Blogs

Friburguense no BBB

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Nova Friburgo nunca teve um participante efetivamente em uma das 24 edições do Big Brother Brasil, da Rede Globo. A edição deste ano, encerrada nesta semana com a vitória do baiano Davi, no entanto, contou com uma friburguense, mas nos bastidores. A jornalista Maiara Gastin atuou na produção em quase todos os 100 dias de duração do reality global. 

Participação em esquetes

Nova Friburgo nunca teve um participante efetivamente em uma das 24 edições do Big Brother Brasil, da Rede Globo. A edição deste ano, encerrada nesta semana com a vitória do baiano Davi, no entanto, contou com uma friburguense, mas nos bastidores. A jornalista Maiara Gastin atuou na produção em quase todos os 100 dias de duração do reality global. 

Participação em esquetes

Além da produção, ela ainda teve aparições na tela, em esquetes de humor do programa. A friburguense também é atriz, com atuações em produções do canal friburguense Telemilênio, sucesso no YouTube, com mais de 200 mil inscritos. Maiara já havia atuado na equipe de Boninho, diretor geral da atração, na edição do ano passado. Neste ano, mais uma vez foi chamada para o trabalho. 

Família de jornalistas

Por questões contratuais, Maiara não pode falar sobre sua rotina no BBB, publicamente, tampouco dar entrevistas. A produtora de conteúdo da Globo, vale lembrar, é irmã do nosso colega de trabalho em A VOZ DA SERRA, o também jornalista, Vinicius Gastin.

Quem sabe?

As inscrições para o Big Brother Brasil do ano que vem já estão abertas e fica a torcida para que um friburguense possa ser selecionado para a edição do ano que vem, além, é claro, da manutenção da profissional. O programa, mais uma vez, foi sucesso de audiência e faturamento para a Rede Globo e centro de debates até mesmo para aqueles que não acompanham o dia-a-dia da casa mais vigiada do país.      

 

Honoris Causa

A professora e diretora de teatro de Nova Friburgo, Jane Ayrão, receberá o título de Doutor Honoris Causa em artes, pela Unicecap (Universidade Saberes, Corporativa e de Educação da Capital). Considerada uma das maiores honrarias concedidas por uma universidade, o título que Jane Ayrão receberá tem chancela do Ministério da Educação e reconhecimento em todo o território nacional e respeito internacional.

  Jane Ayrão

Do latim, “honoris causa” significa “por causa de honra”, ou seja, quem recebe o título costuma destacar-se em sua área de atuação, não necessariamente acadêmica – e sua concessão independe do grau de instrução. A outorga é balizada pelo regimento interno e Plano de Desenvolvimento Institucional de cada faculdade. As indicações podem contemplar personalidades nacionais e estrangeiras com análises da congregação, do conselho deliberativo e do conselho universitário da instituição. 

Trajetória

Jane Ayrão tem uma vida dedicada às artes, notoriamente, em Nova Friburgo. Quando dirigiu por mais de dez anos o Taca (Teatro Amador do Colégio Anchieta), buscou contar em suas montagens cênicas, histórias verídicas bem locais, com toque de poesia, sobre personagens importantes para momentos específicos da cidade. Sua última montagem, “A Promessa”, já através da Companhia Teatral que leva seu nome, Jane Ayrão arrebatou o público, que lotou as apresentações. 

A Promessa

“A Promessa” conta a trajetória do português Samuel Antônio dos Santos, fundador da Banda Euterpe Friburguense e também da Capela de Santo Antônio, na Praça do Suspiro. Com figurino impecável de Virgílio Santos, a história começa em 1858, quando um navio da marinha portuguesa deixa Lisboa com destino a Buenos Aires. Já em alto mar, a tripulação é surpreendida por uma forte tempestade. 

Homenagem à Euterpe

Samuel Antônio dos Santos, oficial músico e regente da Banda de Fuzileiros Navais, rogou então a Deus pela vida de todos e em troca prometia, que na primeira cidade em que aportasse, pediria baixa da Marinha e fundaria uma banda de música e uma igreja em louvor a Santo Antônio. E assim o fez, em Nova Friburgo, há mais de 160 anos.

Apresentações lotadas

O sucesso da montagem foi tanto, que haverá mais uma apresentação, desta vez em Cantagalo, quando deve ser inaugurado por lá um grande espaço de artes, provavelmente, em junho. Além da passagem pelo Taca, Jane também organizou e conduziu o Grupo Cem Contexto, fundado pelo Centro Educacional Monnerat. Atualmente, com a companhia de artes que leva seu nome, Jane segue a formar e dar oportunidades a atrizes e atores de todas as idades. 

De Brasília para Nova Friburgo

A entrega do título de “Doutor Honoris Causa” a Jane Ayrão acontece neste sábado, 20, em cerimônia a ser realizada, em Brasília. Mas está sendo programado um evento para compartilhar a honraria também com os conterrâneos e amigos, em Nova Friburgo, em data a confirmar.   

 

Unidos da Saudade

A escola de samba Unidos da Saudade terá nova direção. A roxo e branco do bairro Ypu resolveu mudar. Após eleições realizadas no último fim de semana, os sócios aptos a votar, optaram pela chapa Resgatando um Passado de Glória, encabeçada por Fábio Silva, reconhecido mestre-sala do carnaval friburguense. Fabinho será o novo presidente para o próximo biênio e traz o baluarte Cici Macarrão como vice. Juntos, com mais de 80% dos votos, eles venceram a atual direção.    

 

Mulheres empreendedoras

O Instituto RME, em parceria com o Google, está oferecendo vagas para um programa gratuito de capacitação de mulheres para o desenvolvimento de habilidades digitais. Trata-se do Ela Pode: Inteligência Artificial, um projeto inovador e totalmente gratuito de formação em Inteligência Artificial voltado apenas para mulheres empreendedoras.

Ela Pode

O programa pretende capacitar mulheres proprietárias de negócios de pequenos e médios porte, durante 24 meses, através de aulas ao vivo no formato online, com especialistas em tecnologia e digitalização, e trará novidades e habilidades essenciais para que as empreendedoras possam melhorar os processos, aumentando a eficiência, reduzindo o tempo na execução de atividades cotidianas e impulsionar o crescimento de seus negócios. 

Incentivo financeiro

Além disso, 105 empreendedoras selecionadas receberão recurso financeiro no valor de R$ 10 mil para alavancarem seus negócios. Para participar, precisa ser mulher, ter acima de 16 anos, estar à frente de um pequeno ou médio negócio, além, é claro, de possuir acesso à internet e equipamento eletrônico para acompanhar as aulas. É necessário também ter letramento digital e conhecimento a partir do nível básico em ferramentas digitais. Inscrições e mais informações pelo site elapodeia.com.br.

 

Palavreando

“Rua Juruá, em Olaria. Uma rua de histórias, fascínios e dramas. Uma rua pavimentada por poesia numa cidade que é a própria poesia em si. A Juruá, Olaria, são apenas versos e estrofes de uma cidade cujo poema está sempre inacabado. Cabe a cada um de nós acrescentar em palavras, sorrisos, choros, sonhos e memórias o que Nova Friburgo causa na gente e a gente transforma nela”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Sucesso

quarta-feira, 17 de abril de 2024

6ª Copa FutFri de futevôlei reúne atletas e fãs

6ª Copa FutFri de futevôlei reúne atletas e fãs

        O crescimento, com cada vez mais praticantes e fãs, pode ser facilmente observado. Um exemplo, em Nova Friburgo, foi a quantidade de atletas e torcedores que compareceram à Estação Praia, espaço anexo ao Clube Filó, no bairro Vila Amélia, entre a última sexta-feira, 12, e domingo, 14, durante a 6ª Copa FutFri de futevôlei. Foram cerca de 120 partidas disputadas, envolvendo um total de 54 duplas (sendo 14 mistas – dupla formada por um homem e uma mulher).
        Após a disputa de duelos equilibrados, de qualidade e muitas emoções, foram conhecidos os vencedores nas quatro categorias que estavam em disputa. Na categoria Friburgo Prata, Theo e Barreto sagraram-se campeões; na categoria Friburgo Ouro, que reuniu atletas friburguenses, deu Enzo Salcedo e Kyldere; já na categoria Serra Carioca, que consagrou a melhor dupla de futevôlei da Região Serrana, os vencedores foram Lucas Teixeira e Enzo Pecly; e na categoria Misto, Isadora Tardin e Renan levaram a melhor e ficaram com o título. Isadora foi eleita ainda a melhor jogadora da cidade na modalidade, com apenas 13 anos de idade.
        “O evento foi um sucesso, todas as expectativas foram alcançadas, tudo correu da melhor forma possível. E no segundo semestre haverá uma nova edição. Vem aí a 7ª Copa FutFri. Agradeço imensamente aos nossos patrocinadores, que estão sempre incentivando o esporte na cidade. E um agradecimento especial também aos mais de 100 atletas que confiaram no nosso trabalho, participaram e abrilhantaram ainda mais o evento”, afirmou Heitor Mora, organizador da Copa FutFri e proprietário do Futevôlei Friburgo.
        Outro destaque da 6ª Copa FutFri foi a participação maciça de mulheres. A título de comparação, na 2ª edição da copa apenas duas mulheres entraram em quadra em duplas mistas. Dado o crescimento do esporte na cidade, nesta edição 14 mulheres manifestaram o desejo de jogar - um recorde na cidade. Por isso, foi aberta a categoria Misto, de modo a valorizar e incentivar a participação feminina no futevôlei.
        “Agradeço imensamente também a participação das mulheres. Em breve faremos um campeonato exclusivamente feminino. Foi muito importante ter as mulheres na Copa FutFri para mostrar como o futevôlei é democrático. Inclusive, na sexta-feira teve uma dupla 100% feminina. Foi a primeira vez na história de Nova Friburgo e região que tivemos uma dupla feminina jogando um campeonato de futevôlei. E o mais legal é que a Isadora Tardin, jogadora eleita a melhor da cidade, tem apenas 13 anos de idade, evidenciando que as mulheres vêm muito forte para as próximas edições. Os homens que se cuidem”, celebrou Heitor Mora.
        A 6ª Copa FutFri de Futevôlei teve a organização da concessionária Águas de Nova Friburgo, com apoio da iniciativa privada e da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer.


Resultados


Categoria Friburgo Prata

1º - Theo e Barreto
2º - Stutz e Yorran
3º - Bernardo Thedim e Bernardo Xaco

Categoria Friburgo Ouro

1º - Enzo Salcedo e Kyldere
2º - Enzo Pecly e Lucas Teixeira
3º - Renan e Sorrentino

Categoria Serra Carioca

1º - Enzo Pecly e Lucas Teixeira
2º - Renan e Serrazine
3º - Lucas Nunes e Sorrentino

Categoria Misto

1º - Isadora Tardin e Renan
2º - Raissa e Enzo Salcedo
3º - Nanat e Sorrentino

  • Foto da galeria

    Dezenas de participantes reforçam o crescimento da modalidade em Nova Friburgo (Foto: Divulgação)

  • Foto da galeria

    Alguns dos campeões e componentes dos pódios do evento (Foto: Divulgação)

  • Foto da galeria

    Enzo Pecly e Lucas Teixeira foram os vencedores da categoria Serra Carioca (Foto: Divulgação)

  • Foto da galeria

    Competições contaram com quatro categorias ao todo, envolvendo homens e mulheres (Foto: Divulgação)

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Querem proibir ou querem liberar?

quarta-feira, 17 de abril de 2024

O ano era 1997. Diante da televisão, o Brasil parava para acompanhar os detalhes da novela “O Rei do Gado”, os pronunciamentos do presidente Fernando Henrique Cardoso, as descobertas em torno da ovelha Dolly e outras notícias que estariam nas manchetes das bancas de jornal no outro dia, como a morte do educador e filósofo Paulo Freire e de Lady Di.

O ano era 1997. Diante da televisão, o Brasil parava para acompanhar os detalhes da novela “O Rei do Gado”, os pronunciamentos do presidente Fernando Henrique Cardoso, as descobertas em torno da ovelha Dolly e outras notícias que estariam nas manchetes das bancas de jornal no outro dia, como a morte do educador e filósofo Paulo Freire e de Lady Di.

As salas de cinema estavam lotadas para a estreia de Titanic, o filme do ano e de muitas gerações de apaixonados. Já no rádio, Gabriel, O Pensador, cantava: “Dizem que é do bom, dizem que não presta. Querem proibir, querem liberar: e a polêmica chegou até o Congresso”.

