, coração compartilhado nunca é solitário. Toda biografia merece ser testemunhada. Ainda que queime o frio, mesmo que queime o sol…

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