Não podemos perder a liberdade de escolha

César Vasconcelos de Souza

Cesar Vasconcellos de Souza

Saúde Mental e Você

O psiquiatra César Vasconcellos assina a coluna Saúde Mental e Você, publicada às quintas, dedicada a apresentar esclarecimentos sobre determinadas questões da saúde psíquica e sua relação no convívio entre outro indivíduos.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Vivemos momentos difíceis. Guerras ideológicas seguem e invadem áreas da sociedade. A Elma Chips, fabricante de salgadinhos como o Doritos, lançou uma propaganda (creio que no México) na qual apresenta um grupo de pessoas que vão a um cemitério junto com uma senhora viúva. Na tumba do marido dela surge o falecido. Segue um diálogo entre eles falando de saudades, tudo apelando para a emoção, quando ao lado do marido surge outro homem, e o falecido diz de que ele está bem, no além, porque tem um companheiro, dando a ideia de uma relação gay.

Na propaganda se veicula duas ideias. Uma sobre a teoria da existência de uma alma ou espírito que sobrevive ao corpo após a morte, e outra é a ideologia gay. Vejam que na guerra ideológica o mais importante para o marketing de certas companhias poderosas, não é mais o produto que elas fabricam, mas crenças filosóficas. Veja o vídeo em https://www.youtube.com/watch?v=MsiJpAS7QxE

Pouco tempo atrás a rede de lanches rápidos Burger King, lançou uma propaganda também ideológica, envolvendo até crianças na defesa da homossexualidade. Uma maldade contra os pequeninos. De novo a ideologia com mais destaque do que o produto da empresa. Veja em https://www.youtube.com/watch?v=Lofncir9A0Y 

Há projetos de lei para tirar os nomes “pai” e “mãe” de documentos de identidade. Os parlamentares que defendem uma lei assim não têm direito de fazer isso para proteger uma minoria LGBT contra a maioria da população que os elegeu.

Parlamentares que querem justiça e cumprimento da Constituição Brasileira, devem lutar para preservarem o direito e liberdade de crença no país, se posicionando contra grupos radicais, como o dos LGBTs, que não aceitam que pessoas ou instituições tenham opinião diferente da deles sobre a conduta sexual humana.

Alguns do grupo LGBT têm um tipo de “fobia” ou preconceito, que é não aceitarem opiniões diferentes das que eles têm sobre as causas do comportamento não heterossexual. Parece que dolosamente confundem conceito com preconceito. É um preconceito contra o direito das pessoas crerem diferente deles sobre a origem da homossexualidade e de outros comportamentos sexuais. Alguns deste grupo se queixam de ser vítimas de homofobia, quando eles são preconceituosos contra os defensores de uma vida heterossexual, defensores que não os atacam. Claro que é preciso respeito para com quem decide seguir com comportamento gay ou outra modalidade LGBT etc. Mas é preciso respeito dos dois lados.

Outro fato que mostra os tempos difíceis em que vivemos tem que ver com a obsessão pelo poder econômico, um transtorno mental que se alastra no mundo e engloba ditadores de países que, por um lado, defendem a igualdade social, mas por outro lado enviam fortunas para paraísos fiscais para si mesmos. E vivem com conforto totalmente oposto ao da população que vive sob seu regime ditador.

Na fome doentia pelo poder econômico, empresas como a Pfizer, que lucrou bilhões de dólares com as vacinas contra a Covid-19, agora quer vacinar bebês. Não me surpreenderá se esta big pharma pressionar poderes públicos e cientistas que se vendem, com propinas vultuosas, a vacinar animais de estimação (pets) com o possível argumento de que isto protegerá seus donos. Na fome insaciável de ganhar mais e mais dinheiro as pessoas fazem absurdos e seus projetos são aprovados por autoridades que, infelizmente, recebem “doações” milionárias. Não sou contra a vacina. Sou a favor da liberdade da pessoa escolher tomá-la ou não.

O mundo avança na maldade. Numa disputa entre ciência e política, em geral a política ganha. Na pandemia da Covid-19 o Estado interfere na liberdade de consciência da população, porque com a exigência do passaporte sanitário para tantas coisas (trabalho, viagens, ingresso em universidades etc.), fica a pressão para todos serem vacinados, o que fere a constituição brasileira que defende a liberdade de crença que envolve, creio, a liberdade de por em nosso corpo o que cada um crê que deve colocar.

Estamos caminhando a passos largos para a perda de liberdade individual como cidadãos e isto em muitos países, infelizmente. O poder econômico está vencendo devido à ganância de alguns poucos poderosos. Mas, no fundo, isto vai além da ganância, tem ideologia religiosa no meio.

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