As ladeiras de acesso ao Colégio Anchieta ficaram estreitas no último fim de semana para estacionar mais de 350 relíquias de todas as décadas, expostas no 20º Encontro de Carros Antigos de Nova Friburgo. Foi o primeiro evento promovido pela Acanf, a associação dos colecionadores locais, desde o início da pandemia.
A exposição atraiu, segundo a Acanf, oito mil visitantes nos dois dias do evento, que contou com a apresentação de bandas de rock locais, feiras de antiguidades e de miniaturas de carros e barracas de cerveja artesanal e de comidas para todos os paladares.
Além disso, foram arrecadadas quatro toneladas de alimentos não perecíveis, distribuídos pela transportadora Frilog a várias entidades assistenciais e abrigos, como o de Mury, recém-estruturado pela prefeitura para receber moradores em situação de rua acolhidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos, Trabalho e Políticas Públicas para a Juventude.
Os automóveis das décadas de 20 a 90 que encantaram adultos e crianças pertencem a colecionadores não só de Nova Friburgo, mas também de outras cidades, incluindo a capital. Entre eles estava um dos raros carros que circulavam na pacata Nova Friburgo da década de 40, quando o jornal A VOZ DA SERRA foi fundado. O Chevrolet 1941, um luxuoso cupê americano, todo original, pertencente à família Thedin, integrou as celebrações pelos 77 anos do jornal no mês passado e ficou dois dias exposto no Espaço Arp, em frente à sede do jornal.
Havia também muitos outros modelos clássicos e até mais antigos, além de máquinas mais novas e que marcaram gerações, como uma família de GTIs da Volkswagen que arrancava suspiros dos amantes do automobilismo. Até mesmo um Palio em perfeito estado, já fora de linha, chamava atenção.
Curiosidades, por um profissional do ramo
A exposição atraiu muitos profissionais do segmento, como o especialista em polimento automotivo Erick Alves. “Antigamente os carros eram pintados com PU (poliuretano). Hoje a maioria leva pintura poliéster. A PU é tinta diluída em verniz, aplica-se uma camada e pronto. Hoje o carro é pintado de uma determinada cor e, por cima, o verniz. Antigamente as latas dos carros eram muito grossas, cheias de defeitos. A PU, por ser mais grossa, cobria esses defeitos, mas não deixava reluzir tanto o brilho. A PU fica opaca mais fácil, perdendo o brilho mais rápido. O carro vermelho, por exemplo, vai ficando com o tempo meio rosado“, explica Erick, que teve a chance de contemplar na exposição vários carros tratados em sua oficina em Duas Pedras.
Quem também visitou a exposição, nos dois dias, foi o prefeito Johnny Maycon, acompanhado da família. Segundo ele postou em rede social, a exposição de Nova Friburgo está classificada como o terceiro maior evento do tipo no estado. “Mas, com o sucesso que está sendo este ano, a expectativa é que passe a ser reconhecido como o maior e melhor do Estado do Rio”, escreveu.
Veja, na galeria abaixo, mais fotos do evento, clicado por visitantes.
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