Jhennifer Alves bate recorde sul-americano dos 50m peito na Hungria

Nova marca continental, agora, em piscina de 25 metros, passa a ser de 29s91
terça-feira, 17 de novembro de 2020
por Vinicius Gastin
Brilho na Hungria: Jhennifer quebra o próprio recorde sul-americano nos 50 metros peito
Brilho na Hungria: Jhennifer quebra o próprio recorde sul-americano nos 50 metros peito

No caminho até o objetivo de disputar as Olimpíadas de 2020 (a serem realizadas em 2021) em Tóquio, no Japão, Jhennifer Alves vem plantando boas sementes e ampliando o repertório de conquistas e resultados marcantes. No início desta semana, por exemplo, a atleta de Nova Friburgo nadou abaixo do recorde sul-americano dos 50m peito, em piscina de 25 metros. A nova marca continental, agora, passa a ser de 29s91. O resultado foi obtido em uma das etapas da International Swimming League, que é disputada em Budapeste, na Hungria.

Jhennifer estabeleceu o novo recorde em uma das series da competição. Ela já era a detentora do recorde sul-americano da prova (30s00). O tempo obtido pela friburguense estará disponível no banco de dados da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, que solicitará a homologação do recorde à Confederação Sul-Americana de Natação.

Atleta da seleção brasileira, do Esporte Clube Pinheiros e treinada pelo técnico Tiago Moreno, Jhenny participa da Liga Internacional de Natação (ISL, na sigla em inglês) de 2020, uma espécie de torneio independente. Jhenny faz parte da equipe Toronto Titans, comandada pelo coach Byron MacDonald. Esta é a segunda temporada da brasileira no torneio. Em 2019, ela defendeu a equipe LA Current.

Nesta edição, após dez etapas disputadas, a ISL definiu as oito equipes classificadas às semifinais, que começaram no último sábado. Ao todo, são 12 brasileiros participando das disputas. Entre eles está exatamente Jhennifer Alves. Nas semifinais, os oito times foram divididos em duas chaves de quatro equipes. Os dois primeiros de cada grupo avançam à decisão desta temporada.

A primeira semifinal vai aconteceu no final de semana. As equipes que se enfrentaram no fim de semana foram: Energy Standard, London Roar, Tokyo Frog Kings e NY Breakers. Já a segunda semifinal tevw como concorrentes às duas vagas na grande decisão as equipes Cali Condors, LA Current, Team Iron e Toronto Titans (equipe da friburguense). A grande final está prevista para este próximo final de semana, dias 21 e 22 de novembro.

A competição

De acordo com o regulamento, cada equipe pode ter até 32 nadadores, mas apenas 28 podem ser utilizados em cada competição, sendo 14 de cada sexo. As provas individuais são disputadas nas modalidades 50, 100, 200 e 400 livre, 50, 100 e 200 costas, 50, 100 e 200 peito, 50, 100 e 200 borboleta, 100, 200 e 400 medley. Já os revezamentos acontecem no 4×100 livre e 4×100 medley masculino e feminino, 4×100 livre misto. As três rodadas eliminatórias de 50 metros (8,4 e 2) têm o estilo escolhido pelo treinador da equipe vencedora do revezamento 4×100 metros medley, sendo que o vencedor do feminino escolhe o feminino e o masculino a prova dos homens.

A pontuação para as provas individuais, dobradas para as provas de revezamento, e diferente do triplicadas para as provas de sins, agora cada etapa das provas skins terão premiação, ou seja, aqueles nadadores que se poupavam apenas para classificar não marcarão os pontos máximos. O Jackpot Times é uma tabela montada de diferença do primeiro para o segundo colocado de cada prova. Se esta marca for atingida, o vencedor não leva só a pontuação de campeão, mas a pontuação de toda prova.

No último dia 20 de setembro, Jhennifer Alves recebeu o prêmio de melhor atleta universitária feminina de 2019, uma homenagem da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). A lembrança veio pela conquista da medalha de ouro na Universíade de Nápoles, em julho de 2019, na prova dos 50 metros peito. Na ocasião, se tornou a primeira nadadora brasileira a vencer uma prova em uma edição da considerada Olimpíada Universitária.

Falando em Olimpíadas...

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, expressou na última segunda-feira (16) a confiança de que os Jogos de Tóquio serão realizados com sucesso no ano que vem, permitindo até a presença da plateia, enquanto o mundo lida com um aumento acentuado de infecções pelo novo coronavírus (covid-19).

A visita de dois dias de Bach a Tóquio provavelmente impulsionará os esforços do Japão para sediar a Olimpíada, mas não servirá muito para apaziguar os receios de um público profundamente preocupado com a disseminação do vírus.

O presidente do COI passou o dia com os organizadores de Tóquio 2020 debatendo como realizar o evento esportivo gigantesco durante uma pandemia inédita e garantir a segurança dos mais de 11 mil atletas internacionais. A visita é a primeira de Bach à capital japonesa desde março, quando ele e o então primeiro-ministro Shinzo Abe decidiram adiar os Jogos para o ano que vem.

Bach também cumprimentou o novo premiê japonês, Yoshihide Suga, e disse à governadora de Tóquio, Yuriko Koike, que eles podem acreditar que uma vacina estará disponível no próximo verão. "Para proteger o povo japonês, e por respeito pelo povo japonês, o COI fará um grande esforço para que... os participantes e visitantes da Olimpíada cheguem aqui vacinados se, até então, uma vacina estiver disponível", disse.

Porém mais tarde, em uma coletiva de imprensa, Bach disse que não fará da vacinação uma exigência para os participantes dos Jogos. A notícia sobre uma vacina possivelmente eficiente da Pfizer aumentou a esperança na realização dos Jogos, mas a opinião pública japonesa continua dividida. Quase 60% dos entrevistados de uma pesquisa feita pela rede de televisão Asahi em novembro disseram que o evento deveria ser adiado novamente ou cancelado.

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TAGS: natacao