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Irmãos Azevedo já cumprem prisão

sábado, 30 de dezembro de 2023

Edição de 29 e 30 de dezembro de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes 

Irmãos Azevedo já cumprem prisão - Paulo, Rodolpho e Gilberto Azevedo já estão cumprindo a prisão preventiva domiciliar decretada pelo juiz Arurahy Caramuru Grion, em função da morte de Guido Daflon, ocorrida este ano na Câmara de Vereadores.

Edição de 29 e 30 de dezembro de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes 

Irmãos Azevedo já cumprem prisão - Paulo, Rodolpho e Gilberto Azevedo já estão cumprindo a prisão preventiva domiciliar decretada pelo juiz Arurahy Caramuru Grion, em função da morte de Guido Daflon, ocorrida este ano na Câmara de Vereadores.

Agradecemos - As inúmeras manifestações que estamos recebendo, verbais, telefônicas e telegráficas, felicitando-nos pela nossa edição especial de Natal. Estamos registrando tais manifestações para, posteriormente, apresentar nosso agradecimento. 

A ponte vem aí - A ponte que vai atravessar uma das maiores baías do mundo, para concretizar um sonho centenário de ligação entre dois grandes estados, a grande ponte, vem aí em 1974… A ponte Rio-Niterói vai determinar grandes transformações na vida de dois grandes estados, podendo, até, determinar-lhes a fusão. Friburgo também receberá reflexos da grande ponte. 

O que vai - O ano de 1974 será o de despedida do General Emilio Garrastazu Médici, atual presidente da República. 

O que vem - Em 1974, renovando as esperanças do povo brasileiro. O General Ernesto Geisel é um estudioso de todos os nossos problemas, já tendo ocupado na administração pública brasileira um sem número de cargos, de todos desempenhando-se bem. 

Legislativo Municipal esteve à altura em 1973 - A Câmara Municipal trabalhou muito em 1973, quer em plenário, quer nas comissões, quer em promoções, e administrativamente. 

Comércio de Natal teve movimento surpreendente - O comércio de Friburgo, durante os festejos natalinos, teve um movimento que não estava nas previsões dos lojistas mais otimistas. Um intenso fluxo e afluxo de pessoas foi constante durante os três dias de Natal. 

O cometa Kohoutcheck não chegou, não viu e nem venceu - Outra grande decepção dos friburguenses foi com o badalado cometa Kohoutcheck, apelidado de Nova Estrela de Belém, de Cometão, de Estrelão e outros nomes promocionais. Anunciado para aparecer nas vésperas de Natal, por um astrônomo polonês - que deve ser maluco visionário - o cometa deu bolo nos friburguenses que ficaram durante dias olhando pro céu. 

Decoração da cidade foi decepção - A prefeitura não acompanhou o esforço dos lojistas que dotaram suas lojas de grandes estoques, sem esquecer atrativas decorações de suas vitrines. Muito menos a prefeitura assimilou o alegre espírito de Natal que envolveu os friburguenses de todas as categorias sociais. Não houve decoração e a cidade, durante o Natal, vestiu sua roupagem comum. 

 

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Mayra Spinelli (30); Rogério Sampaio de Azevedo (31); Sebastião Mario de Azevedo (2); Getúlio Cesar Ventura, Melícia Garcia Figueiró e Amadeu Villa (3); Nair Figueiredo Bizzotto, Georgeta Crelier Maia e Mário Antonio Thurler (4); Pedro Cúrio e Ivo Braune (5); Hamilton Souza Nogueira, Elias Jabour, Mirian Jabour, Olga Bonan Orlando, Lourdes Mello Schimit e Júlio José da Silva (6).

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Novo ano, novas expectativas

sábado, 30 de dezembro de 2023

Esporte friburguense terá um 2024 repleto de oportunidades

Passado mais um ano de fortes emoções no universo esportivo, Nova Friburgo vive a expectativa por possibilidades diferentes em 2024. Seja nos gramados, quadras, pistas ou diversos outros locais, os atletas e instituições friburguenses irão representar o município nos variados eventos e competições, sempre com alta expectativa por bons resultados.

Esporte friburguense terá um 2024 repleto de oportunidades

Passado mais um ano de fortes emoções no universo esportivo, Nova Friburgo vive a expectativa por possibilidades diferentes em 2024. Seja nos gramados, quadras, pistas ou diversos outros locais, os atletas e instituições friburguenses irão representar o município nos variados eventos e competições, sempre com alta expectativa por bons resultados.

Mantendo a tradição dos finais de ano, A VOZ DA SERRA lista dez diferentes oportunidades que o esporte de Nova Friburgo terá para continuar escrevendo capítulos vitoriosos e históricos.

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    O Friburguense não terá vida fácil na próxima temporada. Fora da Copa Rio, o Tricolor da Serra terá apenas a disputa da Série B1 do Campeonato Carioca como compromisso no futebol profissional. A competição deve ter início apenas em meados de agosto ou setembro, gerando um longo hiato, e desafiando a busca por recursos e pela montagem de um time competitivo para tentar o acesso à segunda divisão do Rio de Janeiro.

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    Edson Barboza parece ainda distante da possibilidade de aposentadoria. Sorte de Nova Friburgo e dos amantes do UFC, que terão a oportunidade de assistir um pouco mais daquele que é considerado um dos maiores strickers de todos os tempos. Em 11º no ranking de sua categoria, Barboza, no auge dos seus 37 anos de idade, ainda sonha – e por que não? - em disputar o cinturão do evento.

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    Nos próximos dias, o Diário Oficial da Prefeitura de Nova Friburgo deve publicar os nomes dos contemplados com o Bolsa Atleta Municipal. Pela primeira vez, alguns dos nossos talentos irão contar com recursos públicos para ajudar no custeio das despesas – que não são poucas. Em 2024 serão concedidas 38 bolsas, sendo 50% destas destinadas ao público feminino e os outros 50% ao público masculino, com valores subdivididos em categorias variando entre R$ 3 mil e R$ 5.400 anuais cada.

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    Depois de conquistar o título estadual na modalidade Dadinho e brilhar em outras competições, também por outras modalidades, a AFFM / Friburguense se reforçou para tentar fazer história em 2024, quando completa 40 anos de existência. A equipe, através de Fernando Cruz e demais colaboradores, também se torna um incentivo para os demais times da cidade, atraindo pessoas interessadas em praticarem a tradicional modalidade.

