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Renegociação do Fies: boas oportunidades precisam ser aproveitadas

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Há duas semanas conversávamos sobre a necessidade de avaliar aspectos importantes durante a decisão da tomada de crédito e chegamos a conclusões concretas de como recorrer a recursos extras para alcançar determinados objetivos. Hoje o assunto também é crédito, mas voltado para a renegociação de dívidas. Mais especificamente, dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Há duas semanas conversávamos sobre a necessidade de avaliar aspectos importantes durante a decisão da tomada de crédito e chegamos a conclusões concretas de como recorrer a recursos extras para alcançar determinados objetivos. Hoje o assunto também é crédito, mas voltado para a renegociação de dívidas. Mais especificamente, dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Com a recente sanção da lei 14.719/2023 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mais de 1,2 milhão de graduados endividados com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) têm agora a oportunidade de aliviar suas finanças. A resolução publicada no Diário Oficial da União permite que esses estudantes busquem a renegociação de suas dívidas através dos canais de atendimento da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

As dívidas acumuladas, que totalizam cerca de R$ 54 bilhões, poderão ser quitadas com descontos e opções de parcelamento. Neste contexto, o presidente destaca a iniciativa como o “Desenrola da Educação”, visando proporcionar aos profissionais formados pelo Fies a oportunidade de regularizar suas obrigações financeiras e iniciar suas carreiras sem o peso das dívidas.

São algumas as ofertas de renegociação e quitação, mas como o intuito deste espaço não é noticiar e sim educar, vamos analisar as possibilidades e entender como você pode sair beneficiado neste programa. Será o “empurrão” necessário para deslanchar sua carreira profissional.

Vamos começar com algumas perguntas e respostas que podem esclarecer suas dúvidas:

 

- Todos podem participar deste programa?

Não, apenas contratos firmados até 2017 e com inadimplência até 30 de junho de 2023.

 

- Abrir a solicitação de renegociação tem prazo definido?

Sim, você deve procurar a instituição financeira com a qual firmou seu contrato até o dia 31 de maio de 2024.

 

- Quanto os bancos estão oferecendo de desconto?

Varia, por isso vamos precisar desdobrar outros aspectos deste programa.

A lei responsável por viabilizar as ofertas de negociação estabeleceu três grupos e condições para quitação e renegociação de contratos inadimplentes. A data de corte para o prazo de inadimplência é 30 de junho de 2023. Portanto, considere-a ao calcular o tempo que você já deixou de arcar com os compromissos das parcelas.

 

- Débitos vencidos e não pagos por mais de 90 dias

Para quitação com pagamento à vista, o desconto sobre juros e multas pode chegar a 100%. Contudo, se a quitação não for uma possibilidade, você pode refinanciar saldo devedor em até 150 parcelas com desconto de 100% dos encargos (juros e multas).

 

- Débitos vencidos e não pagos por mais de 360 dias (com inscrição no CadÚnico ou beneficiário do Auxílio Emergencial 2021)

O valor consolidado da dívida terá desconto de até 99% para a liquidação integral do saldo devedor e a possibilidade de parcelamento em até 15 vezes.

 

- Débitos vencidos e não pagos por mais de 90 dias

Aqui, as condições são semelhantes ao caso acima, mas com descontos de até 77% do valor consolidado da dívida.

 

Identificar momentos oportunos pode ser crucial para o sucesso financeiro e – nesse caso, também profissional. Busque aproveitá-los com inteligência financeira!

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Um nariz de palhaço para mim e outro para você

quinta-feira, 09 de novembro de 2023

Paz uma ova, estrebucho aqui através do seu computador e nas páginas do jornal. Nunca me senti tão belicoso e avesso a essa nova velha politicagem que consome cada ponto desse país. A cada dia, começo a entender os muitos por quês desta estranha sensação de impotência misturada com a indignação de ser também contribuinte desta patota.

Paz uma ova, estrebucho aqui através do seu computador e nas páginas do jornal. Nunca me senti tão belicoso e avesso a essa nova velha politicagem que consome cada ponto desse país. A cada dia, começo a entender os muitos por quês desta estranha sensação de impotência misturada com a indignação de ser também contribuinte desta patota.

Eu mesmo estou surpreso, portanto, com o quanto me envolvi emocionalmente ao saber dos repasses dos royalties de diversos setores e dos altos valores das taxas de iluminação pública - pagas por nós - que foram destinadas a contratos milionários para decorar carros alegóricos e montar som na rua no Natal.

É estranho, porque nem os recentes escândalos vividos nos últimos dez anos dos poderes Executivo nacional e estadual me deixaram tão enfurecido e comovido. Talvez seja o aspecto pessoal em perceber como cada pequena má decisão tem interferido diretamente na minha e na sua vida.

Como usuário do Hospital Municipal Raul Sertã é visível - seja você também usuário ou não - de que a situação da saúde no município é precária. Lembro-me da madrugada do último dia 28 de outubro, em que necessitei buscar atendimento médico ortopédico na unidade pública de saúde aberta naquele horário.

No longo tempo entre triagem e o atendimento na recepção - num hospital vazio - um idoso teve uma crise convulsiva na recepção do hospital. Veio a buscar apoio numa cadeira de espera, até que caísse no chão. Uma cena forte e que toca. Os enfermeiros realizaram o atendimento do rapaz, que passou longos minutos agonizando no chão.

Após um considerável tempo, uma cadeira de rodas foi trazida ao local. O inconsciente paciente, ainda muito trêmulo, foi colocado na cadeira de rodas. Sabido que uma crise epilética mata, quando o homem foi ser levado para o atendimento, perceberam suas pernas rastejavam pelo chão impedindo a locomoção do paciente.

Ao analisarem o problema, perceberam que a cadeira de rodas – que custa em média uns R$ 400 a R$ 600 - estava quebrada. O equipamento só tinha um único apoio para pés, que nem estava lá essas coisas. E assim, numa cadeira de rodas quebrada e com um enfermeiro tentando dar um jeito para o  pé do paciente não encostar no chão, foi levado um senhor com risco de morte.

Logo depois, chegou um jovem rapaz que havia se acidentado ao andar de moto, com ferimentos nada bonito de se ver em seus dois pés. Enquanto eu e muitas outras pessoas esperávamos a triagem, comecei a perceber como o nosso hospital, que atende toda a região, está caindo aos pedaços – literalmente.

Faltam cadeiras de espera para os pacientes. As paredes e os tetos descascam tinta em meio as muitas infiltrações. Ironicamente, em alguns pontos, a iluminação do hospital público é inexistente. Cadeiras de roda, quebradas. As filas de exames lotadas. E sem contar, os escândalos expostos pela “Operação Baragnose” quanto as falhas nas licitações da alimentação, deflagrada pela Polícia Federal no começo do ano.

Após ser atendido por uma médica, fui direcionado ao setor de raio-x do hospital, onde, novamente, encontrei o rapaz do acidente de moto, numa cadeira de rodas. Ao ser chamado para “bater uma chapa”, constatou-se que apesar do seu pé machucado, a cadeira de rodas não conseguia passar por um estreito corredor e levá-lo assim, até a máquina do raio-x.

Dessa forma, o jovem rapaz que pouco conseguia se levantar, foi “convidado” a ir andando até a máquina e enfim, fazer o exame. Depois de algumas horas, eu saí extremamente pensativo e encabulado sobre o que havia vivido naquela curta madrugada. Mas quando falamos de gestão pública, até o básico parece difícil.

Dois dias depois, não surpreendentemente, o teto da recepção do hospital caiu após uma forte chuva. Felizmente, não veio a machucar ninguém. Na semana passada, tivemos a irônica, “feliz e empolgante” notícia de que Nova Friburgo terá um dos seus Natais mais coloridos e com os carros alegóricos mais exuberantes, com parte do orçamento transferido de royalties e das taxas de iluminação pública, mesmo diante de toda problemática existente no município.

E para fechar com chave de ouro, a irônica, “alegre e cativante” notícia de que todos os partidos na Câmara dos Deputados estão unidos, como uma bonita e forte família, para inflar ainda mais, o Fundão Eleitoral das eleições do ano que vem para valores que extrapolam os R$ 6 bilhões.

Nossas problemáticas não importam para ninguém! Estamos sozinhos. E quando se trata do nosso dinheiro tudo é uma grande festa das quais não somos convidados ou beneficiados com nada! Um nariz de palhaço para mim e outro para você, contribuinte.

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Mercado friburguense

quinta-feira, 09 de novembro de 2023

O mês de novembro começou movimentado para o mercado friburguense. E não foi com a abertura de novos hortifrutis e drogarias que - diga-se de passagem -  tomaram a Avenida Alberto Braune. Melhor do que lojas fechadas, é claro. Pelo menos três grandes empreendimentos foram ou serão abertos em espaços icônicos do cotidiano local.  

 

Banco

O mês de novembro começou movimentado para o mercado friburguense. E não foi com a abertura de novos hortifrutis e drogarias que - diga-se de passagem -  tomaram a Avenida Alberto Braune. Melhor do que lojas fechadas, é claro. Pelo menos três grandes empreendimentos foram ou serão abertos em espaços icônicos do cotidiano local.  

 

Banco

Na Alberto Braune, o espaço, que abrigou por muito anos o Itaú, deu lugar a outra instituição financeira. Foi inaugurado na semana passada a unidade da cooperativa bancária Sicred. O espaço, que tem arquitetura europeia, ganhou as cores da nova bandeira e foi ornamentado com um visual que contempla a natureza. Lembrando que outra agência do Itaú que foi fechada, próxima à rodoviária, virou igreja. 

 

Antigo ABC

Com quase dois meses além do previsto, o antigo ABC, que também já foi Barateiro, Compre Bem e Extra, vai virar Supermarket. A rede prevê reabrir as portas do imenso imóvel, já sob nova marca, ainda nesta primeira quinzena de novembro. O dia exato não foi definido até o fechamento desta coluna, por conta de possíveis atrasos na entrega de fornecedores. Funcionários já estão de prontidão para a abertura que pode ocorrer a qualquer momento.  

 

Novo hiper

Com modificações profundas, especialmente nas entradas, agora com apenas uma grande porta metálica. As cores, predominante preto, seguem o padrão da rede que tem outra unidade em Nova Friburgo, localizada em Mury. A parte interna também muda bastante o padrão com relação ao empreendimento anterior. O estacionamento no 2º andar seguirá servindo ao hipermercado. A inauguração promete grandes promoções e pode ser anunciada de um dia para o outro.   

 

Quintal

Já na ponte da Rua Sete de Setembro, também no Centro, o antigo Maurição passou a abrigar casas noturnas. Primeiro foi o saudoso Casarão de Minas, depois o Barbatana. Na última quarta, 1º, foi inaugurado o Nosso Quintal. Com estilo beer garden, promessa de boa comida e música, especialmente, samba. A qualidade gastronômica vem da marca consolidada do tradicional Cesar´s Bar, que assumiu o espaço.

 

Tijuca

Neste ano ainda há a previsão de pelo menos mais uma grande inauguração. O Tijuca Bar, onde era a Emporium, no final da Via-Expressa. Os últimos detalhes estão sendo finalizados e a abertura da casa com o jeitinho carioca do grupo Scavarda´s deve abrir ainda neste mês. A promessa é de muitos petiscos, feijoada e roda de samba. Outra inauguração aguardada é a da academia SmartFit, no Espaço Arp. Ainda sem previsão, possivelmente ficando para o início de 2024.

 

Vinhos da Serra

Nova Friburgo tem vinícola e a iniciativa está presente também em Petrópolis. O empreendedorismo considerado inusitado por muitos - produzir vinho no Estado do Rio de Janeiro - conta agora com a ViniSerra. Trata-se de uma associação que reúne os vitivinicultores dos municípios da região com o objetivo de fortalecer a indústria de vinhos, promovendo a qualidade, a inovação e a autenticidade de seus produtos - impulsionando ainda mais a reputação da região como produtora de vinhos de alta qualidade.

 

Estudos

Está inserido na iniciativa, o projeto "Desenvolvimento e novas territorialidades: a construção da indicação geográfica dos Vinhos de Inverno da Serra Fluminense". O projeto da Faperj busca destacar e proteger a qualidade excepcional, a inovação e a história por trás dos vinhos únicos da serra fluminense. 

 

Indicação geográfica

O casamento com o projeto acadêmico é perfeito com o objetivo principal da associação: unir os vitivinicultores da serra em uma organização coesa e colaborativa, que tem como foco o compromisso pela obtenção de Indicação Geográfica (IG) para os vinhos da serra fluminense, destacando a autenticidade e unicidade dos produtos da região. Produtores de vinho, em grande ou menor escala podem ter outras informações através do e-mail associar@viniserra.com.br e solicitar também o formulário de associação para preenchimento.

 

Viralizou

Está percorrendo o Brasil a fora, em várias páginas de memes e de jornalismo das redes sociais, uma passagem para o intervalo do RJTV 2ª edição, da InterTV, afiliada da Rede Globo na Região Serrana, da última terça-feira, 7. Enquanto o apresentador chamava o intervalo comercial, como é tradição, a câmera parada, mostrava cena do cotidiano friburguense. O que era para ser apenas uma paisagem tranquila de Nova Friburgo, ao vivo, acabou flagrando uma briga com luta corporal entre dois homens. 

Jornal, ao vivo, tem dessas coisas

Logo um grupo se aproxima, faz roda em volta da briga e, aparentemente, não tenta apartar os indivíduos. O apresentador, Vinicius Ferreira, parece não perceber o flagrante e segue normalmente a chamada. A situação inusitada está percorrendo o mundo da internet. Não temos informação sobre o desfecho da história. Espera-se que tenha terminado em paz.  

 

Nada incomum

O que não é incomum, é a situação no local. Taxistas, que atuam nas proximidades, relatam que é comum brigas na Praça Dermeval Barbosa Moreira, entre outras situações diversas que causam, no mínimo, espanto. Há solicitações para maior policiamento ou mesmo a presença mais efetiva da Guarda Municipal, por ali. 

 

Situações diversas

O que geralmente pode ser visto, é uma viatura da Guarda Municipal na esquina da praça, quase em frente à Rua Farinha Filho, mas somente em determinadas horas do dia. Segundo os taxistas, durante a madrugada é quando acontecem situações mais adversas. Um dos motoristas, que prefere não se identificar, resume com a frase: “Não viram nada do que é esse Centro de Turismo, à noite”.

 

Centro de Turismo

Aliás, um questionamento cada vez mais presente: “para que serve aquele Centro de Turismo e naquele local?” De fato, quase não passam turistas ali. Um elefante branco que serviu em outro tempos. A Praça do Suspiro seria um local muito mais apropriado para um equipamento como aquele. Há quem defenda a manutenção do espaço, pois serve como apoio para os eventos que ocorrem na Praça Dermeval. Mais adequado não seria ter então estruturas móveis?  

 

Novas viaturas

A Polícia Militar está ganhando reforço nas viaturas. Com investimento de R$ 47,2 milhões, foram adquiridos 218 novos carros. Eles serão distribuídos pelo Estado e Nova Friburgo deve receber algumas desses veículos. No ano passado, foram entregues 513 viaturas. Em 2023, portanto, menos do que a metade com relação a 2022. 

Viatura elétrica

Foi concluído também um teste com um veículo elétrico. O carro híbrido do modelo Song Plus DM-I é da chinesa BYD, líder mundial em vendas de carros elétricos. O resultado da avaliação, no entanto, ainda não foi divulgado. 

 

Transição socioambietal 

Por ser híbrido, tem dois motores: um movido a eletricidade, e outro a combustão. Juntos, garantem a potência de 235 cavalos e permitem que o carro vá de zero a 100km em oito segundos, além de 1.000 quilômetros de autonomia, com as duas baterias. O valor de mercado é de R$ 269.990. O Governo do Estado do Rio segue os estudos para transição de frota, mais econômica e com o compromisso ambiental de diminuição de emissão carbono.      


 

Carnaval 2024

Neste sábado, 11, a Imperatriz de Olaria apresenta os protótipos de suas fantasias para os desfiles do Carnaval 2024. Com o tema festa do enredo, a festa está garantida com a apresentação dos segmentos da vermelho e branco e ainda o Pagodão do Gabriel. O evento começa às 21h, na quadra da agremiação. 


Ensaios a todo vapor

A praticamente três meses do carnaval, as escolas de samba friburguenses estão acelerando o ritmo. Passaram a ser semanais os ensaios das baterias e das comissões de frente. Também se intensificaram os treinamentos dos casais de mestre-sala e porta-bandeira, assim como das alas coreografadas. Nos barracões, a solda já está comendo solta na confecção das alegorias, tudo para colocar os desfiles na avenida sem sustos.      


Palavreando      

“Pouco a pouco, quase que, sorrateiramente, destrói-se a identidade de um povo múltiplo. Atacam-se as instituições que nos trouxeram até 2023. Fazendo música ou cuidando de idosos. Biografando nossa história ou atendendo crianças especiais. Quando a identidade de uma cidade é aniquilada, quando se persegue instituições, se mata o sentimento de pertencimento, e, ao não havê-lo, a cidade perde o sentido de ser cidade”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

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Você se lembra que é uma criatura?

quinta-feira, 09 de novembro de 2023

Você se lembra que é uma criatura? Se puder, dê uma olhada agora ao redor onde possa ver pessoas. Repare os movimentos delas. Algumas falam, outras leem algo no computador, outras ainda andam pela calçada. Estão vivas como eu que escrevo esse texto e você que o está lendo.

Quanta história existe em cada um de nós! Genética, epigenética, família, infância, escola, amigos, igreja. Somos resultado de tudo isso. Uma complexidade, não é mesmo? Somos uma complexidade maravilhosa, e ao mesmo tempo frágeis porque de repente surge a morte. Chato pensar na morte, não é?

Você se lembra que é uma criatura? Se puder, dê uma olhada agora ao redor onde possa ver pessoas. Repare os movimentos delas. Algumas falam, outras leem algo no computador, outras ainda andam pela calçada. Estão vivas como eu que escrevo esse texto e você que o está lendo.

