A VOZ DA SERRA também cuida do nosso bem-estar

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

segunda-feira, 03 de junho de 2024

            O que deve ser a hora mais prazerosa de um dia é a noite de sono. Porém, nem sempre é assim e o Caderno Z, sensível aos percalços humanos, nos trouxe uma abordagem especial sobre o tema na edição do último fim de semana. Eu tive um amigo, poeta, médico, em Santa Catarina que, no auge dos seus 80 anos de idade, tratava a própria dificuldade de dormir como uma chance para escrever seus poemas: “E a insônia acomodou-se em meu lençol de bruma e quer dormir comigo... A insônia é uma vadia...”. Era assim que o doutor Miguel Russowsky se distraia com quem lhe roubava o sono. Contudo, nem todo mundo tem a sorte de ser poeta e não se perturbar com o relógio vencendo as horas.

            Ana Borges, autora da matéria, nos apresentou uma gama de condições para vencermos essa vilã que chega sem ser convidada. Uma ou outra noite, perder o sono é tolerável, mas tornar-se um hábito é que exige atenção e cuidados. A quantidade de estímulos tem sido estudada por especialistas que alertam para a necessidade de nos desconectarmos das telas quando vamos nos recolher. Quanto mais ligados, mais longe fica pegar no sono. A ansiedade e o estresse também entram no circuito. Remédios não são as melhores indicações, pois tiram a natureza do adormecer. É preciso “reaprender a dormir”. O doutor John Fontenele, especialista em sono, destaca: “O remédio inibe o paciente de mudar sua relação com o sono, porque induz a um sono que não é natural, em que você não entra adequadamente em todas as fases. E o organismo vai se adaptando e precisando de doses mais elevadas.”.

            Entender sobre a produção do sono é uma forma eficaz de se lidar com essa importante função do nosso organismo. São quatro fases e “cada uma contribui para a saúde”. A fase 1 é a passagem entre o estado de vigília e o sono, envolvendo um relaxamento inicial, uma sonolência capaz de produzir as “contrações do sono”, com a sensação de queda ou susto. Na fase 2, a atividade cerebral diminui e é nesse ponto que o corpo se prepara para entrar na fase 3 do sono profundo que, por sua vez, “contribui para a regeneração física, a liberação de hormônios do crescimento, a reparação do tecido e o fortalecimento do sistema imunológico”. Na fase 4, entre outros benefícios, ocorrem os sonhos vívidos e intensos, quando passamos por uma condição de “atonia muscular” que “evita que atuemos fisicamente durante os sonhos. Que beleza esses conhecimentos!

            Para estar atento aos acontecimentos, quem precisa ter bom sono é o Cão Sentado, na charge de Silvério. Começando o mês de junho, nosso vigilante faz um apelo: “Não solte balões!”. Todo cuidado é pouco, minha gente. Estar atento é ser solidário também. Por isso mesmo, um louvor para a promoção do projeto A Ponte que arrecada livros para a reconstrução das bibliotecas de escolas gaúchas. A inundação destruiu mais de 80 mil livros só em São Leopoldo. As doações podem ser enviadas para a Avenida São Borja, 2.520 - Fazenda São Borja. São Leopoldo/RS. Cep: 93032-520.

            Paula Farsoun intitulou seu texto com uma bela e instigante pergunta: “O que cabe em 30 dias?” – A autora abriu um leque de possibilidades das infinitas coisas que têm cabimento durante um mês e, entre elas, eu cito: “Nunca me pareceu tão sábio o básico conselho de aproveitarmos cada segundo e vivermos o dia de hoje com a plenitude que ele merece. Devemos gozar das boas companhias, desempenhar nossas funções com presença e realmente desfrutar do dia de hoje...”. Valeu, Paula. Parabéns!

            Em “Erguendo uma catedral”, o professor Robério Canto nos brindou com um excelente documentário sobre a formação de Nova Friburgo, de onde destaco: “Nossos antepassados, com maior ou menor consciência disso, estavam erguendo uma catedral, a catedral chamada Nova Friburgo. Cabe a nós, os que hoje a habitamos, cuidar dela, para entregá-la aos nossos descendentes cada vez mais bela e vigorosa, democrática e fraterna...”. Então, “coroemos de versos e flores, a princesa dos Órgãos, gentil...”. Tenhamos orgulho do passado, cuidemos bem da cidade no presente que o futuro estará garantido, pois tudo o que a gente quer é uma Nova Friburgo feliz para todos.

Publicidade
TAGS:
Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.