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Publicar o primeiro livro não é difícil, o problema é decidir se outros virão

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Diz o ditado popular que um homem para se sentir realizado deve ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Eu consegui fazer essas três coisas, mas para garantir que estou dentro daquela tríade, pretendo escrever mais um. Não tenho a verve do escritor entranhada em mim, me contentando em ser um colunista, o que me obriga a procurar assuntos interessantes para publicar semanalmente.

Diz o ditado popular que um homem para se sentir realizado deve ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Eu consegui fazer essas três coisas, mas para garantir que estou dentro daquela tríade, pretendo escrever mais um. Não tenho a verve do escritor entranhada em mim, me contentando em ser um colunista, o que me obriga a procurar assuntos interessantes para publicar semanalmente. No entanto, com a publicação do livro “A mídia falada chega a Nova Friburgo”, na realidade ele já estava pronto há mais ou menos 16 anos, me deu vontade de partir do zero e escrever um segundo livro, que seria o último.

A partir do segundo ano da faculdade de Comunicação Social, os alunos têm de decidir entre Jornalismo ou Marketing; feita a escolha, é hora de procurar um veículo de comunicação ou uma empresa de publicidade, para iniciar um estágio, que é obrigatório. No caso do jornalismo as opções mais procuradas são os jornais, as emissoras de rádio, os canais de televisão ou empresas que prestam assessoria de imprensa. No meu caso, optei pelo jornal A VOZ DA SERRA, pois me era mais fácil conciliar os horários, uma vez que ainda não estava aposentado. Além do mais, a bagagem que eu tinha de redações feitas nos bancos escolares do Colégio de São Bento, no Rio de Janeiro, me davam a certeza de que sendo burilado com o aprendizado da escrita jornalística, eu seria bem sucedido.

Devemos levar em consideração que uma boa redação deve ter um começo onde se dá ao leitor uma ideia do assunto que será desenvolvido, a explanação que nada mais é que o desenvolvimento do tema e um final que é a conclusão daquilo que se quis transmitir ao leitor. No jornalismo temos as seis perguntas básicas que um texto deve ter a saber: quem, o quê, onde, como, quando e por quê.

Vamos exemplificar com a recente guerra enfrentada por Israel: quem, no caso começou foi o Hamas, grupo terrorista, com a invasão do território israelense; onde, a faixa de Gaza fronteira entre a Palestina e Israel; como, com um ataque terrorista que matou mais de 250 pessoas numa festa de música eletrônica, próxima a um quibutz (pequena comunidade israelense economicamente autônoma com base em trabalho agrícola ou agroindustrial, caracterizada por uma organização igualitária e democrática, obtida pela propriedade coletiva dos meios de produção e da administração conduzida por todos os seus integrantes em assembleias gerais regulares); quando, há cerca de três semanas; por quê, o hamas existe em função de tentar acabar com o estado de Israel, pensamento esse que é o objetivo de muitos países árabes ao não aceitarem que os judeus tenham seu país independente.

Assim, com o aval do saudoso Laercio Ventura, comecei meu estágio em 2005 e uma das tarefas que me foi dada era escrever uma coluna semanal para o jornal. Desde o início resolvi que seriam artigos sobre vários assuntos e não somente sobre medicina, em função da minha formação. Falar sobre doenças, sua incidência, tratamento e prevenção seria mais fácil, mas ao longo dos dois anos de estágio, cansativo, daí a opção por temas variados.

Com a minha formatura em 2007, permaneci na ativa, agora como colaborador e aqui estou ao longo desses 18 anos. Portanto, nada mais instigante do que fazer uma coletânea dos mais interessantes assuntos que abordei e publicá-los sob a forma de um livro. Como tenho todos eles salvos em pen drives, isso não será um problema, mas trabalhoso pois me obrigará a lê-los, escolher aqueles para publicação e coloca-los em ordem, de acordo com os anos em que foram escritos. Vai ser, para mim, um bom exercício uma vez que mostrará meu aprimoramento como colunista, à medida que os anos foram se passando. Isso porque, com o passar do tempo, existe uma evolução natural da maneira de escrever, fruto da experiência do jornalista.

Não sei quanto tempo vou demorar, mas é uma empreitada para pelo menos um ano. Pretendo começar em 2024 e publicá-lo a partir de 2025.

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A VOZ DA SERRA tem alma – informa e comove!

terça-feira, 31 de outubro de 2023

            Mais uma data que há muito caiu no gosto do brasileiro – 31 de outubro, Dia do Halloween ou Dia das Bruxas. A data ainda nos remete ao Dia do Saci-Pererê, o personagem folclórico de Monteiro Lobato. A facilidade de o nosso país cultuar o estrangeirismo deu ao Halloween uma importância sobrenatural, incentivando lojas a decorarem suas vitrines com artigos do gênero, muitas vezes, assustadores. Contudo,  o Caderno Z, para difundir a nossa cultura, vem com o tema, porém, dando ênfase ao negrinho de uma perna só, que fuma cachimbo e usa gorro vermelho,

