Finda a fase de grupos e começa o mata-mata da Copa

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

terça-feira, 06 de dezembro de 2022

Já recuperado da gripe chinesa e tendo voltado às atividades normais, continuei a acompanhar os jogos da Copa do Mundo, pois com a chuva que cai em Friburgo e no Brasil inteiro nesses últimos dez dias, além de um bom livro, o futebol é um ótimo passatempo. Vi grandes jogos e tive grandes surpresas ou zebras, como se diz no jargão do velho esporte bretão, como a constatação de que a França (atual campeã do mundo), a Inglaterra secundadas pela Argentina e a Holanda estão entre as favoritas para se sagrarem campeãs do mundo, neste 2022.

Gratas surpresas foram as seleções asiáticas Japão e Coréia do Sul que conseguiram chegar às oitavas de final e as equipes da Arábia Saudita e de Gana, da África também nessa fase. Aliás, essa competição do Qatar é a primeira em que todos os continentes se fizeram representar, pois não podemos deixar de assinalar, também, a Austrália, representante da Oceania, na chamada fase do mata-mata. Na realidade o que se constata é que essas seleções progrediram muito no aspecto tático e físico, mas como ainda carecem de mais experiência internacional, não conseguem chegar mais longe. Isso aconteceu com o Brasil, em 1930, quando disputou a primeira Copa do Mundo, em Montevidéu, no Uruguai, em 1934 na Itália e em 1938, na França.

Com o início da segunda guerra mundial, houve uma interrupção da competição até 1950, aquela que foi disputada no Brasil, e que produziu o famoso maracanaço, quando a equipe canarinho precisando de apenas um empate para sagrar-se campeã do mundo, foi derrotada pelo Uruguai pelo placar de 2 a 1. Foi uma tragédia nacional, pois a seleção brasileira era excelente com jogadores que até hoje se inscrevem na galeria de craques, como Zizinho e Ademir secundados por Barbosa, Juvenal e Friaça.

Apesar de ficar marcado pelo famoso gol de Ghiggia, o segundo do Uruguai e do bicampeonato, era um grande goleiro. Mas, a seleção canarinho já atingira tarimba internacional tanto que oito anos mais tarde conquistaria seu primeiro título, na Suécia. Isso não impediu a segunda vergonha nacional, quando foi goleada por 7 a 1, em pleno Mineirão, pela seleção da Alemanha, que tornou-se a campeã da competição máxima do futebol mundial, em 2018, no Brasil.

Quanto ao jogo da nossa seleção contra a Coreia do Sul pelas oitavas de final na última segunda-feira, 5, tivemos um primeiro tempo para não botar defeito quando, em pouco mais de 30 minutos, liquidamos a fatura fazendo 4 a 0. No segundo tempo, os coreanos fizeram o gol de honra fechando o placar em 4 a 1. A seleção brasileira é também uma favorita para o título e a exibição desta segunda, assim como o desempenho obtido na partida contra a Sérvia, na fase de grupos, a coloca como candidatíssima ao hexacampeonato. Apesar da derrota para Camarões, quando jogou com o time reserva, só sofreu dois gols o que mostra a solidez de nossa defesa.

Diga-se de passagem, que nossos reservas jogam em times de ponta na Europa, onde são titulares absolutos, mas não tem o entrosamento da equipe titular e em futebol, um esporte coletivo, isso conta muito. Naquele jogo tivemos muitas chances de gol, que foram desperdiçadas ou pelas ótimas intervenções do goleiro de Camarões ou pela ânsia de marcar o gol na conclusão final.

Eu, se fosse o Tite, até pouparia alguns titulares já que a Copa é uma competição curta e com pequeno intervalo de tempo entre um jogo e outro, mas jamais o time inteiro. A própria França fez a mesma coisa e se deu mal, na derrota para a Tunísia por 1 a 0.

Se passarmos pela Croácia nesta sexta-feira, 9, ao meio-dia, vamos enfrentar o vencedor da Argentina contra a Holanda, outro jogo das quartas de final. Quem quer ser campeão não escolhe adversários tem mais é que vencê-los para chegar à finalíssima que, para mim, será uma repetição da Copa de 1998. Para mim a França e o Brasil são os dois grandes favoritos para levantar a taça Jules Rimet e que no Qatar sejamos nós.

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