Quatro em cada dez empresas fecharam na primeira quinzena de junho, diz IBGE

Segundo o levantamento, mais de 500 mil eram de pequeno porte. Setor de serviços foi o mais atingido
quarta-feira, 22 de julho de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Homem pausa o uso de máscara em Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)
Homem pausa o uso de máscara em Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)

A pandemia do coronavírus provocou o fechamento de 522,7 mil empresas de um total de 1,3 milhão que encerraram suas atividades temporária ou definitivamente, na primeira quinzena de junho. Estes são os dados dos primeiros resultados da Pesquisa Pulso Empresas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número representa quase 40% do total e a maioria, 518,4 mil (99%) era de pequeno porte, com até 49 empregados, e mais de quatro mil eram de porte intermediário, com 50 a 499 empregados. O setor de serviços foi o mais atingido com quase 50%; seguido do comércio 37%; construção 7,5%; e indústria 6,5%.

De acordo com o IBGE, a estimativa é de que o país tinha, na primeira quinzena de junho, quatro milhões de empresas. Entre elas 2,7 milhões estavam em funcionamento total ou parcial; 610 mil fechadas temporariamente; e 716 mil encerradas em definitivo. Destas últimas, independente de motivo, as mais atingidas foram as de menor porte: 715 mil, ou seja, quase 100%. 

Esse número cai bastante nas intermediárias (1,2 mil ou 0,2%) e nenhuma era de grande porte. Mais uma vez o setor de serviços alcançou maior proporção (46% ou 334 mil), seguido pelo comércio (36% ou 261 mil), construção (9,5% ou 68 mil) e indústria (7% ou 52 mil).

A pesquisa apontou também que a pandemia teve impacto negativo em 70% da soma de empresas em funcionamento: 16,2% relataram que o efeito foi pequeno ou inexistente, e para 13,6% o impacto foi positivo. As empresas de pequeno porte foram as que mais notaram efeitos negativos (70,1%), nas intermediárias ficou em 66,1%, e nas de grande porte o percentual chegou a 69,7%. A percepção negativa foi maior no setor de serviços (74,4%), da indústria ficou em 72,9%, da construção atingiu 72,6% e de comércio, 65,3%.

Outros dados

Na produção, seis em cada dez companhias tiveram dificuldade de fabricar produtos ou atender clientes, enquanto apenas três não notaram alteração significativa e cerca de sete companhias tiveram facilidade. Mas quando se trata de acesso aos fornecedores, seis delas encontraram dificuldades, diferente de 30% que revelaram não haver alteração significativa. O menor percentual, 5,7% é das que encontraram facilidade. Quanto aos pagamentos de rotina, mais de 60% tiveram problemas, para 33% não houve alteração significativa.

Quanto a impostos, a pesquisa estima que, desde o início de março, 1,2 milhão (44,5%) das empresas em funcionamento adiaram o pagamento de impostos. Mais da metade (51,9%) considerou ter recebido apoio do governo para isso. Perto de 347,7 mil (12,7%) empresas conseguiram crédito emergencial para pagamento da folha salarial desde o início da pandemia. Entre elas, quase sete em cada dez consideraram ter tido apoio do governo na adoção dessa medida.

Mudança para online, ocupação e outras medidas

Cerca de um terço das companhias mudaram o método de entrega de seus produtos ou serviços e adotaram a prática on-line. Do total, 20% lançaram ou passaram a comercializar novos produtos e/ou serviços desde o início da pandemia.

Se comparado ao início de março, o número de funcionários foi mantido em cerca de seis em cada dez empresas em funcionamento. No entanto, mais de ⅓ indicou redução no quadro e as que aumentaram o número de empregados foram apenas 3,8%. Entre as 948,8 mil empresas que reduziram a quantidade de empregados, 37% diminuíram em até 25% seu pessoal, e outras encolheram seu quadro acima de 50%.

As empresas realizaram também outras ações no período. Nove em cada dez empresas fizeram campanhas de informação e prevenção e adotaram medidas extras de higiene nas suas atividades. O modo teletrabalho, trabalho remoto e trabalho à distância foi adotado por 38%, e 35% anteciparam férias dos funcionários. Um outro dado observado é que três em cada dez empresas adotaram pelo menos uma medida em relação aos impactos da Covid-19, com apoio do governo.

(Fonte: Agência Brasil)

 

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