O famoso trecho de “Cachimbo da Paz”, música feita em parceria com Lulu Santos, refere-se aos projetos de lei que tramitavam no Congresso Nacional nos anos 90 com o objetivo de mudar a legislação sobre drogas, como a maconha no Brasil. Apesar dos 27 anos da música, “vemos o futuro repetir o passado”.

 

Resistência pelo Congresso ao STF

O Senado aprovou na noite da última terça-feira, 16, no plenário, em dois turnos, a chamada PEC das Drogas, proposta de emenda à Constituição que determina que é crime possuir ou portar qualquer quantidade de droga, mesmo que para consumo próprio.

Mas a cannabis já não é criminalizada no país? A criminalização do porte e da posse, mesmo para consumo próprio, já é prevista na Lei de Drogas de 2006, que está em vigor; o Código Penal também prevê crimes sobre o tema. Contudo, não é algo determinado na Constituição Federal, norma mais poderosa de um país.

A intenção da PEC é incluir a regra na Constituição, tornando-a superior a uma lei, mais difícil de ser alterada. Por 53 votos a 9 no primeiro turno, e 52 a 9 no segundo, a emenda à constituição fora aprovada no Senado e agora, o texto seguirá para votação na Câmara dos Deputados.

Outro fato que pesou na aprovação tem relação com o antagonismo com o STF, que vota sobre a descriminalização da maconha. A PEC das Drogas fecha um combo de respostas ao Supremo que o Senado diz ser necessário dar, em nome da não interferência na relação entre os poderes.

 

Retrato da sociedade brasileira

O placar de votação chamou a atenção de especialistas? Na verdade, não. Trata-se de um tema no qual o que prevalece é a visão sobre as drogas de grande parte da sociedade: uma visão de que se for estabelecida uma quantidade, isso pode gerar um incentivo ao uso de drogas, e as drogas criam dependência e destroem famílias, o que é compreensível.

Além disso, grande quantificação do Senado e da Câmara são compostos pela ala mais conservadora da política, que alcança desde a base do governo e até a oposição. Por entender que é um retrato de maior parte da sociedade, nem o executivo federal comprou essa briga.

A própria liderança governista liberou os partidos aliados para votarem como quisessem – e várias legendas votaram junto com a oposição, pela aprovação da proposta. O Senado tem sua autonomia e legitimidade para decidir o que a maioria pensa. E essa maioria também deverá se repetir na Câmara.

É uma visão legítima, mas como advogado, com uma pós-graduação em direito criminal, entendo que há contrapontos: sem uma quantificação, muitas pessoas pobres, usuárias, são tratadas como traficantes e presas. Para o “uso” a pena é de multa, admoestação verbal e a obrigação de frequentar palestras educativas. Para o tráfico, a pena mínima é de cinco anos de prisão, com regime inicial de cumprimento de pena como regime fechado.

Os critérios atualmente adotados pelo Judiciário são totalmente de cunho pessoal e subjetivo de cada juiz. E muitas vezes, sendo levados em conta, os requisitos individuais sobre quem será preso como: o local onde mora (se é local de tráfico), sua cor, profissão, onde foi apreendido, idade, classe social e nível de estudo.

Nesse sentido, podemos dizer que nos dias atuais é muito mais provável que um usuário de drogas seja condenado à cadeia por morar na favela da Rocinha, do que haja condenação de um verdadeiro traficante no Leblon – mesmo que os dois possuam a mesma quantidade de droga.

 

A discussão pode não acabar aí

 Mesmo que o Congresso aprove a PEC em todos os turnos antes da decisão do Supremo no caso, o julgamento não seria interrompido e não necessariamente a PEC teria efeitos "automáticos". Uma constitucional pode ser impugnada por ações diretas de inconstitucionalidade (ADI).

 Isso porque mesmo as PECs podem ser consideradas inconstitucionais caso se conclua que elas interferem nas chamadas "cláusulas pétreas" da Carta – temas que não são passíveis de mudança. Ou seja, é possível contestar a própria emenda à Constituição por entender que um direito não possa se sobrepor a um outro já existente.

  Enquanto a Alemanha descriminalizou a maconha há 17 dias em seu território, seguindo os passos de países como Holanda, Canadá, Uruguai, Portugal e alguns estados dos EUA, o assunto ainda continua sendo polêmico no Brasil. Afinal, devemos mandar no nosso próprio nariz ou nos inspirar nos países que mudaram - e continuam mudando - suas leis?

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Você quer sucesso?

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Certa vez Jesus Cristo demonstrou Sua sensibilidade para com as necessidades humanas físicas e emocionais e não só espirituais das pessoas. Tendo ido com Seus discípulos para um local retirado a fim de descansar, uma multidão O seguiu. Eram uns cinco mil homens, fora mulheres e crianças. Ele teve compaixão por eles. Todos estavam famintos e cansados. Era final da tarde e eles haviam permanecido o dia todo ouvindo palavras maravilhosas de Jesus, que, diferentes das dos líderes religiosos, saciava os ouvintes.

Certa vez Jesus Cristo demonstrou Sua sensibilidade para com as necessidades humanas físicas e emocionais e não só espirituais das pessoas. Tendo ido com Seus discípulos para um local retirado a fim de descansar, uma multidão O seguiu. Eram uns cinco mil homens, fora mulheres e crianças. Ele teve compaixão por eles. Todos estavam famintos e cansados. Era final da tarde e eles haviam permanecido o dia todo ouvindo palavras maravilhosas de Jesus, que, diferentes das dos líderes religiosos, saciava os ouvintes. Então, Cristo pediu que os discípulos organizassem grupos de 50 e de 100 pessoas e que sentassem na relva, assim, todos poderiam descansar um pouco e tomar a refeição sentados.

Como alimentar mais de cinco mil pessoas sem restaurantes, lanchonetes, padarias e supermercados na região? Um rapaz tinha cinco pãezinhos de cevada e dois peixes. Você sabe a história. Jesus tirou daquele cesto que continha somente estes poucos alimentos o suficiente para alimentar o povo. Todos se saciaram e ainda sobrou comida que preencheu doze cestos grandes.

Jesus poderia ter feito surgir um banquete. Mas, como sempre, preferiu a simplicidade. Nada de extravagância. Uma ambição exagerada prende a pessoa, mesmo ela achando que é livre porque tem dinheiro para comprar o que desejar.

Essa semana conversava com uma amiga que trabalha com mentoria que ajuda as pessoas a terem uma vida mais organizada, e o assunto era sucesso na vida. Eu comentava com ela que não tenho mais paciência de ouvir depoimentos de empresários e empresárias de muito sucesso econômico, falando que no fim da carreira, se pudessem voltar atrás, fariam muita coisa diferente, especialmente cuidariam melhor dos seus relacionamentos. Vi também um documentário sobre o empresário atual mais rico do mundo, mostrando que os relacionamentos dele têm sido conturbados, rompidos, problemáticos por faltar empatia e dedicação.

Esta amiga consultora de mentoria para executivos e pessoas em geral, então, me disse: “... o que tento fazer em meu trabalho com líderes e executivos é mostrar que o sucesso só vale a pena se estiver em conexão com nossos valores e com quem amamos. Chegar no topo e perder quem se ama não vale a pena.” Ela relembrou que na ciência séria, sucesso é ter relacionamentos saudáveis, e não tem outro caminho. No fim da vida ninguém pergunta: “Onde está meu dinheiro?”, mas sim: “Onde estão meus filhos?”, “Onde está quem eu amo?”

A jornalista Karina Michelin colocou um post (2/abril/2024) no Twitter informando que um casal inglês decidiu entregar a filha de três meses para adoção por acharem que o bebê não se encaixava no estilo de vida deles, ambos muito focados no trabalho. A mãe admitiu que não tinha interesse em cuidar da filha desde o seu nascimento, e voltou ao trabalho após duas semanas do parto. No post está escrito: “Tentando justificar o injustificável, o marido disse que ele e a esposa são ambos ‘workaholic’ e essa sempre foi a prioridade deles. O marido disse que Elizabeth, sua filha, fez a sua esposa ‘infeliz’ e por isso decidiram dá-la para adoção. O pai da criança confessou que a esposa só interagiu com a filha quando ela precisava de algo e evitou pegá-la quando chorava.

A declaração chocante vem agora. O pai da criança disse: ‘Posso imaginar a vida sem a minha filha, mas não sem a minha mulher. Ficar com a criança pode destruir nosso relacionamento’... A avó materna, que já cuidava da criança afetivamente, opôs-se a adoção e levou-a para casa.” O casal apenas vai arcar com as despesas. Eles querem o sucesso egocêntrico e mais tarde, provavelmente, terão que se defrontar com uma angústia pesada por terem desprezado cuidar de uma criatura que eles trouxeram à vida.

A vida é mais importante do que a comida, do que o status econômico, e o corpo é mais importante do que o vestuário e sucesso de beleza física. Lute contra uma possível obsessão que pode estar lhe dominando quanto ao ganho material, a qual pode estar tirando você do convívio com as pessoas mais importantes de sua vida num momento especial que não voltará mais. Não há nada que compense a perda afetiva das pessoas de maior significado em sua vida.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.co

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Rumo a Alemanha

terça-feira, 16 de abril de 2024

Julliana Ieker, de Nova Friburgo, jogará Mundial de Bolão com o Brasil

Uma das heranças dos povos formadores de Nova Friburgo, o Bolão não para de produzir talentos. Dentre eles está a atleta Julliana Ieker, da equipe do Nova Friburgo Country Clube. Bem rankeada, por conta dos ótimos desempenhos nas competições nacionais, a bolonista foi convocada pela Confederação Brasileira de Bolão, e vai compor a equipe que jogará o Campeonato Mundial de Bolão. A competição acontece em Herne, na Alemanha, em maio, entre dos dias 13 e 18.

Julliana Ieker, de Nova Friburgo, jogará Mundial de Bolão com o Brasil

Uma das heranças dos povos formadores de Nova Friburgo, o Bolão não para de produzir talentos. Dentre eles está a atleta Julliana Ieker, da equipe do Nova Friburgo Country Clube. Bem rankeada, por conta dos ótimos desempenhos nas competições nacionais, a bolonista foi convocada pela Confederação Brasileira de Bolão, e vai compor a equipe que jogará o Campeonato Mundial de Bolão. A competição acontece em Herne, na Alemanha, em maio, entre dos dias 13 e 18.

“Os atletas convocados para o Mundial precisam estar nas primeiras posições do ranking nacional. Esse ranking computa os resultados dos campeonatos oficiais como Taça Brasil e Brasileiro de Bolão que acontecem pelo Brasil. A minha preparação está intensa, pois o preparo é físico, tático e mental. Treino todos os dias. Estou bem animada e otimista para o campeonato. A equipe é forte”, avalia, Julliana.

Com a experiência de já ter participado de todas as competições estaduais, nacionais e internacionais que pertencem ao calendário da CBB (Confederação Brasileira de Bolão), ela carrega consigo, além da honra e da responsabilidade por vestir a camisa da seleção, o histórico familiar no esporte.

“Meu pai praticava esse esporte na Sociedade Esportiva Friburguense. A família o acompanhava nos treinos e nos campeonatos. Meus primeiros arremessos foram nos anos 90. De lá para cá, a prática se tornou cada vez mais frequente. A família toda joga: meus pais, meus irmãos, meus cunhados e minhas cunhadas, meus sobrinhos, meu marido e minhas filhas”, revela.

Além de Julliana Ieker, a Seleção Nacional feminina terá as atletas Beatriz Sorrentino, Juliana Timm, Patrícia Helena Bade e Tais Evald. A equipe masculina será formada por Alex Martinho, João Kleinkauf, Lucas Nitsche, Marcio Bagátoli, Rogério Arkie e Tiago Hansen. Para conseguir disputar a competição, a atleta de Nova Friburgo está em busca de recursos, e para tanto, criou uma vaquinha virtual. As contribuições podem ser feitas em www.vakinha.com.br/4431323.

O Bolão

A modalidade é uma das mais populares e antigas, com origem no Egito. Foram encontradas peças deste esporte, que se assemelha ao esporte de hoje, mas em tamanho menor, 500 anos a.C. Os primeiros registros apontam para meados do século 3 d.C. A primeira vez que o bolão foi mencionado na Alemanha foi em 1157 na crônica da cidade de Rothenburg. No Brasil o esporte foi trazido pelos imigrantes alemães, e apresenta duas modalidades: Bolão 23, onde a bola tem 23 centímetros de diâmetro, e o Bolão 16, onde a bola apresenta 16 centímetros de diâmetro, podendo ser praticado por homens e mulheres.

O jogo consiste em derrubar o maior número de pinos rolando dez bolas em quatro canchas, na modalidade oficial de competições pela confederação. Ao arremessar (rolar a bola) o jogador deve encostar a bola na pista até o final da zona de arremesso, que é de seis metros, caso contrário a bola será considerada “queimada”.

Caso o pino caia após a luz de indicação que os armadores foram acionados, este não será considerado como derrubado. Em jogos oficiais o jogador tem no máximo quatro minutos para jogar as dez bolas em cada pista.

E é exatamente no talento para cumprir as regras e conquistar os resultados que o Nova Friburgo Country Clube se destaca. De 2007 para cá, a equipe feminina acumula conquistas como os títulos estaduais, participações importantes em edições de Taça Brasil de clubes, Mundial de Clubes, Campeonato Brasileiro de Clubes, dentre outros.

No ano passado, além do título estadual, as meninas alcançaram a sétima colocação no 17° Campeonato Brasileiro de Clubes, promovido no Clube Pinheiros, em São Paulo. Sem contar os resultados dos times masculinos e de base.

  • Foto da galeria

    Bolonista de Nova Friburgo acumula conquistas, participações destacadas pelo país e pontos que a credenciam a estar no Mundial (Foto: Divulgação)

  • Foto da galeria

    Equipe brasileira que representará o país na Alemanha, com a presença de Julliana (Foto: Divulgação)

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Conhecer Portugal é a próxima meta

terça-feira, 16 de abril de 2024

Hoje entro em contagem regressiva para minha próxima viagem a Europa. Acostumado que estava a viajar de dois em dois anos, tive de abortar essa rotina, por causa da pandemia da Covid, em 2020. Quando as fronteiras foram abertas, a partir de 2022, resolvi me dar mais dois anos para ter a certeza de que aquele flagelo por qual passou a humanidade tinha, realmente, chegado ao fim. Assim, 2024 foi o ano escolhido para recomeçar as viagens internacionais.

Hoje entro em contagem regressiva para minha próxima viagem a Europa. Acostumado que estava a viajar de dois em dois anos, tive de abortar essa rotina, por causa da pandemia da Covid, em 2020. Quando as fronteiras foram abertas, a partir de 2022, resolvi me dar mais dois anos para ter a certeza de que aquele flagelo por qual passou a humanidade tinha, realmente, chegado ao fim. Assim, 2024 foi o ano escolhido para recomeçar as viagens internacionais.

Essa viagem vai ser diferente das demais, pois voltarei às origens, quando ainda trabalhava e não podia me dar ao luxo de ficar muito tempo fora. Com isso era obrigado a fazer um roteiro e ficar dois a três dias em cada cidade, em hotéis e não mais alugando uma casa conforme vinha fazendo após me aposentar. Como a ideia de adquirir o visto D7 para aposentados, oferecido pelo governo português a nós, brasileiros, é muito grande, montei um roteiro para visitar o norte e o centro de Portugal, para ter uma noção de como é a vida na Santa Terrinha e como as pessoas se sentem morando em cidades menos badaladas, mas agradáveis, segundo informações que obtive de guias do turismo local. Claro que também visitarei aquelas mais badaladas, pois elas são importantes no contexto geral.

Como meu sobrinho Glauber, que mora na Alemanha já lá se vão 20 anos, foi submetido a um transplante de fígado, no dia 27 de fevereiro e agora ficará quatro semanas num hospital da cidade de Hamburgo, para consolidar sua recuperação, a meta é visita-lo após sua volta para casa, em Bonn. Para isso, fiz um leasing de um automóvel Peugeot, que será pego em Marselha, quando da nossa chegada na França e dali iremos para Portugal, antes reservando um dia para conhecer Andorra. Aliás, a escolha para pegar o carro na França é econômica, pois se o pego num outro país, teria de desembolsar mais 400 euros (200 para pegar e 200 para restituí-lo), sobre o preço do leasing.

Assim, entrarei em Portugal por Bragança, no norte, região de Trás-os-Montes, onde pretendo ficar quatro dias não só para visitar a cidade com sua famosa gastronomia e um casario típico, como seus arredores ricos em belas paisagens, ruínas de muralhas antigas, suas igrejas e conventos e, como não podia deixar de ser, provar os vinhos da região, além de tomar a famosa sopa de castanha. De lá desceremos um pouco indo até Vila Real, um destino “fora da caixinha”, pois é mais conhecida pelos portugueses, mas com a vantagem de se ter acesso a Viseu, Braga, Viana do Castelo e a badalada cidade do Porto com sua inigualável especiaria, o vinho do porto. Aliás, essa iguaria não é produzida aí e sim na região do Alto Douro Vinhateiro.

De Vila Real iremos a Caldas da Rainha, região central e litorânea, mas próxima de Lisboa, Óbidos, Coimbra, Fátima, Nazaré famosa pelas suas ondas gigantescas que atraem surfistas do mundo inteiro, além de Batalha conhecida pelo seu mosteiro de Santa Maria da Vitória ou da Batalha. Daí começaremos nossa viagem de retorno, passando por Castelo Branco, já próximo à fronteira com a Espanha, onde pretendo visitar Valadolid e Zaragoza. Finalmente chegaremos a Chambéry, cidade que gosto muito e não consigo ficar longe por muito tempo. Ela é conhecida como o carrefour sul da França, pois dá acesso à Alemanha, Itália e Suíça. Após uma semana de descanso seguirei para a Alemanha para a visita ao meu sobrinho, que nessa época, com a ajuda do Bom Deus, já estará completamente recuperado. De Bonn votaremos à Chambéry por mais três dias e, finalmente, Marselha para retorno ao Brasil.

