Eu não tenho talento pra cantar ou para dedilhar violão. Até invejo quem tem. Meu talento é ler pessoas. Escrever sobre elas. Sobre o que sabem e o que não sabem. Sobre o que são na superfície, no esconderijo de suas existências ou mesmo sobre o que invento sobre elas na minha mais fértil imaginação.
Já reparou como os pombos das cidades grandes são feios? Sujos, bem sujos pela poluição, que fazem serem mais cinzas do que o cinza dos prédios que perfilam suas avenidas. O verde das árvores, todas as árvores que formam as Matas Atlântica e Amazônica, não são tão monocromáticos como o...