Quanta história existe em cada um de nós! Genética, epigenética, família, infância, escola, amigos, igreja. Somos resultado de tudo isso. Uma complexidade, não é mesmo? Somos uma complexidade maravilhosa, e ao mesmo tempo frágeis porque de repente surge a morte. Chato pensar na morte, não é?

Parece que vamos vivendo no automático como se fôssemos viver para sempre, como se não existisse fim, morte, aniquilamento. É bom estar vivo. Mas é bom também pensar que vamos morrer porque isso pode nos ajudar em muitas coisas. Inclusive a pensar como viver com melhor qualidade de vida, que não tem que ver necessariamente com crescimento econômico.

Pensar que somos criatura ajuda. O que é uma criatura? É alguém que foi criado, que não tem existência própria, que não pode perpetuar a vida. Somos isso como raça humana. Não somos deuses. Não temos vida própria, inerente ao nosso ser. Temos vida emprestada. Temos um prazo de validade, o qual pode ser maior ou menor dependendo de vários fatores, principalmente os ligados ao estilo de vida.

Meditar por uns momentos, vez ou outra, em nossa finitude pode assustar, porque surgem pensamentos que nos lembram que estamos caminhando para a morte. Mas pode ajudar porque podemos pensar sobre o significado da nossa vida e corrigir a tempo aquilo que pode nos matar mais rápido.

Talvez nos tornaremos mais humildes e menos arrogantes ao pensar que somos criaturas. Talvez nossa vida poderá se tornar mais útil. Poderemos caminhar rumo ao desapego de bens materiais, evitar discussões improdutivas, atitudes corrompidas, competição destrutiva.

Matamos uns aos outros talvez porque nos esquecemos que todos somos criatura. Somos semelhantes. Como criaturas somos irmãos. Precisamos uns dos outros. A função na vida não é roubar os outros, não é agredir as pessoas, não é acumular riqueza para viver com egoísmo e depois morrer. Não é ficar competindo para ver quem é melhor nisso ou naquilo, seja no meio comercial, empresarial, vida artística e esportiva, mundo político, ambiente familiar.

Somos criaturas. Pense nisso com mais frequência. Acho que pode ajudar a viver melhor, com simplicidade serena, com menos ansiedade e menos tristeza.

 

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Fluminense conquista a América

quarta-feira, 08 de novembro de 2023

Após oito participações na maior competição da América Latina, incluindo o vice-campeonato de 2008, quando foi derrotado nos pênaltis, pela equipe da LDU, do Equador, em pleno Estádio do Maracanã, o Fluminense se torna o grande campeão em 2023. Em sua nona participação na maior e mais importante competição sul americana, com um Maracanã lotado, o tricolor das Laranjeiras finalmente conseguiu realizar seu sonho, no último sábado, 4.

Após oito participações na maior competição da América Latina, incluindo o vice-campeonato de 2008, quando foi derrotado nos pênaltis, pela equipe da LDU, do Equador, em pleno Estádio do Maracanã, o Fluminense se torna o grande campeão em 2023. Em sua nona participação na maior e mais importante competição sul americana, com um Maracanã lotado, o tricolor das Laranjeiras finalmente conseguiu realizar seu sonho, no último sábado, 4. Data histórica, que ficará na lembrança de sua apaixonada torcida, que jamais duvidou de uma taça que faltava, na sua tão repleta sala de troféus da Rua Álvaro Chaves.

Não foi um jogo de encher os olhos, pois se de um lado o Fluminense tem uma maneira de jogar interessante e vistosa, de outro o Boca Juniors se caracterizou por jogar fechado, fazendo o tempo passar e tentando levar as decisões para os pênaltis. Além de ter bons cobradores, tem um goleiro cuja especialidade é defender penalidades. Foi com esse recurso que eliminou vários adversários, inclusive o Palmeiras nas semifinais.

Desde o primeiro tiro de meta que os azuis e amarelos de Buenos Aires ganhavam tempo, o mesmo acontecendo com a cobrança dos laterais. Fazer o tempo passar era o seu objetivo. Esqueceram de avisar a German Cano, o artilheiro das Laranjeiras, que inclusive ultrapassou o, também, ídolo Fred na artilharia da Libertadores. Eram decorridos 36 minutos do primeiro tempo quando chegou a hora de fazer o L. Em boa jogada entre Keno e Arias, o camisa 11 do Fluminense cruzou rasteiro para encontrar Cano na grande área, que, assim como já é conhecido, precisou de apenas um toque na bola para abrir o placar. A retranca estava furada o que obrigou os Xeneizes (torcedores do Boca Juniors) a arrefecerem um pouco, a euforia inicial.

Mas, a tensão não havia ainda terminado, pois a vantagem no placar resultou em duas alterações; o Boca teve de mudar sua maneira de jogar partindo para o ataque e o Fluminense recuou seu time, aceitando esse domínio adversário. Não demorou muito, com um gol de Luís Advíncula, o Boca Juniors empatou aos 27 minutos do segundo tempo. O lateral-direito, puxou para o meio e, com espaço, acertou chute de fora da área para decretar a igualdade no marcador. Diga-se de passagem, uma pedrada indefensável para o ótimo goleiro Fábio. Com esse placar o segundo tempo terminou e, após 15 minutos de intervalo, seguiu-se a prorrogação de mais dois tempos de 15 minutos.

 Foi aí que o dedo do técnico Fernando Diniz apareceu, lançando o que para mim é o segundo melhor atacante do tricolor das Laranjeiras, John Kennedy. Com velocidade e dribles ele incendiou o jogo até que aos oito minutos da prorrogação, ele acertou um chute forte de fora da área e correu até a arquibancada para comemorar o gol nos braços da torcida, mas recebeu o segundo cartão amarelo e terminou expulso. Isso porque na comemoração dos gols, mesmo se o tento for anulado, os jogadores podem ser punidos em quatro ocasiões: subir nos equipamentos de proteção do campo e/ou se aproximar dos torcedores de modo a causar falhas de segurança ou ferir os princípios de segurança; fazer gestos ou ações provocativas, debochadas ou inflamatórias; cobrir a cabeça ou o rosto com máscara ou outro artigo similar; tirar a camisa ou cobrir a cabeça com a camisa.

Num gesto de imaturidade e pura emoção pelo momento vivido, e, talvez por desconhecimento das regras, John Kennedy foi expulso e deixou o seu time com dez jogadores. No entanto, os deuses ontem eram tricolores e pouco depois, numa confusão perto da área do Fluminense, Frank Fabra deu, também infantilmente, um tapa no rosto de Nino sendo expulso pelo fraco juiz chileno, após consulta ao VAR.

Restabelecida a igualdade numérica de dez contra dez, o futuro campeão se impôs e ainda perdeu um gol feito que bateu na trave. Não demorou muito e o árbitro encerrou a partida, consagrando o Fluminense como legítimo campeão da Libertadores das Américas, versão 2023.

A lamentar a conhecida incivilidade dos argentinos que provocou brigas e correrias nas areias da praia de Copacabana. Aliás, a torcida do Boca é conhecida pela sua agressividade; comprovei isso no aeroporto de Ezeiza, quando estava voltando da Argentina em final de outubro e o time do B. Juniors embarcava para São Paulo, onde eliminaria o Palmeiras, nos pênaltis. Causaram um verdadeiro tumulto no saguão.
Parabéns ao tricolor e mesmo não sendo torcedor do Fluminense termino minha coluna desta semana com o início do seu hino: “Sou tricolor de coração, sou do time tantas vezes campeão, fascina pela sua disciplina, o Fluminense me domina, eu tenho amor ao tricolor....”, escrito pelo genial Lamartine Babo.

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O exemplo germânico

quarta-feira, 08 de novembro de 2023

É como se eles fossem donos do queijo e nós, dos buracos do queijo

É como se eles fossem donos do queijo e nós, dos buracos do queijo

Como diria Euclydes da Cunha, o brasileiro é antes de tudo um esbanjado. Não precisei de muito estudo ou de refinadas pesquisas para chegar a essa conclusão. Fiz a descoberta num estalo, sem maiores reflexões, apenas observando um grupo de pessoas que se afastava da mesa de um restaurante. A comida deixada nos pratos dava para reabastecer até mesmo quem estivesse há dias sem mastigar nada além da própria saliva. Grande é a fome no mundo e não menor é a quantidade de alimentos jogados fora todos os dias. Mandamos para o lixo pedaços de carne que muita gente gostaria de roer até os ossos. Mas a fome alheia não corrói nosso estômago. Como pilheriou Mario Quintana, “Por pior que seja a situação da China,/ Os nossos calos doem muito mais”. Para ficarmos apenas aqui no pátrio quintal, basta dizer que, de todos os alimentos que o Brasil produz, 10% vão para o lixo. 

Mas não é só com comida. Com a água é a mesma coisa. Deixamos a torneira aberta enquanto cantarolamos aquele antigo samba de carnaval: “As águas vão rolar!”  Nos postos de gasolina há um relógio apressadinho vai marcando o quanto colocamos no tanque e quanto isso nos custará. Nas torneiras não tem relógio nenhum, salvo o hidrômetro, mas esse fica lá fora, na calçada (e o que os olhos não veem o bolso não sente ─ nem a consciência). É como se a água caísse do céu. Bem, é de lá mesmo que ela cai, mas não chega à torneira por um milagre celeste: antes se infiltra na terra, passa por mil processos de limpeza e só depois é que entra em nossas casas, carregada de cloro e de custos.

Com a energia elétrica nos comportamos como se ela fosse de graça como a luz do sol (se é que a luz do sol ainda é de graça). Tem gente que esbanja até remédio: se o médico recomenda uma vitamina, aproveita e compra um laxante, um analgésico e umas pastilhas pra garganta. Uma parte da população se orgulha das tantas roupas que tem guardadas; outra, usa as mesmas duas camisas alternadamente.  Na verdade, é uma só, virada pelo avesso ─ dia sim, dia não.

Mas creio que nem todos os povos são assim. Nos meus tempos de adolescente, ouvi falar de um casal de alemães que bem poderia servir de exemplo aos brasileiros. Creio que nos bastaria imitá-los para, em pouco tempo, reerguer a nossa combalida economia. Eles eram uma demonstração viva da razão pela qual a Alemanha é uma das grandes potências econômicas do mundo.  É como se eles fossem donos do queijo e nós, dos buracos do queijo.

Aquela dupla sabia economizar! Certa vez correu entre os operários que o germânico chefe, criticando o esbanjamento dos seus subordinados brasileiros ─ aos quais limitava a ida ao banheiro, onde eram bem capazes de exagerar no gasto de papel higiênico, sabão e água (sem falar no tempo que ficavam sentados no vaso, pensando num jeito da passar as horas sem trabalhar), pois bem, esse econômico senhor informou, com justo orgulho, que em sua casa um tubo de creme dental rendia por meses. Para isso, era marcada no produto a data em que ele era posto em uso e o dia em que ele poderia ser dado por findo. Se alguém esbanjasse, a família ficava escovando os dentes com dedo (à vontade) e água (com parcimônia), até que o prazo se cumprisse. Contudo, a esposa desse poupador emérito certa vez lastimou que o marido, tão contido em tudo o mais, tivesse o mau hábito de usar o palito uma só vez e jogá-lo fora depois do almoço, quando o recomendável seria guardá-lo para o jantar, usando uma extremidade de cada vez, fazendo-o render o dobro.  “Pra isso é que os palitos têm duas pontas”, sentenciava ela, com a sabedoria de quem sabe o valor da poupança.

Agora que você terminou de ler, feche a torneira e apague a luz.

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A VOZ DA SERRA é o encontro de mentes afins!

segunda-feira, 06 de novembro de 2023

         Com tantos feriados, o penúltimo mês do ano ainda concentra outro festejo: 6 de novembro, Dia do Riso. O Caderno Z vem com o tema “Rir é o melhor remédio”. Tirando aqueles que vão ao cinema e pagam ingresso para dar boas gargalhadas, rir ainda é de graça. Uma conversa entre amigos, uma contação de piadas ou rir de alguma crise que nos remeta a preocupações, tudo pode ser engraçado se estivermos propensos ao otimismo.