Serão 50 dias fora do país, com foco em Portugal para que possa avaliar a probabilidade de morar pelo menos um ano em terras lusitanas e, quem sabe, uma mudança mais prolongada. Afinal, o que mais buscamos, principalmente, quando se atinge uma determinada idade, é qualidade de vida o que, no Brasil, se tornou um objeto raro. Somos um país populoso, com uma distribuição de renda muito desigual e com um povo em que falta conceitos básicos de educação o que torna a convivência do dia a dia um caos. Vide o trânsito que é um espelho dessa falta de educação que citei.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Entre o óbvio e o obvio

terça-feira, 16 de abril de 2024

Não era o único a buscar nas garrafas da branquinha inspiração para abrilhantar seu pronunciamento

Não era o único a buscar nas garrafas da branquinha inspiração para abrilhantar seu pronunciamento

Na simpática cidade de Santa Cecília (que eu não conheço, mas por isso mesmo merece de mim pelo menos o título de simpática), um vereador teve atuação especialmente destacada em sessão do legislativo local. Alegando que nunca se pronunciava nas reuniões, insistiu no seu direito de, pelo menos uma vez, falar como bem lhe aprouvesse, ainda que lhe aprouvesse falar embriagado, como era justamente o caso naquele momento.   Não sei se esse senhor é um bom representante do povo, mas não se pode negar que é um homem sincero. O nobre edil começou seu discurso informando aos presentes que havia “tomado umas cachaças” antes de se dirigir à sessão do dia e, mais, afirmou que todos os colegas faziam o mesmo, isto é: degustavam umas e outras antes de vir trabalhar em favor do povo santa-ceciliense. A se acreditar em sua etílica sinceridade, nenhum dos presentes podia lhe cassar as palavras e nem havia motivo para tanto. Afinal, não era o único a buscar nas garrafas da branquinha inspiração para abrilhantar seu pronunciamento.

No pequeno plenário, os protestos foram poucos, não sei se porque a acusação tinha fundamento, ou se porque reconheciam que o orador falava com a autoridade que seus eleitores lhe conferiram, embora com voz arrastada e pernas oscilantes. Contudo, a certa altura dos acontecimentos, o presidente da Casa julgou por bem advertir o colega de que este devia se ater ao assunto em pauta, ao que o orador retrucou, ébrio de autoridade: “Posso falar? Posso falar? Eu nunca falo nessa... de Câmara. Hoje vou falar”. E seguiu elogiando a prefeita, que, segundo sua sóbria avaliação, “é a melhor que essa cidade já teve!” Por fim, entre risos de uns e constrangimento de outros, o presidente deliberou encerrar a sessão, sob protestos do parlamentar, que certamente não havia elogiado suficientemente a chefe do governo municipal.

Não sei se o ditado latino “in vino veritas” se aplica à estimada aguardente nacional e se a prefeita se sentiu valorizada ou envergonhada com a entusiástica defesa do seu correligionário. É improvável que “in cachaça veritas”, o mais certo é que ela seja a causa de muita tristeza. Mas às vezes os bêbados protagonizam cenas de comédia pastelão, como se viu nessa histórica sessão legislativa.

Essa notícia me fez lembrar de uma anedota que há alguns anos se contava sobre um dos mais conhecidos políticos de nossa cidade. Eleito deputado estadual, comparecia regularmente à assembleia, em cujas cadeiras aproveitava para descansar da exaustiva viagem à capital do estado. Como na época não havia celular, contentava-se em passar os olhos pelo jornal do dia e depois tirava uma soneca, embalado pela voz dos colegas que peroravam na tribuna. Não incomodava ninguém, não perturbava o sono dos demais deputados, nem prolongava inutilmente a sessão. Eis que um dia, para espanto geral, nosso representante naquela Casa levanta a mão e pede a palavra. Concentração geral. “Finalmente vamos ouvi-lo!”  Com a solenidade que as circunstâncias exigiam, fez o seu primeiro pronunciamento: “Senhor Presidente, peço a Vossa Excelência que mande fechar a janela em frente, pois o vento está me incomodando”.

Também me lembrei de uma história já contada aqui, mas que vem a calhar. Na Câmara de uma cidade mineira, um vereador pronunciou a palavra “obVIo”. Um colega, provavelmente de partido adversário, não deixou passar: “O correto é ÓBvio, nobre companheiro”. Ora, por orgulho ou ignorância, o admoestado não se curvou e insistiu no “obVIo”. Instalou-se o bate-boca, cada um dos debatedores mais doutos em assuntos de língua portuguesa. Sabemos que essas discussões sobre os magnos assuntos de interesse do povo costumam terminar em tapa. Diante do temporal que ameaçava desabar no plenário, o presidente pôs o assunto em votação. Feita a apuração, “obVIo” ganhou por larga maioria de votos!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Esponjas de cozinha: entre a praticidade e o impacto ambiental

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Opa! Tudo verde?

Bora pra nossa Prosa Sustentável!

 O assunto de hoje trata de algo pequeno que foi inventado para “limpar”, mas o seu pós-consumo gera uma “sujeira” de grande proporção. As esponjas de cozinha são itens comuns em nossas casas, usadas diariamente para facilitar a limpeza de utensílios e superfícies. No entanto, poucos consideram a composição desses utensílios e o impacto que causam ao meio ambiente.

Opa! Tudo verde?

Bora pra nossa Prosa Sustentável!

 O assunto de hoje trata de algo pequeno que foi inventado para “limpar”, mas o seu pós-consumo gera uma “sujeira” de grande proporção. As esponjas de cozinha são itens comuns em nossas casas, usadas diariamente para facilitar a limpeza de utensílios e superfícies. No entanto, poucos consideram a composição desses utensílios e o impacto que causam ao meio ambiente.

A esponja de lavar louça foi inventada em 1947 por um engenheiro chamado Harold Joseph Butler. Ele desenvolveu a primeira esponja a partir de poliuretano, visando criar um produto durável e eficaz para a limpeza de utensílios de cozinha. De lá para cá, a produção só aumentou e, segundo dados da 3M numa matéria publicada pelo site Ciclo Vivo, são cerca de 360 milhões de esponjas multiuso fabricadas anualmente no Brasil.

A composição de uma esponja de lavar louças pode variar, mas muitas são feitas de poliuretano, polipropileno ou celulose. Estes materiais não são necessariamente tóxicos, mas muitas esponjas contêm aditivos químicos para aumentar sua durabilidade, o que pode apresentar preocupações ambientais e de saúde. A presença de petróleo é comum em algumas esponjas, principalmente aquelas feitas de poliuretano, contribuindo para a dependência de recursos não renováveis e aumentando a “vida útil” das esponjas no planeta.

