Em 16 de novembro teve início a Semana da Música no Brasil que se encerra nesta segunda-feira, 22, com o Dia do Músico. A data é uma forma de homenagear uma das áreas culturais mais marcantes em nosso país, a música, com sua grande variedade de estilos musicais, apreciados em todos os estados e regiões do país.
Dizer que a música popular feita no Brasil é caracterizada por sua riqueza é repetitivo, mas é essencial para defini-la. Sua história começa com os índios e com a música feita pelos jesuítas que aqui aportaram. Esse encontro entre a música dos jesuítas e a música dos indígenas é a pré-história da música popular do Brasil. A evolução desses ritmos primitivos, como o cateretê ou o cantochão, são ainda hoje tocados em festas populares.
A música popular do Brasil só se tornaria mais forte no final do século 17, com o lundu, dança africana de meneios e sapateados, e a modinha, canção de origem portuguesa de cunho amoroso e sentimental. Esses dois padrões, a influência africana e a européia, alternaram-se e combinaram-se das mais variadas e inusitadas formas durante o percurso que desembocou, junto a outras influências posteriores, na música popular dos dias de hoje, que desafia a colocação de rótulos ou classificações abrangentes.
Durante o período colonial e o Primeiro Império, além dos já citados lundu e modinha, também as valsas, polcas e tangos de diversas origens estrangeiras encontraram no Brasil uma nova forma de expressão.
Já no século 19 surgem os conjuntos de chorões, que adaptam formas musicais européias — como a mazurca, a polca e o scottisch — ao gosto brasileiro e à forma brasileira de se tocar essas construções. Surge então, a partir da brasileirização dessas formas, o choro, e firmam-se novas danças, como o maxixe.
Outras duas coisas que ajudaram decisivamente o aparecimento da canção popular no Brasil foram o carnaval carioca e o gramofone. Pixinguinha, João da Baiana, Donga — autor de Pelo Telefone, primeiro samba gravado, em 1917 —, foram grandes nomes nesse período, junto com os continuadores dos chorões.
Já o samba urbano só se firmaria na década de 30, época em que surge a primeira escola de samba, a Deixa Falar, fundada em 1929. Depois, com a popularização do rádio e do disco, a música popular se consolidaria e chegaria ao mundo de opções musicais que o Brasil possui hoje.
Sempre presente na história da humanidade, a música, de modo geral, é uma vertente artística capaz de promover diferentes sensações no público. Além de sentimentos como alegria, melancolia, surpresa, euforia, ela também é utilizada como método de socialização e aprendizado didático de crianças.
Atualmente, ritmos e gêneros musicais como samba, bossa nova, MPB, axé, pagode, sertanejo, funk, rap, música eletrônica etc fazem parte da nossa história musical e que colaboraram para a revelação de músicos que se tornaram referência nacional e até internacional.
Por isso, nesta data dedicada à música e aos artistas dedicados a ela, não podemos deixar de homenagear os profissionais que criam, reproduzem, tocam e nunca param de estudar o assunto com o objetivo de oferecer ao público as melhores melodias e harmonias.
Um dos motivos que também reforça esta data é pela celebração do Dia de Santa Cecília, considerada a padroeira nacional dos músicos. Seu dia também é comemorado em 22 de novembro.
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