Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Transporte coletivo
Para pensar:
"Revolucionário é todo aquele que quer mudar o mundo e tem a coragem de começar por si mesmo.”
Sérgio Vaz
Para refletir:
“A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano.”
João Paulo II
Transporte coletivo
A empresa de ônibus Faol e a prefeitura, com a devida intermediação da Justiça, chegaram nesta terça-feira, 21, a um acordo quanto ao pagamento de valores devidos em ISS, o Imposto sobre Serviços.
A dívida havia sido calculada em valor superior a R$ 4 milhões, e remonta à gestão anterior da concessionária.
A empresa, inclusive, já começou a pagar as parcelas daquilo que foi acordado.
Subsídio
E já que estamos falando nesta complexa contabilidade, a coluna pode confirmar que há alguns meses o subsídio da tarifa não vem sendo depositado na conta da empresa.
Apurações iniciais sugerem que isso esteja ocorrendo há quatro meses, mas essa informação ainda não foi confirmada (ou derrubada).
Precarização
A esse respeito, a coluna mantém o posicionamento que sempre adotou.
A relação entre a prefeitura e a prestadora do transporte coletivo guarda, atualmente, poucos traços que ainda possam ser identificados como de concessionária e poder concedente.
O cenário sofreu um processo de precarização ao longo da atual gestão municipal, e não foi por falta de informação ou de avisos.
Desastre
De fato, as posturas adotadas desde 2017 são típicas de gestões marcadas por interesses pessoais, para não utilizar termos mais fortes.
Provavelmente apenas coincidências, tornadas possíveis a partir de uma gestão desastrosa que terminou por colocar em risco a continuidade de um serviço essencial.
No fim, com dolo ou sem dolo, os efeitos práticos não mudam muita coisa.
Urgente
Nova Friburgo precisa urgentemente de uma auditoria isenta e competente que seja capaz de definir o ponto do equilíbrio econômico desta relação, bem como de um bom plano de mobilidade que explore as muitas possibilidades de tornar o serviço mais eficiente, seguro e barato.
É preciso reinventar a mobilidade urbana em Nova Friburgo, e moralizar o que tem sido degenerado ao longo da atual administração.
Assombro
Ao longo dos anos cobrindo política este colunista já viu muita coisa de assustar.
Mas alguém ser capaz de utilizar a dor da população em enfrentamento a uma pandemia como pretexto para atrasar o andamento de procedimentos indesejáveis é algo que consegue entrar com destaque nesta lista.
Que tempos, senhoras e senhores.
Que tempos!
Antes que seja tarde
Um episódio ocorrido na semana passada chamou atenção para alguns riscos que devem merecer a atenção da sociedade e de nosso governo municipal.
Um turista da capital trafegava devagar, numa manhã ensolarada e com serração, pela estrada Acedimiro Bussinger, próximo ao Stucky.
A visibilidade estava prejudicada, e um senhor de mais de 70 anos acabou sendo atropelado no local.
Nem motorista nem vítima viram um ao outro antes do impacto acontecer.
Iminente
Por sorte, a ocorrência não teve consequências mais sérias.
O motorista prestou socorro e toda a assistência possível ao idoso que foi bem atendido no Raul Sertã e já foi transferido para uma unidade especializada no procedimento que se revelou necessário à sua recuperação.
Alguns detalhes, contudo, sugerem que o risco no local é constante, e que o desfecho poderia ter sido bem diferente.
Aspas (1)
“O local em que o atropelamento ocorreu é muito perigoso”, avalia uma fonte que preferiu o anonimato.
“À direita de quem desce existe um precipício, que foi potencializado pelas chuvas de 2011.
O local funciona com dupla mão de direção, e, apesar disso, perto do entroncamento com a RJ-142 há um trecho no qual só há espaço para um veículo por vez. Também não há espaço para os pedestres caminharem em segurança, as pessoas precisam andar pela pista.”
Aspas (2)
“Nesta época do ano, entre 7h e 8h o sol incide de frente, e a visibilidade fica muito prejudicada. O senhor que foi atropelado estava indo descartar lixo, e não tinha alternativa que não fosse se arriscar andando pela pista. O motorista não o enxergou e ele foi arremessado no precipício, dando muita sorte por ter sido amparado pela única árvore do local. Felizmente está se recuperando bem, mas nós precisamos da atenção do município aqui, antes que algo de pior acabe acontecendo.”
Entre nós
A maior parte das manifestações recebidas pela coluna pediram a publicação de algumas das imagens que Regina Lo Bianco tem feito em nossas ruas e praças, registrando o sofrimento e o desamparo que habita entre nós, que está ao nosso alcance - e que, por isso mesmo, é também de nossa responsabilidade, a partir do momento em que temos condições de fazer algo para ajudar.
Rede de ajuda
Evidentemente a coluna sabe que não são todos os que têm meios de auxiliar, sobretudo nesses tempos tão difíceis, mas faz questão de enfatizar que publica essas imagens com o único intuito de sensibilizar aqueles que podem fazer algo - seja no poder público ou na sociedade - para que o façam.
Praticar o bem é um privilégio, e infelizmente não nos faltam pessoas precisando de amparo neste momento.
Gratidão
A coluna agradece desde já por qualquer iniciativa dos leitores que eventualmente reduza o sofrimento destes nossos irmãos, e abre espaço para qualquer ideia que possa transformar nosso desejo de ajudar em suporte concreto a quem precisa.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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