O tempo de decomposição de uma esponja de cozinha pode variar, mas geralmente, elas são duráveis e demoram muitos anos para desaparecer completamente. Segundo o site Biociente, uma esponja pode levar cerca de 400 anos para se decompor no meio ambiente. Esse é um problema ambiental significativo, uma vez que as esponjas descartadas frequentemente acabam em aterros sanitários, contribuindo para a poluição do solo. A extração de matérias-primas, o consumo de energia na fabricação e os resíduos gerados durante o processo contribuem para a pegada ambiental negativa desses itens, vale ressaltar.

Se pedaços de esponjas encontram rios e oceanos como local de descarte, animais marinhos podem confundir tal material com alimentos, ingerindo acidentalmente resíduos plásticos. Isso pode levar a problemas de saúde, bloqueio do trato digestivo e até mesmo morte destes animais. Em áreas onde existem recifes de coral, o descarte inadequado de esponjas pode representar uma ameaça adicional, visto que os resíduos plásticos danificam os corais, comprometendo a saúde dos ecossistemas marinhos.

Já para a saúde humana, embora muitas pessoas utilizem detergentes para limpar suas esponjas, nem sempre é fácil eliminar completamente todas as bactérias. Os microrganismos podem se alojar profundamente nas fibras da esponja, mesmo após a lavagem, aumentando o risco de contaminação. As esponjas limpam um ambiente propício para o crescimento de bactérias e fungos. A umidade combinada com os resíduos de comida apresenta na esponja cria condições adequadas para a tolerância de microrganismos, incluindo Salmonella, E. coli e outros patógenos potenciais.

As indústrias enfrentam desafios significativos ao tentar encontrar alternativas mais ecológicas para as esponjas tradicionais. A busca por materiais sustentáveis, métodos de produção ambientalmente amigáveis e custos competitivos tem sido um obstáculo para a adoção em larga escala de soluções mais sustentáveis.

Algumas empresas ligadas a este setor estão assumindo a responsabilidade do seu impacto ambiental e desenvolvendo programas de coletas de esponjas usadas no Brasil. Inclusive, qualquer pessoa pode destinar corretamente as esponjas que seriam descartadas nos aterros; para isso vale conferir o site da Terra Cycle.

Confira algumas alternativas sustentáveis na hora de lavar louças: Certamente! Aqui estão quatro alternativas sustentáveis para lavar louças:

1. Escovas de limpeza de bambu: Opte por escovas de limpeza com cabos de bambu e cerdas naturais. O bambu é uma fonte renovável e as cerdas naturais são biodegradáveis, proporcionando uma opção amigável ao meio ambiente.

2. Esponjas naturais (Luffa): Esponjas feitas de luffa, também conhecida como bucha vegetal, que é uma planta tropical, são biodegradáveis e compostáveis. Elas oferecem uma alternativa sustentável e eficaz para a limpeza de louças e superfícies.

3. Esponjas de celulose compostáveis: Esponjas feitas de celulose são biodegradáveis e compostáveis. Elas podem ser encontradas em diversas formas e tamanhos, sendo uma escolha eficaz para quem procura alternativas sustentáveis.

4.Panos reutilizáveis: Troque as esponjas descartáveis por panos de limpeza reutilizáveis feitos de materiais como algodão, especialmente orgânico. Esses panos podem ser lavados e reutilizados várias vezes, reduzindo a necessidade de descartar constantemente materiais de limpeza.

 

Ao reconsiderar o uso de esponjas tradicionais e adotar alternativas mais ecológicas, os consumidores desempenham um papel crucial na redução do impacto ambiental desses itens de uso diário.

Tudo verde sempre!

  • Foto da galeria

    Qual é o tamanho do impacto das esponjas de lavar louças tradicionais? (Foto: pixabay.com)

  • Foto da galeria

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA nos convida ao pensamento reflexivo

segunda-feira, 15 de abril de 2024

            Por mais que ouçamos dizer que o setor educacional no Brasil está em situação precária, nem tudo está perdido. O Caderno Z é testemunha de que no Estado do Rio de Janeiro as perspectivas apresentam um otimismo louvável. O projeto de educação ambiental promovido pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em parceria  com o Comitê Rio Dois Rios, alcançou escolas das redes pública e particular de nossa cidade. São equipes formadas por estudantes que desenvolverão desafios durante o ano letivo e, ao final, haverá, por meio de pontuação, uma equipe vencedora.

            Por mais que ouçamos dizer que o setor educacional no Brasil está em situação precária, nem tudo está perdido. O Caderno Z é testemunha de que no Estado do Rio de Janeiro as perspectivas apresentam um otimismo louvável. O projeto de educação ambiental promovido pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em parceria  com o Comitê Rio Dois Rios, alcançou escolas das redes pública e particular de nossa cidade. São equipes formadas por estudantes que desenvolverão desafios durante o ano letivo e, ao final, haverá, por meio de pontuação, uma equipe vencedora. Contudo, todas elas sairão vencedoras pelo conhecimento adquirido no desenrolar do projeto e a vitória maior será para o meio ambiente com jovens muito mais conscientizados.

            Da mesma forma, o Governo do Estado do Rio de Janeiro convocou mais 165 professores aprovados nos concursos de 2013 e 2014, para diversas disciplinas. Entre outras palavras, o governador Claudio Castro destacou: “Sabemos da importância desse reforço para as salas de aula. Essa é mais uma conquista na busca de valorizar a Educação...”. Inclusive são várias ações em andamento para beneficiar a classe estudantil e o professorado. A exemplo, já entraram em vigor as leis estaduais que criaram os cartões “Material Escolar” e “Material de Apoio Pedagógico”, favorecendo alunos e professores em suas demandas no exercício de suas tarefas.

Há ainda mais uma proposta, esta tramitando na Alerj -  o “Cartão do Saber”, que visa incentivar o interesse pela leitura, proporcionando aos estudantes condições para a aquisição de livros. E tem mais: um projeto de lei já aprovado pelos deputados estaduais garante que que as escolas distribuam escovas de dentes aos alunos da rede pública em todo o território fluminense. O olhar atento para a formação escolar de boa qualidade é um grande passo para um futuro melhor.

            Em meio a todos esses avanços, “o Estatuto da Pessoa com Doença Crônica Complexa e Rara está criado no Estado do Rio de Janeiro. A medida tem como base a lei 10.315/24, de autoria original do deputado estadual Munir Neto, aprovada pela Alerj,  sancionada pelo governador Claudio Castro e publicada no Diário Oficial.”. São inúmeros direitos fundamentais definidos no texto com a possibilidade ainda de o governo estadual criar um programa de rastreamento e diagnóstico com o início precoce do tratamento. Em 100 mil indivíduos com doenças raras, a margem é de 65 portadores dessas enfermidades.

            Quanto mais informação, mais caminhamos para uma sociedade constituída por seres abrangentes e acolhedores em todos os sentidos. Não haverá nem mais o tempo de conscientizar sobre coisa alguma, pois tudo estará no mesmo plano das convivências saudáveis e respeitosas. Mas, por enquanto, ainda temos de realizar eventos públicos em prol de causas justas. A exemplo, citamos a “Caminhada do Autismo”, realizada no último dia 7 e coordenada por duas mães de crianças autistas Isabella Stutz e Marcelle Rocha. O objetivo da ação não foi outro senão o de chamar atenção da sociedade para mostrar que “o lugar da  pessoa autista é em todo o lugar que ela quiser”.

            Em “Sociais”, pessoas queridas aniversariando. Na quinta-feira, 11, o tricolor Denilson, irmão da nossa Deise Silva, da equipe do jornal, festejou mais uma primavera. Nesta quarta, 17, quem completa mais um clico de existência plena e frutificada no amor de seu carisma é a querida Regina Schlupp. Parabéns! Vamos festejar também a volta do lutador friburguense, Edson Barboza, ao octógono do UFC no dia 18 de maio, em Las Vegas. Considerado um veterano aos 38 anos de idade, alguns adversários torcem pela sua aposentadoria. Contudo, Barboza não vê a experiência no esporte com um problema, mas, sim, como mais uma chance de mostrar o seu potencial. Bem se vê que ele está muito bem-preparado para enfrentar Lerone Murphy. Sucesso na certa!!

Enquanto isso, o Cão Sentado, na charge de Silvério, continua em sua grande luta no ringue da insatisfação, dando murro em ponta de faca, “esgoelando”, alertando sobre os perigos de se deixar lixo acumulado. Conforme diz a gíria: “Tá osso!”

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

CNBB: Comunhão e escuta

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Caros irmãos, entre os dias 10 e 19 de abril o episcopado brasileiro se reúne na 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Devido à relevância deste evento, trazemos para a nossa reflexão desta semana alguns trechos da terceira coletiva de imprensa realizada na manhã de sábado, 13, tendo como pautas a análise de conjuntura eclesial, o Ano Jubilar, o processo sinodal e a missão do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

 

“Nossa meta é Cristo…”

Caros irmãos, entre os dias 10 e 19 de abril o episcopado brasileiro se reúne na 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Devido à relevância deste evento, trazemos para a nossa reflexão desta semana alguns trechos da terceira coletiva de imprensa realizada na manhã de sábado, 13, tendo como pautas a análise de conjuntura eclesial, o Ano Jubilar, o processo sinodal e a missão do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

 

“Nossa meta é Cristo…”

Sobre o Jubileu da Esperança, com início na noite do Natal de 2024, à imprensa, o arcebispo de Goiânia-GO e primeiro vice-presidente da CNBB, Dom João Justino de Medeiros Silva, destacou que “a esperança da humanidade é Jesus Cristo morto e ressuscitado” e, que, num mundo marcado pela violência e pela guerra, é importante que os católicos, com o testemunho profético e coerente, “proclamem a esperança de quem acolhe o Evangelho”.

Dom João Justino explicou que a Igreja no Brasil aguarda as indicações do Papa Francisco para a celebração jubilar, mas que já começou a articulação, a fim de dinamizar pastoralmente a iniciativa por meio de um encontro que ocorreu em Brasília-DF, para representantes das dioceses, nos dias 29 e 30 de janeiro, com a assessoria do prefeito do Dicastério para a Evangelização e também coordenador do Jubileu de 2025, Dom Rino Fisichella.

 

Escuta e proximidade

“Será uma grande festa do povo de Deus que celebra sua fé e o mistério da redenção”, explicou o arcebispo de Goiânia ao afirmar que o Papa Francisco presenteia a Igreja com a oportunidade de olhar a realidade vivida e descobrir os campos que precisam ser tocados pelo anúncio de Jesus Cristo, “a alegria de nossa esperança”, e concluiu: “a peregrinação jubilar é uma metáfora do que é a vida. Nossa meta é Cristo, a vida eterna!”.

O bispo de Camaçari-BA e membro da comissão brasileira do Sínodo sobre a Sinodalidade, Dom Dirceu de Oliveira Medeiros, disse que as dioceses do país continuam a caminhada sinodal a partir da acolhida pastoral do Relatório de Síntese, amplamente divulgado. Ele enfatizou “que a sinodalidade é novo modo da Igreja se portar no terceiro milênio”. Retomando o método ‘Conversa no Espírito’, iniciado na 61ª edição da assembleia geral, ele relatou que a dinâmica “tem se mostrado eficaz para o discernimento eclesial”.

O representante da CNBB no Sínodo disse que os membros da Igreja estão desafiados a caminhar como irmãos e irmãs e que também toda a sociedade “é convidada a aprender com método de escuta e de proximidade”.

 

Realidade plural

Com o binômio ‘individualização’ e ‘pluralização’, o bispo de Petrópolis-RJ, Dom Joel Portella Amado, discorreu sobre a análise de conjuntura eclesial enfatizando que os fiéis e os ministros ordenadores vivem “num mundo marcado por profundas transformações” e que na realidade plural e individual apresentada, “a proximidade, o convívio e a cumplicidade”, características das comunidades eclesiais, evidenciam o testemunho evangélico e realçam o modo solidário de ser Igreja, “na escuta e no diálogo de todos”.

 

Renovar as estruturas

No que tange o papel do Celam, o bispo auxiliar de Cusco, no Peru, e secretário-geral da entidade, Dom Lizardo Estrada, ressaltou que o episcopado latino-americano, composto por 22 conferências episcopais, “reafirma a comunhão, a fraternidade e a colegialidade entre si e com o Papa Francisco” e que por meio de cursos e motivações pastorais, o Celam “quer renovar as estruturas por meio da conversão pastoral como discípulos missionários de Jesus Cristo!”, finalizou. Fonte: CNBB

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.