            Mais uma data que há muito caiu no gosto do brasileiro – 31 de outubro, Dia do Halloween ou Dia das Bruxas. A data ainda nos remete ao Dia do Saci-Pererê, o personagem folclórico de Monteiro Lobato. A facilidade de o nosso país cultuar o estrangeirismo deu ao Halloween uma importância sobrenatural, incentivando lojas a decorarem suas vitrines com artigos do gênero, muitas vezes, assustadores. Contudo,  o Caderno Z, para difundir a nossa cultura, vem com o tema, porém, dando ênfase ao negrinho de uma perna só, que fuma cachimbo e usa gorro vermelho,

            Na verdade, Monteiro Lobato foi o gênio que prendeu dentro de toda a sua literatura, os mais intrigantes personagens. Nascido em Taubaté-SP, Lobato cresceu numa fazenda onde ouvia histórias que os trabalhadores contavam sobre o Saci, a Mula sem Cabeça, o Curupira e a simpática Cuca. Quantas gerações se educaram em meio  aos mitos? Quem nunca ouviu a cantiga de ninar, “Nana neném que a Cuca vem pegar”?

Mas foi no Sítio do Pica-Pau Amarelo que a cuca conquistou fama e muitos fãs, apesar de ser usada para amedrontar criancinhas, sendo uma rival do antigo bicho papão. Ainda se ouve muitas mães gritando com as crianças que gostam de correr: “Volta que o bicho papão vai te pegar!”. Que recurso baixo de educação pelo medo! Um dia presenciei uma cena hilária: a mãe gritou para a criança voltar e o menino, de uns três aninhos, respondeu: “Se você não ‘cole’ o bicho pega você também. Achei graça e segurei a criança que já estava prestes a atravessar a rua.

            Wanderson Nogueira, menino esperto, que não foi criado na educação do medo,  é de seu feitio e preferência ficar ao lado das bruxas: “Por que saíam voando, por aí, em um cabo de vassoura? Não. Porque eram curandeiras, faziam remédios, serviam às suas comunidades, quebravam o padrão machista ou mesmo religioso, impunham suas vozes. Porque eram questionadoras, diferentes, revolucionárias. Porque estavam conectadas com as forças da natureza e tinham profundo respeito pelo planeta...” Esse é o tipo de bruxaria que norteia o “Palavreando”, que já basta até para os não entendedores!

            Com as bruxas soltas, vamos até o passado, quando Ismael Palmeira, então funcionário da Fábrica Haga, esteve na mira para ser o “Operário Padrão do Brasil”, da edição de 1973. A notícia está em “Há 50 Anos” e isso nos faz lembrar de como era importante ter um funcionário eficiente e antigo em uma empresa. A voz da experiência era a aplaudida e respeitada. Hoje, os padrões mudaram e os patrões também.

            O Cão Sentado, na charge de Silvério, não anda nada otimista com a situação do clima em Nova Friburgo. Cautela e guarda-chuva são as orientações. 29 de outubro, Dia Nacional do Livro. Ana Borges nos trouxe uma reportagem sobre um artigo que não sai de moda: o livro. Com a fundação da Imprensa Régia por D. João VI, em 1808, a primeira obra impressa foi “Marília de Dirceu”, de Tomás António Gonzaga. Fernanda, minha caçula, aos 8 anos de idade, ao sairmos da casa de uns amigos, comentou: “Mãe, que casa esquisita! - Esquisita, como assim?  - Ué,  não vi um livro naquela casa!”

            Christiane Coelho entrevistou Melissa Zissu Issachar nascida em Israel, mas criada em Nova Friburgo. Cursou Engenharia Elétrica, na Uerj, no Rio. Conheceu  Gil Issachar, também israelense, quando ele estava de férias no Rio. Em 2007, Melissa se mudou para Israel e o casal tem três filhos. Num clima de emoção, a entrevista nos passou os impactos da guerra, em relatos fora dos holofotes da mídia. Difícil condensar, mas destaco que vir com os filhos, deixando lá o marido que pertence ao Exército, foi a mais dura decisão de sua vida. As suas preocupações com os percalços da brusca viagem. O medo de seu menino de 3 anos de deixar seu bichinho de pelúcia em casa: - “E se tocar a sirene, como ele vai entrar sozinho no quarto protegido?” É de partir o coração da gente. Dos mais simples desapegos aos maiores, a guerra provoca medos e  todos são da mesma intensidade. “E se tocar a sirene?” Impossível não se comover!

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Debutou bela e em grande estilo

terça-feira, 31 de outubro de 2023

No último sábado, 28, ao lado de amigas convidadas, muitos parentes e claro, desfrutando da alegria toda especial de seus pais Jamil e Geisa Tardin Kazan, a graciosa Isadora Tardin Kazan (foto) celebrou em grande estilo seu 15º aniversário na casa de festas Commemori.

Com renovadas congratulações e desejos sinceros de um mundo de felicidades, nossos parabéns para Isadora e toda sua amável família.

 

Caminho com ajuda ao Laje

No último sábado, 28, ao lado de amigas convidadas, muitos parentes e claro, desfrutando da alegria toda especial de seus pais Jamil e Geisa Tardin Kazan, a graciosa Isadora Tardin Kazan (foto) celebrou em grande estilo seu 15º aniversário na casa de festas Commemori.

Com renovadas congratulações e desejos sinceros de um mundo de felicidades, nossos parabéns para Isadora e toda sua amável família.

 

Caminho com ajuda ao Laje

Confirmando o que esta coluna antecipou em maio passado, a admirada cantora, compositora, escritora e sobretudo ser humano muito especial, Lúcia Helena Alves lança no próximo dia 30 de novembro, seu emocionante livro "Nossos Passos no Caminho de Santiago de Compostela", concebido a partir de inesquecível vivência que ela e o marido, o conceituado advogado José Carlos Alves, tiveram há algum tempo.  

O lançamento do livro, com tarde-noite de autógrafos ocorrerá na padaria Dona Emília e com um detalhe muito especial, que merecerá ser prestigiado por todos: toda a renda do livro será revertida para ajuda ao Lar Abrigo Amor a Jesus (Laje).

 

Bibarrense com nova idade

No último sábado, 28, com almoço e música ao vivo no rancho e restaurante do Dindim, na estrada de acesso a Duas Barras, o simpático torcedor do tricolor carioca Manoel Vieira de Souza (foto), comemorou com familiares e amigos, seus 86 anos de idade.

Ao querido aniversariante que torce agora para ganhar outro belo presente, o título do Fluzão na Taça Libertadores da América, nossos cumprimentos com votos de muitas felicidades.

 

Yakissoba solidário chegando

Olha o Laje aí de novo. Vale renovar o convite aos nossos leitores e amigos para que todos prestigiem o Yakisoba Solidário que aquela entidade assistencial promoverá no próximo dia 12 de novembro, com muitas atrações. Os convites custam R$ 25.

 

Júlia com nova idade

Esta lindona aí da foto, é a Júlia Longo Pereira que completou 14 anos de idade no último dia 23, o que foi motivo de alegria especial e orgulho para sua mãe Francielen Cunha Longo, a irmã Maria Eduarda, o pai Márcio Pereira, demais familiares e muitas amigas.

Por esta alegra razão, com pequeno atraso, mas com imenso carinho, nossos parabéns com votos de contínuas felicidades para a super Júlia e todos os seus parentes.

 

Tempo correndo, dias contados

Quem acha que este ano está passando rápido, pode se tocar para realmente disso. Faltam apenas 55 dias para o Natal e 61para 2024.

 

Bolas comerciais da vez

Até certo tempo atrás, parecendo até um modismo comercial com muitos empresários acompanhando a maré dos bons negócios, proliferam dia após dia, bomboniéres, sapatarias e farmácias.

Agora, o que tem sido notadamente, é a nova wibe de surgimentos bem acentuados, de novas lojas de bijuterias, hortifrutigranjeiros e vem mais por aí.

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Carta ao Povo de Deus do Sínodo

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Queridas irmãs e irmãos, ao chegar ao fim dos trabalhos da primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, queremos, com todos vós, dar graças a Deus pela bela e rica experiência que tivemos. Vivemos este tempo abençoado em comunhão com todos. Fomos sustentados pelas vossas orações, trazendo conosco as vossas expectativas, questionamentos, e também os vossos receios.

Queridas irmãs e irmãos, ao chegar ao fim dos trabalhos da primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, queremos, com todos vós, dar graças a Deus pela bela e rica experiência que tivemos. Vivemos este tempo abençoado em comunhão com todos. Fomos sustentados pelas vossas orações, trazendo conosco as vossas expectativas, questionamentos, e também os vossos receios. Já passaram dois anos desde que, a pedido do Papa Francisco, iniciámos um longo processo de escuta e discernimento, aberto a todo o povo de Deus, sem excluir ninguém, para "caminhar juntos", sob a guia do Espírito Santo, discípulos missionários no seguimento de Jesus Cristo. A sessão que nos reuniu em Roma desde 30 de setembro foi um passo importante neste processo. Em muitos aspectos, foi uma experiência sem precedentes. Pela primeira vez, a convite do Papa Francisco, homens e mulheres foram convidados, em virtude do seu batismo, a sentarem-se à mesma mesa para participarem não só nos debates mas também nas votações desta assembleia do Sínodo dos Bispos. Juntos, na complementaridade das nossas vocações, carismas e ministérios, escutámos intensamente a Palavra de Deus e a experiência dos outros. Utilizando o método do diálogo no Espírito, partilhámos as riquezas e as pobrezas das nossas comunidades em todos os continentes, procurando discernir o que o Espírito Santo quer dizer à Igreja hoje. Assim, experimentámos também a importância de promover intercâmbios mútuos entre a tradição latina e as tradições do Oriente cristão. A participação de delegados fraternos de outras Igrejas e comunidades eclesiais enriqueceu profundamente os nossos debates. A nossa assembleia decorreu no contexto de um mundo em crise, cujas feridas e escandalosas desigualdades ressoaram dolorosamente nos nossos corações e conferiram aos nossos trabalhos uma gravidade peculiar, tanto mais que alguns de nós provinham de países onde a guerra deflagra. Rezamos pelas vítimas da violência assassina, sem esquecer todos aqueles que a miséria e a corrupção atiraram para os perigosos caminhos da migração. Comprometemo-nos a ser solidários e empenhados ao lado das mulheres e dos homens que operam em todo lugar do mundo como artesãos da justiça e da paz. A convite do Santo Padre, demos um importante espaço ao silêncio para favorecer entre nós a escuta respeitosa e o desejo de comunhão no Espírito. Durante a vigília ecumênica de abertura, experimentámos o quanto a sede de unidade cresce na contemplação silenciosa de Cristo crucificado. "A cruz é, de fato, a única cátedra d'Aquele que, dando a sua vida pela salvação do mundo, confiou os seus discípulos ao Pai, para que 'todos sejam um' (Jo 17,21)". Firmemente unidos na esperança que a Sua ressurreição nos dá, confiámos-lhe a nossa Casa comum, onde o clamor da terra e o clamor dos pobres ressoam cada vez com mais urgência: "Laudate Deum! ", recordou o Papa Francisco logo no início dos nossos trabalhos. Dia após dia, sentimos um apelo premente à conversão pastoral e missionária. Com efeito, a vocação da Igreja é anunciar o Evangelho não se centrando em si mesma, mas pondo-se ao serviço do amor infinito com que Deus ama o mundo (cf. Jo 3,16). Quando lhes perguntaram o que esperam da Igreja por ocasião deste Sínodo, alguns sem-abrigo que vivem perto da Praça de S. Pedro responderam: "Amor! ". Este amor deve permanecer sempre o coração ardente da Igreja, o amor trinitário e eucarístico, como recordou o Papa evocando a mensagem de Santa Teresa do Menino Jesus a 15 de outubro, a meio da nossa assembleia. É a "confiança" que nos dá a audácia e a liberdade interior que experimentámos, não hesitando em exprimir livre e humildemente as nossas convergências e as nossas diferenças, os nossos desejos e as nossas interrogações, livre e humildemente. E agora? Gostaríamos que os meses que nos separam da segunda sessão, em outubro de 2024, permitam a todos participar concretamente no dinamismo de comunhão missionária indicado pela palavra "sínodo". Não se trata de uma questão de ideologia, mas de uma experiência enraizada na Tradição Apostólica. Como o Papa reiterou no início deste processo, "Comunhão e missão correm o risco de permanecer termos algo abstratos se não cultivarmos uma práxis eclesial que exprima a concretude da sinodalidade (...), promovendo o envolvimento real de todos e de cada um" (9 de outubro de 2021). Os desafios são muitos, as questões numerosas: o relatório de síntese da primeira sessão esclarecerá os pontos de acordo alcançados, destacará as questões em aberto e indicará a forma de prosseguir os trabalhos. Para progredir no seu discernimento, a Igreja precisa absolutamente de escutar todos, a começar pelos mais pobres. Isto exige, de sua parte, um caminho de conversão, que é também um caminho de louvor: "Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos" (Lc 10,21)! Trata-se de escutar aqueles que não têm direito à palavra na sociedade ou que se sentem excluídos, mesmo da Igreja. Escutar as pessoas que são vítimas do racismo em todas as suas formas, especialmente, em algumas regiões, os povos indígenas cujas culturas foram desprezadas. Acima de tudo, a Igreja do nosso tempo tem o dever de escutar, em espírito de conversão, aqueles que foram vítimas de abusos cometidos por membros do corpo eclesial e de se empenhar concreta e estruturalmente para que isso não volte a acontecer. A Igreja precisa de escutar os leigos, mulheres e homens, todos chamados à santidade em virtude da sua vocação batismal: o testemunho dos catequistas, que em muitas situações são os primeiros anunciadores do Evangelho; a simplicidade e a vivacidade das crianças, o entusiasmo dos jovens, as suas interrogações e as suas chamadas; os sonhos dos idosos, a sua sabedoria e a sua memória. A Igreja precisa de colocar-se à escuta das famílias, as suas preocupações educativas, o testemunho cristão que oferecem no mundo de hoje. Precisa de acolher as vozes daqueles que desejam se envolver em ministérios leigos ou em órgãos participativos de discernimento e de tomada de decisões. Para progredir no discernimento sinodal, a Igreja tem particular necessidade de recolher ainda mais a palavra e a experiência dos ministros ordenados: os sacerdotes, primeiros colaboradores dos bispos, cujo ministério sacramental é indispensável à vida de todo o corpo; os diáconos, que com o seu ministério significam a solicitude de toda a Igreja ao serviço dos mais vulneráveis. Deve também deixar-se interpelar pela voz profética da vida consagrada, sentinela vigilante dos apelos do Espírito. Precisa ainda de estar atenta a todos aqueles que não partilham a sua fé, mas que procuram a verdade e nos quais o Espírito, que "a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal por um modo só de Deus conhecido" (Gaudium et spes 22), também está presente e atua. "O mundo em que vivemos, e que somos chamados a amar e a servir mesmo nas suas contradições, exige da Igreja o reforço das sinergias em todos os âmbitos da sua missão. É precisamente o caminho da sinodalidade que Deus espera da Igreja do terceiro milénio" (Papa Francisco, 17 de outubro de 2015). Não tenhamos medo de responder a este apelo. A Virgem Maria, a primeira no caminho, nos acompanha em nossa peregrinação. Nas alegrias e nas fadigas, ela mostra-nos o seu Filho que nos convida à confiança. É Ele, Jesus, a nossa única esperança! Cidade do Vaticano, 25 de outubro de 2023

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Escuridão

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Sou morador do bairro Nova Suíça, Rua Adélia Wermelinger Duarte, pago todo mês a taxa de iluminação, de cerca de R$ 25, por um serviço que não existe, pelo que pude apurar, não por causa da Energisa. Mas, assim como eu, diversos moradores vivem a mesma situação, de total escuridão, há quase quatro meses. 

Sou morador do bairro Nova Suíça, Rua Adélia Wermelinger Duarte, pago todo mês a taxa de iluminação, de cerca de R$ 25, por um serviço que não existe, pelo que pude apurar, não por causa da Energisa. Mas, assim como eu, diversos moradores vivem a mesma situação, de total escuridão, há quase quatro meses. 

Já cansei de ligar para a Secretaria de Serviços Públicos, e não aguento mais ouvir falar que estão providenciando, que tem que seguir um cronograma de atendimento, que não tem previsão para fazer o serviço. Um dia chegaram a dizer que estão sem o veículo que faz a troca de lâmpada, porque o contrato com a firma acabou e precisa fazer nova licitação. Mas na mesma semana (passada) que me deram essa resposta, um amigo que mora em Olaria disse que o caminhão da prefeitura colocou lâmpada na rua dele. 

Quer dizer, é uma enrolação só, queria que me dissessem qual o problema, o que de fato impede a troca de lâmpada na minha rua. Aliás, tem várias ruas nessa mesma situação, e a resposta para outras pessoas é a mesma: aguardar licitação para contratar nova empresa. Por outro lado, na Rua Verly, no mesmo bairro, tem poste com lâmpada acesa o dia inteiro, aliás, tem várias ruas nessa mesma situação. Um dia observei uma lâmpada também acesa o dia inteiro na Praça do Suspiro.

Há dias vi reclamação de um leitor aí, morador do bairro Sans Souci, falando que entre a Rua Carlos Alberto Braune e a Rua Diana, tem três postes com lâmpadas queimadas, inclusive em um ponto de ônibus, botando em risco o passageiro que desce ali, e provocar quedas que podem ter sérias consequências, e até violência com assaltos e coisas piores. Aliás, é problema pra todo lado, a gente anda no escuro e torce pra não cair num buraco nas ruas, e pra piorar, chove dentro de hospital….

Mas, tá tudo bem, né? A prefeitura vai gastar uma grana legal no Natal, o centro da cidade vai ficar lindo e super iluminado, mas o friburguense pode passar o ano inteiro na escuridão. Quem sabe, com a festança que esse governo vai fazer pro Papai Noel, talvez a gente ganhe uma lâmpada nova de presente no Natal?

(Mário Ribeiro, 52 anos)

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Os limites da esperança

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Hoje vou escrever a coluna baseada no filme romeno “O pai que move
montanhas”. O diretor e roteirista, Daniel Sandu, se inspirou no noticiário local que
mostrou a resiliência dos pais que reuniram todas suas forças e recursos para resgatar
o filho que desapareceu com a namorada num passeio nas montanhas da Romênia.
Naquela região do país, o sumiço de pessoas é comum devido às condições extremas
do lugar, como escarpas íngremes, nevascas e avalanches.
O filme mostra a história do personagem Mircea, um policial aposentado, que

Hoje vou escrever a coluna baseada no filme romeno “O pai que move
montanhas”. O diretor e roteirista, Daniel Sandu, se inspirou no noticiário local que
mostrou a resiliência dos pais que reuniram todas suas forças e recursos para resgatar
o filho que desapareceu com a namorada num passeio nas montanhas da Romênia.
Naquela região do país, o sumiço de pessoas é comum devido às condições extremas
do lugar, como escarpas íngremes, nevascas e avalanches.
O filme mostra a história do personagem Mircea, um policial aposentado, que
procura seu filho incansavelmente por dias consecutivos e monta sua própria equipe
de busca depois de as locais sofrerem acidentes e desistirem. A mãe e os pais da
namorada também abandonaram as montanhas ao terem a certeza de não haver mais
possibilidades de encontrá-los vivos sob o gelo.
O filme nos faz refletir sobre várias questões como o amor de um pai ou a culpa
por ele ter se afastado da família, dentre outras questões relevantes. Aqui, vou
abordar os limites da esperança porque, em vários momentos da minha vida, avancei
sobre as condições impossíveis de atingir um objetivo. Esta coluna me será uma
terapia educativa.
A vida é uma grande universidade. A experiência diária nos ensina, inclusive de
modo doloroso, até quando devemos continuar ou parar. A esperança é uma
expectativa de melhora ou solução de uma situação ruim e tem suas raízes fincadas na
emoção e na vontade das pessoas. A sensatez é a capacidade de discernir sobre as
decisões e ações para avaliar as mais adequadas a serem tomadas. Tanto a esperança
como a sensatez ou o bom senso emergem da impossibilidade de dominar uma
circunstância e do respeito à vida, de si e do outro; A esperança tem fator emocional
predominante; já a sensatez, o discernimento.
O valor desta abordagem está na reflexão sobre a impulsividade. Ou seja, penso,
na falta de reconhecimento das possibilidades e impossibilidades, bem como nas
consequências das decisões tomadas e na forma como as ações serão realizadas.

