Empresários fluminenses menos temerosos com a retomada econômica

Para Fecomércio-RJ, número de comerciantes que acreditam que seus negócios estão estabilizados aumentou para 24,5%
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
Movimento nas ruas da cidade em plena pandemia (Foto: Henrique Pinheiro)
Movimento nas ruas da cidade em plena pandemia (Foto: Henrique Pinheiro)

Nova sondagem da Fecomércio RJ com empresários fluminenses revela que 21,3% dos entrevistados do setor de comércio e serviços do estado do Rio de Janeiro (ERJ) afirmaram que a situação de seus negócios melhorou nos últimos três meses, percentual levemente superior ao registrado em dezembro (20,7%). Além disso, o número de comerciantes que acreditam que seus negócios estão estabilizados aumentou de 19,7% no mês anterior, para 24,5% em janeiro. O número de empreendedores que afirmam que o quadro do seu negócio piorou reduziu de 29,8% no mês de dezembro, para 28,3%, assim como os que acreditam que piorou muito: de 27,3% para 22,3%. Para 3,6%, houve muita melhoria, frente a 2,5% em dezembro.  

Houve variação positiva também nas expectativas que os empresários fazem para os seus negócios nos próximos três meses. Cerca de 76% dos empreendedores esperam que melhore ou melhore muito, no mês anterior esse percentual era de 71%. Foi possível observar também uma leve redução na proporção de empresários que acham que vai piorar ou piorar muito, de 12,3% em dezembro, para 10,4%. Portanto, aqui houve uma melhora no otimismo para os próximos três meses em relação ao próprio negócio, primeiro sinal positivo após duas quedas consecutivas.

O indicador que captura o comportamento da demanda pelos bens e serviços produzidos pelos empresários nos últimos 3 meses também apresentou crescimento. Em janeiro, o indicador marcou 65,7 (contra 61,8 em dezembro). 

Sobre a expectativa dos fluminenses pelas demandas nos próximos meses, a sondagem registrou aumento dos que acreditam que haverá estabilização: de 32% em dezembro, para 33,9% em janeiro. Para outros 43,2%, haverá aumento e 8,6% esperam um incremento significativo. Houve, ainda, redução entre os pessimistas de 12,3% em dezembro, para 8,6%. Para os que acreditam diminuição acentuada, o percentual se manteve estável em 5,6%. Sinteticamente, os empresários estão otimistas em relação à demanda nos próximos 3 meses. O indicador que captura a informação subiu de 132,3 em dezembro para 137,6 em janeiro.

Contratação de Trabalhadores

Perguntados sobre o quadro de funcionários, o levantamento mostrou outro aumento entre os que disseram que o número de trabalhadores em suas empresas aumentou nos últimos três meses: de 4,2% para 6%. Já para 46,4% o quadro foi estabilizado, seguido pelos que responderam que houve redução (22,3%) e muita diminuição (24,7%). Apenas 6% informaram que existiu um aumento. Em resumo, houve aumento do indicador que mede a contratação nos últimos 3 meses: 54,4 em dezembro para 59,6 em janeiro. 

Houve aumento também da expectativa de contratação entre dezembro/20 e janeiro/21, puxada fundamentalmente pela proporção de empresários que disse que o quadro de funcionários diminuiria ou diminuiria muito (22,5%) em janeiro, frente aos 24,6% dezembro/20. O indicador subiu de 95,6 em dezembro para 98,6 em janeiro. 

Preço de Fornecedores

No início do ano, é possível observar uma relativa estabilidade na percepção que os empresários fazem a respeito dos preços dos fornecedores. Caso o quadro se mantenha assim, é possível que nos próximos meses percebamos o início de uma redução nos preços ao consumidor. A trajetória do preço ao consumidor dependerá do grau de velocidade de recuperação do setor de serviços, que por sua vez dependerá do ritmo com que os governos vão vacinar a população. Se a vacinação tiver um bom ritmo no primeiro trimestre, a recuperação do setor de serviços muito provavelmente também ganhará força impactando a tendência dos preços da economia.  

Inadimplência

A pesquisa também mostra que ocorreu um aumento de pouco mais de três pontos percentuais no percentual de empresários que responderam que não estão inadimplentes: 42,8% frente a 39,2% em dezembro, contra 22,1% que afirmam que suas empresas estão inadimplentes, seguidos por 22,1% que informaram que seus negócios estão com poucas restrições. Os que se consideram muito inadimplentes correspondem a 13,1%. 

Em relação ao tipo de inadimplência, os fornecedores (37,6%) lideram o ranking, seguidos pelo aluguel (35%), pelos bancos comerciais (29,5%), conta de luz (23,2%), entre outros.

Estoque

Quase metade dos empresários (49,1%) afirmam que o estoque de seus estabelecimentos ficou abaixo do planejado. Em dezembro esse percentual era de 55,9%. Para 39,4%, ficou igual e para 11,5% o abastecimento foi acima do planejado. Perguntados sobre dificuldades no reabastecimento, 69,1% confirmaram que encontraram percalços neste setor, no mês anterior eram 75,1%, seguidos por 30,9% que negam qualquer dificuldade nesse sentido, em dezembro eram 24,9%. Entre os obstáculos apontados, os produtos nacionais lideram a pesquisa (48,4%), seguidos pelos que apontaram tanto os nacionais quanto os importados (43,5%) e pelos importados (8,2%).

A sondagem ocorreu entre os dias 05 e 08 de janeiro, contou com a participação de 498 empresários do estado do Rio de Janeiro e tem por objetivo acompanhar e avaliar o comportamento dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo.

 

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TAGS: negócios