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Gestão do lixo: Friburgo precisa de soluções inteligentes

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Já parou para pensar quanto lixo você joga fora no seu dia-a-dia? A estimativa é de que cada brasileiro produza, em média, 379,2 quilos de lixo por ano. Isto é, cada habitante de cada município brasileiro descarta mais de um quilo de resíduos por dia, segundo estudo realizado pelo Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil em 2020.

Já parou para pensar quanto lixo você joga fora no seu dia-a-dia? A estimativa é de que cada brasileiro produza, em média, 379,2 quilos de lixo por ano. Isto é, cada habitante de cada município brasileiro descarta mais de um quilo de resíduos por dia, segundo estudo realizado pelo Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil em 2020.

Quer se espantar mais? Você já parou para pensar que o nosso país atualmente abriga aproximadamente 210 milhões de pessoas, e que todo santo dia, somos responsáveis pelo descarte de cada vez mais e mais resíduos, sendo certo que a maior parte deste lixo é descartado de forma inadequada.

Infelizmente, o lixo produzido, não some com um estalar de dedos. Quando botamos a sacolinha do mercado com resíduos para fora de casa, o caminho é longo até que chegue ao descarte adequado. Por mais óbvio que pareça, mesmo que o caminhão da coleta passe, ou as ruas sejam varridas, os resíduos ainda permanecem a nossa volta.

Maior parte dos resíduos produzidos pelos habitantes não passam por qualquer tipo de coleta no país. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento, mais de 1.000 municípios brasileiros não disponibilizam coleta de lixo domiciliar para toda a população urbana.

Além disso, a maior parte dos municípios não tem a menor preocupação acerca de um descarte adequado de todo esse lixo. Mais de 40% dos resíduos sólidos urbanos, são despejados nos mais de três mil lixões espalhados por todo país, o que leva a contaminação do solo por centenas de anos e da água.

E se você acha que pagamos apenas pela coleta do lixo, você está muito enganado. Nós, contribuintes, pagamos caro pela coleta do lixo, pelo transporte até o lixão ou aterro sanitário, e pelo espaço onde o lixo foi ou está sendo descartado – mesmo por aqueles espaços que não tem mais a capacidade de receber mais resíduos.

Essa metodologia antiga de descarte de lixo – que, por sinal, pode ser novamente implementada em Nova Friburgo, através dos novos contratos na gestão de lixo – traz prejuízos irreparáveis não somente ao meio ambiente e a nossa saúde, mas também, ao nosso bolso, enquanto contribuintes, dando um triste fim a tudo que descartamos.

Marcelo Barros, administrador de formação, atua há pelo menos 30 anos no mercado de soluções energéticas e explica que o descarte de resíduos nos aterros sanitários não é nem de longe a melhor solução, tanto para o meio ambiente, como para a própria cidade.

"O descarte de lixo nos aterros sanitários é um processo delicado. Quando utilizamos esse método de descarte de resíduos, há chances de vários riscos de acidentes ambientais que vão desde a contaminação dos lençóis freáticos até risco de explosões por conta dos gases emitidos pelo lixo. No fim das contas, todo material continua acumulado no local durante décadas, até que o aterro esteja no limite. Posteriormente, novos aterros são abertos e os antigos ainda continuam poluindo”, explica Marcelo.

Inovação que transforma lixo em luxo

Já pensou se deixássemos de gastar dinheiro com o nosso lixo e transformarmos ele em uma excelente fonte de renda para a cidade, por meio da geração de energia, criação de vagas de empregos, venda de matéria prima e até mesmo, combustíveis para veículos? Parece uma ótima ideia, não? E é! Marcelo explica:

"Hoje, existem soluções inteligentes de usinas de tratamento, que conseguem, de forma automatizada, separar os materiais recicláveis, incinerar o lixo que consegue produzir energia elétrica e combustível e por fim, transformar descartes em materiais úteis para obras públicas, como tapumes de madeiras, cavaletes entre muitos outros.  No longo prazo, a história já provou que projetos como estes podem ser extremamente rentáveis aos municípios e especialmente para a população – que ganha novas vagas de empregos e ganha com a redução drástica dos impactos ambientais, e o melhor, tudo isso sem a existência de um aterro sanitário"

Soluções como essas já são usadas em todo o planeta. Em Oslo, na capital da Noruega, cerca de metade da cidade é aquecida pela queima de lixo, de onde também grande parte da sua energia elétrica é produzida. E sabe qual a problemática norueguesa? Eles não têm mais lixo para queimar e hoje, chegam até a ter que importar lixo da Inglaterra e da Irlanda.

Embora o Marco do Saneamento, assinado em 2020, buscou determinar um prazo de quatro anos para que todos os locais de descarte irregulares fossem desativados, no Brasil, a cada dia que passa os locais inadequados para descartes são criados, numa tentativa de solução de problemas que beneficiam pouquíssimos. 

 Esperamos que um dia, a problemática do lixo friburguense seja como a norueguesa e a nossa maior preocupação seja em como comprar os resíduos alheios das cidades vizinhas para produzirmos energia e gerar renda para todos - e não em como faremos para abrirmos novos aterros sanitários, em um ciclo vicioso e sem fim.

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Apesar dos pesares

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

A cada dia que passa a vida mostra que saber ouvir é mais que uma habilidade rara, mais do que uma necessidade, mais do que uma demanda social. É um dom. Proponho uma breve observação. Quantas pessoas falam ao mesmo tempo nas mesmas rodas de conversa? E dessas, quantas estão falando sobre si mesmas, sobre suas próprias vidas, seus anseios individuais e seus problemas? Quantas estão a reclamar o tempo todo?

A cada dia que passa a vida mostra que saber ouvir é mais que uma habilidade rara, mais do que uma necessidade, mais do que uma demanda social. É um dom. Proponho uma breve observação. Quantas pessoas falam ao mesmo tempo nas mesmas rodas de conversa? E dessas, quantas estão falando sobre si mesmas, sobre suas próprias vidas, seus anseios individuais e seus problemas? Quantas estão a reclamar o tempo todo?

Em sequência, proponho que observem quantas pessoas ouvem atentamente a história do outro, olham nos seus olhos e efetivamente parecem se importar com as informações compartilhadas.

Dia desses me aconteceu algo curioso. E que curiosamente sempre acontece. Comigo! Estive com uma pessoa que pouco vejo e com quem não tenho intimidade alguma. Mas a quero muito bem e ela deve perceber. Estivemos juntas por 20 minutos apenas e em uma circunstância incomum. Pois bem. Nesse interregno de tempo eu pude saber das dores mais profundas pelas quais ela passa, do sofrimento de sua família, sobre suas recentes perdas e dificuldades. Coisas que só contamos a Deus quando colocamos a cabeça no travesseiro. Ela não estava lamuriando. Definitivamente não estava. Abriu seu coração simplesmente por sentir que teria dois ouvidos disponíveis por algum tempo e talvez um coração aberto a acolhê-la de alguma maneira. Talvez um olhar sincero além dos ouvidos atentos.

Confesso que quando ela começou a contar sobre sua vida, olhei no relógio e lembrei-me o tanto de afazeres que ainda tinha por fazer. Por alguns segundos senti medo da demora e pensei em mudar o rumo da prosa, imaginando o tanto que ela se prolongaria. Por pouco não a interrompi. Não daria tempo, eu não tinha realmente disponibilidade aquela hora. Afinal, já sabemos as horas voam.

Não raras vezes eu imagino que “aquela pessoa” poderia ser minha mãe ou minha avó e que eu gostaria de que elas fossem sempre tratadas com zelo, respeito e atenção quando decidissem abrir o coração com alguém. Um pensamento um tanto egoísta que às vezes vem. Não por isso. Muito mais frequentemente eu me coloco no lugar de uma pessoa estranha e procuro buscar entender como ela se sente e volta e meia percebo que ela precisa simplesmente do que mais posso oferecer: atenção (que não necessariamente é sinônimo de tempo) e carinho.

Dessa vez foi assim. Felizmente eu perseverei alguns segundos, me acomodei melhor na cadeira e me pus a ouvi-la como se tivesse a eternidade à sua disposição. Olhei atentamente para aqueles olhos cansados de um dia de trabalho exaustivo que escondiam por trás dos óculos um semblante triste, abatido e desolado. Senti de forma profunda que ali residia uma enorme dor. E sem que eu proferisse uma palavra (eu juro, nenhuma palavra) ela confiou a mim suas profundas aflições.

Enquanto ela falava, eu agradecia. Agradecia por estar ali naquele exato local e momento podendo ser útil a alguém como ela. Agradecia por não ter posto o meu egoísmo e a minha pressa à frente do sentimento dessa pessoa. Agradecia por meu coração naquele momento estar livre daquelas angústias vividas por ela. Agradecia por conseguir me transportar para o lugar ocupado por ela, entender seus anseios. Agradecia por ser eu a estar ali. Agradecia por isso sempre acontecer comigo e apesar de eu não conseguir me vencer sempre, por estar ali tentando, mais uma vez, com mais uma pessoa. Agradecia pelo dom de ainda saber ouvir.  Muito mais do que por meio dos ouvidos.

Ao fim da conversa – eu, com os minutos contados e ela, atrasada para pegar seu ônibus - bastou um abraço e sem que eu dissesse nada, encerramos aquela longa conversa. Que experiência rica. Como estamos carentes de um interlocutor de verdade, com quem possamos simplesmente compartilhar, não só o lado bom da vida, mas também as profundezas da alma. Sem julgamentos.

Dali saímos e eu rezei por ela. Apesar da correria do dia a dia, do ruído e da ansiedade social, não me esqueci de que ainda sei ouvir. E mais uma vez agradeci por não ter ensurdecido a alma. Apesar dos pesares.

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Nossa tendência de experimentar medo e ansiedade é genética?

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

A revista Scientific American online publicou uma resposta à pergunta do título acima do dr. William R. Clark, professor do departamento de biologia molecular, celular e do desenvolvimento da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles). Original em inglês disponível nesse link: https://www.scientificamerican.com/article/is-our-tendency-to-experi/ Vamos ver a resposta do dr. Clark sobre se a ansiedade e medo tem base genética.

A revista Scientific American online publicou uma resposta à pergunta do título acima do dr. William R. Clark, professor do departamento de biologia molecular, celular e do desenvolvimento da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles). Original em inglês disponível nesse link: https://www.scientificamerican.com/article/is-our-tendency-to-experi/ Vamos ver a resposta do dr. Clark sobre se a ansiedade e medo tem base genética.

Ao sentirmos medo, a tendência automática é reagir frente ao perigo percebido. Pessoas diferentes reagem de forma diferente diante do medo. Quanto à ansiedade, algumas têm ansiedade traço, que é a que existe desde que o indivíduo era pequeno, enquanto que outras têm ansiedade estado, que surge temporariamente diante de algum evento estressor, mas depois retorna ao nível normal.

O medo ajuda a pessoa a não arriscar a vida. Serve de proteção. O problema é quando o medo se torna uma fobia, que é uma emoção de medo exagerado. A fobia não é útil e prejudica o desempenho da pessoa. A fobia e a ansiedade excessiva, explica o dr. Clark, causam não só angústia mental, mas vários sintomas físicos reais, incluindo dor localizada. Mas até que ponto o medo é aprendido com a vivência e a experiência do ambiente, e até que ponto sofre influência genética?

O estudo do medo em camundongos mostrou que ele pode ser criado seletivamente nas gerações seguintes, sugerindo forte componente genético. Camundongos selecionados ao acaso submetidos a um teste numa caixa aberta e iluminada, sem esconderijos, exibiam respostas diferentes. Alguns se encolhiam e ficavam parados perto de uma parede, defecando e urinando repetidamente, enquanto outros andavam pela caixa, cheirando e explorando sem preocupação.

Se os ratinhos medrosos forem criados uns com os outros ao longo de várias gerações, é possível desenvolver gerações nas quais todos os membros serão altamente ansiosos e com medo em testes diferentes. Interessante que eles não aprendem esse medo e ansiedade excessiva uns com os outros ou com suas mães. Um rato recém-nascido de uma linhagem temerosa, criado por uma mãe destemida junto com irmãos destemidos, ainda poderá medo quando adulto.

Camundongos sem receptores de células nervosas para o neurotransmissor Gaba (ácido gama-amino butírico) são mais medrosos do que os com o receptor. O Gaba é usado por regiões superiores do cérebro e pode funcionar para diminuir as respostas excessivamente temerosas aos estímulos ambientais. Verificou-se que camundongos sem um receptor no cérebro para hormônios do estresse glicocorticoides são bem menos ansiosos do que camundongos de controle.

Dr. Clark diz que há evidências em humanos, obtidas de estudos de crianças adotadas e gêmeos idênticos criados juntos ou separados, de que uma tendência à ansiedade e ao medo é um traço hereditário. Fobias específicas, como medo de cobras, de dor, altura ou espaços fechados, estão quase inteiramente ligadas a experiências ambientais individuais. Mas a tendência de desenvolver respostas de medo ou ansiosas ao meio ambiente em geral tem componente genético claro.

Parece que grande parte da contribuição genética para o medo e a ansiedade em humanos envolve neurotransmissores e seus receptores, e o Gaba e seus receptores têm papel fundamental. Talvez o mais importante neurotransmissor que media a ansiedade em humanos seja a serotonina. A depressão grave também tem um componente genético marcado.

Medo e ansiedade são influenciados por muitos genes. Não existe um simples gene de "medo" herdado de uma geração para outra. O que recebemos geneticamente de nossos pais nos predispõe a responder com maior ou menor grau de ansiedade a eventos em nosso ambiente. Mas o quanto nossa vida é afetada por essa predisposição herdada depende em grande parte de nossa história individual - o número, força, tipo e duração dos eventos que provocam tais reações.

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Cesar Vasconcellos de Souza – doutorcesar.com

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"Por que amo Nova Friburgo?"

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

A Academia Friburguense de Letras realizou, neste ano, o concurso literário “Por que amo Nova Friburgo?”, realizado com o apoio da Secretaria Municipal de Educação. O concurso abrangeu duas categorias diferentes de alunos do Ensino Fundamental: 6 e 7anos; 8 e 9 anos. 

A Academia Friburguense de Letras realizou, neste ano, o concurso literário “Por que amo Nova Friburgo?”, realizado com o apoio da Secretaria Municipal de Educação. O concurso abrangeu duas categorias diferentes de alunos do Ensino Fundamental: 6 e 7anos; 8 e 9 anos. 

Foi uma cerimônia alegre. Muito alegre. As cores da Academia pareciam brilhar e se misturavam com o sorriso dos pais e professores. Os premiados chegavam com uma postura tímida e com passos suaves. Os rostos dos pais não escondiam o orgulho de acompanhar os filhos, e os professores chegavam com passos firmes e confiantes do cuidadoso trabalho que fizeram com os alunos. E, nós, os acadêmicos, com alegria e paz, recebemos os convidados com afetividade.

O professor e acadêmico Robério José Canto cuidou do concurso com o toque de mestre, resultado da experiência de uma vida como professor de literatura e, também, como organizador de concursos literários da AFL; foram muitos, envolvendo temas diversos e participantes de vários estados do Brasil.

Neste concurso resolvemos dar atenção aos alunos da Rede Municipal de Ensino como uma forma de valorizar a Língua Portuguesa e a literatura na nossa cidade, lugar que amamos e no qual vivemos. Por isso o título, “Por que amamos Nova Friburgo?”. Também tivemos a intenção de fazer os alunos olharem com afeto para o lugar onde vivem.

Neste concurso, a nossa Casa, a Casa de Júlio Salusse, autor de “Cisnes”, um dos poemas mais belos já composto, cumpre suas finalidades. Durante a cerimônia, o auditório repleto me fez constatar que a Academia está cheia de vida e seus acadêmicos trabalhando para tê-la com as portas e janelas abertas para a cidade. 

Além dos alunos premiados, acompanhados por suas famílias, amigos e professores, contamos com a presença da Secretária de Educação, Caroline Moura Klein, do Secretário de Cultura, Daniel Figueira, Jorgeana da Vitória Abreu, Coordenadora de Língua Portuguesa da Secretaria de Educação, Márcia Machado, Coordenadora da Biblioteca da Secretaria Municipal de Cultura. Depois da cerimônia, a Academia ofereceu aos presentes um coquetel, durante o qual puderam compartilhar aquele vitorioso momento, conversar e reencontrar pessoas.

Enfim, a literatura engrandece, transforma e une as pessoas. Acredito que um jovem, depois de vencer um concurso literário, seja uma pessoa enriquecida pela experiência de ter realizado uma tarefa desafiadora com empenho, criatividade e inteligência. Reconheço que a sensação de ter conquistado uma vitória com lisura e autenticidade é importante para a construção do caráter de uma pessoa.

Salve os vencedores dos 6ª. e 7ª. anos do Ensino Fundamental: Rafaela Vieira Giz, Ana Júlia Marchon Freiman, Polyana Lima Batista Breder, Maria Eduarda Combat, Miguel Netto. 

Salve os vencedores dos 8ª. e 9ª. anos do Ensino Fundamental: José Fraga Storani, Fernanda Tardin Linhares, Davi Rocha, Kauê Jorge Linhares Veloso, Lara Figueira Pinto Bastos.

Salve os professores:  Rosiara Campos Knupp, Daniele de Souza Figueira, Olympia Maria de Lima David, Aparecida Eva de Lacerda de Freitas, Juliana Barros Muniz, Juliana de Souza Cabral.

Salve a professora Jorgeane da Vitória Abreu, coordenadora de Língua Portuguesa.

Salve Maria Janaína Botelho, nossa presidente.

 

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A importância de tomar medicamentos corretamente

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Hoje abordarei um tema que é pouco discutido entre médicos e pacientes, mas a meu ver muito importante e que merece uma reflexão mais profunda. O sucesso da maioria de um tratamento, depende do uso correto da medicação e é justamente aí que está o problema.

Hoje abordarei um tema que é pouco discutido entre médicos e pacientes, mas a meu ver muito importante e que merece uma reflexão mais profunda. O sucesso da maioria de um tratamento, depende do uso correto da medicação e é justamente aí que está o problema.

Em sua grande maioria, os medicamentos têm um tempo de ação que varia de produto para produto, estando sua prescrição atrelada a essa duração. Outro fator importante é o preço do medicamento, que vai ser mais caro ou mais barato, dependendo do fabricante e do produto em si. Se bem que com o uso dos genéricos essa situação melhorou muito.

No entanto, é preciso ficar bem claro que os medicamentos são dose dependentes, ou seja, ao serem interrompidos, cessam seus efeitos, reaparecem os sintomas. Podemos citar como exemplo a insulina. Sua função principal é abaixar a glicose no sangue; cessado seu tempo de ação, que varia de insulina para insulina, a glicemia aumentará, se outra dose não for aplicada. Daí a preocupação do médico em escolher uma preparação adequada e estipular quantas aplicações por dia. O mesmo se aplica aos medicamentos usados para combater a pressão alta, aos antibióticos, aos medicamentos para reduzir o colesterol e tantos outros.

