Publicado no Diário Oficial eletrônico de Nova Friburgo no dia 10 de abril, o decreto 534, datado de 9 de abril, restringiu a gratuidade para idosos (pessoas acima de 60 anos) no transporte público no município. A validade da medida vigorou por 90 dias, mas no último dia 9 chegou ao fim e os idosos que só poderiam utilizar o transporte público nos horários das 6h às 9h e das 16h às 20h.
Também estava limitado – mas acabou a restrição – o direito de uso da gratuidade pelos idosos à duas passagens diárias, ou seja, ida e volta, considerando a integração. A empresa Friburgo Auto Ônibus (Faol), que opera todas as linhas urbanas em Nova Friburgo, também precisou instalar uma central de atendimento ao idoso na Estação Livre (antiga rodoviária urbana, na Praça Getúlio Vargas) para receber solicitações, documentalmente comprovadas, relacionadas a concessão de quantidade de viagens extras por motivos de saúde.
De acordo com o diretor da empresa de ônibus, Paulo Valente, tão logo o prazo de validade do decreto foi vencido, houve um aumento significativo da circulação de idosos nos coletivos. Estima-se que esse aumento tenha sido de cinco mil viagens por dia. “Esse aumento é de, praticamente 99% de idosos. Antes as viagens de gratuidades giravam em torno de três mil diárias, e após o fim do decreto, já são oito mil”, atestou.
O diretor da Faol ainda afirma que mais da metade dos idosos utilizam os coletivos nos horários de maior movimento, a chamada hora do rush. “Nessa faixa de horário nos já operamos com a integralidade da frota e a consequência é ter muita gente viajando em pé nos ônibus. Durante a validade do decreto a empresa recebeu poucas reclamações desse tipo e a partir de agora vai receber muitas. A minha preocupação é justamente essa, já que os ônibus estão apresentando superlotação e já estamos circulando com a capacidade máxima da frota”, disse Paulo Valente.
Paulo Valente também informou que os passageiros idosos são os que menos se protegem com relação ao uso de máscaras dentro dos coletivos. “Justamente quem mais reluta em usar o equipamento é o idoso e muitos motoristas estão tendo atrito por conta desse comportamento. Alguns colocam a máscara, mas tiram logo depois de passarem pela roleta do coletivo e não dá nem para o condutor ver”, lamentou.
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