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    O kickboxing de Nova Friburgo segue muito representado. Gilberto Frossard e companheiros de equipe e de modalidade fazem história a cada competição, e desde já, geram boa expectativa para 2024. Da mesma forma, o esporte friburguense acompanha e torce pelos talentos de modalidades como MMA, Muay Thai, Jiu-Jítsu e tantas outras. Novos nomes sempre surgem.

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    O ciclismo tem uma história que se confunde com Nova Friburgo. O uso das bicicletas é uma tradição antiga, e no contexto esportivo, as competições sempre atraem turistas e atletas de fora da cidade e do Estado. Eventos como o Montanha Cup, GP das Montanhas e Route MTB devem fazer novamente parte do calendário esportivo municipal.

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    O futebol amador movimenta praticamente todos os cantos de Nova Friburgo. Competições de bairros, distritos e regiões reúnem centenas de atletas amadores, geram renda para os mesmos e movimentam a economia das localidades que recebem os jogos. A Supercopa SAF, por exemplo, é uma das principais disputas em Nova Friburgo, devendo novamente reunir os destaques de 2023 na edição da próxima temporada.

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    O basquete também tem o seu valor histórico em Nova Friburgo. Com a expectativa de tornar a capital nacional da modalidade, o município tem o esporte movimentado nas escolas e projetos, inclusive com a realização de algumas competições, à exemplo do Cefriba, mantendo a chama do basquete sempre acesa.

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    A natação também é uma modalidade que sempre chama a atenção e traz, na figura de Jhennifer Alves, a esperança por ver Nova Friburgo em destaque. Em ano olímpico, os olhos também estarão voltados para a atleta, um dos grandes destaques individuais dos últimos anos do desporto friburguense.

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    Cada vez com mais adeptos e conquistando um espaço no coração dos friburguenses, o kart também se organiza para um 2024 repleto de novidades e boas notícias. As competições, promovidas em Guapimirim, sempre reúnem dezenas de pilotos, das mais variadas idades e condições técnicas, sendo uma ótima opção para os friburguenses que amam a alta velocidade.

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Carta de um friburguense a 2024

sábado, 30 de dezembro de 2023

Nós merecemos mais do que o melhor, fomos destinados à excelência. Se olharmos para trás, que história incrível nos potencializou. Quando foi que nos esquecemos que nascemos para ser grandes como projetaram nossos ancestrais?

Recuperar a nossa trajetória é essencial para recobrar a consciência que apenas enfeites em efemérides não nos bastam. A festa acaba. A música cessa. As visitas vão embora. E quem fica o ano todo? Nem com o essencial é prestigiado.

Nós merecemos mais do que o melhor, fomos destinados à excelência. Se olharmos para trás, que história incrível nos potencializou. Quando foi que nos esquecemos que nascemos para ser grandes como projetaram nossos ancestrais?

Recuperar a nossa trajetória é essencial para recobrar a consciência que apenas enfeites em efemérides não nos bastam. A festa acaba. A música cessa. As visitas vão embora. E quem fica o ano todo? Nem com o essencial é prestigiado.

Queremos festa, mas também saúde, educação, menor perda de tempo possível nos ônibus, no trânsito, no ir e vir cotidiano. Queremos fé, mas também transparência, ruas iluminadas e sem buracos, qualidade naquilo que é de todos. Eficiência. Queremos desenvolvimento; sustentabilidade; criatividade; esporte e cultura como evento, mas também como formação. Queremos moradia digna, tranquilidade em morar onde se mora, sem medo das chuvas ou de ver um novo 2011 nos derreter. Queremos paz, liberdade, identidade, respeito!

Pertencer. Uma cidade sem identidade perde o sentido de ser cidade. O sentimento de pertencimento é o que nos faz ser um só povo. Não queremos deixar de ser esta cidade plural, antes invejada e copiada. Queremos ela de volta! Clamamos para que seja ainda melhor do que outrora. Pior do que não ter aquilo que se quer, é perder o que já se teve. 

Precisamos, portanto, de sensibilidade. Precisamos muito mais do que só de boas intenções — preparo. Recuperar nosso potencial inventivo e empreendedor aliado a planejamento, gestão moderna, que não podem ser apenas modismos, mas práticas diligentes. Aceleração, porque se olharmos para os lados — ficamos para trás.

É urgente firmar um propósito: ser a melhor cidade do Brasil. Porque nossa história, nossa natureza, nosso povo, nossas capacidades já testadas permitem esse sonho e nos convoca coerência. Se formos ousados, iremos além. Se olharmos além das montanhas, seremos o topo. Recobrar a esperança. Sonhar de novo é primordial para sair dessa amarra da mediocridade que parece ter nos tomado em ilusão. Realidades virtuais não podem continuar a nos enganar. Caçoam de nós.

É de inconformar o conformismo daqueles que se medem pelo pouco ou quase nada. Nossa régua ficou baixa, mas não é porque estava tão ruim que o mais ou menos serve. Não serve e podemos mais, muito mais.         

Nós somos a cidade e ela não é propriedade de ninguém, mas de todos. Não há barão ou pastor que possa se declarar dono dela. Mais uma vez somos convocados a erguer a cabeça e mandar essa tristeza embora. Abrir os braços para uma cidade que trabalhe para ser saudável, em contraponto a esta que celebra o seu número de doentes. Abraçar tempos novos, que olham com admiração o século passado, mas que se percebe vocacionada a entrar no novo milênio com revolução na educação e na formação completa de nossas crianças. 

Respirar ar puro em uma cidade que protege suas florestas e planta árvores nas áreas urbanas, ao contrário daquela que decapita seus espaços de sombra e ainda não tem destinação correta ao seu lixo. Amar o que é, tanto quanto o que pode ser: diversa, igualitária, inovadora, inclusiva, Nova Friburgo.

Ainda que nostálgica, consciente de que essa nostalgia pode e deve nos impulsionar ao futuro. Porque merecemos muito mais, mas para tanto é preciso consciência coletiva que temos tido muito pouco ou quase nada diante daquilo que podemos: excelência.