Então me vejo diante da afirmação que guardo no fundo das minhas células: a
esperança como a última a morrer. A dialética sentir, pensar e agir nos faz seguir os
caminhos do destino. A aceitação das possibilidades e impedimentos é resultado do
amadurecimento que só acontece através do tempo, que nos ensina a aprender a
conviver com as perdas e a perceber como podemos aproveitá-las e valorizá-las no
presente e no futuro. Como é importante reverenciar o que temos em todos os
momentos já que tudo é efêmero! Inclusive nós... A esperança tem limites e é saudável
reconhecê-los para não sucumbir.
No filme, Mircea, o pai, tinha questões não resolvidas com o filho e,
provavelmente, foram uma das causas da sua persistência. As pendências são amarras
que prendem e minimizam as forças da vontade de viver com alegria. Quando nosso
olhar se direciona para outras paisagens, a esperança ganha cores e tonalidades
diferentes.
Concluo que quando fazemos o melhor dentro de nossas possibilidades, temos a
sensação de apaziguamento, mesmo se as finalidades não tenham sido atingidas com
plenitude.

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Ismael, da Haga, pode ser o padrão do Brasil

sábado, 28 de outubro de 2023

Edição de 27 e 28 de outubro de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes 

Ismael (Haga) pode ser o padrão do Brasil - Ismael Palmeira, eletricista, responsável pela manutenção elétrica da Fábrica Haga, onde é empregado há 24 anos, pode conseguir o almejado título de “Operário-Padrão” do Brasil, em sua edição de 1973. Esta esperança está baseada em fatos: Ismael Palmeira, com 44 anos de idade, conseguiu, por unanimidade, ser eleito o operário-padrão entre seus colegas de fábrica. 

Edição de 27 e 28 de outubro de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes 

Ismael (Haga) pode ser o padrão do Brasil - Ismael Palmeira, eletricista, responsável pela manutenção elétrica da Fábrica Haga, onde é empregado há 24 anos, pode conseguir o almejado título de “Operário-Padrão” do Brasil, em sua edição de 1973. Esta esperança está baseada em fatos: Ismael Palmeira, com 44 anos de idade, conseguiu, por unanimidade, ser eleito o operário-padrão entre seus colegas de fábrica. 

Funrural em Friburgo é vergonha - Mulheres e homens sexagenários estão entrando numa fila que começa às 18h de um dia, para atendimento às 8h do dia seguinte. A assistência está sendo a pior possível. Tudo errado no Funrural de Friburgo. 

Dilva quer assistência aos lavradores - Fontes da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal, informaram que a professora Dilva Moraes vem insistindo junto ao prefeito Amâncio Azevedo para que seja criada em Friburgo uma Secretaria de Agricultura, da qual faria parte um Departamento de Assistência Jurídica para os lavradores friburguenses.

Novos friburguenses: Gliosci e Homem de Castro - Por proposta do vereador Sebastião Pacheco, o chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Mário Augusto Gliosci, e o atual delegado de polícia do município, Nilson Homem de Castro, poderão receber proximamente o título de cidadão honorário de Nova Friburgo.

Imbroinizzi foi, Atalla veio, e Ivan fica - Em remanejamento de comando, o capitão Jorge Atalla, assumiu a direção da 1ª Cia. Independente da Polícia Militar (Indepol) sediada em Nova Friburgo. Por outro lado, o capitão Newton Imbroinizzi - ex-comandante da Indepol - foi transferido para a direção do Hospital da Polícia Militar em Niterói. Permanece como sub-comandante da Indepol o tenente Ivan Rodrigues de Mello. 

Calçadas: uma vergonha - Não sabemos ao certo de onde deve partir as providências - embora o assunto pareça ser de responsabilidade da prefeitura - mas a cidade está precisando de uma disciplinação no que se refere às suas calçadas. Especialmente o centro da cidade, onde calçadas esburacadas ou, a ausência delas - se transforma em um “calvário” para os transeuntes, quando não se apresentam como uma vergonha, principalmente em épocas em que somos visitados pelos turistas.

Pílulas

Os servidores da Prefeitura de Friburgo, que na sua maioria, sufragaram nas urnas o candidato Amâncio Azevedo, hoje se encontram decepcionados com o prefeito que ajudaram a eleger. Não escondem, até uma certa nostalgia, uma espécie de saudade do governo Feliciano Costa que, sem muitas promessas, procurou valorizar o funcionalismo municipal.

Pois bem, o prefeito Amâncio, na verdade, revelou-se um mau patrão, não dando neste ano a mínima colher de chá aos abnegados servidores municipais, estes sim, os verdadeiros trabalhadores do progresso municipal. Nem promoções, nem aumento e, mais ainda, retenção de descontos efetuados no pagamento dos servidores e que deviam ser recolhidos à Caixa Econômica, mas não estão.