O que vemos na prática, seja por desinformação, pela questão do custo ou mesmo por esquecimento, são os tratamentos serem interrompidos no meio do caminho. Assim, tão logo a pressão arterial normalize, o paciente interrompe o medicamento; a febre regrediu, adeus antibióticos. O mesmo acontece com outros fármacos para doenças crônicas. Cito aqui o caso dos antidiabéticos orais, usados para diminuir a glicose sanguínea. Na atualidade, são vários, que foram se sofisticando e melhorando seus efeitos, à medida que a indústria farmacêutica aprimorava suas pesquisas; no entanto, o princípio é sempre o mesmo, pois eles têm um tempo de ação determinado. Se o tratamento é interrompido, os efeitos benéficos se extinguem e a glicemia volta a se elevar.

As consequências podem ser terríveis. Um hipertenso grave, que tenha sua pressão arterial normalizada com medicamentos, ao deixar de usá-los, corre o risco de vê-la aumentar subitamente e a oscilação dessas alterações tensionais podem levar a consequências graves, como um acidente vascular cerebral (AVC) e, mesmo, a um enfarte do miocárdio. Uma infecção pode voltar mais grave, se o antibiótico não for usado pelo tempo correto, além do risco de aumentar a possibilidade de resistência ao medicamento. Aliás, esse é um dos motivos para o controle atual da venda deles. Antes, a qualquer manifestação febril, sem consultar o médico, comprava-se um antibiótico que era tomado desordenadamente.

Portanto, não tenha medo ou vergonha. Discuta com seu médico o seu tratamento, procurando informar-se dos medicamentos que voce vai ter de tomar, por quanto tempo e quantas vezes por dia. Peça ainda informações sobre como eles funcionam e os possíveis efeitos adversos, de uma maneira que você possa entender. Além de médico, ele é seu amigo. Com isso você estará tendo valiosas informações que vão ser úteis para o seu dia a dia. Consultar o Google é uma tentação, mas as informações ali contidas podem não esclarecer totalmente as dúvidas.

Mas lembre-se, nunca interrompa um tratamento, a não ser que surja uma crise aguda. Por exemplo, você começou um remédio novo e, de repente, começa a sentir coceira e a apresentar manchas avermelhadas pelo corpo. Nesse caso, pode estar ocorrendo uma crise alérgica aos componentes desse medicamento. Interrompa imediatamente o seu uso e tente falar com o seu médico, diga o que está acontecendo e peça orientação. Seu médico podera diminuir a dose, trocar seu medicamento ou orientá-lo a procurar o pronto atendimento. Se ele não estiver disponível vá direto para o hospital e não se esqueça de levar sua receita.  Isso pode salvar a sua vida.

Infelizmente, em função dos planos de saúde que pagam mal a consulta e obrigam os médicos a atender um número maior de pacientes, a anamnese não é a ideal e o tempo de consulta é mais curto e corrido. Mesmo assim é importante que o paciente tente dialogar com quem o atende e esclarecer as dúvidas que possa ter. Uma relação médico-paciente adequada é o primeiro passo para que um tratamento seja eficiente.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

15 anos juntos

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Meu afilhado Miguel nasceu um mês depois. Meus afilhados, Tiago e Davi, só vieram cinco anos mais tarde. Quando a coluna Observatório nascia, em novembro de 2008, eu nem era ainda nascido para a política eletiva, assim como outros por aí. Minha dedicação era exclusiva ao jornalismo: Rádio Nova Friburgo FM (à época ainda AM), TV Zoom e Portal de Notícias da InterTV. Em A VOZ DA SERRA, dei meus primeiros passos em setembro de 2006, quando começara a coluna semanal Palavreando.  

Meu afilhado Miguel nasceu um mês depois. Meus afilhados, Tiago e Davi, só vieram cinco anos mais tarde. Quando a coluna Observatório nascia, em novembro de 2008, eu nem era ainda nascido para a política eletiva, assim como outros por aí. Minha dedicação era exclusiva ao jornalismo: Rádio Nova Friburgo FM (à época ainda AM), TV Zoom e Portal de Notícias da InterTV. Em A VOZ DA SERRA, dei meus primeiros passos em setembro de 2006, quando começara a coluna semanal Palavreando.  

Lembro-me como se fosse hoje: diante da mesa bagunçada de Laercio Ventura, há 15 anos, ele me dizia: “uma coluna só por semana é pouco. Vejo você em todos os veículos de comunicação da cidade e no principal você não está todos os dias. Quero que você escreva todos os dias aqui. Crie algo”. 

Escrever, todos os dias, uma coluna literária como Palavreando seria exaustivo, não só para o cronista, como também para o leitor. Em um insight rápido, a ideia de Observatório surge, ali mesmo, em uma daquelas tardes de muito aprendizado diante do inesquecível mestre. Observar e fazer do cotidiano friburguense - notícia. 

Notava que muitas das informações que tinha do dia-a-dia não eram de conhecimento da imensa maioria das pessoas. Até mesmo do convívio profissional. Informações curiosas, que mudavam o rumo da cidade, do ir e vir de sua gente. Talvez não valiam uma matéria clássica, mas dariam notas; o comércio, a cultura, o esporte, as pessoas e instituições. Buscar notícias quentes, exclusivas. 

Era difícil não ser convencido por Laercio e, empolgado como são os entusiastas de Nova Friburgo, pediu para que eu montasse um modelo para ele ver. Entreguei dois dias depois, e na semana seguinte à conversa, em 12 de novembro de 2008, Observatório simplesmente estava publicado, sem qualquer alteração da boneca que eu havia montado. Com a minha foto e assinatura. Dando a cara à tapa. Nada de pseudônimos, inaugurando um momento especial do jornalismo local. 

No início, um pequeno artigo abria a coluna que era seguida de notas. E assim, abríamos a apresentação da coluna, há 15 anos: “Não tenho respostas, apenas observações. E de binóculo ou pelo buraco da fechadura, observo o cotidiano tecendo suas teias que aprisionam, mas também libertam. Aliás, sou daqueles que cultivam a crença do informar para transformar. Minha maior aspiração: ter instinto de cachorro vira-lata, daqueles sem dono, em que a lata do lixo é a rotina e as esquinas – a sobrevivência.

O luxo de um jornalista é gente e as esquinas são seu mundo. É nas esquinas que o global se torna tão perto ao ponto de ser local. Eu amo gente! E na minha eterna tentativa de entender gente é que descubro que é ousadia demais desvendar gente. Orgulhosamente, me junto às vozes de A Voz da Serra para analisar, testemunhar e eternizar as histórias de Nova Friburgo e região. E tentar assim, também ser professor e estudante do tempo. Espectador e agente dos acontecimentos. Herói e vilão. Fazer história e histórias. Afinal, é isso que A Voz da Serra faz há mais de sete décadas. O mundo é uma história da qual talvez eu não conte o fim, mas estou aqui para ver, contar e perpetuar o meio. E o meio é o que importa. Com alma de vira-lata, tenho a partir desse instante, uma caneta na mão e gente para todos os lados. Você está sendo observado!”

 

Ao longo destes 15 anos, a coluna foi mudando, sem perder sua essência. Seguiu diária, mesmo quando acabei entrando para a política eletiva. Laercio sempre me incentivou, ainda que, com o peculiar espírito protetor que abraçava os seus. Temia pela minha carreira, me achava jovem demais e por isso perigoso colocar o nome à disposição do voto. Porém, ele sabia desde sempre do meu sonho maior e foi um grande apoiador. Na primeira tentativa, acabei me tornando vereador. Mandatos tem tempo determinado. Ter consciência disso é essencial para não fazer do poder propriedade particular. A profissão de jornalista é permanente. 

Na última conversa com Laercio, ele me disse: “Menino, acho que não vou conseguir cumprir a promessa que fiz de te ver onde você vai chegar. Me libera dela?” Após me despedir, chorei no silêncio do interior do meu carro, mas com muita esperança de sua recuperação, que acabou ocorrendo. No entanto, poucos dias depois, perdemos o grande contador de histórias de Nova Friburgo.  

Mesmo tendo a obrigação de ficar na capital, quando Nova Friburgo me possibilitou o mandato de deputado estadual, já sob a direção de Adriana Ventura, seguimos com a coluna diária. A rotina pesada não foi fácil, mas compromisso é compromisso. Até que fomos diminuindo o ritmo para uma coluna mais repleta de informações com duas edições semanais, até chegar ao formato atual, uma página inteira, uma vez por semana, exclusivamente de notas.

 

Mesmo durante os mandatos, jamais fiz autopromoção pessoal. Nunca escondi o que penso e defendo: Nova Friburgo tem potencial para ser uma das melhores cidades do Brasil. Seja com olhar crítico ou sonhador, sempre regrado pelo equilíbrio. Hoje, peço licença do formato de notas informativas para fazer esse passeio e também revelar angústias e orgulhos. Nossa relação é de sinceridade. Por mais que pudesse fazer aqui bastidores da política, não foi o que nos propomos. E, a partir do momento em que estive inserido como nome também da política, evito o tema. Claro que ter sido o 2º mais votado na última eleição de prefeito fez com que o olhar para mim mudasse, especialmente do meio político. Mas não abro mão da minha profissão. Fiz pós em gestão pública, mas sigo também sendo jornalista e educador. Podem tirar tudo de alguém, menos o conhecimento adquirido.  

Você nunca leu aqui sobre partidos, articulações de político A ou B ou de mim mesmo, rumores do Executivo ou do Legislativo locais. Porém, sob o olhar jornalístico não nos calamos diante de fatos que afetam a vida de todos: denunciamos o estoque de vacina contra a Covid-19, enquanto dezenas estavam morrendo na cidade, à espera do imunizante. Mostramos, por estudos estatísticos exclusivos e minuciosos, que a gestão da Covid, na Nova Friburgo de 2021, matou mais pessoas do que os já trágicos números brasileiros. Pasmem, ficamos muito acima das médias estadual e nacional. 

Temos nos empenhado em trazer os mais variados rankings que comparam municípios através de dados oficiais. O que esses números têm revelado? O próprio leitor tem capacidade para perceber que Nova Friburgo ficou para trás, que ano após ano, a queda tem sido livre em praticamente todos os setores. Lendo números, nos deparamos com o irrefutável: não são apenas números, são pessoas! Ser, por exemplo, o 51º pior do país em acesso à saúde é a confirmação fria de que os friburguenses não estão tendo saúde básica.

Podem discordar de posições e isso é saudável, mas não há como ocultar os dados a que temos nos dedicado a simplificar para o leitor. Contra números não há argumentos. Entre dados e opiniões, vencem os dados, já que opinião todo mundo tem a sua! Portanto, esmiuçar essas métricas, comparar a períodos anteriores e dar publicidade a elas tem irritado quem está no poder.

Os mesmos que amavam, usavam e abusavam de A VOZ DA SERRA, quando com justiça, tinham todo destaque nas ações do finado G5. Título, aliás, dado por este jornal ao então grupo de cinco vereadores de extrema oposição ao governo anterior. Quem tanto gostava de fiscalizar, criticar sem soluções e apontar o dedo, passou a ter ojeriza ao que tanto fazia.

As críticas seguem semelhantes, a falta de criatividade nas soluções continuam as mesmas, mas agora, perseguem o jornal, querem a minha cabeça, fazem ilações infundadas com argumentos que carecem de verdade. Também perseguem servidores públicos que pensam diferente, veículos de comunicação como um todo, desrespeitam a oposição, tentam aniquilar a institucionalidade. Típico de populistas, entusiastas de ditaduras, de quem não sabe ser criticado e apela para a teoria que separa situação em ungidos e oposição em renegados por Deus. Alguém tem que falar para eles que a Idade Média ficou no século 15. Estamos no Brasil de 2023.    

Em tempos de narrativas, rechaçam quem não compactua das narrativas criadas por eles e usam suas milícias digitais, patrocinadas ou não, para fazer de Nova Friburgo quintal de suas casas. Mas a cidade é maior e na arena certa, esse debate será feito, democraticamente, olho no olho, com todo olho nos produtores de fake news. Fake news e deepfakes não serão perdoadas! Fica dado o recado a quem se atreveu e se atreve na aventura do tudo pelo poder.

 

Durante 15 anos, colhemos credibilidade. Notícias que nos encheram de orgulho, outras de preocupação. Reflexões. Sonhos. O manual jornalístico diz que levamos muito tempo cristalizando credibilidade, mas a credibilidade pode se esvair muito rápido. O manual da vida diz o mesmo e acrescenta que seu discurso deve ser sua prática e sua prática um hábito. Felizmente, mantemos essa credibilidade cada vez mais fortificada e nossos ideais mais maduros e firmes. Coerência.

As trajetórias não podem ser apagadas. Todos os dias olho para o menino de 15 anos que começou como repórter esportivo na equipe do Fernando Bonan. Enquanto fazia formação de professores no Ienf e era vendedor de calçados na Mascote, pisava nos gramados do Maracanã. Lembro do menino de 9 anos que andava pelas ruas da cidade como garoto de estacionamento. Sou filho de costureira. Recordar isso faz com que eu não me esqueça de onde vim, não me perca em ilusões de poder e mantenha os propósitos que seguem me levando pelos ideais coletivos de uma Nova Friburgo grandiosa e de excelência para o seu povo. 

Ouço como se pudesse estar ouvindo neste momento que escrevo o conselho do mestre Laercio: “O que você fala no rádio, o vento pode até levar, mas o que escreve no jornal fica. Pois no jornal, o sujeito lê, relê e confirma: ele quis dizer isso mesmo”. E é isso que quero dizer mesmo: às vezes tenho medo, é claro, de enfrentar tudo que aí está posto, mas não tenho escolha.

 

Dissecadas - ainda que de forma rasa as angústias - por fim, orgulho do que escrevemos e gratidão. Gratidão não perece - nunca. Jamais fui demitido dos empregos que tive, nunca fui expulso de lugar algum. Quando tive que sair para outras oportunidades, as portas sempre ficaram abertas. Terminei amigo de todos os relacionamentos que tive e meus velhos amigos seguem se somando aos novos. Não começamos ontem, ainda que vinte e tantos anos de comunicação e 15 anos de Observatório em A VOZ DA SERRA possam parecer pouco diante dos honrosos 78 anos desta instituição. AVS é uma instituição. Respeitem.

Governos vão passar, novas lideranças vão surgir, despedidas vão acontecer, ideologias vão evoluir, pensamentos proeminentes agora darão lugar a outros, portas de lojas vão abrir e fechar. A cidade é um organismo dinâmico, cuja identidade é a história de seu povo e o que seu povo firma de legado às suas instituições. Que honra poder acompanhar tudo isso e ser parte. 

Obrigado, aos meus colegas de trabalho que possibilitam que eu chegue até você, querido leitor. Obrigado a você que me acompanha. Grato pelos elogios, pelas críticas construtivas, por nossa relação. Obrigado à direção, sob a árdua e diária luta de Adriana Ventura, para manter o jornal.

Como povo, fico grato pela oportunidade de escrever neste biógrafo que é A VOZ DA SERRA. Meus escritos testemunham ideias, percepções e sonhos. Perpetuam as observações de um tempo. Este tempo que tenho e temos juntos. Que a sensibilidade e a coragem sigam nos guiando.

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A sétima edição do “Dia Mundial dos Pobres” será realizada no Vaticano

terça-feira, 14 de novembro de 2023

A sétima edição do “Dia Mundial dos Pobres”, evento tão desejado pelo Papa Francisco, terá início, na manhã de 19 de novembro, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, com uma celebração Eucarística, presidida pelo Santo Padre. Logo a seguir, na Sala Paulo VI, o Papa almoçará com os mais necessitados. Em vista deste evento o ambulatório “Mãe de Misericórdia” ampliará a sua obra caritativa durante toda a semana que precede o evento com uma maior assistência gratuita de médicos e enfermeiros.

A sétima edição do “Dia Mundial dos Pobres”, evento tão desejado pelo Papa Francisco, terá início, na manhã de 19 de novembro, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, com uma celebração Eucarística, presidida pelo Santo Padre. Logo a seguir, na Sala Paulo VI, o Papa almoçará com os mais necessitados. Em vista deste evento o ambulatório “Mãe de Misericórdia” ampliará a sua obra caritativa durante toda a semana que precede o evento com uma maior assistência gratuita de médicos e enfermeiros.

“Encorajar a Igreja a ultrapassar seus confins para encontrar a pobreza, nos múltiplos aspectos, existente no mundo de hoje”. Eis o espírito com o qual, por desejo do Papa Francisco, voltará a ser celebrado o “Dia Mundial dos Pobres”, que chegou à sua sétima edição. O evento, que se realizará no domingo, 19 de novembro, começará com uma Santa Missa, presidida pelo Papa, na Basílica vaticana.

 

Fisichella: atenção aos necessitados no caminho jubilar

O lema para este “VII Dia Mundial dos Pobres”, extraído do livro de Tobias, “Não desvie seu olhar dos pobres” (Tb 4,7), foi publicado, como sempre, por ocasião da festa de Santo Antônio de Pádua, 13 de junho. Segundo a tradição, a mensagem para o evento é acompanhada de um subsídio pastoral, em seis línguas.

O arcebispo Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, indica este evento como caminho rumo ao Jubileu 2025: “A atenção aos mais necessitados faça com que todos nós nos tornemos peregrinos de esperança, em um mundo que precisa ser iluminado pela luz de Cristo Ressuscitado e da tocha da caridade, que ele acendeu em nossos corações”.

Este ano, o Dia Mundial dos Pobres conta com uma participação direta do Dicastério para o Serviço da Caridade, que vai organizar o almoço para os pobres, que Francisco sempre oferece na Sala Paulo VI, após a celebração Eucarística. O almoço deste ano será oferecido pela rede italiana de Hotéis Hilton.

 

Ambulatório Mãe de Misericórdia oferecerá assistência gratuita aos pobres

A Esmolaria Apostólica, junto com o Ambulatório Mãe de Misericórdia, obra caritativa desejada pelo Papa, que atua sob a Colunata de Bernini, na Praça de São Pedro, dispensa, durante todo o ano, assistência gratuita aos que vivem em situações de indigência pelas ruas de Roma. Na semana que precede o “Dia Mundial dos Pobres”, a instituição prestará assistência aos mais frágeis, todos os dias, de manhã à noite, com a colaboração de cerca de 50 médicos, enfermeiros e voluntários. Os pobres e necessitados receberão, gratuitamente, consultas médicas gerais e especializadas: ultrassonografias, exames de sangue, remédios, vacinas, testes contra a Covid, cardiologia, ortopedia, oftalmologia, odontologia, otorrinolaringologia, reumatologia, cirurgia geral, nefrologia, audiologia, psiquiatria, cirurgia vascular, angiologia, gastroenterologia, ginecologia, podologia.

