WhatsApp recomeça a funcionar após pane mundial

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Talvez esse problema não nos tenha afetado de maneira significativa, porque ocorreu a partir das 9h, em Paris, o que corresponde a 4h da madrugada aqui, no Brasil, em função do fuso horário entre os dois países. De acordo com o site especializado Downdetector, os problemas começaram a aparecer de manhã, na França. O grupo Meta, proprietário do Zap. pediu desculpas aos mais de dois bilhões de usuários desse site de mensagens, no mundo inteiro. Segundo ele, os problemas começaram com uma pane mundial nesta terça feira, 25, pela manhã. “Nós conseguimos sanear o problema, mas nos desculpamos pelos transtornos causados aos usuários”. Pelo menos 70 mil pessoas em todo o mundo utilizaram outros aplicativos para chamar atenção dessa falha, entre outros a própria França, Índia e Inglaterra.

Mesmo com a pane resolvida, o grupo Meta sabe que muita gente teve problemas para enviar mensagens pelo WhatsApp nesta terça-feira, declarou um porta voz da empresa californiana, daí o pedido de desculpas. Por enquanto, segundo ele, o que deu origem à pane ainda não foi esclarecido.

O Zap, que já ultrapassou os dois bilhões de usuários é um dos sites de mensagens gratuitas mais populares do mundo. Ele foi comprado pelo Facebook, em 2014, por uma soma um pouco maior de US$ 19 bilhões, a maior aquisição realizada pelo grupo de Mark Zuckerberg. No ano passado, os serviços da Meta, as redes sociais Facebook e Instagram, assim como os sites de mensagens WhatsApp e Messenger, já tinham sido vítimas de uma pane que durou mais de seis horas. Na época, o grupo de Mark Zuckerberg atribuiu esse transtorno, a mais importante jamais observada pela Downdetector, a uma alteração de configurações defeituosas dos servidores.

Portanto, quando a maioria dos usuários do Brasil, da América do Sul e dos países com fuso horário semelhante ao nosso acordou, a falha do Zap já tinha sido resolvida e jamais suspeitaram que tinha acontecido um problema sério, aponto de tirá-lo do ar. Começaram a utilizá-lo como se nada tivesse ocorrido. Aliás, isso é sinal da modernidade e aqui, nenhuma crítica, muito pelo contrário pois a existência da internet, que trouxe no seu bojo uma série de serviços, simplificaram bastante a vida das pessoas do final do século 20 e início do 21. A comunicação ficou rapidíssima, as distâncias mundiais encurtaram, resultando numa globalização fantástica. Hoje é possível uma conversa entre parentes, amigos ou empresas, na mesma hora e com imagens também simultâneas. Documentos, receitas e todo tipo de imagens podem ser enviadas em tempo real e copiadas assim que chegam ao destino.

E pensar que a comunicação começou com sinais de fumaça, pois era assim que nossos ancestrais, após a descoberta do fogo, se comunicavam à distância. Antes era preciso caminhar curtas ou longas distâncias para qualquer tipo de informação. Esse meio rudimentar de entendimento foi se aperfeiçoando, já tivemos os pombos correios, os mensageiros a cavalo, os transportes marítimos, o telégrafo, os jornais, os rádios, os telefones, o correio aéreo, as televisões, mas nada comparado aos dias de hoje. Me lembro que quando comecei a viajar para o exterior, era preciso recorrer a uma telefonista da Embratel para se falar a cobrar para o Brasil. Hoje, já na área de desembarque é possível contatar um parente ou amigo para dizer que chegamos bem, usando o WhatsApp. Por isso que quando ele sai do ar, quando estamos acordados, é um deus nos acuda, pois, para muitos, ficar sem o Zap é um pesadelo.

É preciso assinalar que a parte inicial dessa coluna foi extraída do conteúdo do jornal Le Monde, da França, edição desta terça feira, 25 de outubro. Esse periódico faz parte dos locais de pesquisa que utilizo para escrever meus artigos. 

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