Quase 40 dias depois da chuva que deixou grandes estragos no distrito de Amparo, moradores e membros do Núcleo de Proteção e Defesa Civil de Amparo (Nupdec) ainda cobram soluções da prefeitura. Segundos eles, pouco foi feito e, pelo tempo, as obras poderiam estar mais avançadas. “A gente vive em uma tensão absurda. A cada chuva ficamos com medo do restante da rua cair. A Estrada do Toledo está impossível de passar de carro. A prefeitura informou que vai fazer uma obra, mas não têm condições de fazer duas obras ao mesmo tempo”, diz a moradora Gilssara Coelho.
Otávio Machado, do Nupdec de Amparo, afirma que cerca de 120 metros do calçamento da estrada Amparo-Alecrim foi refeito. “No mesmo trecho em que os moradores foram mais atingidos não foi feito nada. Na Estrada Velha do Toledo ninguém mexeu. Todo o trabalho para recuperar o calçamento pode ter sido em vão porque a próxima chuva pode arrancar tudo outra vez. A Curva da Morte está do mesmo jeito praticamente”, completou Otávio.
Falta de ônibus
Para tentar solucionar, temporariamente, a falta de transporte coletivo no loteamento Tiradentes, devido a avarias no acesso, os moradores afirmaram que uma van foi disponibilizada pela prefeitura para fazer o trajeto dos usuários dos ônibus até o centro do distrito. Segundo eles, o veículo, dirigido pelo subsecretário Aylter Maguila, funcionou poucos dias e em poucos horários e enguiçou. Segundo os moradores, a empresa de ônibus Faol assumiu o conserto do veículo como um favor à prefeitura, mas essa informação não foi confirmada.
“Nossa situação está absurda. Não há solução, não há mais van, não há nada. No Vale dos Pinheiros o problema foi bem depois e a obra já está sendo feita. Tem morador que já entrou no Ministério Público e acho que esse será o meu caminho, também”, reclamou Gilssara.
A moradora também está à espera da confirmação da volta às aulas, no próximo dia 5 de fevereiro. “Recebi uma comunicação da diretora da Escola Tiradentes que não sabe como fazer reiniciar as aulas porque não é seguro para as crianças passarem pelo local. Não sei se as aulas vão retornar no dia 5. Pela manhã são cerca de 170 crianças que vem de ônibus ou van, à tarde são 70. Todos, então terão que subir e descer a pé”, acredita a moradora.
O que diz a prefeitura
Em nota, a prefeitura informou que diversos serviços estão sendo feitos nessas localidades e que já foram concluídos. “Já foi realizada a limpeza de todos os bueiros da Curva da Morte até o Tiradentes. Duas caixas de passagem também foram construídas na Curva da Morte, onde também foi colocada uma camada de asfalto para facilitar o trânsito dos veículos. Quanto ao buraco na referida curva, estamos nos trâmites para recebermos o recurso federal, através da Defesa Civil Nacional, com a finalidade de realizarmos as contenções e melhoramentos necessários. Estamos realizando também diversos serviços em Tiradentes como manilhamento para diminuir o fluxo de água que desce em direção às casas”, disse a nota. O Executivo informou também que, a estrada mencionada, é uma estrada de terra, e que o período de chuvas inviabiliza os serviços. “Assim que o tempo firmar, será realizada uma melhoria no local”.
Sobre o transporte coletivo, o subsecretário de Estradas e Rodagem, Aylter Maguila, informa que realizou o serviço cumprindo o papel de agente público, que exige dedicação integral, e o fez fora do horário de expediente, com a finalidade de atendar à população daquele local. O serviço foi oferecido para auxiliar o deslocamento dos moradores que foram prejudicados pelas fortes chuvas, em época que também foi decretado estado de emergência no município. Aylter Maguila esclareceu também que possui habilitação e curso adequado seguindo a resolução do Contran 168.
A prefeitura também confirmou que o início do ano letivo acontecerá no próximo dia 5 para todas as unidades escolares, incluindo as de Amparo. “O transporte escolar que compete à Secretaria de Educação, para os alunos que têm direito, está mantido”, finalizou a nota.
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