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A música e seu poder de emocionar
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Em 17 de janeiro, mil músicos israelitas, reunidos no anfiteatro de Cesaréa, junto com as famílias dos reféns judeus ainda mantidos pelo grupo terrorista Hamas, cantaram a música Ha Bayita, que em hebraico significa volta para casa. Pediam também pelo final da guerra, que traz mais sofrimentos para o país e para a região, com o número crescente de mortos e feridos, nesses combates em que está em jogo a sobrevivência de Israel. O projeto, batizado de "Homeland Concert" ("Concerto Pátrio", em tradução livre), mistura a clássica música "Home", de Ehud Manor, com o hino nacional de Israel, "Hatikva", em um pedido para que os reféns sejam levados de volta para casa. Em um dos momentos mais emocionantes do vídeo, familiares deles se juntaram aos músicos e cantores no anfiteatro para cantar alguns trechos da canção de Manor, lançada na década de 1980, que no original é batizada de "Ha Bayita"
Para quem teve a oportunidade de assistir, foi simplesmente emocionante, de arrancar lágrimas dos mais empedernidos, menos, evidentemente, dos componentes do Hamas e seus seguidores mundo afora, muito mais preocupados que estão com a destruição de uma nação, a terra de Israel. Aliás, o Hamas lembra em muito, apenas que com mais requintes de crueldade, os traficantes e milicianos que se infiltraram e dominam os morros da cidade Rio de janeiro. Os moradores dessas comunidades não os querem, mas são obrigados a suportarem nos, sem poder denunciá-los, pois sabem que as represálias são terríveis, com a morte em condições inimagináveis. Os palestinos, aqueles de boa índole, também não comungam com seu modo de agir, mas nada podem fazer.
É um grupo extremamente violento, cujas atrocidade fogem à compreensão humana, apenas encontrando eco nos esquerdistas que se acostumaram com atos não muito diferentes, praticados pelos governantes da Rússia, China, Cuba, Coréia do Norte, Venezuela e outras mais. Para se ter ideia dessa selvageria, vou transcreve abaixo, o desabafo de uma ex fã de Caetano Veloso, numa carta endereçada ao artista: “Você não tem o menor conhecimento do que acontece por aqui, do que aconteceu em 7/10.... do bebê assado no forno da cozinha da casa com os pais amarrados em frente ao forno, escutando os gritos de dor e cheirando a carne assada do seu bebê. Das jovens grávidas que tiveram seus ventres abertos e seus fetos arrancados, e ainda com vida, viram seus bebês serem degolados. Das centenas de mulheres estrupadas e com tal violência que tiveram suas bacias quebradas. Daqueles que tiveram seus olhos arrancados em vida. Daquelas mulheres que tiveram seus seios cortados e arrancados dos seus corpos, em vida. Dos homens que tiveram seus órgãos genitais cortados e colocados em suas bocas, em vida. Dos homens estuprados com pedaços de pau, empalados em vida” ...
“Vou parar de enumerar as atrocidades que o meu povo sofreu no dia 7/10, e que os sequestrados naquele dia continuam sofrendo, nos túneis escuros e sem ar de Gaza pois estou com ânsia de vômito.... Mas, acho que minha vontade de vomitar não é tanto das lembranças que agora enumerei e sim de ter visto a sua figura ridícula no palco com a bandeira palestina, que aliás você carrega de cabeça pra baixo, parte da sua dança grotesca, exemplo da figura patética que você se transformou.... você me causa asco”.
Antes desse relato alucinante ela diz: “Já existia aí a lei Rouanet? Já estava começando sua senilidade de caráter? Já estava totalmente dominado pela Paula ou ainda existia em você um pouco do Caetano, daquele Caetano que conheci, admirei e amei? Quando você se transformou nessa coisa, nesse ser ridículo, hediondo? O que aconteceu com aquela pessoa inteligente que você foi um dia?” Só esqueceu de acrescentar que ele faz parte dos comunas de meia tigela desse país, que não têm o menor escrúpulo em defender o indefensável, em nome de uma doutrina para lá de embolorada e asquerosa. E que são uma antítese do que apregoam.
Essa guerra é mais uma na existência de Israel, entre as muitas que enfrentou ao longo de sua história recente, como no seu passado milenar. Aliás, os métodos sujos de agir não são muito diferentes, pois na guerra do Yom kipur, dia do perdão na religião judaica, feriado nacional em que o país para, foi o momento escolhido para as tropas árabes entrarem de surpresa, no território israelita e mais uma vez partirem com o rabo entre as pernas.
Que esse espetáculo lindo consiga amolecer o coração de todos os envolvidos e que a paz volte a reinar. Mas, não queiram que o cessar fogo seja unilateral. Já diz o ditado que, quem com fogo brinca sempre sai chamuscado.
Max Wolosker
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