Elos

Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

sexta-feira, 10 de junho de 2022

O poder de um bom exemplo é inestimável, sobretudo quando advém de um fluxo sincero de querer bem, de fazer o bem.  Por muitas razões. Fomenta uma esperança de dias melhores. Relembra que ainda há o bem despretensioso entre nós. Que podemos nos salvar uns aos outros. Não sei se acontece com vocês, mas por vezes, quando me sinto parte dessa onda positiva, chego a me emocionar. Como se não fosse possível. Ou pela raridade que consigo perceber. Realmente está difícil estimar por dias melhores. Ver a luz entrando. Portar boas notícias para a sociedade. Mas o trabalho “de formiguinha”, de contribuir com uma parte, de ser sorriso em meio ao caos, também pode ser poderoso, sobretudo se for compromisso de um número cada vez maior de pessoas.

É importante nutrirmos a chama da esperança acesa. Essa esperança que a gente tem ou teve um dia, pura e genuína, que nos inspira a acreditar em tudo outra vez. “Prima-irmã” da fé de que tudo vai dar certo. É dela que estou falando, não de uma ilusão. Infelizmente não existe o gênio da lâmpada capaz de resolver todos os pedidos desejados como em um toque de mágica. As mudanças devem partir de nós. E a onda positiva desempenha seu papel de extrema relevância.

Os noticiários convencionais nos dão conta de que vivemos uma ruína social. Não raras vezes sentimo-nos desestimulados a fazermos nossa pequena parte. Por outro lado, precisamos gerir as oportunidades que nos chegam de fazer o certo, de promover a diferença, de incentivar pessoas. Ainda que assimilemos que somos nós os reais propulsores e entusiastas das mudanças, mesmo que acreditemos que um passo por vez é que constrói o caminho, não vivemos sós. Não somos sós. Precisamos integrar um todo em constante evolução, com perspectivas reais de melhoras.

E não para por aí. Nossas demandas são tão gigantescas e profundas, que se torna muito difícil inclusive direcionar os rumos das boas práticas, como se fossem obrigações sem foco, daquelas que sobrecarregam e não surtem efeitos, levando à alguma frustração e poucos resultados. Ainda que sejam absolutamente necessárias as grandiosas ações coletivas, que se concretize algum dia a utopia de que o Poder Público em sentido amplo se apodere das suas missões constitucionais e institucionais, é inegável a força que o trabalho “de formiguinha” tem um poder inenarrável.

O bem sendo o bem, praticado naturalmente, desde as pequenas coisas. As falas que consagram um otimismo. Os estudos que incrementem o saber para o bem. Os exemplos valorosos que inspiram, ajudam, contribuem. O respeito cotidiano. O orgulho por fazer o bem, por fazer o certo, por ser certo, por conceber uma escala de valores em que agir de forma correta seja prioridade. Há esperança de que essa onda pegue. Sejamos elos dessa corrente. Não o mais fraco, que se rompe. Mas o incorruptível.

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Paula Farsoun

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Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

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