No mundo corporativo, o mês de dezembro é marcado pelas tradicionais confraternizações corporativas, que são terreno fértil para muitas gafes e situações delicadas. Mas é possível aproveitar esse momento de aproximação entre gestores e colaboradores de forma saudável, sem cometer excessos que podem refletir no dia a dia e, até mesmo, provocar demissões.
O advogado e especialista em compliance, André Costa, diz que é imprescindível manter o profissionalismo. “O evento é uma extensão da empresa, portanto, não faça, fale ou se porte de maneira diferente de como faria na própria organização. É possível se divertir sem se esquecer do escopo da festa”, diz.
Outra dica é moderar o consumo de bebida alcoólica. “O álcool pode se tornar um grande vilão nessas ocasiões, colocar a pessoa em uma situação constrangedora e deixá-la vulnerável ao assédio, gafes e acidentes”, ressalta.
Fotos de situações embaraçosas também devem ser evitadas. “É muito comum fotografarem ou gravarem colegas cometendo excessos para compartilharem em grupos das redes sociais, mas isso é uma conduta indevida que pode gerar punições e até demissões dos envolvidos, tanto autores, como quem compartilhou ou compactuou de alguma forma para que o conteúdo fosse propagado. Então, evite”, aconselha Costa.
Ele reitera que não é aconselhável tirar fotografias em poses que denotem intimidade, com toques em locais inapropriados ou que façam alusão a um cenário que não seja profissional. Comentários e opiniões sobre a vida pessoal também devem ser evitados. “Não se esqueça que o evento é uma extensão da empresa e o profissionalismo deve ser mantido”.
O assédio sexual ainda é recorrente nas relações de trabalho e esse problema pode ser acentuado em momentos de descontração, como as festas de fim de ano. O advogado, que atua há mais de dez anos investigando e tratando casos de assédio sexual e moral no ambiente corporativo, diz que é preciso ter muito cuidado na festa e no momento de ir embora.
“Evite caronas individualizadas, principalmente, em caso de relação entre líder e liderado. É importante que as caronas sejam em grupo ou, melhor ainda, que a empresa apoie com deslocamentos individuais para que os funcionários voltem para a casa em segurança, pois a maioria dos casos de assédio ocorre no trajeto de volta da festa”, alerta.
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