Novos começos são sempre ótimas oportunidades para despertar. Que 2024 seja o início de despertar, de novos tempos!

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Dicas valiosas

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Aproveitar o fim de ano e se manter saudável: equilíbrio é possível

Aproveitar o fim de ano e se manter saudável: equilíbrio é possível

Com a chegada das celebrações de fim de ano, o espírito festivo toma conta dos ambientes e proporciona ótimos momentos com familiares e amigos. Comidas, descontração e, em diversos casos, bebidas alcoólicas são comuns no mês de dezembro. Para as pessoas acostumadas a uma rotina de treinos e alimentação equilibrada, o período também pode trazer um desafio: descobrir como desfrutar das festividades sem comprometer completamente os esforços e conquistas alcançadas. A meta exige estratégias e comprometimento para garantir uma boa transição para o novo ano, sem perdas significativas no bem-estar e na performance física.

Neste contexto, algumas dicas valiosas dadas por especialistas podem auxiliar nos treinamentos em meio às celebrações de fim de ano, visando manter o condicionamento e poder aproveitar as festas com sabedoria. Em relação à alimentação, é importante ter em mente que os impactos decorrentes dos pratos consumidos não afetarão de uma hora para outra.

De acordo com a nutricionista Roberta Lima, tudo é questão de processo. “Se você passa a maior parte do tempo se alimentando bem e treinando de forma correta, não são dois dias de Natal e um dia de Réveillon que vão estragar seus resultados. Por isso, é muito importante manter uma alimentação saudável ao longo de todo o ano, minimizando o impacto ao organismo”, pontua.

Outra dica importante é se hidratar corretamente, principalmente caso haja o consumo de bebidas alcoólicas. Neste caso, é sempre bom intercalar com água, porque ela hidrata e ajuda no processamento do álcool pelo fígado, além de diminuir os efeitos da intoxicação no organismo. Em relação à rotina de treinamento, o treinador André Leta indica que este é um bom momento para dar uma desacelerada nos exercícios.

“Os estudos demonstram que um dos fatores de risco para lesão é você correr sem interrupção durante toda a temporada de treinamento. Nós, corredores, somos “fominhas” mesmo. Se deixar a gente corre todas as semanas do ano. Mas, se você puder, durante a semana do Natal e a semana do Ano Novo, reduzir o volume de treinamento e até interromper a corrida, é uma ótima estratégia para poupar as suas articulações e dar uma recuperada na musculatura ", afirma.

Para não ficar parado e não perder a sua condição cardiovascular, uma das sugestões é o chamado cross-training, um tipo de treino no qual são feitos diversos exercícios. “A ideia nesse período é manter a sua capacidade aeróbica e não deixar o seu peso subir muito. Atividades como pedalada, natação e pular corda são alguns exemplos de exercícios que podem estar substituindo a corrida, por exemplo, e mantendo a sua condição cardiovascular e controlando o ganho de peso”, completa o especialista.

Aproveitar este período para fazer todo o planejamento da temporada do ano seguinte também é uma ótima dica. Em meio a um momento de redução dos treinos e tempo disponível, pode ser mais fácil se organizar e marcar exames importantes para fazer um check-up do atleta. Procurar uma assessoria esportiva é um ponto de partida para começar a planejar sua rotina de treinamentos para o próximo ano. Também é sugerido colocar no papel quais foram os resultados atingidos neste ano e quais são as metas para o ano seguinte.

Em geral, as festas de fim de ano são momentos de alegria e curtição, nos quais é natural desfrutar de pratos especiais e momentos felizes. No entanto, conciliar essas celebrações com a manutenção de hábitos saudáveis requer um equilíbrio consciente. A busca por uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos não apenas durante, mas ao longo de todo o ano, são atitudes fundamentais.

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    Corrida e caminhada são exemplos de exercícios sugeridos neste fim de ano

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    Registro de uma das edições do Domingo de Lazer, em Nova Friburgo: regularidade é a chave para se manter saudável

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2023 acabando. E eu? Como estou?

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Ouço a campainha tocar. “Quem pode ser a essa hora da manhã?”, me pergunto. Vagarosamente e desconfiado, abro a porta e me deparo com um velho de rugas que são como marcas de guerra num rosto apático. “Posso entrar?”, me pergunta 2023. E eu escancaro a porta para dar passagem ao amigo de quase um ano. Ele se senta na mesa de café da manhã, e me questiona: “e aí?”. Contudo, ainda estou muito chateado com 2023. Se bem que, a esta altura do campeonato, só não está chateado com esse fatídico ano quem tirou proveito financeiro, político ou quem torce para o Fluminense.

Ouço a campainha tocar. “Quem pode ser a essa hora da manhã?”, me pergunto. Vagarosamente e desconfiado, abro a porta e me deparo com um velho de rugas que são como marcas de guerra num rosto apático. “Posso entrar?”, me pergunta 2023. E eu escancaro a porta para dar passagem ao amigo de quase um ano. Ele se senta na mesa de café da manhã, e me questiona: “e aí?”. Contudo, ainda estou muito chateado com 2023. Se bem que, a esta altura do campeonato, só não está chateado com esse fatídico ano quem tirou proveito financeiro, político ou quem torce para o Fluminense. Mas logo respondo: “Estou chateado com você!”

Ele revira os olhos, como se não fosse uma surpresa, com seu olhar cansado e deprimido. “E quem não está?”, pergunta 2023, como se conseguisse ver em sua cabeça, um filme da minha própria vida em cada momento vivido. Ofereço-lhe um copo de água e ele me pede uma dose de Whisky, “pode ser a da mais sem vergonha que tiver”. Sirvo-lhe e fico ali bons minutos olhando para o seu rosto cansado, sem saber por onde começar a desabafar. “Falo sobre minhas mágoas, decepções e arrependimento ou sobre como me sinto agora?”, me pergunto. “Vai ficar quieto e não vai falar nada?”, me pergunta o velho que aquela altura já havia virado a dose da forte bebida como se água fosse.