         Com tantos feriados, o penúltimo mês do ano ainda concentra outro festejo: 6 de novembro, Dia do Riso. O Caderno Z vem com o tema “Rir é o melhor remédio”. Tirando aqueles que vão ao cinema e pagam ingresso para dar boas gargalhadas, rir ainda é de graça. Uma conversa entre amigos, uma contação de piadas ou rir de alguma crise que nos remeta a preocupações, tudo pode ser engraçado se estivermos propensos ao otimismo. O ator friburguense Leonardo Benvenuti Tavares, o Doutor Abelhito, destaca: “A nossa missão é dar  prosseguimento ao trabalho no ambiente  hospitalar que vem construindo, ao  longo desses anos, uma parceria bem-sucedida entre artistas e profissionais de saúde”. Mais do que um prazer, o riso alivia o estresse da ansiedade e da depressão, além de fortalecer o sistema imunológico.

Se o riso adulto é restaurador e cura tantos males, o que dizer do riso das criancinhas?  Wanderson Nogueira definiu bem esse riso: “Bebê sorrindo é pureza que se fotografa na memória para sempre. O que estará sonhando o pequenino? Como podem gargalhar banguelas por essas caretas que adultos fazem? Sorriso verdadeiro desmonta o mau humor. Sorrisos mudam o mundo — para melhor. Sorrisos podem alterar a trajetória dos dias. Dirão que sorrisos até podem alterar as posições das estrelas...”. Em qualquer situação, “sorrisos são capazes de desarmarem o mal”.

O dia a dia é um palco onde podemos achar o riso nas coisas mais simples. Como exemplo, o Governo do Estado do Rio de Janeiro prorrogou até abril de 2024, a isenção do ICMS sobre a venda de arroz e de feijão, considerando que os dois produtos fazem parte da alimentação básica do povo brasileiro.

Motivos de sobra, nós, os tricolores e até os adversários, temos para sorrir com a vitória do Fluminense na Libertadores. A Fluburgo que partiu para o Maracanã não deu com os burros n´água. Ao contrário, mergulhou nas ondas do mar tricolor que tingiu o Estádio Mário Filho. Que lindeza!

Vinicius Gastin nos trouxe informações sobre o 1º Aberto de Xadrez de Nova Friburgo que acontecerá no sábado, 11, a partir das 8 horas, na Oficina Escola de Artes, Antigo Fórum. O evento, coordenado pelo professor Guilherme, visa difundir e até quem sabe, resgatar a tradição do xadrez, que mereceu, em 1927, inauguração do Clube de Xadrez, no Suspiro. Atualmente, acontecem encontros e aulas, aos sábados, no Complexo Educacional Paulo Rónai, no antigo Colégio Cefel. Quando se fala em xadrez, é impossível que eu não me lembre do meu amigo Monteiro, ex-professor do Senai e enxadrista dos bons. Pessoa incrível que conheci nos quadros da Ordem Rosacruz, onde também se estabeleceu um grupo na prática do xadrez, na década de 90.

Em “Há 50 Anos”, repercutiu na cidade a entrevista do psicólogo Nilton Baptista, concedida à Rádio Sociedade de Friburgo. Versando sobre o tema “pais, filhos e escola”, o palestrante destacou a “inadequação dos métodos tradicionais de violência e repressão, observados em nossa época, onde a compreensão e o esclarecimento são e devem ser os métodos aceitáveis...”.  Que tal, doutor Nilton, o senhor atualizar uma palestra sobre educação, 50 anos depois do grande evento de 1973?

Paula Farsoun comemora 6 anos de sua coluna “Com a Palavra”, no jornal A VOZ DA SERRA. Nota-se em sua doce escrita no especial de aniversário, a “dicotomia” entre o prazer de festejar e o desagrado ante as mazelas do mundo. A guerra conflita em seu coração: “É difícil seguir a vida como se tudo estivesse normal, porque não está...”. Contudo, minha querida, se plantarmos amor conforme você tem plantado, jamais faremos a guerra. Não promover a guerra é paz ao nosso redor, na família, na vizinhança, nas cidades, no país. Nosso brado retumbante de paz, para alcançar além dos oceanos, levará milênios e ainda assim a humanidade não chegará ao topo da paz universal, porque essa paz tem que viver da mente. É uma questão de propósito! Parabéns, Paula Farsoun por transmitir a paz “com a palavra”! 

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Mudança de idade à vista

segunda-feira, 06 de novembro de 2023

Sábado que vem, 11 de novembro, o dia será da bela e querida Francielen Cunha Longo (foto), dividindo com as amadas filhas Maria Eduarda e Júlia, demais familiares e amigos mais próximos, a felicidade de estar completando mais um aniversário natalício.

À super Francielen, que se desenvolve cada vez mais junto ao serviço social, atividade pela qual se declara apaixonada, nossas antecipadas congratulações com votos de mais e mais felicidades como ela bem merece.

 

Vai completar mais um!

Sábado que vem, 11 de novembro, o dia será da bela e querida Francielen Cunha Longo (foto), dividindo com as amadas filhas Maria Eduarda e Júlia, demais familiares e amigos mais próximos, a felicidade de estar completando mais um aniversário natalício.

À super Francielen, que se desenvolve cada vez mais junto ao serviço social, atividade pela qual se declara apaixonada, nossas antecipadas congratulações com votos de mais e mais felicidades como ela bem merece.

 

Vai completar mais um!

Desde já, os parabéns desta coluna, assim como de todo timaço de AVS, ao advogado e maior autoridade estadual da maçonaria em nosso Estado na atualidade, André Luís da Rosa que é o Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil, no Rio de Janeiro.

O admirado André Luís estará na próxima sexta-feira, dia 10, completando 56 anos de idade.

 

Querida senhora que se foi!

Sexta-feira, dia 3, faleceu aos 93 anos de idade completados no dia 2 de abril passado e foi sepultada neste sábado, dia 4, a estimada Srª. Maria Daudt Thurler, vista na foto com amado e inseparável amor de sua vida, Sr. Sebastião Donato Thurler, fundador da indústria plástica Thurlerflex.

Dona Maria e o Sr. Donato celebraram com familiares em bela festa registrada por esta coluna em junho passado, suas Bodas de Manjerona, marcando 73 anos de feliz união matrimonial, agora interrompida pela separação da morte.

Descanse em paz Sra. Maria, que além do esposo, deixou 8 filhos, 16 netos, 8 bisnetos e, como diz Santo Agostinho em certo ponto de suas célebres colocações, ela apenas passou para o outro lado do caminho.

 

Alegrias e zoeiras do futebol

E os times de futebol do Rio neste final de semana, hein?  Fluminense, merecido campeão inédito, Flamengo de sempre fazendo sua parte e por fim, Vasco e Botafogo, sendo Botafogo e Vasco.

Sem considerações e comentários a mais, apenas com o adendo: coisas do futebol.

 

Parabéns ao Lúcio Flavo!

Apesar do pequeno atraso, ainda vale o registro de satisfação, para compartilhamento de muita gente em nossa cidade.

O conhecido boa praça Lúcio Flavo Gomes da Silva, aniversariou na última sexta-feira, dia 3, ele que marcou memoráveis passagens pelo setor administrativo da Câmara Municipal e também A Voz da Serra ao lado do seu grande amigo de saudosa memória Laercio Rangel Ventura.

 

Triste cesta fora do Mão Santa

Assim como “basqueteiros” e população de Franca/SP, muita gente de nosso Estado e região, incluindo, claro, o nosso estimado friburguense apaixonado por basquetebol Toni Ventura, ficaram tristes e indignados justamente com a atitude do grande astro do “esporte da cesta” do Brasil, Oscar Schimidt, o “Mão Santa” em razão de uma declaração sua feita no podcast “Tiracatiscast”, episódio 362 apresentado quarta-feira passada pelos divertidos Bola e Carioca.

Oscar, em entrevista ao lado do seu amigo e companheiro de seleção brasileira Marcel, em determinado momento disse textualmente: “P..., Franca/SP é uma cidade de Merda”.

A “União de Defesa da Cidadania de Franca/SP, que existe há anos até com CNPJ, emitiu grave carta de repúdio ao Mão Santa, colocando até na sua sede, a camisa dele como tapete para que todos limpem os pés.

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Seu amigo-familiar está vivo! Confie em Deus!

segunda-feira, 06 de novembro de 2023

Celebramos na quinta-feira passada, 2, o Dia de Finados, denominado "Comemoração de todos os fiéis defuntos" e no último domingo, 5,  a "Solenidade de Todos os Santos", os que já adentraram a glória e a felicidade eterna no Reino celeste, junto a Deus. As duas temáticas celebradas se unem no sentido do que deve ser o destino de todos os cristãos, filhos de Deus e pela vontade do Senhor, Criador e Redentor, o fim alcançado de toda a humanidade, sua imagem e semelhança. 

Celebramos na quinta-feira passada, 2, o Dia de Finados, denominado "Comemoração de todos os fiéis defuntos" e no último domingo, 5,  a "Solenidade de Todos os Santos", os que já adentraram a glória e a felicidade eterna no Reino celeste, junto a Deus. As duas temáticas celebradas se unem no sentido do que deve ser o destino de todos os cristãos, filhos de Deus e pela vontade do Senhor, Criador e Redentor, o fim alcançado de toda a humanidade, sua imagem e semelhança. 

O que devemos saber sobre os que partiram? A nossa Igreja Católica, através do seu Magistério, apoiado na Sagrada Escritura e Sagrada Tradição, responde.

A morte - é um acontecimento natural, consequência de nossa fragilidade corporal, ou efeito das contingências de nossas relações de vida em sociedade, provocado muitas vezes por acidentes, violência, injustiças e pelo pecado de omissão dos que deveriam promover e garantir a vida. Todos nós, em algum momento de nossa existência, teremos esta passagem. Mas não é o fim.

O eu humano não morre, pois é espiritual e o princípio espiritual psicossomático não se desgasta com a matéria. O nosso eu psico-corporal é superior e continua vivo. "As almas dos justos estão nas mãos de Deus e nas as atingem nenhum tormento. Parecem mortos aos olhos dos insensatos...mas estão em paz, ... a esperança deles está cheia de imortalidade" ( Sabedoria, 3, 1-4).

E o que acontece com nossos parentes e amigos?  Eles vão após a morte, espiritualmente para o encontro com Cristo, Deus feito homem, Senhor da Vida. "Não queremos, irmãos que fiquem na ignorância a respeito dos mortos, não se deixem levar pela tristeza, como os outros que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também devemos crer que Deus levará, por meio de Jesus, junto com Ele os que morreram" ( 1 Tessalonicenses 4,13-15). "Eu sou a ressurreição e a vida, Todo aquele que crê em mim, mesmo se morrer, viverá e todo o que vive e crê em mim, jamais morrerá" ( João 11,25-26).

E os nossos familiares e amigos voltarão para este mundo em outros corpos? Ou eles se comunicarão conosco do além? Não. Temos apenas uma única existência nesta terra, como nos diz a Bíblia."Foi determinado que o homem morra uma só vez e logo em seguida venha o juízo" ( Hebreus 9,27). O homem morre uma só vez. Isto quer dizer que tem uma só vida neste mundo. E em seguida vem o nosso encontro com Deus ( o juízo particular) diante do Senhor da vida, quando todas as nossas ações serão avaliadas perante o Amor e a Verdade, diante dos olhos e coração de Cristo. Ninguém tem que voltar para pagar pecados, pois os pecados já foram todos lavados de nossas vidas pela cruz redentora de Jesus Cristo, uma vez por todas, quando morreu por nós.