 

Aumenta sempre o grito de ajuda e solidariedade

O Dicastério para a Evangelização, graças à colaboração do Seguro Unipolsai, continuará a dar outras formas de ajuda às famílias menos favorecidas, através, por exemplo, do pagamento de contas.

Em sua Mensagem, para o Dia Mundial dos Pobres, Francisco recorda: “Todos os dias, estamos engajados na acolhida aos pobres, mas isso não é suficiente. Um rio de pobreza escorre pelas ruas das nossas cidades a ponto de transbordar; o grito dos irmãos e irmãs, que pedem ajuda, apoio e solidariedade aumenta cada vez mais forte. Por isso, no domingo, que precede a festa de Cristo Rei, reunamo-nos, em torno da Mesa eucarística, para recebermos, mais uma vez, o dom e o compromisso de viver a pobreza e servir aos pobres”.

Fonte: Vatican News

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Vivas para dra. Anny

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Nesta terça-feira, 14, celebramos o aniversário da admirada médica dra. Anny de Mattos Barroso Maciel (foto), friburguense radicada há mais de duas décadas em São Paulo.

Por esta alegre razão, endereçamos a ela com o carinhos especial de seu marido Guilherme, filhas Júlia e Manuella, a mãe Marly, irmã Érika, demais familiares e muitos amigos também de Nova Friburgo, onde a aniversariante foi exemplar aluna do Colégio Anchieta, parabéns com votos de tudo de bom.

 

Noite libanesa e moqueca beneficente

Nesta terça-feira, 14, celebramos o aniversário da admirada médica dra. Anny de Mattos Barroso Maciel (foto), friburguense radicada há mais de duas décadas em São Paulo.

Por esta alegre razão, endereçamos a ela com o carinhos especial de seu marido Guilherme, filhas Júlia e Manuella, a mãe Marly, irmã Érika, demais familiares e muitos amigos também de Nova Friburgo, onde a aniversariante foi exemplar aluna do Colégio Anchieta, parabéns com votos de tudo de bom.

 

Noite libanesa e moqueca beneficente

A Casa da Amizade do Rotary Clube de Nova Friburgo promoveu bela e animada Noite Libanesa na última sexta-feira, 10, enquanto o Rotary Suspiro já se prepara para a realização de mais uma edição de sua tradicional moqueca beneficente.

O jantar com o objetivo de levantar recursos para suas ações sociais e terá lugar na sede compartilhada por todos os clubes de Rotary, na Rua Augusto Spinelli, no próximo dia 22 a partir das 19h30, com convites a R$ 120.

 

36% de calcinhas e 70% de fechaduras

Durante evento da Comex (Câmara de Comércio e Exportação) da Acianf, na semana passada, diversos temas foram tratados. Dois itens relacionados a produção genuinamente friburguense, foram revelados de maneiras bem significativas: 1º) em vez do patamar anterior de 25%, atualmente de cada 100 lingeries usadas por mulheres brasileiras, 36 são produzidas por confecções de Nova Friburgo; 2º) Quanto a fechaduras, naturalmente alavancada pela Stam Metalúrgica, de cada 100 peças instaladas nas portas brasileiras, 70 saem aqui de nossa cidade.

 

Parabéns ao super Marcão!

Ontem, 13, quem passou o dia recebendo muitos cumprimentos e manifestações de apreço pelo amigo e gente boa que é para com todos, foi o Marcos José Guzzo, na foto bem acompanhado de sua esposa Lívia Lamblet de Amaro Guzzo.

Ao Marcos Guzzo, que há 11 anos dá show como um dos grandes operadores da Rádio Nova Friburgo FM, parabéns com votos de contínuas felicidades.

 

É mole ou quer mais?

Graças a cabeças pensantes, alguns delas sabe-se lá originárias de onde, foram criadas datas comemorativas para tudo que se possa ou não imaginar.

Mas essa aqui, que pelo visto escapou de uma boa descarga, assinala que no próximo domingo, 19, é comemorado o “Dia do Vaso Sanitário”.

 

Estreará nova idade

Desde já antecipamos nossas congratulações com desejos de mais felicidades e sucessos à dra. Danielle Christine Bessa Netto de Barros, pela passagem do seu aniversário no próximo domingo, 19. Ela, que último pleito municipal integrando quantidade recorde de candidatos a prefeito de Nova Friburgo, faturou consideráveis 4.249 votos.

 

Jantar empresarial da Adhonep

No próximo dia 30, uma quinta-feira, o Capítulo 025 de Nova Friburgo da Adhonep (Associação dos Homens de Negócio no Evangelho Pleno), estará realizando seu jantar deste mês no Chimaron (Centro).

Nesta oportunidade, o principal preletor da noite que estará relatando marcantes passagens de sua vida, será o psicanalista e terapeuta Ivan Cunha, de Rio das Ostras.

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A VOZ DA SERRA é a voz que atravessa fronteiras!

terça-feira, 14 de novembro de 2023

            O Caderno Z é o caçador de datas comemorativas. A equipe vai fundo na pesquisa e sempre nos surpreende. Desta vez, a edição do último fim de semana festejou a data de 10 de novembro – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Além de um festejo, a data “é um símbolo da luta cujo propósito principal é educar, conscientizar e prevenir a população brasileira para os problemas advindos da surdez”. Dos fones de ouvido ao barulho impactante de uma montanha russa, nossos ouvidos estão sujeitos a muitos ataques invasivos.

            O Caderno Z é o caçador de datas comemorativas. A equipe vai fundo na pesquisa e sempre nos surpreende. Desta vez, a edição do último fim de semana festejou a data de 10 de novembro – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Além de um festejo, a data “é um símbolo da luta cujo propósito principal é educar, conscientizar e prevenir a população brasileira para os problemas advindos da surdez”. Dos fones de ouvido ao barulho impactante de uma montanha russa, nossos ouvidos estão sujeitos a muitos ataques invasivos.

