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Você gasta dinheiro com o que não precisa?

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Em um mundo onde a constante pressão do consumismo nos empurra em direção a um ciclo interminável de compras, acumulação de bens materiais e gastos desnecessários, o minimalismo financeiro surge como uma lufada de ar fresco. Mas o que é o minimalismo financeiro, e como ele pode se encaixar em nossas vidas?

Em um mundo onde a constante pressão do consumismo nos empurra em direção a um ciclo interminável de compras, acumulação de bens materiais e gastos desnecessários, o minimalismo financeiro surge como uma lufada de ar fresco. Mas o que é o minimalismo financeiro, e como ele pode se encaixar em nossas vidas?

Minimalismo, em sua essência, é um movimento que busca simplificar, eliminar o excesso e focar no essencial. Ele se manifesta de várias formas, desde a organização de nossas casas até a gestão de nossos relacionamentos e até mesmo em nossa abordagem à vida financeira. Podendo se manifestar de forma mais leve até abordagens mais radicais, pode ser adaptado para atender às nossas necessidades individuais e valores pessoais.

No nível mais leve, fazemos escolhas conscientes para simplificar nossas vidas, reduzir gastos supérfluos e focar em experiências significativas. No minimalismo essencial, concentramos nossos esforços em identificar e preservar o que é verdadeiramente essencial, reduzindo o consumo e eliminando pertences materiais não essenciais. Já os minimalistas radicais adotam uma abordagem mais extrema, eliminando quase todas as formas de excesso em suas vidas.

No entanto, o minimalismo financeiro não precisa ser radical para ser eficaz e significativo. Muitos de nós relutam em adotar uma abordagem tão extrema, mas isso não significa que não possamos colher os benefícios do minimalismo financeiro de forma mais suave.

Uma das maiores lições que o minimalismo financeiro nos ensina é a consciência de consumo. Quando reduzimos o consumo impulsivo e avaliamos cuidadosamente nossas necessidades, descobrimos uma sensação de liberdade financeira que vai além da simples acumulação de bens.

Ao adotar este estilo de vida em nossa vida cotidiana, podemos nos questionar sobre a verdadeira necessidade de cada aquisição, economizar mais para nossos objetivos de longo prazo e nos livrar do peso do endividamento desnecessário. Isso nos permite direcionar nossos recursos para experiências significativas, como viagens, aprendizado ou momentos preciosos com entes queridos.

Parte de uma jornada pessoal, o minimalismo não é uma competição para ver quem pode viver com menos, mas uma busca pelo equilíbrio que funcione para nós – indivíduos singulares –, simplificando nossas finanças e vivendo uma vida mais consciente e significativa.

Portanto, que tal começar a refletir sobre como o minimalismo financeiro pode se encaixar em sua vida? À medida que nos tornamos mais conscientes de nossos hábitos de consumo e buscamos simplificar nossas finanças, podemos descobrir que a verdadeira riqueza reside não no que possuímos, mas nas escolhas que fazemos.

Numa frase atribuída ao jornalista Robert Quillen, este texto pretende terminar com uma reflexão: “Muitas pessoas gastam dinheiro que não tem para comprar coisas que não precisam para impressionar pessoas que não gostam.”

Pense nisso!

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Independência, um ato de coragem

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Aqui vem um texto que poderia muito bem ser encaixado na coluna da última semana. Afinal, o dia 7 de setembro é marcado pela Independência do Brasil e seria um ótimo gancho para o tema. Contudo, como o assunto aqui é finanças, nada melhor que trazer um objetivo que muitas pessoas almejam em suas vidas: a independência financeira.

Aqui vem um texto que poderia muito bem ser encaixado na coluna da última semana. Afinal, o dia 7 de setembro é marcado pela Independência do Brasil e seria um ótimo gancho para o tema. Contudo, como o assunto aqui é finanças, nada melhor que trazer um objetivo que muitas pessoas almejam em suas vidas: a independência financeira.

Ela representa a capacidade de sustentar seu estilo de vida desejado sem depender inteiramente de uma fonte de renda única, como um emprego. A busca pela independência financeira é impulsionada por um desejo de liberdade, segurança e a capacidade de realizar seus sonhos. Hoje exploraremos o conceito e as formas de você trabalhar para alcançá-la.

A independência financeira é alcançada quando seus ativos, investimentos e negócios geram renda suficiente para cobrir todas as suas despesas e ainda proporcionar um excedente para atender a objetivos de longo prazo. Isso significa que você não está mais vinculado a um trabalho específico para manter seu padrão de vida. Ter independência financeira não significa necessariamente parar de trabalhar, mas sim ter a liberdade de escolher o que fazer com seu tempo e recursos. Mas a pergunta que fica é como alcançar um sonho tão grande. Bom, não é nada fácil e a jornada é longa.

Estabeleça metas financeiras claras: o primeiro passo é se conhecer. Estabeleça quanto dinheiro você precisa para cobrir suas despesas e quais objetivos de longo prazo deseja alcançar, como aposentadoria antecipada, viajar ou investir em educação.

Crie um orçamento sólido: um orçamento bem elaborado é fundamental. Registre todas as suas fontes de renda e despesas para entender para onde seu dinheiro está indo. Isso ajudará a identificar áreas em que você pode economizar e aumentar sua capacidade de investir.

Economize e invista regularmente: comece a economizar uma porção significativa de sua renda e invista essas economias em veículos de investimento adequados aos seus objetivos e perfil de investidor. O poder do tempo e dos juros compostos, à propósito, é fundamental para o crescimento de seu patrimônio líquido. Portanto, quanto antes começar, melhor!

Diversificação de investimentos: evite colocar todos os seus ovos na mesma cesta. Diversificar seus investimentos ajuda a reduzir o risco e aumentar o potencial de retorno.

Aumente sua renda: além de economizar e investir, considere maneiras de aumentar sua renda, como buscar promoções, desenvolver habilidades adicionais ou explorar oportunidades de renda extra. Dê bastante atenção a este ponto, pois é de grande relevância.

Mantenha o planejamento: à medida que seus ativos crescem, mantenha o controle financeiro e evite gastar de maneira imprudente. Evite dívidas desnecessárias e continue a viver dentro de suas possibilidades.

Apesar de um sonho difícil – e talvez muito distante de sua realidade atual – independência financeira não é um objetivo inatingível. Com planejamento, disciplina e investimento consistente ao longo do tempo, você pode alcançar a liberdade financeira e ter a capacidade de viver a vida de acordo com seus próprios termos. O caminho pode ser desafiador, mas – assim como em nosso país – de benefícios inestimáveis.

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Pirâmides financeiras: malícia de quem cria, ou inocência de quem cai?

sábado, 09 de setembro de 2023

No universo financeiro, as pirâmides são como fantasmas que assombram investidores desavisados, prometendo riquezas fáceis e rápidas, mas, no final, deixando um rastro de destruição financeira e emocional. Dia desses um amigo comentou, em tom de brincadeira, sobre querer participar de uma – em suas palavras – “pirâmide no comecinho” e eu percebi a importância de trazer este tema.

No universo financeiro, as pirâmides são como fantasmas que assombram investidores desavisados, prometendo riquezas fáceis e rápidas, mas, no final, deixando um rastro de destruição financeira e emocional. Dia desses um amigo comentou, em tom de brincadeira, sobre querer participar de uma – em suas palavras – “pirâmide no comecinho” e eu percebi a importância de trazer este tema.

As pirâmides financeiras têm suas origens na ambição desenfreada e na esperteza dos indivíduos que as concebem. Esses empreendedores inescrupulosos exploram a cobiça humana, prometendo retornos extraordinários em investimentos aparentemente simples. Eles utilizam táticas persuasivas e uma estratégia de marketing agressiva para atrair participantes, muitas vezes se apresentando como visionários financeiros que descobriram o segredo para a riqueza instantânea. No entanto, essa imagem é apenas uma fachada para encobrir suas verdadeiras intenções.

Uma característica marcante das pirâmides é o constante recrutamento de novos participantes. Cada camada inferior da pirâmide recruta pessoas que, por sua vez, recrutam outras, criando assim uma ilusão de sucesso momentâneo. No entanto, esse modelo insustentável invariavelmente desmorona quando não há mais recrutamentos suficientes para manter o esquema. Os últimos a ingressar são os que mais sofrem, perdendo todo o seu investimento.

A falta de conhecimento dos participantes, portanto, é um componente crítico nesse ciclo de destruição. Muitos indivíduos são atraídos pelas promessas de dinheiro fácil sem entenderem os princípios financeiros subjacentes. A ilusão de lucros garantidos os impede de questionar a legitimidade do esquema. Eles muitas vezes ignoram sinais de alerta e não realizam a devida diligência, deixando-se levar pela esperança de mudar suas vidas financeiras em um piscar de olhos.

É fundamental que a sociedade, os órgãos reguladores e as instituições financeiras continuem a educar o público sobre os perigos das pirâmides financeiras. A prevenção é a melhor defesa contra esses esquemas, e isso começa com o Educação Financeira. É crucial que as pessoas entendam que, no mundo dos investimentos, não existem atalhos para o sucesso financeiro genuíno.

Além disso, é responsabilidade dos reguladores e das autoridades aplicar leis rigorosas e punir aqueles que operam pirâmides financeiras. A transparência e a regulamentação são essenciais para combater esse tipo de fraude.

E você, caro leitor, para evitar cair em tais armadilhas, busque educar-se financeiramente e mantenha um ceticismo saudável em relação a promessas de enriquecimento fácil. Somente através da conscientização e da ação regulatória podemos proteger nossas comunidades contra esses esquemas destrutivos e preservar a integridade do sistema financeiro.

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Investir em renda fixa não é uma “receita de bolo”

sexta-feira, 01 de setembro de 2023

 Pode parecer simples, mas a renda fixa ainda é um grande mistério para muitos que buscam aplicações financeiras visando rentabilidade e segurança para o futuro. Pensando nisso, hoje vamos abordar um pouco do tema e buscar esclarecer alguns pontos que podem ser mais complexos.

 Pode parecer simples, mas a renda fixa ainda é um grande mistério para muitos que buscam aplicações financeiras visando rentabilidade e segurança para o futuro. Pensando nisso, hoje vamos abordar um pouco do tema e buscar esclarecer alguns pontos que podem ser mais complexos.

            Investir, na verdade, nada mais é do que multiplicar o dinheiro; seja alocando recursos em ideias, negócios, sonhos ou mercado financeiro. Contudo, este, por sua vez, permite uma vasta diversidade de produtos de investimentos e possibilita, ao investidor, a caracterização de seus investimentos de acordo com os seus princípios e necessidades. Um bom investidor busca conhecer e aprender sobre todos os produtos do mercado financeiro e é essa a minha missão de hoje: te ensinar – ou talvez apenas esclarecer – o que é a renda fixa. Já ouviu falar?

            Antes de mais nada, o mercado financeiro pode ser categorizado em apenas duas grandes áreas, a renda fixa e a renda variável. Na renda fixa, não há o investimento, de fato, no setor produtivo, não haverá uma empresa desenvolvendo ideias e soluções sociais, por exemplo. Nesta categoria de investimentos, ao adquirir um produto você está, literalmente, emprestando dinheiro ao emissor em troca de uma rentabilidade e liquidez definida logo no momento da compra – é uma forma de captação de recursos para instituições financeiras.

 

            • Rentabilidade

            Aqui, não tem jeito, precisamos falar de Selic: a taxa básica de juros no Brasil. É a partir daqui que se criam parâmetros de contratação deste mercado. A remuneração do investidor, por sua vez, já é definida previamente no ato da contratação: você sabe exatamente quanto vai receber no final do período.

            Existem, é claro, diferentes possibilidades de taxas; podendo ser atreladas a inflação (IPCA), juros (CDI) ou, simplesmente, prefixadas (taxas nominais). Saiba como escolher o que se encaixa melhor em diferentes cenários.

 

            • Liquidez

            Na renda fixa, liquidez é o tempo de vencimento de um produto. Numa análise simples, quanto maior o tempo de liquidez, maior será a rentabilidade.

            Lembre-se, um produto com liquidez de dois anos só terá sua rentabilidade contratada garantida na data de vencimento. O resgate antecipado pode resultar em perdas.

 

            • Segurança

            Ao escolher o produto mais adequado às suas necessidades, lembre-se que alguns produtos específicos – como CDBs, LCIs e LCAs, por exemplo – contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito, “entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras") protegendo até R$ 250mil por CPF ou CNPJ em cada instituição financeira emissora, limitando a R$1milhão a cada quatro anos.

Títulos públicos – como o Tesouro Selic – não contam com o FGC, mas têm como instituição garantidora o próprio Tesouro Nacional.

           

            Ao contrário do que muitos pensam, o mercado de renda fixa é complexo e exige boas estratégias. Portanto, estude e aproveite as oportunidades.