"Sabeis, igualmente, que Ele se manifestou para tirar os nossos pecados e nele não há pecado"(1 João 3,5. " Ele que se entregou a si mesmo por nós para nos remir de toda maldade e purificar para si um povo todo seu, consagrado às boas obras" (Tito 2,14). Confira também 1 Pedro 1, 9  e Isaías 53,4-5. Por isso, o próprio ladrão que tinha muitos pecados e crimes, no alto da cruz, arrependido, foi perdoado por Jesus que lhe disse "Ainda hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23,43). Alcançou a salvação eterna naquele mesmo dia, sem precisar pagar nada, pois foi totalmente lavado pelo sangue redentor do Senhor da misericórdia.

Nem mesmo os nossos entes queridos que partiram  se comunicarão conosco, pois já estão numa outra dimensão, fora do nosso espaço e  tempo. Como o próprio Cristo ensinou na parábola do rico e do pobre Lázaro ( LUCAS 16, 19-31). Temos, contudo uma comunhão espiritual com aqueles que já estão na comunidade celeste, através da oração e da missa, onde estão unidas a Igreja triunfante na glória e a Igreja militante, peregrina na terra, oferecendo os frutos espirituais da graça de Deus e as indulgências à Igreja que se purifica antes da entrada definitiva para a união com a presença puríssima do Senhor.

E o que é o Céu ou a vida celeste bem-aventurada? Não é um lugar "lá em cima", mas é a união para sempre, no aprofundamento da verdade e do amor com Deus, através do Cristo, Deus feito homem e com os irmãos que "lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro" ( Apocalipse 7,14), ou seja se santificaram e foram purificados pelo sangue redentor de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

O que celebramos no dia de Todos os Santos. Este céu começa aqui na terra para quem já tem essa união de amor com Deus e com os irmãos, com tribulações, e só teremos a plena felicidade quando passarmos deste mundo para os Seus braços. Essa união definitiva e feliz é uma estado espiritual de comunhão com o Senhor, na realização e paz eterna. E na comunhão dos santos, quem já alcançou intercede por quem ainda peregrina e luta na terra pela salvação de todos.

E o que é o inferno ou a perdição eterna? Também não é um lugar "lá em baixo", nem experiência física (não há mais físico) mas é a separação eterna do homem com Deus, por própria opção do homem que se coloca contra Deus. Este estado espiritual de negação e afastamento do Senhor que é o sentido profundo e realizador  da Vida já começa também aqui no coração daqueles que se opõem a Deus, que rejeitam a Sua graça até o fim e que é definitivo após a morte, no vazio e frustração eterna, na ausência da felicidade de Deus e já sem as ilusões e "compensações" da terra que já traziam também "o fogo" interior do vazio de Deus e do sofrimento espiritual das consequências do mal.

A possibilidade desta perdição existe, a partir do livre arbítrio do homem. Deus propõe a salvação, não a impõe. Mas se até no último momento alguém se arrepende, Ele o envolve com sua misericórdia infinita e o salva, como fez com o ladrão na cruz. O Magistério da Igreja nunca afirmou, nem genericamente que alguém tenha fechado esta possibilidade desta negação até o fim. Será que alguém conseguiu resistir à misericórdia e à graça de Deus até o final de sua vida? Não sabemos e nem podemos julgar.É competência somente de Deus. Rezamos para que todos se salvem e tenham a adesão ao Senhor, mesmo que seja  na etapa final de suas vidas, no descortinar da Verdade às suas consciências, na última fronteira com o estado eterno.

E o purgatório? Quando morremos ainda carregamos conosco os efeitos dos vícios e infidelidades ao Amor de Deus.

Antes de entrarmos na comunhão com o Senhor puríssimo e santíssimo é necessária uma purificação destas falhas pela força do próprio amor de Deus para que sejamos totalmente santificados. Estas pequenas infidelidades e distrações do caminho não nos tiraram da adoração e seguimento do Senhor.

Por isto já estão direcionados para o céu os que se purificam. É o estado espiritual de sofrimento positivo no sentido de perceber diante do grande Amor e Verdade que é Deus que poderia amá-lO mais, servi-lO melhor com os dons que Ele mesmo concedeu e não ter se desviado por vezes do sentido maior da existência , apegando-se a coisas efêmeras e secundárias da terra.

A Bíblia nos diz que "é um pensamento bom e religioso rezar pelos mortos(...)para que sejam livres de seus pecados " ( 2 Macabeus 12, 43-46). A nossa Igreja ensina a mesma coisa ( confira Catecismo da Igreja Católica n° 1030). E a melhor oração que podemos fazer pelos nossos entes queridos é a Santa Missa, entregando-os à misericórdia do Deus da vida.

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da Comunicação Institucional da Diocese de Nova Friburgo 

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Estrada do Alto dos 50: precariedade total

segunda-feira, 06 de novembro de 2023

“Já havia denunciado neste espaço o estado de total abandono da estrada de acesso à localidade Alto dos 50, no distrito de Mury, sem que a prefeitura tenha tomado qualquer providência. Ocorre que a partir de um ofício encaminhado à administração municipal pelo vereador Maicon Queiroz, solicitando providências para a restauração da estrada, foi aberto o processo  012478/23, que tramitou até a Subprefeitura de Lumiar e São Pedro da Serra.

“Já havia denunciado neste espaço o estado de total abandono da estrada de acesso à localidade Alto dos 50, no distrito de Mury, sem que a prefeitura tenha tomado qualquer providência. Ocorre que a partir de um ofício encaminhado à administração municipal pelo vereador Maicon Queiroz, solicitando providências para a restauração da estrada, foi aberto o processo  012478/23, que tramitou até a Subprefeitura de Lumiar e São Pedro da Serra. Em 12 de junho passado, esta subprefeitura, em resposta ao ofício  292/2023, que interpelava sobre o arquivamento do processo, informou que o fizera, porque já constava de seu cronograma a restauração da Estrada do Alto dos 50. Decorridos mais de quatro meses nada foi feito, sequer o levantamento da situação da estrada, deficiência da iluminação pública, riscos de deslizamentos, falta de capina e árvores caídas sobre a rede elétrica, dentre outras. Além disso, é impossível o contato com a subprefeitura: os e-mails são devolvidos e ninguém atende os telefonemas.”

Jarbas Barbosa Lopes

 

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