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Friburgo dá início à flexibilização
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Que a população já não aguentava mais ficar em casa não é novidade para ninguém; que os três meses com comércio, restaurantes, outros estabelecimentos não essenciais e indústrias fechadas, restrição nos horários dos ônibus municipais e suspensão dos interestaduais representaram um baque na economia do município, ninguém tem dúvidas. A taxa de desemprego aumentou e os casos de fechamento de lojas, renegociação nos contratos de aluguéis e inadimplência de muitos foi mais um adicional nesse caos que transtornou a nossa vida desde fevereiro desse ano, com a chegada da gripe chinesa. Sem falar nos estudantes de todos os níveis cujo ano letivo ficou comprometido e, apesar das aulas via internet, as autoridades responsáveis pelo ensino não sabem como reorganizar a vida dos alunos. A coisa ficou tão séria que os psiquiatras e psicólogos não têm espaço nas suas agendas.
Mas, desde a última sexta feira, 3, o prefeito de Nova Friburgo conseguiu, por via judicial, iniciar a flexibilização gradual da economia, com a reabertura dos serviços considerados não essenciais e a retomada gradativa das atividades normais da cidade. Isso vai obedecer a uma escala de cores relativas à ocupação dos leitos de UTI, dos quatro hospitais (Raul Sertã, Unimed, São Lucas e Serrano) que compõem a rede de saúde do município. Assim bandeira vermelha significa a taxa média de ocupação acima de 70% dos leitos de UTI disponíveis; laranja, entre 60% e 70%; amarela, entre 50% e 59% e verde, taxa abaixo de 50%.
De acordo com as informações de Leonardo Braz Penna, secretário municipal de Governo, Friburgo está hoje, 8, na bandeira amarela e essa cor vai nortear a vida da cidade até a próxima sexta feira, 10. Nessa data será feita uma reavaliação e estabelecidas novas normas com validade a partir da próxima segunda-feira, 13. O decreto diz que, caso o município entre na bandeira vermelha de novo, apenas as atividades essenciais estarão autorizadas a funcionar.
O comércio e prestadores de serviços em geral já funcionam desde a última sexta-feira, 3, obedecendo a seguinte escala: bandeira laranja – funcionamento das 12h às 18h, de segunda a sexta-feira, com o acesso dos clientes de forma controlada e com o atendimento na proporção de um cliente para cada funcionário, observando as medidas sanitárias (uso de máscara, disponibilização de álcool em gel nos estabelecimentos além do distanciamento de um metro e meio entre os clientes). Na bandeira amarela – das 12h às 18h, de segunda a sábado, com o acesso dos clientes de forma controlada e com o atendimento na proporção de um cliente para cada funcionário, observando as medidas sanitárias. Na bandeira verde - funcionamento pleno, observadas as regras sanitárias vigentes.
Já as atividades de restaurantes, bares, lanchonetes e congêneres também estão autorizadas a funcionar na bandeira laranja, com até 50% da capacidade máxima de ocupação com distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as mesas. Na bandeira amarela, a capacidade máxima autorizada sobe para 70%. Já na bandeira verde, os estabelecimentos podem funcionar com 100% da capacidade, observando as medidas sanitárias.
Estão incluídos no novo decreto estacionamentos e estabelecimentos especializados na lavagem de veículos assim como barbearias, salões de beleza, estética e congêneres, os quais deverão, obrigatoriamente, prestar serviço na forma de agendamento, sendo vedada a espera de clientes no interior do estabelecimento. Com relação aos shoppings o funcionamento foi retomado na última segunda-feira, 6, das 12h às 20h, mas os frequentadores só podem ter acesso às lojas e à praça de alimentação quando o município estiver com as bandeiras amarela ou verde. Já as indústrias respeitarão o seguinte organograma: bandeira vermelha, funcionamento com até 50% da mão de obra, no caso da laranja até 65%; na amarela pode chegar a 80% e na verde capacidade plena.
É importante frisar que o uso de máscaras é obrigatório e que as normas de distanciamento deverão ser mantidas, assim como as medidas de higienização com a presença de álcool em gel em todos os estabelecimentos. Nos bares e restaurantes o não uso da máscara só será permitido quando o cliente estiver comendo ou bebendo (se existisse uma máscara com fecho éclair na altura da boca seria bem vinda).
É preciso que nós todos tenhamos consciência de que a vida pós-flexibilização não será a mesma de antes do início da pandemia, pois o respeito às normas estabelecidas será fundamental para que tudo se normalize. Eventos com grande frequência de público como shows, desfiles de modas ou exposições levarão, ainda, algum tempo para serem liberados. Naquelas cidades onde a população foi com muita sede ao pote, os níveis de contaminação aumentaram e tiveram de voltar à bandeira vermelha.
Em Friburgo tudo vai depender de nossa adesão e colaboração, portanto, mãos a obra, no entanto, evite sair de casa sem necessidade.
Max Wolosker
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Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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