A Bíblia, a Palavra de Deus

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Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo.

terça-feira, 05 de setembro de 2023

Iniciamos o mês de setembro que a nossa Igreja dedica ao estudo e maior reflexão sobre a Bíblia, a Palavra de Deus que nos foi revelada pelo próprio Senhor, no decorrer da história, para a nossa salvação. Neste ano é proposta a leitura da Carta de São Paulo aos Efésios, com o lema "Vestir-se da nova humanidade" (Ef 4,24), para o aprofundamento e vivência da vontade de Deus em nossas comunidades eclesiais missionárias.

Para uma maior compreensão da Revelação divina, devemos ler e estudar também a Constituição Dogmática Dei Verbum do Concílio Vaticano II que afirma: "Aprouve a Deus, em sua bondade e sabedoria, revelar-se a Si mesmo e tornar conhecido o mistério da sua vontade (cf. Ef 1,9), pelo qual os homens, por intermédio do Cristo, Verbo feito carne, e no Espírito Santo, têm acesso ao Pai e se tornam participantes da natureza divina (cf. Ef 2,18; 2 Pd 1,4).

Mediante esta revelação, portanto, o Deus invisível (Col. 1,15; 1 Tim 1,17), levado por Seu grande amor, fala aos homens como a amigos (cf. Ex 33,11; Jo 15,14-15) e com eles se entretém (Bar 3,38) para os convidar à comunhão consigo e nela os receber. Este plano de revelação se concretiza através de acontecimentos e palavras intimamente conexos entre si, de forma que as obras realizadas por Deus na História da Salvação manifestam e corroboram os ensinamentos e as realidades significadas pelas palavras. Estas, por sua vez, proclamam as obras e elucidam o mistério nelas contido.

No entanto, o conteúdo profundo da verdade seja a respeito de Deus, seja da salvação do homem de nós manifesta por meio dessa revelação em Cristo que é só mesmo tempo mediador e plenitude de toda a revelação" (Dei Verbum 2).

Por acontecimentos no Antigo Testamento, como exemplo a libertação do Seu povo da escravidão do Egito, abrindo o Mar Vermelho e no deserto, mandando o maná, o pão do céu, como alimento, as codornizes e a água saída da rocha. Tudo isso narrado no livro do Êxodo. E a cura do povo ao olhar para a serpente de bronze (Números 21). Associados às palavras da Lei e dos Profetas, revelavam a vontade salvífica do Senhor.

No Novo Testamento, é a própria Palavra (Verbo) que se faz acontecimento (carne) e habita entre nós (Jo 1,14), entrando em nossa história para nós salvar, dizendo em primeira pessoa, como Deus feito homem, a vontade do Pai, na comunhão com o Espírito Santo. É a Boa Nova, o Evangelho, plenitude e culminância de tudo o que foi preparado no Antigo Testamento, da Lei e dos Profetas.

Os canais desta Revelação são a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição, o ensinamento oral, não escrito, mas que foi guardado pelo povo de Deus e que serve de base para a Sagrada Escritura, feita séculos ou décadas depois pelos hagiógrafos (autores humanos), inspirados por Deus. Assim, a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição são guardadas pela nossa Igreja desde os apóstolos que receberam de Cristo o ensinamento oral e depois escreveram.

E desta forma, os apóstolos se tornam o Magistério da Igreja, em comunhão com Pedro, sobre o qual Cristo fundou a sua Igreja; 'Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja... O que ligares na terra, será ligado nos céus. O que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16,18).

Hoje o Papa, sucessor de Pedro na comunhão com os bispos, sucessores dos apóstolos, é o Magistério da Igreja, o autêntico intérprete da Sagrada Escritura e da Sagrada Tradição.

 

Padre Luiz Claudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da comunicação institucional da Diocese de Nova Friburgo

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