Jovens promovendo aglomerações em praças do município não é novidade, porém, isso não deveria acontecer em plena pandemia da Covid-19. O problema é que o consumo desenfreado de bebidas, o uso de drogas e o som alto de carros com equipamentos potentes têm incomodado moradores e comerciantes do entorno da Praça do Suspiro, um dos cartões postais friburguenses, todos os fins de semana. A algazarra que antes acontecia na Praça Getúlio Vargas e foi coibida operações conjuntas da PM e da Guarda Municipal, agora mudou de endereço. Os “encontros” dos jovens costumam acontecer nas noites de sextas-feiras e sábados e ao amanhecer dos dias seguintes, um cenário deplorável se descortina, com amontoados de lixo pelos canteiros e por toda a praça.
O fato já havia sido denunciado pelo jornalista Wanderson Nogueira na coluna "Observatório". em A VOZ DA SERRA. Segundo o apurado pelo colunista, nem sempre o lixo é recolhido logo cedo, causando péssima impressão para os visitantes que chegam ao espaço no dia seguinte, especialmente nos fins de semana para conhecerem a praça e o teleférico. Além da falta de educação desses grupos, é preciso também observar a falta de espaços para confraternizações dos jovens. Afinal, eles apenas migram de espaço. Esses encontros já passaram pelas praças Dermeval Barbosa Moreira e Getúlio Vargas, Rua Monte Líbano e, agora, na Praça do Suspiro.
“É um absurdo e chega a causar um certo medo passar pela praça com os jovens utilizando drogas em pleno espaço público. É necessário tomar uma providência urgentemente”, relatou uma moradora que fez contato com a redação do jornal nesta semana assustada com a bagunça na praça. “Semana passada o que aconteceu aqui foi algo horroroso. Está chegando mais um fim de semana e tudo deve se repetir. A polícia precisa agir e impedir tamanha barulheira. Ninguém consegue dormir”, completou a mulher.
Um cliente de um restaurante no entorno do Suspiro também concorda que o “rolezão” dos jovens precisa ser coibido com urgência. Como os encontros acontecem na praça, seus entornos são utilizados como sanitários e ao sairmos dos restaurante nos deparamos com forte odor de urina. Isso pega mal para uma cidade turística como Nova Friburgo. Não sou contra a diversão dos jovens, afinal a praça é pública, mas é preciso ter ordem e disciplina”, disse ele.
Outro debate a ser levantado conforme Wanderson Nogueira observou é que não adianta a prefeitura promover operações de força-tarefa para promover o fechamento de bares às 23h, por conta da pandemia, se as maiores aglomerações estão fora deles. “Acho engraçado fazer essa força-tarefa fechando bares e restaurantes às 23h e deixar os jovens aglomerando livremente com suas bebidas e caixas de som em vários cantos da cidade. O que adianta?”, esclareceu Ricardo Guedes.
A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo para saber se a Guarda Civil Municipal irá desenvolver alguma operação no local para inibir tal prática - como já acontece na praça Getúlio Vargas. Até o fechamento desta edição não obtivemos retorno.
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