A coluna do Massimo falou nesta quinta-feira, 26, a respeito das dietas enterais, próprias para pacientes intubados, que desde o último sábado, 21, se esgotaram nos estoques do Hospital Raul Sertã.
Também lembramos que, ao longo dos últimos meses, em duas oportunidades o estoque chegou a níveis críticos e a coluna atuou nos bastidores para informar a Secretaria Municipal de Saúde sobre o problema a fim de que pacientes em situação muito fragilizada não ficassem desguarnecidos.
Aos que gostam de dizer que a coluna só faz criticar, fica aí registrado um bom exemplo do tipo de atuação colaborativa que sempre tentamos estabelecer.
Sério demais
Pois bem, a coluna consultou dois nutricionistas a respeito da gravidade desta situação, e recebeu respostas para lá de alarmantes.
Usando termos bem mais pesados do que estes, os profissionais disseram que sim, a falta de dietas enterais pode sim agravar os quadros clínicos de quem já está lutando pela vida.
E isso é sério demais. Pode haver atenuantes, mas não há justificativas. É o tipo de coisa que simplesmente não pode acontecer.
Início difícil
A situação envolvendo as dietas enterais - e a promessa é de que os estoques serão abastecidos nesta sexta - serve também como indicativo do tipo de situação que a próxima gestão municipal irá encontrar.
Os procedimentos licitatórios para fornecimento de alimentação hospitalar, por exemplo, não devem ser concluídos a tempo de serem aproveitados pelo próximo governo em seus primeiros dias. E aí o que acontece? Contrato emergencial, é lógico.
Leviandade
Para quem acompanha nossa política com a devida proximidade está muito fácil antever o quadro que se desenha, e é importante que a população esteja a par dos fatos, porque as campanhas de desinformação serão intensas e constantes.
O leitor certamente verá, por exemplo, muitas postagens atacando o próximo governo por contratos emergenciais em seus primeiros dias, ironizando o fato do vereador Johnny Maycon ter se posicionado tantas vezes contra eles, e eliminando das narrativas todo o contexto deixado pela atual gestão que, em alguns casos, não deixa outra alternativa imediata.
Pais e filhos
É evidente que se contratos emergenciais se tornarem uma prática ou continuarem a acontecer após o prazo necessário para regularização dos processos, então algo estará errado.
Não seria razoável, no entanto, responsabilizar este ou qualquer outro governo pelo cenário que encontra ao assumir um novo mandato.
Exceto, é claro, em casos de reeleição.
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