Prefeito do Rio, Marcelo Crivella é preso nesta terça

Investigação do MP aponta existência de suposto “QG da Propina”
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Crivella sendo preso (Reprodução da web)
Crivella sendo preso (Reprodução da web)

Na manhã desta terça-feira, 22, às 6h, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi preso, após uma operação conjunta da Polícia Civil e o Ministério Público. O prefeito foi preso em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, ainda de pijama, segundo informou o advogado de defesa Alberto Sampaio. O advogado disse ainda que Crivella ficou surpreso com a prisão.

A investigação aponta a existência de um 'QG da Propina' na Prefeitura do Rio. Segundo informou o MPRJ, no esquema, empresários pagavam para ter acesso a contratos e para receber valores que eram devidos pela gestão municipal.

Além do prefeito do Rio, outras cinco pessoas também foram presas. O empresário Rafael Alves, apontado como chefe do QG, o delegado aposentado Fernando Moraes, o ex-tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo, além dos empresários Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos, da área de seguros.

Ainda de acordo com o MP, o ex-senador Eduardo Lopes também é alvo da operação. No entanto, ele não foi encontrado em sua casa no Rio. Ele teria se mudado para Belém e deverá se apresentar à polícia. Lopes foi senador do Rio pelo Republicanos, ao herdar o cargo de Crivella, e foi secretário de Pecuária, Pesca e Abastecimento do governador afastado Wilson Witzel.

O MP informou ainda que os presos vão passar por uma audiência de custódia às 15h, no Tribunal de Justiça, para que a legalidade do procedimento seja avaliada, conforme determinou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

O Portal G1 noticiou que o delegado aposentado Fernando Moraes está com sintomas de Covid-19 e, por isso, não foi levado para a Delegacia Fazendária como os outros presos. Ele está na Polinter, também na Cidade da Polícia.

“QG da Propina”

A ação é um desdobramento da Operação Hades, que investiga um suposto 'QG da Propina' na Prefeitura do Rio. Os mandados são cumpridos pela Coordenadoria de Investigação de Agentes com Foro (CIAF) da Polícia Civil e do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (Gaocrim), do MPRJ. A decisão é da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita.

Antes de entrar na Delegacia Fazendária, ele disse ao G1 que foi o prefeito que mais combateu a corrupção e que espera por "justiça".

 

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