O impacto ambiental invisível das guimbas de cigarro

Alex Santos

Prosa Sustentável

segunda-feira, 05 de fevereiro de 2024

Uma ameaça silenciosa ao meio ambiente e à saúde humana

Opa! Tudo verde?

Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

O assunto de hoje é sobre as guimbas de cigarro que, muitas vezes vistas como resíduos insignificantes, têm um impacto devastador ao meio ambiente e à saúde humana. Este pequeno item descartado de maneira displicente representa uma ameaça crescente, causando danos irreparáveis e exigindo uma conscientização urgente sobre suas consequências.

 

Incêndios florestais: uma ameaça latente

Uma das maiores ameaças associadas às guimbas de cigarro é o risco de incêndios florestais. O descarte inadequado desses resíduos inflamáveis em áreas secas e propensas a incêndios pode desencadear chamas que se alastram rapidamente. Incêndios florestais de grandes proporções são frequentemente iniciados por uma única guimba negligenciada, resultando em perda de biodiversidade, destruição de habitats e colocando vidas humanas em perigo.

São quase nove mil substâncias tóxicas que formam esse pequeno e gorduroso resíduo: a bituca de cigarro. Por ser pequena e parecer indefesa, é comum ver pessoas jogando bitucas nas ruas sem o menor constrangimento. Estima-se que 60% dos fumantes tenham esse hábito, de acordo com pesquisa do Mundo sem Bitucas, movimento que busca conscientizar fumantes e não fumantes sobre os impactos desse material no meio ambiente. Mas os pertencentes a essa estatística não sabem que 95% dos filtros de cigarro são compostos por acetato de celulose, material de difícil degradação que pode levar cerca de 15 anos para se decompor.

A ingestão acidental por animais marinhos pode causar danos irreversíveis, afetando toda a cadeia alimentar e ameaçando ecossistemas marinhos delicados. Além dos impactos ambientais, as guimbas de cigarro também representam uma ameaça direta à saúde humana. Produtos químicos presentes nas guimbas, como nicotina e alcatrão, podem contaminar o solo e a água, afetando diretamente a qualidade dos recursos naturais essenciais para a vida humana.

E se engana quem pensa que o cigarro causa danos graves apenas ao meio ambiente, ele também faz muito mal ao fumante, trazendo sérios problemas de saúde: câncer, doenças respiratórias, doenças cardiovasculares, complicações vasculares e na gravidez, problemas oculares e dentários, comprometimento do sistema imunológico, da pele, vício e dependência.

Todavia, se você ainda não conseguiu se libertar do cigarro, é importante adotar medidas conscientes acerca do impacto prejudicial das guimbas de cigarro e evitar o descarte inadequado desses resíduos.

 

Algumas soluções eficazes

1. Cinzeiros portáteis: fumantes podem carregar cinzeiros portáteis para descartar as guimbas de maneira segura e responsável.

2. Conscientização: campanhas educativas podem destacar os impactos negativos das guimbas no meio ambiente, incentivando mudanças de comportamento.

3. Pontos de descarte adequados: instalação de lixeiras específicas para descarte de guimbas em áreas públicas, promovendo a eliminação correta desses resíduos.

4. Incentivos para o descarte correto: implementação de programas que recompensam fumantes que descartam suas guimbas de maneira adequada.

A batalha contra o impacto das guimbas de cigarro requer uma abordagem coletiva, envolvendo governos, organizações e indivíduos. A conscientização e a mudança de hábitos são cruciais para proteger nosso meio ambiente e garantir um futuro mais saudável para todos.

Tudo verde sempre!

 

Alex Santos é CEO da EcoModas Soluções Sustentáveis

Contatos: alex.santos@ecomodas.com.br

@alex.ecomodas

 

Esta coluna é publicada quinzenalmente às terças-feiras.

Publicidade
TAGS:

Alex Santos

Prosa Sustentável

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.