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Cartão de crédito: dicas para usar com sabedoria

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Pode parecer um grande desafio, mas viver em sintonia com o seu cartão de crédito é possível; basta encará-lo como uma ferramenta. E assim como toda ferramenta, precisa ser utilizada da forma correta para cumprir sua função: facilitar o uso do dinheiro e o controle de suas despesas.

Pode parecer um grande desafio, mas viver em sintonia com o seu cartão de crédito é possível; basta encará-lo como uma ferramenta. E assim como toda ferramenta, precisa ser utilizada da forma correta para cumprir sua função: facilitar o uso do dinheiro e o controle de suas despesas.

Portanto, pensando em te ajudar a criar um relacionamento saudável entre você e seus cartões, preparei algumas dicas práticas e simples para a boa utilização da ferramenta. Lembrando, é claro, tudo começa com a sua consciência de consumo. Nem o uso mais correto do cartão de crédito é capaz de corrigir a compulsão pelo consumo, então fique atento.

Fique agora com as cinco dicas essenciais para usar o seu cartão com sabedoria.

 

Anuidade

Pode parecer comum para muitos, mas a anuidade traz custos desnecessários capazes de manter uma poupança bastante razoável ao longo do ano. Atualmente, encontrar cartões totalmente isentos desta taxa e de boa qualidade é comum. A competitividade do setor foi responsável pela movimentação de mercado e hoje as possibilidades são muito amplas para nos contentarmos com cartões com cobranças desnecessárias.

 

Débito automático

Esquecer não é uma possibilidade.

Já experimentou pagar seu cartão alguns poucos dias após o vencimento da fatura? É uma decisão nada inteligente e extremamente cara. Apesar de seu uso rotineiro, cartões de crédito fazem parte das linhas de crédito com juros mais altos do mercado financeiro. Com taxa média de 14,53% ao mês, os juros compostos podem levar esse número para 409,26% ao ano. São números divulgados pelo Banco Central do Brasil em dezembro de 2022 e deixam ainda mais evidentes a minha preocupação em não deixar passar sequer um dia da data de vencimento.

Já pensou usar R$ 1 mil com o cartão de crédito e dever R$ 5mil em um ano?

 

Planeje o parcelamento

De suas compras, e não da fatura!

Parcelar suas compras é uma possibilidade inteligente sempre que o pagamento à vista não oferecer nenhum tipo de desconto. Mas cuidado com a bola de neve que pode surgir com a falta de planejamento.

A propósito, como já disse, parcelar a fatura não é uma opção. Mas é mais barato do que ficar no rotativo. Este parcelamento teve taxa de juros média, em dezembro do ano passado, de 182,40% ao ano.

 

Não pague o mínimo

Arcar somente com os custos do valor mínimo é apenas mera formalidade para a inadimplência. Pagar o mínimo, transforma todo o resto da fatura em saldo devedor e os juros incidem sobre o valor pendente.

 

Programas de benefícios

Seu cartão possibilita o cadastro em algum programa de pontos, milhas ou cashback?

Mais um avanço decorrente da competição de mercado, aqui existe uma excelente possibilidade de garantir benefícios por usar seus cartões. Vale conferir quais serviços são oferecidos pelo seu cartão e usá-los a seu favor.

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Ibovespa batendo recorde!

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Mas um recorde nada bom...

Enquanto escrevo este texto ainda é dia 16 e o principal índice da nossa bolsa brasileira, o Ibovespa, alcança a marca de 12 pregões negativos consecutivos. Segundo o Valor Data, é a maior sequência de quedas desde a criação do índice em 1968. Preocupante, não acha? Mas quais são os porquês deste cenário e como se proteger?

Mas um recorde nada bom...

Enquanto escrevo este texto ainda é dia 16 e o principal índice da nossa bolsa brasileira, o Ibovespa, alcança a marca de 12 pregões negativos consecutivos. Segundo o Valor Data, é a maior sequência de quedas desde a criação do índice em 1968. Preocupante, não acha? Mas quais são os porquês deste cenário e como se proteger?

O primeiro ponto para entender diante desta realidade é a influência da política monetária sobre as atividades da economia real. Compreender o custo do dinheiro é fundamental para tomar suas decisões de investimentos. Com juros altos o dinheiro torna-se mais caro – e com dinheiro mais caro, menor incentivo ao fomento de novos negócios (ou, até mesmo, expansão de negócios já existentes). É uma lógica simples de risco e retorno. Já que títulos com alta segurança estão me trazendo boa rentabilidade, qual o sentido de assumir riscos desnecessários?