            Entender a diferença entre surdez e deficiência auditiva é um bom começo para os tipos de tratamento. “O parcialmente surdo é aquele que tem diferentes níveis de dificuldade para ouvir. Nesses casos, um aparelho auditivo ou implante coclear podem ajudar a pessoa a ouvir melhor”. Para quem tem ausência de audição, a comunicação geralmente se dá por intermédio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Embora não seja uma regra única, os sinais, para quem se familiariza com eles, cumprem bem o papel da comunicação. A Fonoaudiologia tem sido de grande apoio. Quando o assunto “é o diagnóstico da perda auditiva, estes profissionais são unânimes em afirmar que identificar o problema o quanto antes é fundamental para o sucesso do tratamento”.

            Wanderson Nogueira lembra o texto de Eduardo Jácome: “Não se contentar apenas com o bom e sempre buscar fazer cada vez melhor”. “O bom é inimigo do ótimo” é o que espalha o povo nas ruas. Nova Friburgo tem capacidade de se reinventar para melhor. Tem história que assegura seu destino de ser destaque positivo. Tem sua gente empreendedora e valente. Tem a natureza como grande ativo, tão cobiçado nesses tempos de mudanças climáticas...”. Soa bem aos ouvidos palavras de incentivo ao bem.  

            A charge de Silvério mostra o espanto do usuário ante a nova passagem de R$ 4,90 para os ônibus urbanos. Quem faz uso de cartão continuará pagando R$ 4,20 até 11 de dezembro ou até o término dos créditos. Falando em transporte, o setor de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro investiu cerca de R$ 47,2 milhões para a renovação da frota da Polícia Militar com o objetivo de ampliar o patrulhamento tanto na Região Metropolitana como no interior. O governador Cláudio Castro ressaltou: (...) “Nosso maior ativo nunca foi e não será armas, viaturas e coletes. Nosso maior ativo são os nossos agentes de segurança e vamos zelar por eles...”. Das 218 viaturas, 85 serão distribuídas entre os municípios do interior de Estado do Rio de Janeiro.

            Maravilhoso! É o que podemos dizer do programa “Um lar pra mim” que incentiva servidores estaduais concursados a adotar crianças e adolescentes de abrigos ou com necessidades especiais. O projeto, às vésperas de completar 23 anos em 8 de dezembro, desde a sua criação tem um legado de 1.050 adotados, entre crianças e jovens. É simplesmente louvável aplaudir e propagar esse projeto transformador! Família é algo essencial. É o que podemos dizer dando vivas para o aniversário de Gildásio Coutinho que, com sua linda esposa, Layse, constitui linda família: seis filhas do casal, netos, bisnetos e agregados. Que lindeza! Parabéns e felicidades...       

            Voltando ao Caderno Z, o tema me fez lembrar que tanto a surdez como a deficiência visual têm sido responsáveis por duas metáforas famosas: “o pior cego é aquele que não quer enxergar” e “o pior surdo é aquele que não quer ouvir a voz do povo”. Roberto Carlos, no início da década de 70, lançou a canção “Todos estão surdos”, um verdadeiro chamamento ao que nos cabe: “Tanta gente se esqueceu / que a verdade não mudou / quando a paz foi ensinada / pouca gente escutou...”.Mais adiante, um recado resume o contexto: "Não importam os motivos da guerra / a paz ainda é mais importante que eles". O Papa Francisco, em sua luta de pacificação, convoca os cristãos de todas as religiões a rezarem pela paz e institui o dia 27 de outubro como o Dia Mundial de Oração pela Paz. Que todos os dias da nossa vida sejam dedicados à promoção da paz, por nossas atitudes, orações e pensamentos!

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Professores com fome querem pagamento de salários atrasados

sábado, 11 de novembro de 2023

Edição de 10 e 11 de novembro de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Professores com fome querem pagamento de salários atrasados - FEC não paga professores há dois meses. Prefeitura, pretendendo criação de uma Secretaria de Educação, procura esvaziar a fundação. Sindicato dos Professores protesta. 

Edição de 10 e 11 de novembro de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Professores com fome querem pagamento de salários atrasados - FEC não paga professores há dois meses. Prefeitura, pretendendo criação de uma Secretaria de Educação, procura esvaziar a fundação. Sindicato dos Professores protesta. 

Padilha chega e asfalta - Confirmando o que anunciamos em edição anterior, o governador Raymundo Padilha virá a Friburgo para acionar (pela primeira vez) a usina que fornecerá asfalto para a estrada Friburgo-Teresópolis.

Cães de caça serão expostos - Sob patrocínio e a responsabilidade da Sociedade Brasileira de Cães de Raça e dentro da 15ª exposição, será realizada na sede do Nova Friburgo Country Clube, a II Mini Exposição de Cães de Raça. 

O pardieiro continua firme - Há cerca de seis meses, no próprio boletim informativo da prefeitura, o sr. Sylvio Spinelli declarava que a administração municipal estava interessada em dar solução ao que nós chamamos de “pardieiro do Suspiro”, suprimindo-o e transferindo as barracas ali para o mercado do produtor, decentemente instalado para atender confortavelmente os compradores e feirantes. O fato é que o “pardieiro” continua a existir.  

 

Pílulas

E o filão não acabará nunca, pelo visto. Vem aí a criação da Secretaria de Educação e da Autarquia de Ensino Superior, que abortará um secretário (ou melhor, secretária, é lógico) e diretor autárquico, dezenas de diretores, dezenas de chefes de divisão e de chefes de seção, todos habilitados a, posteriormente, entrarem para o aguerrido time dos oitentinhas… 

Duas outras grandes realizações estão sendo esquecidas: o mini-zoo e o anedótico teleférico, cuja obra a oposição nunca acreditou e hoje corta os nossos ares, numa afirmação inequívoca que muito está sendo feito pelo progresso do município. Ah! Esquecíamos do asfaltamento da estrada Friburgo-Teresópolis que está sendo concluída por obra e graça do prefeito de Friburgo… 

 

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Lécio Polo (10); Higino Orlando (12); Leida Rocha (13); Antonio Vanzilotta Dotino, Dorfília Eyer, Cláudia Campanucci e Flávia Lúcia (14); Suzy Soares e Rosane Polo (15); Aryosaldo de Almeida Ventura e José Antonio Ventura Junior (16); Maria Luiza Soares, Josas Corrêa, Silvio de Beauclair, Hercília Bittencourt, Honorina Marques, Yolanda Azevedo e Salete Maria (17); Carlos Vassallo de Azevedo, Nora Freitas Madureira e Lucien Sardou Xavier (18).

Foto da galeria
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