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RJ-150 esburacada

sábado, 29 de junho de 2024

“É inadimissível o descaso que o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio, o DER, tem com as estradas do interior. Temos em Nova Friburgo uma regional deste órgão e nem assim, as rodovias estaduais que cortam nossa cidade são atendidas por um serviço a contento. A RJ-150, que liga Friburgo a Amparo e São José do Ribeirão, é uma vergonha. Cheia de buracos. O que o DER já gastou com maquiagens nas rotineiras operações tapa-buracos daria para recuperar todo o asfalto. Temos na cidade uma usina de asfalto. Porque então não se faz uma parceria com a prefeitura?.

“É inadimissível o descaso que o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio, o DER, tem com as estradas do interior. Temos em Nova Friburgo uma regional deste órgão e nem assim, as rodovias estaduais que cortam nossa cidade são atendidas por um serviço a contento. A RJ-150, que liga Friburgo a Amparo e São José do Ribeirão, é uma vergonha. Cheia de buracos. O que o DER já gastou com maquiagens nas rotineiras operações tapa-buracos daria para recuperar todo o asfalto. Temos na cidade uma usina de asfalto. Porque então não se faz uma parceria com a prefeitura?. O DER entra com a mão de obra e o município com a massa asfáltica. Simples, não é?.”    

Eliezer Constantino 

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Coração em chamas

sábado, 29 de junho de 2024

Depois não me acuse de dormir sonhando. Entre seus braços, vou sonhar sorrindo. Por que é tão bom? Por que é estranho? Assustador, insano… Mas coerente. 

Te vi sentado na mesa, sob a luz do abajur. Indecente. Não por estar pelado, mas por estar nu. Com alma livre. Com o rosto sem maquiagem ou máscara. Com o coração à mostra em deliciosos mistérios. Você, ali, com seus defeitos, lágrimas e marcas exibidos sem pudor. Com seus costumes, rebeldias e manias manifestas. Expostas, sem determinar a obrigação de eu estar também exposto. Mas livremente me exponho. 

Depois não me acuse de dormir sonhando. Entre seus braços, vou sonhar sorrindo. Por que é tão bom? Por que é estranho? Assustador, insano… Mas coerente. 

Te vi sentado na mesa, sob a luz do abajur. Indecente. Não por estar pelado, mas por estar nu. Com alma livre. Com o rosto sem maquiagem ou máscara. Com o coração à mostra em deliciosos mistérios. Você, ali, com seus defeitos, lágrimas e marcas exibidos sem pudor. Com seus costumes, rebeldias e manias manifestas. Expostas, sem determinar a obrigação de eu estar também exposto. Mas livremente me exponho. 

E te levo para casa no corpo. Te sinto. Almejo mais do que os cinco minutos que me pede para ficar a mais. E os cinco viram dez, vinte minutos, cinco horas. Mais uma música, um vinil inteiro. Dos dois lados. A e B. Eu e você. 

Marina Lima canta que “Não Sei Dançar”. Eu não sei. Você sabe. Do seu modo. Fuma mais um cigarro. Faz malabarismo com o tabaco enrolado, que incendeia, invade, não incomoda. Ficam tão charmosos os seus vícios. Não sei dizer. 

Apenas beijo o tempo como se pudesse conter os minutos, esses instantes em que se revela sentado sobre as próprias pernas, cruzadas como em meditação, na mesa. Não no banco rústico, mas na mesa de madeira de lei, subvertendo as regras, confundindo lógicas, quebrando parâmetros. Não consigo parar de te olhar e, ao mesmo tempo, que tento conter o tempo, quero consumi-lo com voracidade, com a intensidade dos sagitarianos.

Inteligências sagazes me tiram do prumo. Voar é o que tenho. Sei do risco da queda, conheço as impossibilidades, reconheço minhas tragédias, mas as experiências anteriores não se enfileiram diante desse espaço de pinturas, música e fumaça. Seu olhar sereno e instigante me convoca a descobertas. Acalmas minhas ansiedades. Apenas saboreio. 

Coração em chamas em pleno inverno. Na troca de suas estações. Quanto vai durar esse abraço? Já são três noites seguidas, quatro madrugadas adentro e um ano inteiro por vir.

Dirão que coração gelado pulsa. Retruco: coração frio só sobrevive morto. Vivo mais do que nunca. Que se permita a aventura, a invasão do desconhecido, a finitude das coisas e, por isso mesmo, a entrega enquanto acesa a chama. 

Não demore a voltar. Sequer vá. Nesses dias de temperaturas baixas é necessário, nos dias de quentura é essencial. Coração em chamas não queima em fagulhas, incendeia o dia de vivacidade e invade o corpo inteiro, os pensamentos, os desejos, que consumados, querem se repetir e se repetir mil vezes mais. 

Difícil ter o coração em chamas e querer deixar o coração em outro estado. Difícil sair assim e não olhar para trás. Não faça isso… Toda essa música, essa pele nos vestindo, um ao outro. Esse beijo, esse inusitado esbanjado a nossa frente. 