E voltando ao assunto de política monetária, você pode estar se perguntando o porquê de a bolsa brasileira refletir tão negativamente seu resultado diante do primeiro corte de juros na última reunião do Copom. Bom, aqui temos um detalhe de extrema importância para o contexto global: o banco central brasileiro tem certa relevância, mas ainda pouca diante do peso representado pelo banco central dos Estados Unidos. E por lá, vale ressaltar, tivemos novo aumento de juros e com espaço para juros ainda maiores nas próximas decisões do Fomc (o Copom dos EUA). O resultado, portanto, foi de forte direcionamento de capital para fora do Brasil – e quando nossa bolsa perde liquidez, a tendência natural é queda de preços.

Aproveitar o momento ideal é importante para alcançar resultados extraordinários. Mas nem sempre é possível encontrar o timing perfeito em suas operações e por isso existem ferramentas responsáveis por assegurar preços e proteger quedas.

Apesar da sequência de resultados negativos, por exemplo, recentemente vivemos uma forte alta do índice Ibovespa garantir os lucros seria fundamental para se proteger das quedas que vieram depois. Mas como fazer isso? Quais são essas ferramentas?

Agora entram em cena os derivativos. Aqui, você se compromete com operações futuras de compra e venda. Imagine-se, portanto, numa situação em que você tenha comprado ações da empresa X por R$ 42 e quer garantir o direito de venda a este mesmo preço para se proteger do possível cenário de queda. Basta ter comprado uma put no mesmo preço para, se necessário, exercer a venda do papel sem realizar o prejuízo.

Outras possibilidades, entretanto, também existem. Se você fizer combinações específicas entre call e put, estratégias diferentes podem ser estruturadas e abrem possibilidade, até mesmo, para o ganho dobrado no mercado de ações.

É um conhecimento, de fato, complexo e que exige muito estudo. Não ache que o mercado de derivativos é simples, pois você pode acabar confundindo algum detalhe responsável por atribuir resultado devastador em seu patrimônio. Contudo, é claro, o acompanhamento de um profissional da área pode ampliar seus horizontes e possibilitar boas experiências no mercado, mesmo em tempos de crise.

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Cidadania Financeira

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

A importância da Educação Financeira é indiscutível, já falamos muito sobre o seu papel na formação cidadã de um indivíduo. Pensando nisso, nosso Banco Central criou o Programa Cidadania Financeira sob o “conceito relativo aos direitos e deveres do cidadão quando o assunto é sua vida financeira”.

Foi com esse programa, que o BCB elaborou o documento Glossário Simplificado de Termos Financeiros para esclarecer palavras técnicas à ampla população. Separei, com base neste documento, alguns termos importantes para o seu dia a dia.

Alíquota

A importância da Educação Financeira é indiscutível, já falamos muito sobre o seu papel na formação cidadã de um indivíduo. Pensando nisso, nosso Banco Central criou o Programa Cidadania Financeira sob o “conceito relativo aos direitos e deveres do cidadão quando o assunto é sua vida financeira”.

Foi com esse programa, que o BCB elaborou o documento Glossário Simplificado de Termos Financeiros para esclarecer palavras técnicas à ampla população. Separei, com base neste documento, alguns termos importantes para o seu dia a dia.

Alíquota

“Para se calcular quanto se pagará de imposto, precisamos de uma base de cálculo e de uma alíquota. A base de cálculo é a quantia em dinheiro determinada, por exemplo, pelo valor de um automóvel, de uma casa, de um produto, de um salário etc. A alíquota é o percentual (a fatia) dessa base de cálculo que deverá ser paga ao governo a título de imposto.”

Carta de crédito

“É um documento emitido por uma instituição financeira afirmando que seu portador possui um crédito disponível no valor nele especificado. São vários os exemplos de carta de crédito: uma instituição financeira pode fornecer uma carta de crédito após aprovação prévia de crédito para financiamento de imóveis (casa, apartamento etc.), bem como para pagamento de operações de importação ou exportação. No caso de operações de consórcio, é o documento que o consorciado recebe ao ser contemplado por sorteio ou por lance e que indica o valor a que ele tem direito, além de definir como o consorciado deve agir para utilizar os recursos ou adquirir o bem ou o serviço.”

