O Ministério da Saúde vai antecipar para a partir do dia 23 de março a Campanha Nacional de Vacinação contra o vírus da gripe, o Influenza, como estratégia de diminuir a quantidade de pessoas gripadas este ano no inverno. Prioritariamente deverão ser imunizadas gestantes, crianças até 6 anos, mulheres até 45 dias após o parto e idosos, que são o público historicamente mais vulnerável à gripe, e que pode até levar a morte. Tradicionalmente a campanha de vacinação contra a gripe era iniciada na segunda quinzena de abril.
O anúncio da antecipação da campanha de imunização contra a gripe este ano aconteceu durante uma entrevista coletiva na última quinta-feira, 27, em São Paulo, após reunião do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com o governador paulista João Doria e representantes da Saúde do Estado. A antecipação da campanha de vacinação foi possível por um esforço conjunto do Ministério da Saúde, do Instituto Butantan, produtor da vacina, e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devido à atual situação de Emergência Internacional de Saúde Pública pelo coronavírus.
De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mesmo que a vacina de combate ao Influenza não apresente eficácia contra o coronavírus, é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico para o coronavírus. “A campanha acontecerá em âmbito nacional, como as anteriores. Vamos começar por gestantes, crianças até seis anos, puérperas e idosos. Depois, incluiremos outras categorias. Dessa forma, espera-se que o vírus tenha menor propagação”, explicou o ministro.
Para a campanha, o Instituto Butantan produziu 75 milhões de doses que previnem contra os três tipos de vírus Influenza que mais circularam no ano passado. O ministro Mandetta, lembrou a importância de ampliar a cobertura vacinal e destacou que a vacina é uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças. “As influenzas A e B são mais comuns que o coronavírus e a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe diminui a situação endêmica dos vírus respiratórios no país, por isso é tão importante que as pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha procurem uma unidade de saúde”, concluiu.
Vigilância preparada
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que o preparo do sistema de saúde e a agilidade dos laboratórios provam a eficácia do sistema de vigilância do Brasil. “O Sistema Único de Saúde (SUS) é um tripé, em que as esferas federal, estadual e municipal do governo trabalham juntas. Temos a responsabilidade de dar informação qualificada, com credibilidade. Para isso, criamos o Centro de Operações em Emergência (COE), que consolida informações de todo país, de todas as cidades e, a partir daí, pensamos sobre as atitudes que serão tomadas. Todos os dias atualizamos o boletim com dados nacionais e internacionais, fazemos parte dessa rede mundial de informação”, disse.
O ministro Mandetta lembrou ainda que a transparência e informações precisas são as armas contra as chamadas fake news. “A transparência é uma das preocupações do Governo Federal e a informação clara e atualizada é fundamental. Precisamos combater as informações falsas, que prejudicam o sistema de vigilância. Nosso site é abastecido diariamente com informações e a página com atualização dos casos de coronavírus já é a mais acessada por internautas que buscam novidades sobre o assunto”, garantiu.
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