“Você acha que só você está chateado comigo? Em todos os lugares que eu vou, todos estão chateados comigo. Uns falam sobre a política, outros sobre o STF. Uns falam sobre Flamengo e outros sobre Botafogo. Uns falam sobre como a própria vida foi péssima nos últimos tempos. Eu não pensei que com você seria diferente”. Ele sorri para mim, com um ar de sarcasmo, que contrasta com as olheiras dos mal dormidos. “Afinal, o que adianta jogar em minha cara se muitas das coisas ruins que aconteceram foram consequências das suas escolhas? Umas acertadas, outras equivocadas.”, me diz 2023.

“Mais do que isso, muito do que me aconteceu neste ano e que tenho por ‘injustiça’ foi produto da sua proposta – consciente, racional e emotiva – de se tornar mais vulnerável e expor tudo o que sente. De brigar pelo o que está certo e discutir pelo o que está errado. De se abrir, dizer tuas mágoas e o que te fez sentir vulnerável. Começastes ciclos, terminastes ciclos. Ora acertastes, ora errastes.”, em um tom mais exaltado, esbraveja 2023.

“Se entregar de cabeça sempre, pôr o coração na janela e dizer a quem passa: “Pega que é teu!”. Quem se expõe assim está sujeito a levar uma ou outra bicada. Normal. Quem está na chuva tem que estar disposto a se molhar. Quem não é visto não é lembrado e só apanha quem aparece. O mundo não é nada fácil para os emocionados de plantão como você.”.

“Em todos os momentos, vivemos nossos picos e os nossos vales. Quem está disposto a viver, tem que aprender a ser alegre. Entretanto, também tem que saber conviver com a ansiedade do amanhã e o arrependimento de ontem. Precisamos nos superar a cada dia, felizes ou tristes, amados ou machucados, inteiros ou doloridos...”, com lágrimas nos olhos, desabafa o velho em soluços, dando início a um silêncio constrangedor entre nós.

“De qualquer forma, queria lhe pedir perdão”, diz 2023. Aquilo me deixou surpreso. Perdão?  “É, perdão. Aliás, queria aproveitar e pedir perdão a todos os seus leitores”, responde ele, como se lesse meus pensamentos. E continua: “Perdão para alguns por não ter deixado uma boa impressão. Perdão por ter criado alguns traumas. Não era a intenção. De verdade.”.

Ele tenta se levantar. E pensar que eu estava chateado com o velhinho. Aff. “Até parece! Não tem que pedir perdão por nada, 2023. Tudo o que aconteceu ao longo do ano, de bom e de ruim, me ensinou muito. Sou é grato pela oportunidade de viver neste tempo. E o meu eu do futuro agradecerei totalmente por tudo que passamos em 2023.”, digo.

Além disso, o ano de 2023 nos ensinou a valorizar as pequenas coisas da vida. Com tantas restrições impostas pós pandemia, descobrimos a importância de aproveitar os momentos simples e valorizar as pessoas ao nosso redor. A família e os amigos se tornaram ainda mais preciosos, e aprendemos a valorizar cada encontro, cada abraço, cada conversa e dar a chance de cicatrizar as antigas feridas.

Faça mais, faça melhor! Contribua com projetos que beneficiem sua cidade e sua região. Esteja disposto a sair da zona de conforto, a mudar caminhos e a buscar a felicidade. Lembre-se de que o tempo é agora, hoje! Não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje. O futuro se constrói hoje!”, enfatizo, emocionado.

Enquanto uma lágrima escorre parecendo limpar os meus olhos. Me surpreendo.Quando percebo, estou sozinho. “Estou falando sozinho?”, me questiono. Sentado em uma cadeira na mesa de cozinha percebo um copo de Whiskey vazio sendo iluminado pelos fogos que iluminam o céu do novo ano. É...

Que o ano de 2024 seja um período de crescimento, realizações, felicidade e muito amor. Aproveitem o aprendizado do ano anterior e usem-no como base para construir um futuro melhor. Estejamos sempre abertos a novas oportunidades, possibilidades, amores e desafios.

Com determinação, planejamento e um coração cheio de esperança, todos nós estaremos prontos para enfrentar qualquer que seja o próximo ano, sabendo que seu melhor aprendizado será sempre uma ferramenta poderosa para o futuro. Feliz ano novo! Amo todos vocês que acompanharam a coluna nesse ano!

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Adeus, ano velho

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Durante todo este ano, semanalmente estivemos juntos por aqui, buscando trazer notícias exclusivas do cotidiano friburguense. Do fechamento de lojas à chegada de novos empreendimentos. Falamos de carnaval, de shows de grandes artistas e dos talentos nossos, de Benito di Paula a Bruna Bento. Falamos do futebol do nosso Friburguense em um ano para se esquecer!

 

Dados e a cidade

Durante todo este ano, semanalmente estivemos juntos por aqui, buscando trazer notícias exclusivas do cotidiano friburguense. Do fechamento de lojas à chegada de novos empreendimentos. Falamos de carnaval, de shows de grandes artistas e dos talentos nossos, de Benito di Paula a Bruna Bento. Falamos do futebol do nosso Friburguense em um ano para se esquecer!

 

Dados e a cidade

Em 2023, quando completamos 15 anos de existência, nos dedicamos, em especial, a trazer os mais variados indicadores de diversos organismos, a fim de mostrar e comparar com outros municípios, como está Nova Friburgo. Quase todos, demonstraram que a cidade está ficando para trás, o que reflete diretamente na qualidade de vida da população. Contra números não há argumentos e por isso, houve incômodo da parte dos que estão no poder e de alguns que se alimentam de suas benesses.

 

Números

Diga-se de passagem, tais indicadores não são tirados do nada, mas de órgãos oficiais e diversos institutos sérios, nos quais a coluna se debruça para trazer de forma mastigada ao leitor, que tem a própria capacidade de fazer a leitura e chegar à sua avaliação. Às autoridades que rechaçam a verdade dos números, que haja ações práticas para reverter o quadro. Seguiremos acompanhando.    

Desta maneira, a última coluna do ano, traz algumas das notícias que mais se destacaram ao longo de 2023 em Observatório.

 

Bruna Bento

A friburguense de 21 anos de idade brilhou para todo o Brasil na última edição do The Voice. No reality musical da Rede Globo, Bruna encantou na escuta às cegas e três dos quatro jurados viraram a cadeira para ela. Ela escolheu Carlinhos Brow como técnico e avançou na equipe do cantor até o último momento, quando ele tinha que escolher apenas um do seu time para avançar às semifinais.

 

Aula de cidadania

Amanda foi a escolhida e Bruna arrancou aplausos de pé ao se despedir do programa com um discurso emocionante ao dizer: “Me sinto muito representada pela Amanda, até porque somos nós por nós e quando um de nós vence, todos nós vencemos”. Bruna termina a competição como uma das dez primeiras colocadas.

 

Nova Friburgo na Sapucaí

Já representada com Evandro Malandro, intérprete principal da Grande Rio, em 2024, Nova Friburgo terá também o samba de Jeferson Lima, o mago da Vilage, no maior carnaval do mundo. Ele venceu a disputa de samba na atual campeã, Imperatriz Leopoldinense. No entanto, a escola de Ramos decidiu juntar dois sambas, o de Jefinho com a parceria de Me Leva, em uma disputa que envolveu mais de 20 compositores. O refrão principal do friburguense Jefinho se tornou imbatível nas apresentações em quadra. “Vai clarear… Olha o povo cantando na rua, a Imperatriz desfila com a sorte virada pra lua” e já é um dos mais cantados do carnaval 2024.

 

Ranking das Cidades Sustentáveis

O ranking do Índice das Cidades Sustentáveis 2023 apontou que Nova Friburgo atingiu a sua pior nota desde que o estudo foi criado, em 2015. Perdeu também três posições no ranking estadual (5º para o 8º lugar) e no nacional (532° para o 757°). O índice analisa o desempenho de todos os 5.570 municípios brasileiros nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Nova Friburgo caiu ou se manteve estagnado em quase todos os ODS. Ainda sim, o município manteve o status de média pontuação, lugar que apenas 29% dos municípios brasileiros estão.

 

Queda com relação a 2022

No geral, Nova Friburgo obteve nota 53,47 ante 55,87 em 2022. Sua melhor nota foi em 2015, quando obteve 57,87. A pontuação varia de zero a 100. Entre os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, as melhores pontuações de Nova Friburgo foram: Água Potável e Saneamento Básico (86,98); Energias Renováveis (82,98); Ações Climáticas (89,16) e Vida Marinha (82,81). Já as piores pontuações e que indicam grandes desafios são os objetivos: Igualdade de Gênero (35,80); Indústria, Infraestrutura e Inovação (7,85); Produção e Consumos Sustentáveis (37,00); Proteção à Vida Terrestre (32,08); Paz, Justiça e Instituições Eficazes (38,92) e Parcerias para Implementação dos Objetivos (20,75).

 

Prêmio Cidades Excelentes

Nova Friburgo não venceu em nenhum dos seis pilares do Prêmio Band Cidades Excelentes. Parceria do Grupo Bandeirantes com o Instituto Áquila, o prêmio tem como base o Índice de Gestão Municipal Áquila (IGMA). Para piorar: desde que o índice foi criado, em 2020, Nova Friburgo teve melhora em apenas um setor: Sustentabilidade. Educação e Saúde e Bem-Estar foram os dois pilares em que o município teve maior queda. Na educação caiu de 2.734º para 3.964º do Brasil. Já em Saúde caiu de 4.620º para 5.005º.

 

Mal em saúde e educação

A nota obtida em Saúde é 32,38 sendo o 563º pior entre os 5.568 municípios do Brasil e o 20º pior entre os 92 municípios fluminenses. No indicador, a condição friburguense é considerada crítica, a pior da escala. Em Educação, Nova Friburgo também caiu para a escala de situação crítica, com nota 43,15, 3.964º lugar no país e apenas 56º no RJ. Na nota final, média de todos os índices, Nova Friburgo obteve 58,07, 1.968º do Brasil e 19º do Estado do Rio de Janeiro. Perdeu 504 posições com relação a 2020.

 

Ranking de Competitividade

Nova Friburgo caiu 36 posições no ranking 2023 de competitividade dos municípios, promovido pelo Centro de Liderança Pública. São analisados os 410 maiores municípios do país. Nova Friburgo passou a ocupar a 230ª posição com nota geral de 49,08. O município vem tendo quedas seguidas desde a primeira edição do ranking, em 2020. Era o 124º do país naquele ano, caiu para 158º em 2021 e caiu para 194º no ano passado. 106 cidades, portanto, nos ultrapassaram de lá para cá.

 

Vai bem, vai mal

Meio ambiente é o melhor indicador geral de Nova Friburgo em comparação aos demais municípios (32º do país, com nota 65,52) seguido de Inserção Econômica (100º melhor com 46,97). Os piores, em comparação aos demais foram Funcionamento da Máquina Pública (28º pior, com nota 52,87) e Saúde (51º pior em acesso com 45,62 de pontuação e 104º pior em qualidade com 62,82). Na média por pilares foi o 182º lugar no pilar Economia, o 365º no pilar Instituições e 179º no pilar sociedade.  

 

51º pior do Brasil na Saúde

Nos índices relacionados à saúde, cuja principal fonte do estudo é o Ministério da Saúde, através do DataSUS, Nova Friburgo não teve um índice sequer que tenha apresentado melhora. A cobertura de saúde suplementar é a melhor posição obtida, 199º, seguido do atendimento pré-natal 223º, onde se obtém a melhor nota: 72,28. A atenção primária é um dos fatores que mais derruba a nota de Nova Friburgo, 36ª pior do Brasil com nota 32,7. Queda de 70 posições na cobertura vacinal, 319º do ranking. Aumento da mortalidade materna, 25ª maior do país, e, considerável aumento de mortalidade por causas evitáveis, piora de 41 posições.         

 

Ranking de Longevidade Saudável

O IDL (Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade) de 2023 colocou Nova Friburgo na 92ª posição entre as 324 consideradas cidades grandes, categorizadas assim por terem mais de 100 mil habitantes, com média final de 55,1. Já no geral, entre os 5.570 municípios brasileiros, a melhor nota de Nova Friburgo foi no eixo economia, com média 60,5, aparecendo na posição nacional de número 703. Em Saúde, obteve média de 54,6, na posição nacional: 1.874. Nos indicadores socioambientais, Nova Friburgo obteve média de 50,2, na modesta posição nacional de 2.416.

 

Ranking das cidades inteligentes

Nova Friburgo também não foi destaque no ranking Connected Smart Cities, produzido pela Necta e Urban Systems, enquanto Niterói e Rio de Janeiro conquistaram os primeiros lugares do estado e em dois eixos no Brasil. O estudo que chegou à sua 9ª edição mede os municípios com mais de 50 mil habitantes, ou seja, 656. Nova Friburgo ficou entre as 100 melhores apenas em quatro eixos: educação (34º), meio ambiente (41º), segurança (86º) e urbanismo (95º). Pelo recorte populacional e por região macro, Nova Friburgo ficou em 85º entre 274 e na Região Sudeste em 86º entre os 260 pesquisados. A nota final friburguense foi de 27,451. Para efeito comparativo, Florianópolis-SC, 1º lugar, obteve nota 36,762. Niterói, a melhor do RJ, teve nota 35,492.

 

Saúde, comprovadamente, mal

A Saúde piorou de 2022 para 2023. Nova Friburgo caiu de uma avaliação de 3,973 para 3,659. Vitória-ES, segundo o ranking, é a melhor saúde do Brasil, nota 5,932. Niterói é a melhor do estado que ainda tem Volta Redonda, Resende e Valença entre as 100 melhores do Brasil. Chama a atenção o atendimento no serviço Saúde da Família em Nova Friburgo: apenas 0,4%. Segundo o estudo, com base em dados do Siconfi, a despesa municipal per capita paga com saúde é de R$ 1.332,87, acima da média, o que indica estar sendo mal utilizada.

 

Radar da transparência

A gestão da Prefeitura de Nova Friburgo foi rebaixada no Reconhecimento em Transparência Pública da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e pelos tribunais de contas de todo o país. O Executivo municipal, que em 2022 obteve o selo prata, caiu para o nível intermediário. Por pouco, não desceu para o nível considerado básico. A gestão municipal acumulou índice de 50,63%, abaixo da média nacional (59,57%), abaixo da média das cidades fluminenses (54,39%) e no limite do nível considerado intermediário que vai de 50% a 74%. Entre 30% e 50% é considerado básico.

 

Comparativo

A melhor prefeitura fluminense foi a da capital, com 88,80%, única a atingir o nível ouro. Na região, a melhor foi Teresópolis com 78,71%. Além da cidade vizinha, Bom Jesus do Itabapoana, São Pedro da Aldeia, Nova Iguaçu, Angra dos Reis e Quatis atingiram o nível prata. Nenhuma prefeitura do estado conseguiu o nível máximo. Apesar de ter melhorado do ano passado para este ano, a Câmara de Vereadores se manteve no nível prata, com 82,31%, a apenas pouco menos de 3% para atingir o nível ouro de transparência. No ano passado, o Legislativo obteve 79,28% e cresceu mesmo com a ampliação dos indicadores analisados.

 

Bar do Vovô

Completando 40 anos neste mês de dezembro, com 15 anos da famosa Segunda Sem Lei, que só foi interrompida na época da pandemia, o Bar do Vovô, ponto turístico de Lumiar, vai continuar, mas seu icônico proprietário, Dercy Klein, o Vovô, decidiu se aposentar. Vovô relatou que no início do ano, ao perceber que seria o 40º ano de bar, somados a outros anos de trabalho, quase que de domingo a domingo, que era hora de parar. A missão mais difícil então era encontrar um sócio que entendesse o valor cultural de um dos espaços mais famosos do distrito. Sócios encontrados, o Vovô, portanto, seguirá com participação no empreendimento. Porém, se afastará pouco a pouco, se dando a aposentadoria.

 

Fim de uma era

O hipermercado Extra de Nova Friburgo, no tradicional endereço da Avenida Alberto Braune, encerrou as suas atividades por aqui, em julho. O imóvel gigante, no coração da cidade, não ficou fechado por muito tempo e uma nova rede assumiu o espaço, inaugurando recentemente. O imóvel tem muita gente que ainda se refere como ABC. O Grupo Pão de Açúcar deixou a cidade após 25 anos.

 

Maior academia da América Latina

A SmartFit está chegando em Nova Friburgo. A unidade friburguense ficará no Espaço Arp. As obras estão quase finalizadas e a inauguração prevista para outubro deve acontecer em janeiro próximo. Em qualquer unidade da América Latina, os números que identificam os equipamentos é o mesmo, assim como o aplicativo de montagem e acompanhamento de treinos. Ainda que algumas em maiores ou menores espaços, todas contam com o mesmo estilo e um mínimo de dois equipamentos iguais para execução dos exercícios. O plano era chegar em Nova Friburgo antes, mas a dificuldade em achar um local adequado para o padrão atrasou a pretensão. Considerada uma das vantagens para quem mora em mais de uma cidade ou viaja muito é que o aluno matriculado em Nova Friburgo, por exemplo, pode malhar em qualquer unidade da rede de qualquer cidade do Brasil e do exterior.

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Lidando com a angústia no Ano-Novo

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

O filósofo S. Kierkegaard escreveu dizendo que aquele que aprendeu a lidar com sua angústia, aprendeu o mais importante: Lidar com a angústia. Sabe o que é isso?

Poucas semanas após a eleição recente para presidente do Brasil, um conhecido meu de Brasília fez contato comigo me pedindo para atender um deputado federal famoso, seu amigo, que estava entrando em depressão pela derrota do seu candidato à presidência. Ele estava muito angustiado e parecia que começava a entrar num estado depressivo.

O filósofo S. Kierkegaard escreveu dizendo que aquele que aprendeu a lidar com sua angústia, aprendeu o mais importante: Lidar com a angústia. Sabe o que é isso?

Poucas semanas após a eleição recente para presidente do Brasil, um conhecido meu de Brasília fez contato comigo me pedindo para atender um deputado federal famoso, seu amigo, que estava entrando em depressão pela derrota do seu candidato à presidência. Ele estava muito angustiado e parecia que começava a entrar num estado depressivo.

A sensação de impotência produz angústia. E às vezes a angústia é um sentimento que vem misturado com tristeza. Angústia gera aflição e tristeza gera desânimo. É ruim e desagradável se sentir impotente diante da injustiça, da impunidade, do abuso de poder de magistrados, políticos, empresários que manipulam a opinião pública e também destroem pequenos empreendedores talvez, também, por ajuda de sociedades secretas. Quando uma pessoa bem informada vê que há tanta coisa ruim que já acontece e que se vislumbra que acontecerá, isso pode gerar um estado emocional doloroso, e caso a pessoa não encontre uma saída para sua angústia e tristeza, ela pode entrar em depressão pela perda da esperança.

Dói pensar que a sociedade será muito afetada pela ideologia que fala do “bem comum”, envolvendo este “bem comum” o controle, a castração da liberdade, cheio de conflitos de interesses não só econômicos, mas, e principalmente, ideológicos. Machuca pensar em injustiças sociais não só praticadas pela liderança política de um país, qualquer país, como pela ignorância de boa parte da população que tendo a faca e o queijo nas mãos em termos de escolha de seus governantes pela eleição, decide erradamente, influenciada pela manipulação da opinião pública produzida por poderosas redes de comunicação que são, na verdade, dúbias, jogando para este ou para aquele lado conforme o interesse do momento, interesse econômico e de liberdade transgressora de princípios saudáveis de conduta.

Outro dia li uma frase interessante que dizia: “Impotência não é desamparo.” Somos impotentes diante de males que nos afligem ou atingem nosso país e que ocorrerão nos próximos anos no mundo, quanto mais nos aproximamos da “agenda 2030” quando será imposta uma nova ordem social mundial conforme o interesse e desejo dos poderosos desse mundo, liderados pelo poder, que, conforme descreve o apóstolo Paulo em sua segunda carta aos Tessalonicenses, capítulo 2 e versículo 4: “... aquele que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado, a ponto e tomar lugar no Templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus.” (Bíblia Ave Maria).

Impotência não é desamparo. Somos amparados por aqueles que nos ajudam. E há os que nos ajudam. Aceitar a impotência diante da injustiça social não é o mesmo que ficar desamparado e omisso diante da dor social. Fazer o bem é o melhor remédio contra este e outros tipos de injustiça. A resposta está no bem e não no revide do mal com o mal que se apossa de poder em nome de um amor equivocado. O mal tem seu limite. Ele não avançará nem mais um segundo e nem mais um milímetro além do que também está estipulado. A vida cobra o bem. O tempo mostrará o bem e o mal, de forma que ficará claro para todo o Universo esse assunto de justiça e injustiça. O desafio é ter força para esperar e suportar a dor, e evitar ser conivente na prática da injustiça.

Aceitar a impotência diante da injustiça de um povo, de um governante, de um conhecido ou parente, é o primeiro passo para o alívio da angústia e da tristeza. No Ano Novo que começa, levantemos a cabeça com humildade, mas com esperança. Não com arrogância que pode se manifestar por frases tipo “que venha o novo ano”. Não há justiça nesse mundo mal, portanto a saída não é a direita, a esquerda, o centro. A saída é de cima. Bom Ano Novo com a força de cima para lidar com a angústia e a tristeza, até que a justiça surja e acabe de vez com a mentira, a fraude, a corrupção e a maldade de baixo! Não vai demorar.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Pedalando por aí...

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

“Tenho 66 anos e ando de bicicleta desde os 8 ou 9, mas em Nova Friburgo não há estímulo para essa prática saudável. O que mais ouço em  minhas andanças é: Você não tem medo? Não é muito arriscado?"

“Tenho 66 anos e ando de bicicleta desde os 8 ou 9, mas em Nova Friburgo não há estímulo para essa prática saudável. O que mais ouço em  minhas andanças é: Você não tem medo? Não é muito arriscado?"

Considero os riscos. De fato, são muitos. Cada vez que ando nas principais ruas acidentadas, esburacadas e mal niveladas do Centro considero o perigo que corro com os veículos que passam por mim soltando fumaça tóxica ou em alta velocidade. Nas calçadas, tento sempre desviar dos pedestres, mas sou criticada por olhares, gestos e até palavrões, mas considero também que os sorrisos espontâneos valem mais do que um olhar atravessado.

Que em 2024, o Legislativo e Executivo locais possam trabalhar juntos por uma cidade mais sustentável.”

Deidi Lucia Rocha

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Os campeões

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Tradicionais e estreantes comemoraram títulos nas divisões inferiores do Rio

Tradicionais e estreantes comemoraram títulos nas divisões inferiores do Rio

         Não foi só o Fluminense que comemorou um título a nível estadual nesta temporada. Nas divisões inferiores do Rio, quatro equipes, entre elas algumas tradicionais e outras candidatas a emergentes, também puderam erguer troféus e celebrar os respectivos acessos. Com cinco níveis de competições, entre Séries A1 e C, o Estado teve disputas de campeonatos durante praticamente todo o ano, em períodos diferentes. Todos eles já definidos. O Friburguense participou de dois deles: a Série A2, equivalente à segunda divisão, e a B1, a terceirona do Rio de Janeiro, onde permanece em 2024 após não conseguir conquistar o acesso.

        Neste ano de 2023, o Sampaio Corrêa ficou com a taça da Série A2, a segunda divisão do futebol do Rio de Janeiro, na mesma edição em que o Friburguense acabou rebaixado para a terceirona. Na disputa da B1, o Tricolor da Serra ficou a apenas um gol para chegar às semifinais, não conseguiu o acesso e viu o Duque de Caxias comemorar a conquista do título e o acesso, junto ao rival Serrano.

        Já na quarta divisão, o São Cristóvão faturou o título, ao bater o Belford Roxo (também promovido), e já sonha alto, pensando até em chegar à Série A do Carioca. Afastado da primeira divisão desde 1995, o clube cadete tem um objetivo audacioso: o de, dentro de dois anos, conquistar uma vaga na elite. E existe até a possibilidade de tornar-se uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para viabilizar a continuidade desse processo.
        Na Série C estadual, a quinta divisão do futebol do Rio de Janeiro, o ainda pouco conhecido Zinzane se sagrou campeão - curiosamente ao bater o São Cristóvão. A história do Zinza começou em 2002, graças a dois ex-atletas: Renato Vilarinho e Cláudia Richa. Naquele ano, o casal criou a Zinzane, marca de moda. Nas décadas seguintes, passou a contar com cerca de 170 lojas em 25 estados, além de comercializar produtos online.

O Zinzane Futebol Clube, conhecido como Zinza F.C., nasceu em 2022, tendo Renato Villarinho como primeiro presidente. A estreia aconteceu exatamente na Série C do Campeonato Carioca de 2023.
 

Americano tem melhores públicos

        Com o fim da temporada de 2023, um levantamento feito pelo portal Acesso Carioca trouxe os jogos entre as Séries A2, B1, B2 e C levaram mais público ao estádio. O curioso é que nenhuma partida alcançou a marca de mil presentes, algo que, num passado não muito distante, era observado em jogos do Friburguense no Eduardo Guinle.

No topo da lista desta temporada estão dois jogos do Americano, que teve a carga máxima de ingressos no Aryzão para os jogos contra Olaria e Sampaio Corrêa, pela primeira fase da segundona.

        A Série B estadual rendeu os três maiores públicos do ano, com o jogo de ida da final, entre Olaria e Sampaio Corrêa, levando 937 pessoas à Rua Bariri, na Zona Norte carioca. A seguir, veio o jogo mais visto da terceirona: a volta da semifinal entre Serrano e Barra da Tijuca, em Petrópolis, com 935 presentes. As decisões dos títulos da segundona e da terceirona, respectivamente, vêm logo depois. Entre outros dos maiores públicos da temporada, fora a primeira divisão, estão outros confrontos da Série A2.

        Os jogos do Olaria contra Petrópolis e América, ambos na Rua Bariri, tiveram públicos presentes de 804 e 786 torcedores, respectivamente. A partida Americano x Petrópolis, no Aryzão, levou 768 pessoas ao estádio, com um outro Olaria x Petrópolis tendo 709 presentes. O Friburguense ainda registrou alguns dos melhores públicos da edição de 2023 da segundona estadual.

        O maior deles foi na partida contra o Duque de Caxias, pela sexta rodada da Taça Corcovado. O time comandado por Gerson Andreotti havia emplacado duas vitórias consecutivas, contra São Gonçalo e Pérolas Negras, e fez bom jogo contra a equipe da Baixada Fluminense. Contudo, perdeu por 1 a 0, frustrando os 296 presentes no estádio Eduardo Guinle. Este foi o quarto melhor público de toda a primeira fase. O Frizão também teve “bom” comparecimento no jogo contra o 7 de Abril, quando 243 torcedores presenciaram a vitória por 3 a 0.

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    Um dos candidatos a emergente no futebol do Rio, Zinzane faturou o título da quinta divisão

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    O tradicional São Cristóvão será adversário do Friburguense em 2024 com planos audaciosos

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Vale o alerta

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

DataSUS: internações de ciclistas aumentam 71% no Brasil

DataSUS: internações de ciclistas aumentam 71% no Brasil

O número de internações de ciclistas vítimas de acidentes cresceu 71% em todo o Brasil nos últimos dez anos (2012-2022), segundo levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico a partir de dados do DataSUS. A entidade não tem um recorte estadual ou regional dos números, mas o alerta vale para Nova Friburgo. Muita gente tem aderido a este meio de transporte para o deslocamento no dia a dia, e como nem sempre há espaço adequado para a circulação, os perigos se multiplicam pelas vias e calçadas friburguenses.

Com o avanço da adesão às bicicletas como meio de transporte, além do lazer, apesar da queda nos números absolutos, a proporção dos acidentes com bikes cresceu. Em 2012, elas representavam 1,96% dos registros não-fatais, e no ano passado corresponderam a 4,08% do total. Nos casos letais, as bicicletas representaram 2,7% em 2022, contra 3,7% uma década antes.

Doutor em urbanismo e integrante do coletivo Mobicidade, Pablo Vieira Florentino considera que o maior fator de risco para os ciclistas no trânsito é a velocidade média nas vias. "Dentro da América Latina, só existem dois países que permitem velocidades acima de 60 quilômetros por hora dentro de perímetros urbanos, e um deles é o Brasil. Os outros, dentro dos perímetros urbanos, limitam suas velocidades máximas até 60 km/h questão da velocidade não abarca somente quem está na bicicleta ou quem está a pé, mas também quem está dentro dos veículos", avalia.

 

Preocupante

Pesquisa revela que 52% dos brasileiros não fazem atividades físicas

A Pesquisa Saúde e Trabalho, feita pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), conclui que 52% dos brasileiros raramente ou nunca praticam atividades físicas. Entre os que fazem atividades físicas, 22% se exercitam diariamente, 13% pelo menos três vezes por semana e 8% pelo menos duas vezes semanais.  

O levantamento foi realizado entre 10 e 14 de março de 2023. Em todos os estados, foram entrevistadas 2.021 pessoas com mais de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. 

A prática regular de atividades físicas é considerada por especialistas como um dos principais meios de promoção e cuidado com a saúde. Além da frequência da prática de atividades físicas, o estudo fez a associação entre a prática delas e o adoecimento.

Segundo o levantamento do Sesi, 72% das pessoas que praticam exercícios com frequência não tiveram problemas de saúde nos últimos 12 meses. Porém, entre os que nunca praticam atividades físicas, 42% sofreram problemas de saúde em 2022.  

O diretor superintendente do Sesi, Rafael Lucches, destacou que “a promoção da saúde e de comportamentos preventivos é fundamental para a redução de problemas na vida das pessoas. Com a prática de atividades físicas, temos pessoas mais saudáveis e dispostas para encarar os desafios do dia a dia”. 

A relação entre trabalho e qualidade de vida também foi abordada pela pesquisa do Sesi. Nesse aspecto, 94% concordaram que um profissional com a saúde física e mental em dia é mais produtivo no seu trabalho. A pesquisa também apontou que 12% dos entrevistados têm hábito de realizar consultas regulares com psicólogo. 

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    Maior utilização de bicicletas é benéfica à saúde, mas acende alerta nos centros urbanos (Arquivo AVS / Henrique Pinheiro)

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    Bicicleta deixou de ser “apenas” um meio para a prática de lazer ou esporte aos fins de semana

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