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Marcia Haiut, Claudio Veiga do Valle, Cláudio Bento de Mello e Hélio Moreira da Costa (29); Acyrema Vassallo de Azevedo (30); Julieta Polo, Ricardo Bento de Mello, Maria Cristina Azevedo, Aurora Serpa Duarte Lemos e Quintino de Paula Alves (31); Daniel Marques de Oliveira, Leila Segal, José Maria Coutinho Junior e Alfredo dos Santos Spinelli (1º de novembro); Márcio Junior Gonçalves Pereira (2); Délio Freire (3).

Foto da galeria
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Ao lado das bruxas

sábado, 28 de outubro de 2023

“Já vou deixar registrado que se a Idade Média voltar, eu estou do lado das bruxas!” Eu também, cara bruxa da escrita, Clarice Lispector. 

“Já vou deixar registrado que se a Idade Média voltar, eu estou do lado das bruxas!” Eu também, cara bruxa da escrita, Clarice Lispector. 

Se tudo o que assusta ou contradiz o que convém aos pseudos donos da verdade for bruxaria, adorarei ser bruxo ou, não tão evoluído assim, ao lado dos bruxos me coloco. A história tem a implicância de publicar apenas aquilo que as elites querem. E ela é escrita por olhares diversos, mas sempre foi privilegiada a narrativa de quem detém, seja o poder econômico, religioso, político ou acadêmico ou simplesmente por estarmos estabelecidos em uma sociedade patriarcal.

Há quem diria que no Brasil, um dos lugares mais hipócritas do mundo, o aborto já estaria liberado se fossem os homens que engravidassem. Se o Brasil fosse a Europa da Idade Média, certamente se queimaria muito mais do que 50 mil mulheres. 50 mil, é o número apontado por estudos, as mulheres mortas por condenação à bruxaria. E, nem todas foram assassinadas na fogueira. Afogadas, decapitadas, enforcadas. 

Por que saíam voando, por aí, em um cabo de vassoura? Não. Porque eram curandeiras, faziam remédios, serviam às suas comunidades, quebravam o padrão machista ou mesmo religioso, impunham suas vozes. Porque eram questionadoras, diferentes, revolucionárias. Porque estavam conectadas com as forças da natureza e tinham profundo respeito pelo planeta.

Soaria absurdo nos dias de hoje, mas até gatos pretos eram perseguidos e mortos, pois se tinha o mito de que as bruxas se transformavam nos felinos, especificamente de pelo preto. E não tem tanto tempo assim que isso acontecia de forma legalizada.  

Há quem no ano de 2023 adoraria sair queimando pessoas dissonantes. Em nome do bem, praticam o mal e argumentam que é pelo futuro da humanidade. Defendem a guerra, a eliminação do outro, até mesmo usando o nome de Cristo, Maomé, Buda. Serão simplesmente perdoados pelo salvo conduto de que gerações futuras reconhecerão que foi um erro de fé. Assim como a igreja reconhece o equívoco que foi matar aquelas mulheres… bruxas. 

Foi um equívoco monumental seguir Hitler. Mas há quem seguiria hoje e mesmo sabendo dos absurdos cometidos, ainda sim seguiria a morte — em nome de algo maior. O que pode ser maior do que a vida e a vida em abundância? Seguimos colecionando equívocos, se autoenganando. Têm sangue nas mãos da invocada pureza.  

E o Cristo crucificado repetiria dois milênios depois: “Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem”. E os que sabem o que fazem? Teríamos tantos ingênuos inocentes assim? Será tão difícil defender a paz, o bem-estar e a própria alegria e a alegria do outro?

Se as bruxas forem pró-vida e uma vida feliz, estou do lado das bruxas. Se os homens de bem proclamam a morte, a minha oposição. Na guerra não há certos ou errados, apenas perversos. Armas foram feitas para matar. Que ninguém mate por algo, mas viva por alguém. Que ninguém morra em nome do que quer que seja, mas viva pelo direito de uma vida plena. Que a benção seja a felicidade e que o moralismo não nos entorpeça. Pois toda hipocrisia é filha do moralismo e o moralismo, geralmente, é dado como vestimenta pelos nús para os outros.

Liberdade às bruxas. Liberdade à vida que pulsa. Liberdade ao amor!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Na “corda bamba” do crédito, equilíbrio é fundamental

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

            Assim como caminhar numa “corda bamba”, equilíbrio também é fundamental quando falamos em finanças pessoais. Exceder-se em qualquer área pode ser prejudicial, mas ao tratar de crédito, essa regra tem muita força. Dominar a arte de captar recursos de forma saudável é essencial para preservar sua qualidade de vida e alcançar seus objetivos financeiros. Um bom planejamento é capaz de te proporcionar isso, mas existem alguns pontos a serem analisados antes de assumir dívidas (e, por favor, tome ainda mais cuidado com o plural).

