Meu aniversário comemorado em Bonito

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Como no ano passado, fui comemorar meu aniversário, celebrado no último dia 7 de fevereiro, em Bonito, no Estado de Mato Grosso do Sul. Distante da capital, Campo Grande, cerca de 297,5 quilômetros e três horas e meia de viagem de carro, esse paraíso perdido no Centro-Oeste do Brasil merece ser visitado. Chega-se lá de carro facilmente. Saindo de Nova Friburgo são 1.714 quilômetros, o que requer uma preparação meticulosa para não  ficar muito cansado. Assim, o avião torna-se a melhor escolha com voos regulares do Rio de Janeiro direto para Bonito ou para Campo Grande, com uma parada obrigatória em São Paulo.

Como para Bonito o horário do voo era 6h30 da manhã, optei em ir para Campo Grande e lá alugar um carro. Aliás, dependendo do hotel a ser escolhido o carro é uma necessidade. O hotel que escolhi, o Cabanas, ficava a sete quilômetros da cidade o que tornava o carro indispensável. Isso porque muitos dos passeios que fizemos, tivemos de ir por conta própria, pois a nossa agência não dispunha de condução e com o vaucher na mão bastava chegar ao local, pois a maioria contém os próprios guias da atração.

Para quem gosta de natureza, o Cabanas é um excelente hotel, com  47 hectares e cercado por dois rios, o Formoso e o Formosinho. Além disso dispõe de várias atrações, que podem ser usadas por visitantes, mas para os hóspedes tem um preço diferenciado. Lá pode-se praticar arvorismo, tirolesa, bóia-cross, caiaque e flutuação. O arco e flecha e as trilhas são oferecidas aos hóspedes gratuitamente. O único problema são os macacos prego que fazem parte do local já que o hotel situa-se em uma imensa área verde.

Numa ocasião, eu estava no quarto, a porta foi aberta e uma cabecinha começou a perscrutar o ambiente. Botei-o para fora e tranquei a fechadura e não é que o sacana tentou abrir a porta de novo. Contam os funcionários que um dia, alguém esqueceu a porta do salão do café da manhã aberta e eles fizeram a festa. Porta trancada é a salvação.

Mas Bonito faz jus ao nome porque o lugar é um paraíso perdido no meio do Centro-Oeste brasileiro. É uma cidade com 22.500 habitantes, tranquila, onde se pode deixar a porta de casa aberta em pleno centro da cidade, carro com janela aberta estacionado na rua e outras comodidades impensáveis em cidades maiores em outros estados do país.

Passeios não faltam, para todos os gostos, além dos já citados têm-se várias grutas a serem visitadas, três balneários para banhos de rio com várias atividades, com restaurantes próprios e com comida variada. Aliás, o prato principal é o peixe da água doce e a carne de jacaré. Diz o ditado que se você foi a Bonito e não provou carne de crocodilo, você não foi a Bonito.

Vários são os restaurantes por lá, mas os mais badalados são o do hotel Marruá que serve um pirarucu de primeira qualidade (esse peixe não é de Bonito, onde os mais badalados são o Pacu e o Pintado), a Casa do João e o Juanita. Um lugar a ser visitado também é o Bonito Bier que serve várias cervejas artesanais, além de pizzas e outros petiscos.

Próximo à Praça da Liberdade, a principal da cidade e muito frequentada à noite, tem o Aquário Municipal, onde estão expostos todos os peixes da região. Vale a pena uma visita, principalmente quando a chuva impedir outras atividades. O comércio é bem variado para uma cidade turística por excelência, mas tem uma loja que merece ser visitada. Trata-se de Casa do Vidro, um estabelecimento que fabrica lustres artesanais, a maioria de garrafas cortadas, de todos os tamanhos. Vários estabelecimentos da cidade usam esse tipo de material para sua decoração, inclusive hotéis.

Se você tem vontade de visitar Bonito, é bom lembrar que no verão a cidade é muito quente, mas no inverno chega a fazer 4 graus à noite. Também, como a vegetação é exuberante, tem muito mosquito, portanto protetor solar e repelente são indispensáveis na bagagem, assim como roupas leves no verão.

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