Só peço: não me acuse de dormir sonhando. Ou simplesmente não me acorde dessa realidade de suas cidades imaginárias de traços abstratos.

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Bola que sobe

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Cefriba 3 x 3 consagra Colégio Anchieta e Serra Sports como campeões

        Já integrando o calendário do basquete de Nova Friburgo, o Cefriba 3 x 3 foi sucesso em mais uma edição. A competição de 2024 aconteceu no ginásio do Colégio Nossa Senhora das Mercês, no último dia 8. Somadas as três categorias do torneio, foram 27 equipes participantes, divididas em sub-14, com dez equipes, sub-16, com nove, e sub-18, com oito times.

Cefriba 3 x 3 consagra Colégio Anchieta e Serra Sports como campeões

        Já integrando o calendário do basquete de Nova Friburgo, o Cefriba 3 x 3 foi sucesso em mais uma edição. A competição de 2024 aconteceu no ginásio do Colégio Nossa Senhora das Mercês, no último dia 8. Somadas as três categorias do torneio, foram 27 equipes participantes, divididas em sub-14, com dez equipes, sub-16, com nove, e sub-18, com oito times.

Colégio Anchieta e Escola Fribourg fizeram a final do sub-18, com o Anchieta se sagrando campeão. No sub-16, o Colégio Anchieta fez a dobradinha na decisão com o time B levando o título. Já na final do sub-14, o Colégio N.S. das Mercês e o Serra Sports fizeram a final, com o Serra erguendo o troféu.

        Participaram da edição deste ano as equipes do colégios N.S. das Mercês, Anchieta, N.S. das Dores, Espaço Livre, Fribourg, Resolve, Serra Sports, GPH e Sef, além das equipes de mais três cidades, a Escola George March, de Teresópolis, Serra Sports / Colégio Castelo, de Rio das Ostras, e o projeto Macuco Basquete.

        O Cefriba 3 x 3, serviu como torneio inicial, com todos os jogos ocorrendo no mesmo dia, sendo um grande festival de basquete. “Esse projeto, com a realização dessas competições, é um sucesso. Enxergo a crescente adesão como resultado e fruto do trabalho que vem sendo desenvolvido em todas as edições, além do crescimento da modalidade na cidade nos últimos anos, onde eventos como esses tem grande influência, principalmente no público estudantil, que é o público alvo da competição. O objetivo de fomentar o basquete no município acontece”, avalia Calebe Ambrósio, um dos idealizadores e organizadores do Cefriba.

        Para o segundo semestre de 2024 está prevista a competição 5 x 5, com algumas novidades para os atletas na competição. Uma delas será a premiação individual, além dos já conhecidos brindes do evento aos participantes e campeões.

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    Anchieta bateu o Fribourg na grande final e faturou o Cefriba na categoria sub-18 (Foto: Divulgação)

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    Em uma das finais, Serra Sports levou a melhor contra o trio do Colégio N.S. das Mercês (Foto: Divulgação)

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    Jogos foram realizados no ginásio Padre Zegri, do Colégio N.S. das Mercês (Foto: Divulgação)

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    Competição, abrindo alas para o Cefriba 5 x 5, reuniu 27 equipes (Foto: Divulgação)

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    A pequena atleta Laiza é mais uma friburguense que vai se destacando nas competições de artes marciais pelo Estado. Pela segunda etapa do Circuito Hajime de Judô, realizada no Rio de Janeiro, a lutadora de Nova Friburgo trouxe mais uma medalha de ouro para a sua coleção. Laiza fez duas lutas e ganhou ambas. (Foto: Divulgação)

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Faz sentido pra você?

sexta-feira, 28 de junho de 2024

            “A vida é um sopro”. Como essa frase faz sentido. Quando o “combo” reflexivo que envolve as dores das perdas, do medo do que poderia ter sido e não foi, da consciência de que a vida passa, de fato, muito rápido, que o tempo realmente não volta e que todos aqueles conselhos de avós que ouvimos quando crianças nada mais são do que a expressão da vida real com a qual invariavelmente nos deparamos, muitas vezes pensamos: precisamos ser felizes. Hoje.

            “A vida é um sopro”. Como essa frase faz sentido. Quando o “combo” reflexivo que envolve as dores das perdas, do medo do que poderia ter sido e não foi, da consciência de que a vida passa, de fato, muito rápido, que o tempo realmente não volta e que todos aqueles conselhos de avós que ouvimos quando crianças nada mais são do que a expressão da vida real com a qual invariavelmente nos deparamos, muitas vezes pensamos: precisamos ser felizes. Hoje.

            O conceito de felicidade é tão flutuante e complexo, quanto relativo. É típico imaginarmos que “com saúde está tudo ótimo”. Viver sem dor, não enfrentar um diagnóstico triste nem tampouco um tratamento difícil, estar com todas as taxas indicadas no exame de sangue em dia, vida transcorrendo perfeitamente, sem nenhuma enfermidade é, de fato, uma existência à beira de um oásis. Contudo, pergunto: basta ter saúde plena para que o indivíduo se sinta verdadeiramente feliz?

Quantas pessoas em perfeitas condições de saúde reclamam noite e dia da ausência de dinheiro, amor, da beleza, do dia cinza, do amigo que não respondeu à mensagem, do sapato que não comprou, daquilo que não fez e não tem, da comparação com todo mundo e sentem-se infelizes? A perspectiva é completamente diferente quando a pessoa encontra-se acamada, por exemplo.

            Uma pessoa feliz que vive em plena paz e harmonia, consegue direcionar mais energia a alguns setores de sua vida do que uma outra que viva o conflito todos os dias em sua vida. Há quem tenha tudo e sinta um vazio completo. Há quem não possua materialmente nada e se sinta preenchido de tudo o que faça sentido. Ser feliz é também uma escolha, cujo ponto de partida pode ser justamente agradecer por aquilo que já se tem. E não me refiro a coisas materiais, propriamente.

Qual seria o pacote ideal de desejos? Nesse universo compelido pelas redes sociais em que consumimos diariamente a felicidade alheia de forma escancarada, para todos os gostos, o desafio parece ser ainda maior. Se a metade vazia do copo, a razão daquele estado de espírito da tristeza for a falta do amor, a solidão, a sensação de distanciamento de um par para amar, com alguns cliques e a expressão do amor se fará na tela do celular ou do computador. Felicidade alheia. Se é a prosperidade o valor mais almejado da vez, também as redes sociais podem se encarregar de apresentar diversas formas de que o dinheiro não deixou de circular, de que as pessoas estão consumindo, investindo, viajando, realizando. Se basta o físico ideal, a aprovação no concurso, o acesso à determinada universidade, a aquisição e um carro novo, seja o que for, as redes sociais também podem fomentar o desejo e afastar o indivíduo da realidade da sua própria vida.

            No fundo, para muitos ainda há de chegar um dia em que se perceberá que a felicidade, aquela felicidade mesmo, com f maiúsculo, não se compra, não se posta, não se vende. Felicidade genuína não se faz com marketing. Se faz com experiências. Com sentimentos. Com o rastro de luz que carregamos conosco ao longo da nossa vida. Que as expectativas da sociedade não existem para serem necessariamente atendidas. Que não apenas em par é possível vivenciar e vivificar o amor. Dá para ser ímpar. E ser feliz! Amor próprio, sabe?

A felicidade real é a busca nem sempre sã, nem vã. Mas necessária. O ser feliz nem sempre é possível. Mas não há beco sem saída que resista a uma expectativa de felicidade. Felicidade não deixa de ser também uma escolha. É um ato político por si só. Que precisa ser vivido, e não noticiado. Isso faz sentido pra você?

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Você conhece a caderneta de poupança? Mas conhece mesmo?

sexta-feira, 28 de junho de 2024

            Sim, muito provavelmente você, leitor, a conhece. Afinal, é o produto de investimento mais conhecido pela população brasileira e responsável por alocações recordes em sua estrutura. A propósito, em estudo do Banco Central realizado há cinco anos, a poupança se mostrou a alocação presente na estratégia de 75% de toda a população brasileira. A partir disso, é momento de se perguntar sobre a qualidade do produto: liquidez, segurança, rentabilidade, vantagens e desvantagens.

            Portanto, que tal começarmos pelos números?

            Sim, muito provavelmente você, leitor, a conhece. Afinal, é o produto de investimento mais conhecido pela população brasileira e responsável por alocações recordes em sua estrutura. A propósito, em estudo do Banco Central realizado há cinco anos, a poupança se mostrou a alocação presente na estratégia de 75% de toda a população brasileira. A partir disso, é momento de se perguntar sobre a qualidade do produto: liquidez, segurança, rentabilidade, vantagens e desvantagens.

            Portanto, que tal começarmos pelos números?

            A caderneta de poupança – vamos começar a chamá-la apenas de poupança, sem confundi-la ao ato de poupar, mas atribuindo um “apelido” ao tipo de conta bancária em questão – tem, como base uma fórmula de cálculo atribuída aos juros Selic. São duas as faixas de incidência de rentabilidade, então vamos a elas.

 

            - Selic abaixo de 8,50% a.a.:

            Rentabilidade = (70% Selic + TR) a.m.

 

            - Selic acima de 8,50% a.a. (cenário atual):

            Rentabilidade = (0,50% + TR) a.m.

 

            Lembrando que todos os índices presentes nas fórmulas (Selic e TR) são referentes aos acumulados mensalmente durante o período de aniversário de suas aplicações.

            E por falar em aniversário de aplicação, podemos entrar na análise de liquidez do produto. Será que a poupança nos permite tanta liquidez quanto parece? A resposta é não! Para atribuir rentabilidade as suas aplicações, é imprescindível que sejam cumpridos os prazos de aniversário, correspondentes a 30 dias. Portanto, você até pode resgatar seus recursos no instante em que precisar, mas não terá a rentabilidade do período; ainda que o resgate seja efetuado no 29º dia da aplicação. Partindo desse ponto, a liquidez da caderneta – como investimento, e não apenas uma modalidade de conta bancária – é correspondente a 30 dias corridos. Já não tem tanta liquidez quanto você pensava, não é?

            Já passamos pela rentabilidade e liquidez, chegou a hora de falarmos de segurança. Você conhece suas garantias ao investir na poupança? A mesma de qualquer título bancário, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Na caderneta, sua segurança (dentro da titularidade do seu CPF) está restrita a R$ 250 mil por instituição e limitada a R$ 1 milhão dentro de determinadas regras específicas. Percebe como a escolha de outros títulos de renda fixa (como CDBs, LCIs e LCAs, por exemplo) pode ser muito mais vantajosa para as suas finanças? Contudo, faço questão de frisar o “pode” por conta da tributação incidente sobre a rentabilidade de seus investimentos. Apesar dos pesares, a poupança é isenta de Imposto de Renda e a escolha por outros investimentos deve levar isso em consideração.

            Bom, já conversamos bastante sobre o assunto. A ideia inicial era apresentar as fórmulas de cálculo referente à rentabilidade da poupança e como acabam sendo desvantajosas diante de inúmeras possibilidades oferecidas pelo mercado financeiro. É o meu papel: alertar sobre os riscos do trivial. Agora, cabe a você, ponderar os pontos positivos e negativos da sua alocação de investimentos e se abrir a novas possibilidades.

            Isso é Educação Financeira!

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Carros na calçada

quinta-feira, 27 de junho de 2024

“Caminhar pelas calçadas da Rua Dom João IV, no bairro Cascatinha, virou tarefa praticamente impossível. Em vários trechos carros de oficinas mecânicas impedem rotineiramente a passagem de pedestres. Nem precisa de foto para mostrar essa irregularidade. No google maps é possível identificar essas infrações. Abriram recentemente outra oficina e o descaso continua. Vale lembrar que essa rua tem tráfego de ônibus e muitos carros, o que impede os pedestres de caminharem com segurança.

“Caminhar pelas calçadas da Rua Dom João IV, no bairro Cascatinha, virou tarefa praticamente impossível. Em vários trechos carros de oficinas mecânicas impedem rotineiramente a passagem de pedestres. Nem precisa de foto para mostrar essa irregularidade. No google maps é possível identificar essas infrações. Abriram recentemente outra oficina e o descaso continua. Vale lembrar que essa rua tem tráfego de ônibus e muitos carros, o que impede os pedestres de caminharem com segurança. Com os carros para conserto nas oficinas ocupando as calçadas, resta ao pedestre caminhar pela rua disputando espaço com os veículos em movimento. Isso é um absurdo e, o pior, não há fiscalização de trânsito aqui.” 

Marcos Paulo

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STF descriminaliza uso de maconha. Entenda o que muda

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Na última terça-feira, 25, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por sua maioria, pela descriminalização do porte de cannabis para o consumo pessoal. O julgamento foi concluído após longos nove anos de sucessivas suspensões. Por sete votos a quatro, a corte definiu que o usuário não poderá responder por crime.

Na última terça-feira, 25, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por sua maioria, pela descriminalização do porte de cannabis para o consumo pessoal. O julgamento foi concluído após longos nove anos de sucessivas suspensões. Por sete votos a quatro, a corte definiu que o usuário não poderá responder por crime.

No entanto, os debates do STF ainda trazem muitas dúvidas à população acerca do que foi decidido sobre o uso da maconha no Brasil. Não seria esta uma atribuição do Legislativo? Afinal, agora é permitido que toda e qualquer pessoa possa fumar livremente na rua sem uma punição?

Não é legalização

Fumar maconha continua sendo proibido em qualquer situação, e o porte da droga segue como ato ilícito. O cultivo da planta Cannabis Sativa e o seu fumo ainda continuam estritamente proibidos em todo o país. Nesse sentido, ao contrário do que muita gente imagina, a decisão do STF não busca autorizar que pessoas fumem livremente à rua.

O que mudou com a descriminalização é que o usuário (o consumidor) não poderá mais ser submetido a um processo criminal pelo porte da substância, como era anteriormente.  Agora, quem for pego com maconha para uso próprio deverá ser autuado por uma infração administrativa, que conta: com a apreensão da substância, advertência e ter que se submeter a cursos sobre os prejuízos da droga.

Com a decisão, o porte de maconha continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em público ou possuí-la. Mas as punições definidas contra os usuários passam a ter natureza administrativa, e não criminal. Em regra, o usuário só não poderá ser alvo de inquérito policial e nem será fichado.

Limites quantitativos

Apesar do STF ter decidido pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, os ministros ainda terão de fixar os critérios a serem seguidos pela Justiça em processos semelhantes, em especial, a quantidade que difere um traficante de um consumidor. Os critérios atualmente adotados pelo Judiciário são totalmente de cunho pessoal e subjetivo de cada policial, promotor e juiz. E muitas vezes, são levados em conta, os requisitos individuais da pessoa apreendida, como: o local onde mora (se é local de tráfico), sua cor, profissão, onde foi apreendido, idade, classe social e nível de estudo.

Nesse sentido, podemos dizer que nos dias atuais é muito mais provável que um usuário de drogas seja condenado à cadeia por morar na favela da Rocinha, do que haja condenação de um verdadeiro traficante no Leblon – mesmo que os dois possuam a mesma quantidade de droga.

Os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber (que já se aposentou), Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia já fixaram como critério quantitativo para caracterizar o consumo pessoal em 60 gramas de maconha – aproximadamente 30 cigarros convencionais - ou seis plantas fêmeas. Já os ministros Cristiano Zanin e Nunes Marques sugerem 25 gramas. Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Dias Toffoli acham que essa definição cabe ao Congresso, ao Poder Legislativo ou à Anvisa.

No entanto, diante da falta de critérios objetivos ante a inércia dos órgãos competentes - sendo certo que a lei de drogas entrou em vigor em 2006 e até hoje não existe critério - os ministros devem buscar um meio-termo. Antes de a sessão ser suspensa na terça-feira, 25, a maioria sinalizou que concordaria em fixar em 40 gramas a quantidade que vão diferenciar o usuário de maconha do traficante até que o Congresso dê a palavra final sobre o assunto e estabeleça uma quantia através de lei.

Para evitar que o traficante se adapte às novas regras e se passe por usuário para driblar as autoridades, os ministros concordaram que caso existam outros elementos de prova na abordagem – como balança de precisão, caderno de anotações, material para preparo da droga, entre outros – deverão responder pelo crime de tráfico.

Ou seja, mesmo que uma pessoa, esteja na posse de uma quantia pequena de drogas, configurada uma mercancia ou o oferecimento à outra pessoa (ainda que gratuito) da Cannabis, resta configurado o tráfico de drogas, atualmente com uma pena mínima de cinco anos de prisão.

Enquanto a Alemanha descriminalizou a maconha em seu território, seguindo os passos de países como Holanda, Canadá, Uruguai, Portugal e alguns estados dos EUA, o assunto ainda continua sendo polêmico no Brasil e dividindo opiniões. Afinal, devemos nos inspirar nos países que mudaram suas leis ou mandar no nosso próprio nariz?

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Brilhando novamente

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Projeto Solução conquista 15 medalhas em etapa da Copa Hajime de Judô

Mantendo a rotina de bons resultados a partir de um trabalho reconhecidamente importante, o Projeto Solução foi novamente destaque durante a 2° Etapa da Copa Hajime de Judô, realizada na Arena Olímpcia de Deodoro, na capital, no último fim de semana. Os pequenos atletas de Nova Friburgo conquistaram o total de 15 medalhas, sendo cinco de ouro, três de prata e sete de bronze. O projeto disputou nas categorias sub-9, sub-11, sub-13 e sub-15, na classes masculina e feminina.

Projeto Solução conquista 15 medalhas em etapa da Copa Hajime de Judô

Mantendo a rotina de bons resultados a partir de um trabalho reconhecidamente importante, o Projeto Solução foi novamente destaque durante a 2° Etapa da Copa Hajime de Judô, realizada na Arena Olímpcia de Deodoro, na capital, no último fim de semana. Os pequenos atletas de Nova Friburgo conquistaram o total de 15 medalhas, sendo cinco de ouro, três de prata e sete de bronze. O projeto disputou nas categorias sub-9, sub-11, sub-13 e sub-15, na classes masculina e feminina.

“Com boas performances este ano, resultado de treinos diários de segunda a sexta-feira, com dias em que se aprimoram as lutas de solo e outros em pé, o grupo tem se desenvolvido bastante tecnicamente”, avalia o professor Hespanha, idealizador e coordenador do Solução.

 Os atletas Gabriel Rangel, Ana Sophia Martins Féu, ambos do Sub-11; Wendel da Silva Mendes Oliveira, do Sub-13, e Lívia Comini e Natália Machado Moura foram os campeões em suas respectivas categorias de peso. O Projeto Solução tem funcionado, desde fevereiro deste ano, no Roqueano Social Clube, e as aulas acontecem na parte da tarde, sendo também oferecidas aulas de karatê.

 

Resultados do Solução

Gabriel Rangel Martins – Sub-11 - campeão

Ana Sophia Martins Feu – Sub-11 - campeã

Wendel da Silva Mendes Oliveira – Sub-13 - campeão

Lívia Comini – Sub-15 - campeã

Natália Machado Moura – Sub-15 - campeã

Paolla Rodrigues Martins – Sub-11 - 2° lugar

Manuella Martins Mafort – Sub-11 - 2° lugar

Rycharlyson de Carvalho Silva Ther – Sub-11 - 2° lugar

Luiz Otávio Pestana Nader – Sub-13 - 3° lugar

Alicia Nunes da Silva – Sub-13 - 3° lugar

Davi Oliveira de Souza – Sub-13 - 3° lugar

Milena Pinheiro da Conceição Azevedo – Sub-13 - 3° lugar

Kauan Nunes da Silva – Sub-9 - 3° lugar

Laís Silveira Heringer – Sub-9 - 3° lugar

Luíza Freze Nacre – Sub-9 - 3° lugar

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    Lívia Comini foi uma das medalhistas de ouro do Solução, na categoria Sub-15 (Foto: Divulgação)

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    Ainda no Sub-15, a jovem talento Natália Moura faturou o primeiro lugar (Foto: Divulgação)

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    Pequeno Gabriel Martins subiu ao lugar mais alto do pódio no Sub-11 (Foto: Divulgação)

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    Entre os meninos, no Sub-13, Wendel Oliveira se destacou e tornou-se campeão (Foto: Divulgação)

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    Ana Sophia Féu levou a medalha de ouro para casa na ca-tegoria Sub-11 (Foto: Divulgação)

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Melhores cidades do Brasil

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Nova Friburgo não está entre as 100 melhores cidades do Brasil para se morar. Apenas dois municípios fluminenses fazem parte da lista feita pelo jornal Gazeta do Povo. Para chegar ao desafio de enumerar as melhores cidades brasileiras para se viver, o ranking considerou inúmeros indicadores das próprias prefeituras, dos governos estaduais e do Governo Federal, além de organizações do terceiro setor.  

Nova Friburgo reprovada 

Nova Friburgo não está entre as 100 melhores cidades do Brasil para se morar. Apenas dois municípios fluminenses fazem parte da lista feita pelo jornal Gazeta do Povo. Para chegar ao desafio de enumerar as melhores cidades brasileiras para se viver, o ranking considerou inúmeros indicadores das próprias prefeituras, dos governos estaduais e do Governo Federal, além de organizações do terceiro setor.  

Nova Friburgo reprovada 

Nova Friburgo, infelizmente, foi reprovada pela métrica do ranking para considerar um município como de excelência. Para atingir esse nível, deveria obter nota entre zero e dez, no mínimo, sete. Nenhuma surpresa, pois diversos outros rankings também mostram Nova Friburgo em queda e fora do seleto grupo das melhores cidades. Aliás, apenas 169 no Brasil atingiram a nota geral sete.  

Destaque: Carmo

Assim como em outros levantamentos, São Caetano do Sul (SP) ficou com o 1º lugar nacional. A surpresa ficou para os municípios fluminenses. Se Niterói sempre aparece como o melhor, neste ranking, o 1º lugar do Estado ficou com o município de Rio das Flores (25º do Brasil). Destaque ainda para o vizinho Carmo (51º nacional). Do RJ, apenas os dois aparecem entre os 100 primeiros. 

7º lugar no RJ

Nova Friburgo ficou em 355º na posição nacional como melhor lugar para se viver e em 7º lugar, considerando apenas os municípios fluminenses. O top 10 do Estado do Rio de Janeiro ficou assim: 1º Rio das Flores, 2º Carmo, 3º Comendador Levy Gasparian, 4º Niterói, 5º Petrópolis, 6º Vassouras, 7º Nova Friburgo, 8º Porciúncula, 9º Duas Barras e 10º Miguel Pereira. 

Ampla base de dados

O estudo sustenta que os principais critérios para uma vida de qualidade são os mesmos em qualquer lugar do mundo: um lugar seguro, com boa infraestrutura, hospitais e boas escolas, prosperidade econômica e emprego. Com tantas estatísticas disponíveis, no entanto, elas acabam sendo enganosas quando olhadas de forma isolada. Por isso, se compilou uma ampla base de dados, os mais atualizados de cada categoria, para identificar a melhor cidade para morar no Brasil.

Comparação

As estatísticas permitem a comparação direta entre os 5.570 municípios brasileiros. O levantamento da Gazeta do Povo inclui dez categorias diferentes, e utiliza um total de 21 indicadores. Alguns deles, por serem mais relevantes, ganharam peso maior no cálculo da nota final de cada cidade, como educação, taxa de homicídios, saúde, economia e infraestrutura, com peso 1,5. Expectativa de vida, mortes no trânsito, suicídios, cultura e famílias em situação de rua, por exemplo, tiveram peso menor.

Críticas

Uma das dificuldades do levantamento é que boa parte dos dados disponíveis se restringem às cidades com mais de 100 mil habitantes, ou seja, 316 dos 5.570 municípios brasileiros. Optou-se por retirar esses dados, o que impede uma análise aprofundada, trazendo prejuízo à comparação e beneficiando municípios menos populosos. 

Melhores rankings

A coluna, que acompanha vários tipos de rankings que comparam os municípios, avalia que, embora seja relevante, este ranking acaba não sendo o melhor balizador. Os dois melhores rankings, sem sombra de dúvidas, são o Índice de Cidades Sustentáveis e o Ranking de Competitividade entre os municípios. Ambos têm como base os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e são feitos anualmente. Geralmente são divulgados em agosto.     

Ficando para trás

No último índice de competitividade, que mede apenas os 410 maiores municípios do Brasil, Nova Friburgo ocupa a modesta 230ª posição nacional com nota geral de 49,08, onde zero é a menor e 100 a máxima. O município vem tendo quedas seguidas desde a 1ª edição do ranking, em 2020. Era o 124º do país naquele ano, caiu para 158º em 2021 e caiu para 194º em 2022. 106 cidades, portanto, nos ultrapassaram de lá para cá. A conferir os dados de 2024.

Em queda

Já no último ranking do Índice das Cidades Sustentáveis, Nova Friburgo atingiu a sua pior nota desde que o estudo foi criado, em 2015: 53,47, ocupando a 757ª posição do Brasil. Nova Friburgo foi superado por 225 municípios com relação ao ano anterior. A conferir os dados de 2024.

Destaques positivos

Pelo último índice, entre os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da ONU, as melhores pontuações de Nova Friburgo foram: Água Potável e Saneamento Básico (86,98); Energias Renováveis (82,98); Ações Climáticas (89,16) e Vida Marinha (82,81), pontuações que indicam que o município vem atingindo as metas. Observa-se que todos estão ligados, em grande parte, à iniciativa privada. 

Destaques negativos

Já as piores pontuações e que indicam grandes desafios são os objetivos: Igualdade de Gênero (35,80); Indústria, Infraestrutura e Inovação (7,85); Produção e Consumos Sustentáveis (37,00); Proteção à Vida Terrestre (32,08); Paz, Justiça e Instituições Eficazes (38,92) e Parcerias para Implementação dos Objetivos (20,75).

 

Máfia das apostas no futebol

A Polícia Federal esteve em Nova Friburgo, nesta quarta-feira, 26, para cumprir mandados de busca e apreensão contra pessoas supostamente ligadas a manipulação de resultado em uma partida da Série D do Campeonato Brasileiro deste ano. A suspeita começou na CBF, por conta de estranheza no resultado do jogo Inter de Limeira 3 x 0 Patrocinense, no dia 1º de junho, em que os três gols aconteceram no 1º tempo, dois nos acréscimos, sendo um deles contra. Houve movimentação de apostas suspeitas sobre cravar mais de dois gols na 1ª etapa da partida. 

Jogo limpo

Mas qual o envolvimento de pessoas de Nova Friburgo? Segundo a investigação, determinada empresa com membros de Nova Friburgo, teria firmado parceria com um dos clubes e vários jogadores agenciados por ela foram contratados. A polícia apura a influência dessas pessoas, incluindo as de Nova Friburgo, no resultado da partida, o que pode levar a apuração de outros esquemas. Além de Nova Friburgo, a operação aconteceu em Patrocínio (MG), São José do Rio Preto (SP), São Paulo, Rio de Janeiro e Tanguá (RJ).      

 

Friburguense

Espera próxima do fim. Falta menos de um mês para o Friburguense, finalmente, voltar a campo para uma partida oficial. A última foi no dia 8 de novembro, pela terceirona, em Macaé. Vitória por 1 a 0. O resultado, no entanto, não foi suficiente para a classificação para as semifinais, sendo o Friburguense eliminado no saldo de gols, por um mísero gol.

Copa Rio

Portanto, após sete meses, o Tricolor Serrano voltará a campo no próximo dia 24, contra o América, no Eduardo Guinle. Partida válida pela primeira fase da Copa Rio, competição mata-mata, que dá vaga na Série D do Brasileiro ou na Copa do Brasil. Caso se classifique, o Friburguense enfrenta o Volta Redonda na segunda fase. 

Em preparação

Gerson Andreotti será o técnico e já treina a equipe Sub-20, que será a base do time que joga a Copa Rio e também a terceirona, prevista para iniciar em setembro. O principal objetivo do time é voltar à segundona no ano que vem. A tabela da competição ainda não saiu, mas é certo que manterá o formato do ano passado, igual ao da primeira e segunda divisão: 12 clubes se enfrentam em turno único, com os quatro primeiros avançando às semifinais.

Dois sobem

A diferença é que sobem para a divisão superior os dois primeiros colocados, portanto, os vencedores das semifinais. Dois clubes desistiram da competição e pediram licença: Barra da Tijuca e Goytacaz. Inusitadamente, dois semifinalistas do ano passado. Eles foram substituídos por Bonsucesso e Zinzane, 3º e 4º colocados, respectivamente, da quarta divisão. Aliás, foi a partir dessas desistências que o Friburguense, que não havia garantido vaga na Copa Rio, herdou um lugar na competição.

Participantes

Desta forma, disputarão a terceirona, além do Friburguense, os seguintes clubes: Nova Cidade, Macaé, Paduano, São Gonçalo, Pérolas Negras, Belford Roxo, São Cristóvão, Bonsucesso, Zinzane e os dois times rebaixados da segundona para a terceira, que disputam a competição no mesmo ano da queda. Neste momento, estariam caindo Serrano e Americano.  


Palavreando

“Dirão que coração gelado pulsa. Retruco: coração frio só sobrevive morto. Vivo mais do que nunca. Que se permita a aventura, a invasão do desconhecido, a finitude das coisas e, por isso mesmo, a entrega enquanto acesa a chama”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

 

#OMELHORFRIODORIO

Nossa melhor estação já vinha fazendo cartão de visita no outono. Mas agora é oficial: o inverno chegou com bruscas quedas de temperatura, especialmente, nos fins de tarde, perdurando até o amanhecer. As montanhas fazendo recortes no céu ou o céu recortado pelas montanhas são capturas deslumbrantes de fazer inveja. 

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Escolha saúde

quinta-feira, 27 de junho de 2024

            Nos Estados Unidos a saúde do povo piora apesar dos avanços tecnológicos. Estatísticas são alarmantes. O que está ocorrendo com nossa sociedade? Veja alguns dados: O suicídio ultrapassou os acidentes de carro como causa número um de morte nos EUA. (American Journal of Public Health, vol. 102, issue 11, Nov 2012). Em 2012 soldados norte-americanos morreram mais por suicídio do que em combate. (www.stripes.com/news/more-soldier-suicides-than-combat-deaths-in-2012-1....)

            Nos Estados Unidos a saúde do povo piora apesar dos avanços tecnológicos. Estatísticas são alarmantes. O que está ocorrendo com nossa sociedade? Veja alguns dados: O suicídio ultrapassou os acidentes de carro como causa número um de morte nos EUA. (American Journal of Public Health, vol. 102, issue 11, Nov 2012). Em 2012 soldados norte-americanos morreram mais por suicídio do que em combate. (www.stripes.com/news/more-soldier-suicides-than-combat-deaths-in-2012-1.201440)

            Um terço dos empregados norte-americanos sofre de estresse crônico debilitante e mais do que a metade dos jovens entre 18 e 33 anos de idade experimenta um nível de estresse que os mantêm com insônia, sendo que muitos são diagnosticados com depressão e desordens de ansiedade. O The Wall Street Journal (5 Março 2013) com o título “Office Stress: His versus Hers”, mostrou que uma pesquisa com 1.501 adultos empregados, 54% deles disseram que recebem salários inferiores às suas contribuições profissionais, e 61% disseram que seu trabalho não oferece adequadas oportunidades para crescimento.

            Pesquisa chocante do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), mostrou que um em cada cinco estudantes entre 14 e 17 anos de idade apresenta TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. (The New York Times, 01 Abril 2013). E um estudo com residentes da cidade de Nova Iorque revelou que uma em cada cinco crianças entre 6 e 12 anos de idade têm sido diagnosticada com TDAH, depressão ou desordem bipolar. (New York Post, 25 Março 2013).

            Estudos têm verificado que o estresse favorece o surgimento de doenças sérias e que o estresse crônico tem um papel forte na progressão do câncer. (www.telegraph.co.uk, 15 de março de 2013). A doença do coração, que mata uma em cada quatro pessoas, também tem um componente forte de estresse na sua causa.

            Cerca de 11% de todos os norte-americanos na idade de 12 anos ou mais estão tomando medicamentos antidepressivos tais como fluoxetina, sertralina, paroxetina, etc. que são drogas sintéticas de resultados controversos. E segundo o CDC dos EUA (outubro de 2011, n.76) 23% de todas as mulheres norte-americanas nos seus 40 a 50 anos de idade, quase uma em cada quatro, toma antidepressivos.

            Fora isso, 6,4 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos de idade diagnosticadas com TDAH tomam Ritalina ou similares. (The New York Times, 1º de abril de 2013). Perto de 28% dos adultos norte-americanos têm problemas com bebida alcoólica, mais do que 90 milhões de pessoas hoje. Em 2011 cerca de 22 milhões usavam drogas ilegais como maconha, cocaína, heroína, alucinógenos e inalantes. (CNN, 8Set2011). Tudo em nome de sair do estresse.

            O que está acontecendo em nosso planeta? Porque a ciência médica não consegue reduzir nosso estresse? Por que com tanta informação não conseguimos felicidade? Por que tanta tragédia, violência, estresse, corrupção, miséria e morte?

            Nos anos 50 quando a sociedade era bem menos violenta, com menos competição perversa, melhor união familiar, as coisas funcionavam melhor, o estresse era menor. Práticas que podem reduzir o estresse de maneira importante incluem: vida no campo, menos acúmulo de bens e coisas desnecessárias, alimento natural, compartilhar em vez de competir, dividir com quem não tem em vez de poupar de forma egoísta, aprender a perdoar ao invés de agredir, desenvolver o sentido e significado espiritual para a vida.

            Você pode fazer isso. Pode escolher isso. E lembre-se: sua vida hoje depende das escolhas que você fez ontem. Sua vida amanhã depende das escolhas que você faz hoje. Escolha cuidadosamente o que você faz com sua vida hoje. Cuidado com o modelo e conceito mundano ou pós-moderno de felicidade, porque eles têm muita falsidade.

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Cesar Vasconcellos de Souza – doutorcesar.com.br 

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