            Assim como caminhar numa “corda bamba”, equilíbrio também é fundamental quando falamos em finanças pessoais. Exceder-se em qualquer área pode ser prejudicial, mas ao tratar de crédito, essa regra tem muita força. Dominar a arte de captar recursos de forma saudável é essencial para preservar sua qualidade de vida e alcançar seus objetivos financeiros. Um bom planejamento é capaz de te proporcionar isso, mas existem alguns pontos a serem analisados antes de assumir dívidas (e, por favor, tome ainda mais cuidado com o plural).

            Embora exista uma distinção considerável entre dívidas planejadas e aquelas que surgem inesperadamente, ambas demandam o planejamento adequado para manter ou, se necessário, restaurar a saúde de suas finanças. Contudo, toda urgência encarece a solução. Emergências não deixam margem para estudos comparativos e muitas vezes exigem ação imediata. Portanto, é imprescindível ter conhecimento sobre pontos estratégicos a serem analisados na tomada de crédito.

 

  • Contexto Profissional: analise a segurança da sua fonte de renda e defina uma estratégia – caso julgue necessário – caso a renda sofra alterações.
  • Contexto Financeiro: aqui, deixo um questionamento simples: agora é o melhor momento para se comprometer com uma dívida?
  • Estudar o Produto de Crédito: este ponto é fundamental para a decisão correta. Defina qual produto recorrer e estude o contrato de diferentes instituições financeiras para identificar a melhor opção para o seu bolso. Taxa de juros, custo efetivo total, possibilidades de quitação e amortização e as circunstâncias em caso de inadimplência são pontos essenciais a serem analisados.

 

            É grande a responsabilidade de assumir dívidas e o planejamento ainda não acabou: chegou a hora de escolher qual o produto de crédito mais condizente com as suas necessidades.

 

  • Financiamento: o modelo de crédito direcionado a alguma atividade específica (automóveis, imóveis, maquinário de empresas) torna o crédito mais barato devido a segurança da instituição financeira em receber a garantia em caso de inadimplência.
  • Empréstimo Pessoal: o crédito para uso livre tem seu preço e costumam encarecer o produto. Portanto, fique atento, pois o crédito pessoal também apresenta diferentes possibilidades e há alternativas de encontrar produtos com taxas de juros menores.
  • Cartão de Crédito: o crédito para uso imediato precisa estar em constante comunhão com o seu orçamento. Este pode ser um ótimo produto caso seja usado com consciência; portanto, evite parcelar tudo o que aparecer pela frente.
  • Cheque Especial: este é o produto de crédito mais utilizado pela população brasileira e, por coincidência ou não, também é o mais caro. A recomendação aqui, é utilizá-lo apenas com a certeza de quitação em poucos dias.

 

            Viver em equilíbrio financeiro não é tarefa fácil, mas a Educação Financeira está aí para te auxiliar a tomar boas decisões. Portanto, use-as a seu favor.

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Derramar de si

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Muito tenho ouvido falar e lido sobre a importância de extravasar. Com “e” maiúsculo, Extravasar. Pôr para fora. Derramar de si. Expressar. Transbordar. Deixar sair. Na intenção de liberar energias, eliminar excessos, muitas pessoas recorrem às preciosas atividades físicas. Outras tantas, à arte. Uns buscam a “ terapia do riso” e até mesmo a “terapia do sono”. Há quem recomponha a famigerada necessidade de extravasar por meio do descanso, boa noite de sono. Tudo muito bem-vindo. Afinal, reza a lenda que os acúmulos fazem mal à saúde.

Muito tenho ouvido falar e lido sobre a importância de extravasar. Com “e” maiúsculo, Extravasar. Pôr para fora. Derramar de si. Expressar. Transbordar. Deixar sair. Na intenção de liberar energias, eliminar excessos, muitas pessoas recorrem às preciosas atividades físicas. Outras tantas, à arte. Uns buscam a “ terapia do riso” e até mesmo a “terapia do sono”. Há quem recomponha a famigerada necessidade de extravasar por meio do descanso, boa noite de sono. Tudo muito bem-vindo. Afinal, reza a lenda que os acúmulos fazem mal à saúde.

Na ânsia de transbordar, não vale descontar nos outros, gritar, agredir, desrespeitar as pessoas. Expurgar frustrações, sobrecargas e pressões cotidianas, por maiores que realmente sejam, não confere licença poética nem direito de atacar os conviventes. Nessas horas, se o transbordamento não for de risada, talvez valha à pena pensar em se conter para não machucar as pessoas. Transbordar a ira na família, na sociedade e no mundo não contribui em nada para a transmutação da harmonia que tanto conclamamos diariamente enquanto corpo social. Muito pelo contrário.

Falando de coisas boas, certa vez recebi o seguinte conselho: “Você precisa gargalhar”. Gargalhar. “Mais do que rir” – foi a recomendação. De qualquer coisa. De fatos do dia a dia, de filmes sem enredo, de piadas bobas, das mancadas das amigas, dos passarinhos se encarando no galho da árvore, dos tropeços da vida, de mim mesma. Rir mais. Só que não mobilizando as expressões faciais apenas; gastando o diafragma, aquecendo a respiração. Gargalhada. Bem visceral. Que conselho bom. Parece simples, mas é um exercício e tanto. E quando funciona é um agradável método de reequilíbrio de energia. Vamos nessa linha. Se for para extravasar, que seja de alegria.

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