Prefeitura admite rever sistema de aferição de bandeiras

Manifestação ocorre um dia após ofício encaminhado pela Frente Empresarial e de Classe solicitando mudanças na métrica
quinta-feira, 23 de julho de 2020
por Fernando Moreira (fernando@avozdaserra.com.br)
Bandeira vermelha: operário com máscara sinaliza obra viária (Foto: Henrique Pinheiro)
Bandeira vermelha: operário com máscara sinaliza obra viária (Foto: Henrique Pinheiro)

Parece que surtiram efeito as duras críticas da Frente Empresarial e de Classe de Nova Friburgo (FEC-NF) manifestando discordância quanto aos critérios utilizados para a implantação do sistema de bandeiras no município, especialmente sobre a adoção da bandeira vermelha. Na última terça-feira, 21, a entidade também protocolou um ofício ao prefeito Renato Bravo solicitando a revisão dos critérios de bandeiras; rodízio de CPF; intervenção no transporte público (com proibição de viagens de idosos, manutenção de linhas etc); e adoção de um projeto de educação quanto à importância do uso de máscaras e penalização para o descumprimento das normas.

Já nesta quarta-feira, 22, a Prefeitura de Nova Friburgo informou que “tem estudado outras opções de métricas que possam definir as bandeiras”. Isso significa que o governo municipal levou em consideração as ponderações da FEC-NF e, em breve, deverá apresentar novidades no que se refere à aferição do sistema de bandeiras. A prefeitura, no entanto, não informou o que e quando pretende apresentar essas mudanças.

Até o momento, permanece em vigor o decreto 625, de 1º de julho, que definiu as etapas da ‘Retomada gradual e segura das atividades’ no município. De acordo com as determinações, Nova Friburgo encontra-se esta semana em bandeira vermelha – quando a taxa média de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid está acima de70%.

A FEC pondera que a oferta de leitos pode constituir a referência central, mas não exclusiva no regime de bandeiras e que é necessário operar com outros indicadores, como a taxa de transmissão do coronavírus. Segundo a entidade, no último dia 10, a média móvel de novos casos no período de sete dias estava em 21,29, enquanto no dia 17, com a bandeira amarela e o comércio aberto, se encontrava em 14,29, apontando queda nos riscos de propagação. 

A FEC reforça ainda que não entende os motivos que levaram a prefeitura a não providenciar o aumento de leitos de UTI Covid no Hospital Raul Sertã – único público do município -, mesmo depois de a unidade receber 39 respiradores, 29 adquiridos pelo município e dez vindos do Ministério da Saúde.

Sobre o possível aumento na oferta de leitos para Covid na rede pública de saúde, a prefeitura informou que, “segundo o secretário de Saúde, Marcelo Braune, os leitos de UTI são regulados pelo Estado. Isto significa que se há leitos vazios, o hospital pode receber pacientes de fora. Por outro lado, se não tem vaga para internar em UTI, o hospital pode regular e mandar para hospitais de fora”.

Ainda sobre a ampliação de leitos, a prefeitura esclareceu que “não basta ter equipamentos para manter ou ampliar os leitos de UTI. Isto envolve questões como insumos e medicamentos, que estão em falta no país, bem como de pessoal, uma vez que os profissionais que atuam na linha de frente estão adoecendo com o próprio vírus. Além disso, o hospital não é destinado apenas ao tratamento de Covid, mas também a atendimentos gerais. Sendo assim, é necessário considerar que com a abertura gradual das atividades econômicas cresce o número de atendimentos por acidentes e doenças diversas. Se aumentar mais o espaço de atendimento Covid, será reduzido o espaço de atendimentos recorrentes”, destacou Marcelo Braune.  

 

LEIA MAIS

Confira a origem da data e a importância do profissional na sociedade

Instituição recebeu medicamentos que deveriam ter sido descartados há dois anos

Ao todo, cerca de 18 imunizantes estarão disponíveis para todas as idades, mas especialmente para as crianças e adolescentes

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra