Loteamento Tiradentes: moradores querem a regularização do transporte

Queda em trecho de rua impede circulação de ônibus desde o ano passado. Empresa espera laudo da Defesa Civil
sexta-feira, 17 de julho de 2020
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
(Foto: Paulo Valente)
(Foto: Paulo Valente)

No último dia 7, a Associação de Moradores de Amparo (Assamam), o Coletivo Vozes do Tiradentes, entre outros moradores do distrito se reuniram com o diretor da empresa Faol, Paulo Valente, por intermédio do presidente da Câmara dos Vereadores, Alexandre Cruz, para discutir a situação da localidade que está sem transporte público regularizado desde que parte da Rua Jerônimo de Castro e Souza e Souza, na altura da curva da morte, cedeu, após um temporal no final de dezembro de 2019.

Segundo o registro feito pelos representantes do distrito, o sentimento foi de frustração por não terem saído da reunião com uma solução. “Podemos dizer que existe uma sequência de erros que sustentam um círculo vicioso de transferência de responsabilidades: prefeitura - Defesa Civil e Faol. A empresa cobra da Defesa Civil o laudo que autoriza a passagem dos coletivos pela curva da morte e, inclusive, entregou cópias dos ofícios que foram encaminhados ao prefeito e à Defesa Civil.”, disseram em um manifesto. Os moradores também afirmaram que a Faol não justificou satisfatoriamente a retirada do micro-ônibus e não apresentou um plano viável pela manutenção do sistema de baldeação.

Os moradores ressaltam os 122 dias sem ônibus e pedem que o prefeito Renato Bravo resolva a situação. “O prefeito não faz valer o documento que foi assinado em fevereiro desse ano que exigia a implantação do serviço de transporte complementar – o pior – finge que o problema não existe, não cobrando a retomada do serviço que foi retirado sem nenhum comunicado”, afirmam os moradores. A prefeitura informou que a Defesa Civil enviou uma equipe de geólogos e engenheiros para vistoriar a Rua Jerônimo de Castro e Souza, mas até o momento, o laudo da vistoria não ficou pronto.

Evandro Rocha, representante do Coletivo Vozes do Tiradentes, que esteve na reunião e conversou com o diretor da empresa de ônibus e no encontro, Paulo Valente compartilhou o documento que a Faol enviou ao prefeito e Evandro se mostrou surpreso com a data de envio deste ofício. “Data do dia 3 de julho, ou seja, como se tivessem comunicado ao prefeito no dia em que a reunião foi agendada. Continuamos sem obra e sem transporte a mais de 200 dias. Há 36 dias a Defesa Civil fez uma vistoria com geólogos e engenheiros, até hoje o laudo não saiu, o prefeito não nos recebe. Estamos tentando desde o início do ano, sem sucesso.”, lamentou o morador.

“O risco muito grande”, diz diretor da Faol

Segundo Paulo Valente, há um risco iminente do restante do trecho da rua desabar e sem que haja garantia de segurança, não será possível disponibilizar o ônibus para fazer o serviço de baldeação. “Há um risco muito grande de deslizamento lá (Curva da Macumba). O talude está desbarrancando por debaixo da pista. Um ônibus quando passa ali ou um carro grande, causa uma vibração o que aumenta o risco de um desabamento e eu não vou colocar em risco os passageiros e os meus funcionários.”, afirmou o diretor.

Paulo ainda afirmou que sem um laudo da Defesa Civil que permita a passagem do coletivo a empresa não vai operar no local. “Emitimos um ofício à prefeitura informando que não vamos operar com esse serviço de baldeação até que a obra esteja concluída ou que tenha um laudo técnico da Defesa Civil informando que não há risco. Se tiver essa liberação eu coloco a linha inteira para rodar no Loteamento Tiradentes. Esse laudo eu estou esperando desde janeiro”, completou o diretor. 

Paulo Valente conta com a compreensão da população de que o momento é de dificuldade, mas que a empresa tem feito o possível para adequar a situação e atender a população de Amparo. “Essa reunião foi muito boa porque a empresa teve a oportunidade de mostrar o cuidado que ela está tendo com a população e entendemos toda essa dificuldade, mas temos responsabilidade com os passageiros e com os funcionários”, observou.

 

LEIA MAIS

Custo será de R$ 346 mil e dados serão utilizados para elaborar nova licitação

No entanto, mesmo com determinação tarifa de R$ 4,20 continua em vigor

Empresa Faol afirma que número de viagens de usuários com mais de 60 anos aumentou cinco mil por dia

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra