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Mais um crime ambiental se delineia em Friburgo

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Da mesma maneira que o condomínio Eduardo Guinle, autorizado pela prefeitura, durante o governo de Rogério Cabral, foi um crime, mais um atentado se perpetra contra a já sofrida cidade de Nova Friburgo.

Da mesma maneira que o condomínio Eduardo Guinle, autorizado pela prefeitura, durante o governo de Rogério Cabral, foi um crime, mais um atentado se perpetra contra a já sofrida cidade de Nova Friburgo. De acordo com reportagem de A VOZ DA SERRA, publicada na edição do último dia 20, “a responsável pela licença ambiental que poderá permitir a derrubada de 12.560 metros quadrados de Mata Atlântica para a construção de um condomínio entre os bairros Tingly e Suíço, no centro de Nova Friburgo, a Superintendência Rio Dois Rios do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que a solicitação de autorização para supressão de vegetação nativa do bioma em questão ainda está em análise”.

De acordo ainda com a reportagem, “a prefeitura também já recebeu pedido de licenciamento da obra, que só depende agora da licença ambiental do Inea, entre outras condicionantes técnicas, para ser iniciada”. Creio que não haveria a mínima necessidade de estudos ambientais e de permissões, devendo tal pedido já ter sido cassado no nascedouro. Em princípio, a Mata Atlântica, deveria ser preservada, justamente ela que desde o descobrimento do Brasil vem encolhendo a olhos vistos. Um exemplo vivo da sua destruição é o desaparecimento da fruta Cambucá (Plínia Edulis), cujos únicos exemplares se encontram no parque municipal do Cambucá, em Cantagalo. Aliás, desde 2003 que ela foi transformada em árvore símbolo do município. A título de informação essa fruta é da família da jabuticaba, só que de coloração amarelada.

Mas, a ganância de empreiteiros e governantes não tem limites, principalmente num estado como o nosso, onde o vil metal tem uma importância decisiva. No caso do Cônego, é sabido que a fonte de abastecimento de água do bairro é pequena e, que o crescimento desenfreado de condomínios, vai levar nos próximos cinco anos a uma falta de água importante. Ainda mais ser sabido que uma parte dessa água foi desviada para o Alto de Olaria, durante o segundo governo Paulo Azevedo.

O Eduardo Guinle terá, quando pronto, 50 casas de três a quatro quartos, ou seja, em torno de 200 moradores. A preservação de vegetação nativa, obrigatória e fiscalizada pelo Inea, foi uma piada, porém recebeu o aval daquele importante órgão estadual. O mesmo que concedeu a licença para o crematório de lixo hospitalar, no Córrego Dantas. Foi o Ibama que embargou aquela transgressão, e a ordem veio de Brasília, não da sucursal do estado.

Acontece que com a degradação da cidade do Rio de Janeiro e de Niterói, muitas famílias estão descobrindo as delícias climáticas e gastronômicas de Friburgo, além da sua aparente tranquilidade se comparadas com aquelas duas cidades citadas. Daí a necessidade de se expandir o setor de moradias, sem nenhum estudo sério de impacto do meio ambiente e da dinâmica da mobilidade urbana. Em função do crescimento populacional dos bairros Cascatinha e Cônego, os engarrafamentos na Avenida Conselheiro Julius Arp, em direção ao Paissandu são frequentes e a qualquer hora do dia. O trânsito na Avenida Alberto Braune e nas avenidas que margeiam o Rio Bengalas, está sempre complicado. Imaginem um condomínio de 12.600 metros quadrados, em pleno centro da cidade, e com ruas estreitas para se chegar à Praça Getúlio Vargas. O que será da rede de água e esgoto já tão combalida naquela região, o que provoca constantes alagamentos nas ruas que desembocam nessa mesma praça?

Creio que está na hora de se pensar em sair do já tão populoso centro e adjacências e expandir a cidade para os arredores da estrada Teresópolis-Friburgo, ou criar vias alternativas de escoamento do trânsito. Do jeito que as coisas estão caminhando, a qualidade de vida do friburguense vai piorar cada vez mais.

Salvemos a Mata Atlântica, não a mais um condomínio no centro da cidade para degradar ainda mais aquela região.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Parabéns, comandante!

terça-feira, 22 de junho de 2021

Parabéns, comandante!

Hoje, 22, o dia no Sanatório Naval de Nova Friburgo contará com algo a mais que não seja somente suas atividades normais e corriqueiras.

Isso, por que o seu comandante e diretor, o médico de fragata, dr. Marcos Florípes (foto) está aniversariando e por isso também, esta coluna embarcada na satisfação de colegas do SNNF, assim como amigos e familiares, apresenta a ele cumprimentos com votos de muitas felicidades, sucessos e grandes realizações.

Com idade nova

Parabéns, comandante!

Hoje, 22, o dia no Sanatório Naval de Nova Friburgo contará com algo a mais que não seja somente suas atividades normais e corriqueiras.

Isso, por que o seu comandante e diretor, o médico de fragata, dr. Marcos Florípes (foto) está aniversariando e por isso também, esta coluna embarcada na satisfação de colegas do SNNF, assim como amigos e familiares, apresenta a ele cumprimentos com votos de muitas felicidades, sucessos e grandes realizações.

Com idade nova

Ontem. 21, quem passou o dia recebendo abraços e manifestações de apreços com cumprimentos por completar 60 anos, foi o conhecido Odeir Louvise da Cruz (foto), carinhosamente chamado pelos amigos de Sapo, que inclusive costuma dar show em clubes e casas noturnas com sua participação no grupo musical Os Kakarecos.

Por esta alegre razão, nossos renovados cumprimentos ao querido Odeir com votos de mais e mais felicidades e sucessos.

Verdade lastimável

Na televisão tem sido veiculada mensagem solidária do Sesi,  da iniciativa “Cidadania contra a Fome” sobre as adversidades enfrentadas por muitas familiares, destacando que só no Estado do Rio 2,6 milhões de pessoas vivem com inacreditável por mês.

Infelizmente esta é mesmo uma realidade e só aqui em Nova Friburgo, segundo a Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Políticas Pública para a Juventude, existem 6.968 que possuem renda per capta de R$ 0 a R$ 89, o que as coloca em extrema pobreza.

Bodas de amor com zinco

Como nunca é demais cumprimentar pessoas maravilhosas que fazem a diferença para a vida de familiares e muita gente, com base no exemplo de amor e carinho, enviamos renovados cumprimentos ao estimadíssimo casal Sebastião Donato Thurler e Maria Daudt Thurler (foto).

Isso porque na última quinta-feira, 17, este casal e verdadeiramente admirável chegou a feliz marca de 71 anos de união, portanto, Bodas de Zinco. Parabéns ao casal!

Aniversário completado

No  último sábado, 19, o simpático empresário Carloman Boechat - na foto com seu grande amigo e querido vizinho Martinho da Vila, comemorou com familiares em sua bela propriedade na estrada de acesso a Duas Barras, mais um aniversário natalício.

Nos juntando a sua esposa Marilda, filhos, demais familiares e muitos amigos, enviamos congratulações especiais ao super Carloman pela mudança de idade.

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Comunicar a alegria do amor na família

terça-feira, 22 de junho de 2021

Comemoramos em 2021, o Ano da Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Publicada em 2016, esta rica palavra do nosso iluminado Papa Francisco ecoa nos campos da Igreja. Nela, ele trata da alegria do Amor na Família e o seu texto é a conclusão de uma longa jornada de reflexão com os bispos durante dois sínodos: em 2014 e 2015.

Comemoramos em 2021, o Ano da Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Publicada em 2016, esta rica palavra do nosso iluminado Papa Francisco ecoa nos campos da Igreja. Nela, ele trata da alegria do Amor na Família e o seu texto é a conclusão de uma longa jornada de reflexão com os bispos durante dois sínodos: em 2014 e 2015.

Com uma introdução e nove capítulos, o papa trata do tema em 325 números, com uma abertura inspirada na Sagrada Escritura, considerando a partir daí a situação atual das famílias, lembrando, a seguir, alguns elementos essenciais da doutrina da Igreja sobre o matrimônio e a família, dedicando depois dois capítulos ao amor. Destaca, em seguida, alguns caminhos pastorais que nos levam à construção familiar sólida e fecunda, conforme o plano de Deus, com um capítulo especial para a educação dos filhos. Faz, então, "um convite à misericórdia e ao discernimento pastoral perante situações que não correspondem plenamente ao que o Senhor nos propõe". No final, traça breves linhas de espiritualidade familiar, concluindo a exortação com uma oração à Sagrada Família.

Todas as famílias, sem exceção, são oportunidades e não problemas, afirma o papa (nº 7). Falar da família é falar de uma boa notícia (nº 1). Insiste na sua beleza, missão e valor, inclusive a incompleta (n.n. 296-300). Reafirma a ideia central de que a família é o lugar de realização e de amor, mesmo tendo falhas e limitações. Crê que ela é espaço de felicidade sempre e encoraja a todos a apreciar os dons do matrimônio e da família, a uma convivência familiar. Reflete sobre a dignidade do casal (homem e mulher) e da família na Sagrada Escritura, a união conjugal que os leva a "tornar-se uma só carne", quando se tornam "mestres da fé para seus filhos", devendo educá-los, destacando-se nas famílias a virtude da ternura, nestes "tempos de relações frenéticas e superficiais" (n.28). Estas são as temáticas do primeiro capítulo (nn.8-30).

Num segundo capítulo (nn. 31-57), é apresentado o quadro atual da família e seus desafios, as luzes e sombras da instituição familiar. Por um lado, mais liberdade e distribuição das tarefas em casa, com uma comunicação pessoal valorizada. Por outro, os elementos que desagregam e destroem: individualismo, pressa e estresse, desvalorização do matrimônio, a cultura do provisório, a afetividade sem limite, o enfraquecimento da fé e da prática religiosa. Manifesta grande preocupação para com as questões delicadas como o abuso sexual de crianças, as migrações, a miséria e a exclusão, as pessoas com deficiências e os idosos. Ressalta também os desafios como a violência, a desconstrução jurídica da família, a negação da diferença e da reciprocidade natural entre homem e mulher, o desemprego.

Há uma profunda reflexão no terceiro capítulo sobre os ensinamentos de Jesus e da Igreja sobre a família, o valor do matrimônio (nn .61-75). O Papa Francisco fala da presença divina, as "sementes do verbo", nas situações de imperfeição. E "o olhar de Cristo, cuja luz ilumina cada homem" (Jo 1,9; Gaudium et Spes n. 22) que "inspira o cuidado pastoral da Igreja pelos fiéis que simplesmente convivem ou que só contraíram o casamento civil, ou então que são divorciados recasados.

Na perspectiva da pedagogia divina, a Igreja dirige-se com amor a quantos participam da vida dela de modo imperfeito: invoca com eles a graça da conversão, encoraja-os a realizar o bem, a cuidar com amor um do outro e a pôr-se a serviço da comunidade na qual vivem e trabalham..." (n. 78). E relembra aos pastores: "Diante de situações difíceis e de famílias feridas, é necessário recordar sempre um princípio geral: 'Saibam os pastores que, por amor à verdade, estão obrigados a discernir bem as situações' (Familiaris Consortio n. 84). O grau de responsabilidade não é igual em todos os casos e podem existir fatores que limitam a capacidade de decisão. Por isso, enquanto se deve expressar claramente a doutrina, é preciso evitar juízos que não levam em consideração a complexidade das diversas situações, e é necessário prestar atenção ao modo como as pessoas vivem e sofrem por causa da sua condição"(n.79).

Este e outros temas importantes são abordados na exortação do Papa que continuaremos apresentando nos próximos artigos.

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é chanceler da Diocese e assessor eclesiástico diocesano da Pastoral Familiar. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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AVS é uma viagem no tempo - passado, presente e futuro!

segunda-feira, 21 de junho de 2021

O Caderno Z é sempre um banho de emoções para a nossa alma. Como diz o ditado, para bom entendedor meia palavra bastaria para entendermos a imigração japonesa. Entretanto, um caderno inteiro de narrativas é algo assim extraordinário. Não é sem razão que Nova Friburgo recebeu de braços abertos a chegada dos japoneses. Povo amável e de cultura incomparável, o Japão se faz presente no desenvolvimento de nosso município, em vários setores, além da agricultura. Assim como semearam as cerejeiras, eles plantaram amor em todas as suas habilidades e modos de viver.

O Caderno Z é sempre um banho de emoções para a nossa alma. Como diz o ditado, para bom entendedor meia palavra bastaria para entendermos a imigração japonesa. Entretanto, um caderno inteiro de narrativas é algo assim extraordinário. Não é sem razão que Nova Friburgo recebeu de braços abertos a chegada dos japoneses. Povo amável e de cultura incomparável, o Japão se faz presente no desenvolvimento de nosso município, em vários setores, além da agricultura. Assim como semearam as cerejeiras, eles plantaram amor em todas as suas habilidades e modos de viver.

Basta uma leitura no texto “A história de meu pai (uma pequena parte dela...)” em que Guilherme Kato faz uma bela homenagem ao seu pai, e a emoção nos salta aos olhos. Não fui aluna do professor Hideo Kato, mas ele foi o primeiro ídolo de meu irmão, que teve a chance de tê-lo como “mestre” na Usabra. Eu garanto que essa narrativa mexeu com as emoções de muita gente. Que belo exemplo de força de vontade. De vendedor de caquis, o professor Kato é agora o próprio “vendedor de sonhos”, pois nos inspira motivação e a busca pelo melhor de nosso âmago. Parabéns aos seus filhos por perpetuarem uma história tão empolgante e verdadeira. É como se brotasse no coração da gente um espelho para a contemplação de novos ideais.

Tamanha emoção trouxe a indústria cinematográfica japonesa que eu não me contive nas lembranças do herói National Kid que povoou o mundo sobrenatural da minha infância. Há um quê de cerejeiras no Caderno Z e Wanderson Nogueira nos inspira: “A flor da cerejeira nos dá como lição algo que carregamos, desapercebidamente, dentro de nós mesmos: é preciso  aproveitar cada momento. O tempo escapa velozmente, e se apenas passamos pelas horas como os ponteiros de um relógio, sequer, experimentamos as estações...”. Cada estação tem seus ensinamentos!

Das cerejeiras passamos para as cerejas do bolo histórico de Nova Friburgo. Conforme diz Girlan Guilland, nossa cidade tem datas relevantes que merecem celebrações o ano inteiro. Só na presente edição do jornal, dois destaques importantes. A Associação Comercial Industrial e Agrícola de Nova Friburgo festeja os 90 anos de sua sede, na Avenida Alberto Braune. Para bons ouvintes, as paredes falam sim. Por si só, elas registram a história que passa diante de sua bela e conservada arquitetura e, da mesma forma, abriga a memória da relevante atuação da Acianf na cidade. Parabéns!

Outro marco importante é a celebração dos 100 anos da Sociedade Esportiva Friburguense, o clube de história imponente, fundado em 18 de junho de 1921. Com trajeto glorioso a partir de sua criação como Sociedade Alemã de Escola e Culto, a nossa SEF chega ao centenário trazendo, em seu legado, muito da cultura alemã e do empenho de abnegadas diretorias e sócios de todos os tempos. Gerações e mais gerações desfrutaram de suas atividades, no esporte e lazer, dos tradicionais bailes da Musa dos Jogos Florais, das domingueiras dançantes na década de 70 e muito mais. Reconhecido de utilidade pública em setembro de 79, o clube está firme, forte e atuante. Salve!

Enquanto ficamos no aguardo do desenrolar da notícia da derrubada de  12.560 metros de área de Mata Atlântica para a construção de condomínio entre os bairros Tingly e Suíço, vamos nos alarmando com as variantes do coronavírus. A infectologista Patricia Hottz alertou sobre a importância da vacinação, ressaltando que “não importa a vacina”, pois todas são eficazes para a sonhada “imunização de rebanho”. O perigo e os cuidados continuam e já somamos mais de 650 mortes no município. Que desolação!

E o inverno, oficialmente, chega colocando as manguinhas de fora. Cerejeiras em exuberância, céu azul intenso, chocolate quente, sopas saborosas e massas são algumas delícias da estação. A elegância se sobressai com botas, casacos, luvas, cachecóis e tudo o mais que se tiver direito. Mesmo havendo dias muito frios ainda pela frente, para mim, o pior já passou, pois o inverno é prenúncio de primavera!

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Era uma vez

segunda-feira, 21 de junho de 2021

As oficinas literárias suscitam questões a serem pesquisadas e refletidas.
Nosso grupo se propôs a escrever contos infantis e houve, antes do encontro,
troca de textos para leitura crítica e apresentação de sugestões entre os
participantes. Recebi um que tratava da expressão “era uma vez”. Entrei em
contato com Marisa Maia, escritora e contadora de histórias da região serrana
de Nova Friburgo e recebi um presente: a aula de uma mestra.
“Era uma vez”, expressão tradicional, usada desde o século XIV, é

As oficinas literárias suscitam questões a serem pesquisadas e refletidas.
Nosso grupo se propôs a escrever contos infantis e houve, antes do encontro,
troca de textos para leitura crítica e apresentação de sugestões entre os
participantes. Recebi um que tratava da expressão “era uma vez”. Entrei em
contato com Marisa Maia, escritora e contadora de histórias da região serrana
de Nova Friburgo e recebi um presente: a aula de uma mestra.
“Era uma vez”, expressão tradicional, usada desde o século XIV, é
utilizada em diferentes países atualmente; é universal. Pode ser entendida
como um código estabelecido para o leitor ou o ouvinte entrar no mundo
imaginário das histórias, contadas através de narrativas orais e escritas. É
como se fosse um convite a uma visita a um outro lugar, o do faz de conta,
onde tudo pode acontecer e a fantasia tem o seu reinado. Não está localizado
na realidade concreta dentro da qual as pessoas estão inseridas.
“Era uma vez” é como se fosse um portal que separa o real do imaginário.
É uma permissão para o ouvinte fantasiar, tendo a finalidade de criar a
impressão de que ele será transposto para o mundo imaginário de uma
história.
Contar uma história no decorrer de uma conversa é bem diferente do que
narrá-la em uma situação de contação, quando um acontecimento, situado e
circunscrito em um ambiente ficcional, é relatado através de uma narrativa, em
que o contador poderá se utilizar de elementos lúdicos, teatrais e simbólicos
para melhor encantar o público.
Tal expressão pode ser equiparada a outras, como “naquele tempo” ou
“certa feita”. São importantes para que o contador e o ouvinte mudem de
postura; o ouvinte abra seus canais de absorção, e o contador prepare-se para
ser o intermediário entre a história e o ouvinte, tendo a missão de apresentar,
de modo mais encantador possível, um conto, uma lenda, um causo ou uma
fábula.

O ouvinte e o leitor precisam ter ciência de que o mundo em que eles
vivem é diferente do da história. A criança, principalmente, deve ser capaz de
diferenciar a realidade concreta da imaginária. Entretanto, os personagens das
histórias tendem a se tornar entidades significativas nos seus processos de
construção da identidade individual e de compreensão do mundo. A
desenvoltura na passagem do real ao imaginário faz parte do fazer-se pessoa,
enquanto ser de interações, realizações e convivência.
“Era uma vez” é amplamente usado e pode ser traduzido em idiomas:
Afrikaans: Eendag Lank Gelede
Alemão: Es war einmal
Espanhol: Había uma vez
Francês: Il était uma fois
Inglês: Once upon a time
Japonês: Mukashi mukashi
Norueguês: Det var en gang
Theco: Bylo nebylo

***

Aliás, meu amigo, haverá um lugar no mundo onde não se contam
histórias?
Como seriam as pessoas deste lugar?
Você gostaria de viver lá?

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Transporte Público

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Transporte Público
A crise no transporte público é muito grave e nacional. Portanto, é superficial acreditar em soluções mágicas ou em empresas gigantes para uma salvação, o que beira a ingenuidade, especialmente, no âmbito local. Como não somos uma ilha isolada do resto do mundo, exemplo fresco é a Invepar. O grupo - um dos maiores do país e que acumula dívida de R$ 2,5 bilhões - acaba de ser substituído por um consórcio árabe na operação do metrô da capital fluminense.

Transporte Público
A crise no transporte público é muito grave e nacional. Portanto, é superficial acreditar em soluções mágicas ou em empresas gigantes para uma salvação, o que beira a ingenuidade, especialmente, no âmbito local. Como não somos uma ilha isolada do resto do mundo, exemplo fresco é a Invepar. O grupo - um dos maiores do país e que acumula dívida de R$ 2,5 bilhões - acaba de ser substituído por um consórcio árabe na operação do metrô da capital fluminense.

Números pessimistas
Só para constar: o número de passageiros transportados no metrô teve redução de 53% de 2019 para 2020, reflexo da redução da circulação de pessoas por conta da pandemia. Atualmente, portanto, são 356 mil passageiros dia, quase o dobro do total da população friburguense.

Tempo ao tempo
Na capital não há monopólio de empresa de ônibus. No entanto, o preço da passagem é o mesmo e a concorrência não muda em quase nada a vida do usuário. Em 2018, antes da pandemia, só na cidade do Rio, sete empresas de ônibus encerraram suas atividades. Na pandemia, mais nove fecharam as portas, resultando em 21 mil desempregos. O futuro do transporte público de Nova Friburgo será case de sucesso ou de fracasso? Só o tempo dirá!       

Biometria
Ainda descendo a serra, novidades para quem for fazer ponte aérea no Santos Dumont. Nesta semana, começou a operar em fase de testes, a primeira ponte aérea biométrica do mundo entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio. A tecnologia já é utilizada em outros aeroportos, mas será a primeira ponte aérea a usá-la de ponta a ponta.

Mais rapidez
A tecnologia usa reconhecimento facial para identificação do passageiro, dispensando a apresentação do cartão de embarque e de documentos pessoais. O objetivo é tornar mais eficiente, ágil e seguro o processo de embarque nos aeroportos. No check-in, passageiros terão a foto e os dados validados com as bases governamentais. Depois, o reconhecimento facial será usado para acesso do passageiro à sala de embarque. Por último, no portão, os passageiros passarão pelo último ponto de controle biométrico para o embarque na aeronave.

Caminho difícil
O Friburguense não teve muita sorte no sorteio que definiu seus caminhos de volta a uma competição nacional. O Tricolor da Serra só estreia na segunda fase da Copa Rio, competição mata-mata estadual que dá vaga na Copa do Brasil e Série D do Brasileiro. Pelo sorteio, o primeiro adversário do Frizão será o vencedor entre América e 7 de Abril.

Azar no sorteio
Caso se classifique para as quartas de final, o adversário será Americano ou Carapebus, cujo vencedor encara o Boavista na fase anterior. Ainda no caminho tricolor, rumo a uma eventual final estão, Bangu e Resende como favoritos. O sorteio, de fato, não favoreceu em nada o Friburguense que terá os confrontos mais tradicionais ao longo da sua jornada.  

Jogo sem público
Pela primeira vez na zona de classificação (vice-líder), o Friburguense recebe amanhã, 19, o Duque de Caxias, pela penúltima rodada do 1º turno. Isso mesmo, penúltima rodada. Competição curta é assim. Por conta da pandemia, o jogo será sem público. Caso vença, a classificação ficará muito próxima para as semifinais. O adversário, ainda que na penúltima colocação com três pontos, ainda não perdeu. Acumula três empates.

Classificação antecipada
Uma classificação antecipada pode ser garantida já nesta rodada. Para tanto, o Friburguense além de vencer tem que torcer para que o Americano não vença o Artsul, fora de casa e a Cabofriense não vença o Gonçalense, também fora de casa. Na última rodada, o Friburguense recebe o Artsul. Com esses resultados, ambas equipes decidiriam apenas o time que termina em primeiro no grupo.

Vantagem de empate nas semi
Terminar em primeiro no grupo dá vantagem enorme nas semifinais, disputada em jogo único: direito ao mando de campo e vantagem do empate. Essa decisão, no entanto, fica mesmo para a última rodada em confronto direto. Por isso, o melhor cenário para o Frizão é vencer o Duque de Caxias e torcer para que Artsul e Americano empatem. Assim, o Friburguense jogaria por empate na última rodada para garantir o primeiro lugar do grupo. 

Concurso de curtas
Foram prorrogadas, até o próximo dia 30, as inscrições para o “Concurso de Curtas” promovido pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Dois Rios. O tema das produções deve ter como principal roteiro “Os recursos hídricos e a sociedade”. Qualquer pessoa física ou jurídica pode se inscrever, gratuitamente.

Prêmios para os três primeiros
A data de divulgação dos vencedores foi adiada para 27 de julho. A premiação será do primeiro ao terceiro lugar: 1º) smartphone; 2º) notebook; 3º) tablet. A documentação e a produção deverão ser enviadas via Correios ou entregue em envelope fechado e identificado na sede do Comitê Rio Dois Rios, na Avenida Julius Arp, 85, no Paissandu.

Palavreando
“Somos sementes nascidas das mesmas raízes. Florescemos pelos mesmos propósitos. Ou entendemos isso ou não compreenderemos a nossa responsabilidade para com o mundo”. Confira o texto completo neste fim de semana no Caderno Z.

 

Foto da galeria
Lançada recentemente, é um sucesso a composição do sertanejo friburguense, João Noronha, “Nocaute Certo”. O clipe, gravado ao vivo no Haras Beija-Flor, em Conquista, está no YouTube, no canal do cantor. A música e outras de João Noronha estão também disponíveis nas plataformas musicais de streeming.
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Jardim

sexta-feira, 18 de junho de 2021

A grama do vizinho é realmente mais verde que a nossa? Por que tanta gente acha que os sonhos realizados pelo outro são mais fáceis de serem alcançados? Que na casa dos outros não tem bagunça, que o casal lindo que vemos pelas fotos das redes sociais não tem desafios constantes, contas a pagar? De onde o ser humano tira a ideia de que o melhor está lá e não aqui?

A grama do vizinho é realmente mais verde que a nossa? Por que tanta gente acha que os sonhos realizados pelo outro são mais fáceis de serem alcançados? Que na casa dos outros não tem bagunça, que o casal lindo que vemos pelas fotos das redes sociais não tem desafios constantes, contas a pagar? De onde o ser humano tira a ideia de que o melhor está lá e não aqui?

Acho que falta gratidão no mundo. Percebo uma zona cinzenta em que um contingente incontável de seres habitam. O dia de hoje está aquém do que deveria estar, e ao mesmo tempo, quando a coisa piora, se percebe que aquele dia estava na verdade muito bom.

Uma comparação constante e massiva com o colega do lado. Uma observação para o que acontece do lado de fora que cega as pessoas para o lado de dentro de seus lares e seus corações. Dá medo. Eu não quero sentir isso e desejo fortemente que não sintam isso em relação a mim.

Muita gente já não se contenta mais em ter saúde e paz. Faltam as fotos maravilhosas de viagens, o príncipe encantado, o melhor emprego, a casa mais frondosa. A vitrine das redes sociais, a meu ver, tem sido um portal para essa ilusão de que a vida do outro é mais feliz que a nossa. Prosperar é lindo. Amar e ser amado é uma dádiva. A realização profissional é uma alegria. Viajar é uma maravilha. O esquisito é o grau de comparação muitas vezes doentio que mingua algumas pessoas. 

Falta gratidão. Só pode ser. A partir do momento em que uma pessoa agradece por tudo o que é, pelo que faz e pelo que possui, a coisa muda de figura. Na verdade, a grama do outro passa a não ter tanta importância. Quando somos gratos pelas oportunidades que temos, pela vida que nos é dada, pela proteção diária, pelas pessoas que nos cercam, conseguimos olhar para o outro com admiração e alegria por suas conquistas. Não com inveja. Não com cobiça.

Se é para olharmos para o outro lado do muro, que seja então para observarmos o tanto de esforço aquele "vizinho" emprega em prol de suas conquistas. E então, nos esforçarmos também. Empenho precede o resultado. Grandes conquistas decorrem de emprego de energia, preparação, renúncias, investimento de tempo etc etc etc. Salvo se a grama do vizinho for sintética, ela requer plantio e cuidados. E ainda que seja sintética, requer possibilidade de compra, que demanda trabalho, dinheiro, prioridade e por aí vai. Não é de graça. Não é à toa. Não somos um amontoado de seres aleatórios em que coisas boas acontecem arbitrariamente para os outros e as ruins, para mim.   

Somos resultado do que fazemos para mudar, para melhorar, para aprimorar. São mesmo dias de luta e dias de glórias. É a vida.

Se o vizinho tem um relacionamento saudável e feliz, o que ele fez por merecer? Felicidade no amor não é para qualquer um. Tem que merecer, deve se dedicar, jogar energia boa para o universo, respeitar as pessoas, ser sincero, acolher o lado bom das pessoas. Não dá para ser um caçador de defeitos, andar com uma lupa para o negativo e encontrar pessoas maravilhosas com quem conviver. Somos todos imperfeitos. Todos. A grama alheia também pode ser. Não se pode julgar pela aparência.

Em tempos de terreno ermo, barreado, cheio de lama, a gente desanima. Mas aí é que temos que buscar aquela força que todos temos e poucos sabemos. A força de dentro. A mola da possibilidade de superação e realização.

Falar é fácil, exercer essa ideia é mais difícil. Eu sei. Mas não subestimo nossa capacidade de decidir e perseguir o objetivo. O que eu quero? Ser grata em qualquer circunstância. Amar meu próprio jardim, mesmo quando as ervas daninhas insistirem em castigá-lo. E desejar que o jardim do outro tão garboso quanto eu quero que seja o meu.

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Glossário de Investimentos III - COE

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Sempre falo da importância em diversificar sua carteira de investimentos e como a alocação em diferentes ativos podem promover mais segurança e consistência de rentabilidade. Para complementar essa ideia, hoje vou explicar como um único produto pode possibilitar todas essas características num único investimento: o Certificado de Operações Estruturadas (COE).

Sempre falo da importância em diversificar sua carteira de investimentos e como a alocação em diferentes ativos podem promover mais segurança e consistência de rentabilidade. Para complementar essa ideia, hoje vou explicar como um único produto pode possibilitar todas essas características num único investimento: o Certificado de Operações Estruturadas (COE).

Na prática, os COEs são produtos capazes de unir investimentos de renda fixa e variável num único ativo. O objetivo? Promover boa rentabilidade com riscos calculados dentro dos parâmetros da estrutura em questão. Outra forte característica dos COEs é a liquidez: estes ativos têm prazo predefinido e podem ser bastante variáveis, desde pequenos períodos – três meses, por exemplo – até prazos mais longos – seis anos, também como exemplo. Por se tratar de um produto amplo, as possibilidades de estruturação são muitas e abrangem diferentes perfis de investidor; desde os mais conservadores que buscam estruturas simples e com razoável rentabilidade, até os arrojados com apetite à risco que buscam estruturas mais complexas.

Os certificados de operações estruturadas ainda são produtos relativamente novos no mercado financeiro brasileiro e começaram a ser ofertados publicamente apenas a partir de 2015. Antes, estas estruturas ficavam restritas a investidores de alta renda e não havia nenhum tipo de publicidade envolvendo a venda das ofertas. Hoje, esta modalidade já está mais difundida e por ser regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apenas precisa seguir determinadas normas para manter a padronização durante a distribuição. Dentre as normas, o principal ponto para você se atentar, como investidor, é acerca da divulgação do Documento de Informações Essenciais (DIE), documento responsável por especificar todas as características do COE. Neste material, algumas informações são indispensáveis, dentre elas: funcionamento do produto, riscos envolvidos, garantias, fluxo de pagamentos, prazo e expectativa de rentabilidade. Portanto atente-se, sempre, aos dados e informações presentes no DIE.

Após entender o que é um COE e estudar se é algo cabível dentro da sua estratégia de investimentos, é hora de buscar entender as relações de rentabilidade e segurança do ativo. Aqui, falar em rentabilidade é deveras complicado, pois como já vimos esta modalidade é bastante flexível e pode abordar diversas estratégias mais ou menos rentáveis ao longo do período predefinido. Contudo, todo COE – da DIE – explana diferentes cenários (geralmente três) e suas respectivas possibilidades de retorno.

Analisados os possíveis cenários de ganhos, é hora de entender a segurança do produto e este é um ponto que divide os COEs em dois diferentes grupos: COE de Valor Nominal Protegido e COE de Valor Nominal em Risco. A primeira possibilidade é bastante atrativa para investidores mais conservadores, pois garante a segurança do capital investido e no pior dos cenários você resgata o seu investimento inicial. A segunda possibilidade, por sua vez, costuma compensar o risco do capital investido inicialmente com maior expectativa de ganhos, mas como não há a garantia do seu investimento esta acaba sendo opção para investidores mais arrojados e experientes.

Estes são os Certificados de Operações Estruturadas, produtos atrativos e cada vez mais populares no mercado financeiro. O que achou do ativo? Cabe na sua estratégia de investimentos? Conseguiu compreender a relação entre segurança e expectativa de ganhos? Estas são perguntas que só podem ser respondidas por você antes de fazer uma nova alocação em sua carteira. Portando, reflita e estude!

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Padarias de Nova Friburgo suspendem a venda de pães às segundas-feiras

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Edição de 19 e 20 de junho de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim 

Manchetes:

Edição de 19 e 20 de junho de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim 

Manchetes:

  • Padarias fechadas às segunhdas-feiras - Deprezando o alvitre de rodizio semanal: Os proprietários das padarias de Friburgo, resolveram suspender o fabrico e a comercialização de pães às segundas-feiras, prejudicando assim os legítimos interesses da população que fica privada da sua alimentação básica no início da semana. Achamos mais que justo que haja folga para os proprietários de padarias e para os padeiros. Não compreendemos o porquê de não haver escalação para a mesma folga, de modo a que os vários bairros pudessem ser abastecidos.
  • Estagiários da Adesc visitam a Fábrica de Rendas Arp: Cumprindo programa de visitas a indústrias locais, estagiarios do 1º Ciclo de Estudos Sobre Segurança e Desenvolvimento Nacional visitaram a mais antiga indústria da cidade, a Fábrica de Rendas Arp que festejou seu 60º aniversário neste 11 de junho de 1971. Recebido pelo diretor técnico da empresa, dr. Richard Ihns e outros membros de administração, os estagiários conheceram de perto a pujança daquela indústria tanto no campo de produção como na assistência social aos empregados.
  • MDB Regional convoca reunião: O MDB do nosso Estado vai convocar deputados, prefeitos e vice-prefeitos de sua legenda, bem como os presidentes de diretórios municipais para uma reunião que vai discutir a nova Lei Orgânica dos partidos políticos. O presidente do emebismo de Friburgo, o industrial Álvaro de Almeida, preparou substancial tese de conteúdo político - administrativo, que pode despertar, inclusive, a atenção do partido governista.
  • Deputado operante: O deputado Waldir Costa está atuando de forma impressionante na Assembleia Legislativa do Estado do Rio, dando os mais positivos ''recados'' do povo ao governo. Não só na tribuna, como nas comissões, o delegado do povo friburguense agita problemas, propõe soluções, critica o mal feito, assim como até elogia, sempre que algo de útil e de positivo para as comunidades venham à baila.  Somente os que bem acompanham os trabalhos legislativos da Casa do Povo estão podendo avaliar o trabalho do “Bisturi de Ouro''.
  • Faculdade de Odontologia: No próximo dia 27 de junho de 1971 acontece a aula inaugural da Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo que será ministrada pelo ilustrado professor Amaury Pereira Muniz, atual presidente da Fundação Educacional. - Em 1º de julho, o início das atividades gerais, com o funcionamento normal do curso.

Pílulas:

  • Ao celebrar 60 anos, a Fábrica de Rendas Arp figura como legítimo baluarte no sentido do desenvolvimento de Friburgo, a indústria pioneira  de nossa terra para aqui foi trazida pelo extraordinário homem de empresa, o conselheiro Julius Arp, merecedor das maiores homenagens dos friburguenses e que é nome de importante logradouro, justamente no qual está sediada a grande fábrica.
  • Um nome, porém, refulge para a posterioridade quando se fala na direção da ''Rendas Arp”,  Richard Hugo Otto Ihns, exemplo de operosidade, modelo de correção, administrador de ''pulso de ferro'' comandando dentro do espírito da época, mas dando sucessivos exemplos de justiça. A ele, é devida a maior parcela de sucessos da empresa que, por sua morte foi entregue ao seu primogênito, cujo amor ao trabalho foi alicerçado na oficina aprimorada por seu pai.
  • O presidente do M.D.B friburguense, industrial Álvaro de Almeida tem pronta importante tese que apresentará ao diretório regional no dia 5 de julho, ocasião em que debaterá o momentoso assunto de Lei de Organização Partidária. Uma série de considerações antecederá as sugestões do ex-deputado friburguense que vai assim, contribuir com um substancioso trabalho e direção da matéria que se acha no Congresso Nacional.

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra aniversários de: Symaco da Costa (20); dr. George Henze (21); Kátia, Yonára Pinheiro Ferreira e Werther (22); Silvio Alberto Spinelli, Ítalo Sérgio Spinelli e professor Friedrick Schulupp (23); João Batista Yaggi e Beatriz Fernandes Ferreira (24); dr. Márcio Gonçalves Pereira (25); Dr. Gilberto Souza e Maria Lúcia (26).

 

 

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Lições da flor de cerejeira

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Contam que a flor de cerejeira nasceu de uma princesa que despencou do céu. Até hoje é apreciada, ainda que sua aparição dure pouquíssimos dias. Por existir por tão pouco tempo, é preciso olhar atento para não desperdiçar a chance de testemunhar tamanha beleza.

Nós, seres humanos, somos como a flor de cerejeira: frágeis, efêmeros, de inúmeras espécies diferentes, mas todas de natureza bela. Duramos muito menos do que gostaríamos, por isso deveríamos ter olhar sensível para os demais e para com nós mesmos. Apreciarmos de forma mais apurada a nossa essência. 

Contam que a flor de cerejeira nasceu de uma princesa que despencou do céu. Até hoje é apreciada, ainda que sua aparição dure pouquíssimos dias. Por existir por tão pouco tempo, é preciso olhar atento para não desperdiçar a chance de testemunhar tamanha beleza.

Nós, seres humanos, somos como a flor de cerejeira: frágeis, efêmeros, de inúmeras espécies diferentes, mas todas de natureza bela. Duramos muito menos do que gostaríamos, por isso deveríamos ter olhar sensível para os demais e para com nós mesmos. Apreciarmos de forma mais apurada a nossa essência. 

Somos pequenos milagres e todo milagre merece ser testemunhado ao ponto de ser compartilhado para o eterno. Não há outra maneira de experimentar a eternidade, a não ser, tendo a sua biografia estendida para além de sua própria existência.

A flor de cerejeira nos dá como lição algo que carregamos, desapercebidamente, dentro de nós mesmos: é preciso aproveitar ao máximo cada momento. O tempo escapa velozmente, e, se apenas passamos pelas horas como os ponteiros de um relógio, sequer experimentamos as estações. 

Nesse sentido, somos privilegiados, uma vez que a Sakura apenas floresce entre uma estação e outra, enquanto nós podemos florescer entre e em todas as estações. Ainda que o pressuposto de toda vida tenha como objetivo a felicidade, é também uma escolha recusar a oferta do destino.     

Dos samurais vem o lema: viver o presente sem medo. Os guerreiros japoneses aprenderam a praticar esse lema, observando a flora das cerejeiras. Como samurais, somos convidados a agir com o coração, para então compreender a força concedida pelo presente que é maior, mais certa e leal do que a intenção do futuro. Assim, menos ébrios pelo ego e pelos receios que nos plantam, podemos nos presentear com maior determinação em cumprir o desejo do universo: estamos aqui para muito mais do que só sobreviver.             

Podemos, então, nos comparar às flores de cerejeira. Somos como elas, passageiros. Carregamos, como elas, os elementos que constroem o amor, a renovação e a esperança. Somos prometidos a espalhar beleza, quiçá, encantamento. No entanto, uma flor solitária não causa o efeito que milhares provocam. Somos sementes nascidas das mesmas raízes. Florescemos pelos mesmos propósitos. Ou entendemos isso ou não compreenderemos a nossa responsabilidade para com o mundo. 

Efêmeras, nossas vidas são delicadas como a da princesa que despencou do céu para originar, a igualmente delicada, flor de cerejeira. Na vivacidade de sua beleza, a flor de cerejeira nos convoca à intensidade, mas é nossa temporalidade que nos demonstra que nossa história é um instante e instantes pedem o vigor que só os intensos se permitem. 

As lições da flor de cerejeira são, no fim e ao mesmo tempo, lições que podemos ensinar a nós mesmos, pelos mais autênticos reflexos de nossos próprios espelhos. Que seja intenso o seu brilho, mas que não cegue.  

 

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(Foto: Henrique Pinheiro)
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