Fundo de investimento

“É um tipo de investimento que junta o dinheiro de várias pessoas para fazer aplicações em opções de investimento que exigem um volume de recursos que alguém sozinho dificilmente teria. Como a quantia investida por pessoa representa uma parte ou cota do dinheiro total do fundo, os participantes são chamados de cotistas. A administração do fundo é realizada por especialistas em investimentos, geralmente funcionários das instituições financeiras.”

Garantia

“É uma espécie de proteção que o credor exige contra o não pagamento de uma dívida.”

Hipoteca

“É um tipo de garantia de pagamento de uma dívida, geralmente baseada em um bem imóvel. Caso o devedor não pague suas obrigações adequadamente, o bem utilizado para a hipoteca (um apartamento, por exemplo) poderá ser tomado pelo credor e vendido em um leilão. Caso o valor conseguido pelo credor no leilão não seja suficiente para quitar a dívida, o devedor, além de perder o imóvel, ainda precisa pagar a diferença.”

Inflação

“É o aumento contínuo e generalizado do preço dos bens e serviços.”

IOF

“Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários. É um imposto federal cobrado nas operações financeiras de crédito, de câmbio, de seguro e de títulos e valores imobiliários.”

Use o conhecimento a seu favor. Entender termos específicos do mercado financeiro vai esclarecer ainda mais a sua relação com o dinheiro.

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Extra! Extra! Copom baixa juros!

quinta-feira, 03 de agosto de 2023

Foi na última quarta-feira o anúncio do Copom sobre a decisão do corte de 50bps sobre a taxa Selic, saindo de 13,75% para 13,25%. É o primeiro movimento para o estímulo do desenvolvimento desde quando, em março de 2021, os juros começaram a subir com o objetivo de controlar a tendência inflacionária pós-pandemia.

Agora, você sabe interpretar essas informações? Interpretar ao ponto de conseguir definir sua estratégia daqui em diante? Vamos entender um pouco do que se trata este movimento de política monetária.

Foi na última quarta-feira o anúncio do Copom sobre a decisão do corte de 50bps sobre a taxa Selic, saindo de 13,75% para 13,25%. É o primeiro movimento para o estímulo do desenvolvimento desde quando, em março de 2021, os juros começaram a subir com o objetivo de controlar a tendência inflacionária pós-pandemia.

Agora, você sabe interpretar essas informações? Interpretar ao ponto de conseguir definir sua estratégia daqui em diante? Vamos entender um pouco do que se trata este movimento de política monetária.

O principal objetivo desses ciclos é garantir a estabilidade dos preços (controle da inflação) e fomentar o crescimento econômico sustentável.

Existem dois principais tipos de ciclos de política monetária:

Ciclo de Aperto: Nesse cenário, o banco central aumenta as taxas de juros para desacelerar o crescimento econômico e controlar a inflação. Taxas de juros mais altas tendem a desencorajar o consumo e o investimento, o que reduz a demanda e, por sua vez, a pressão inflacionária.

Ciclo de Afrouxamento: Nessa situação, o Banco Central reduz as taxas de juros para estimular o crescimento econômico e evitar deflação ou recessão. Taxas de juros mais baixas tornam o crédito mais barato e incentivam os consumidores a gastar mais e as empresas a investir em projetos e expansão.

O momento em que o Banco Central decide realizar um ciclo de corte de juros, como no caso da taxa Selic no Brasil, é uma decisão cuidadosamente considerada com base nas condições econômicas atuais e nas perspectivas futuras. O objetivo é alcançar um equilíbrio entre o estímulo ao crescimento econômico e o controle da inflação.

Portanto, para o sucesso dos investimentos no mercado financeiro durante um ciclo de corte de juros, os investidores devem considerar alguns aspectos:

  • Rendimento de ativos de renda fixa: Com as taxas de juros mais baixas, os rendimentos de títulos de renda fixa, como CDBs e títulos públicos, tendem a diminuir. Portanto, os investidores podem buscar alternativas mais atraentes, como ações e fundos imobiliários, para obter retornos mais expressivos.
  • Potencial de valorização de ações: Com o afrouxamento monetário, as empresas podem se beneficiar de custos de empréstimos menores, o que pode impulsionar seus lucros. Essa perspectiva de crescimento pode levar a uma valorização das ações no mercado financeiro.
  • Setores beneficiados: Alguns setores da economia são mais sensíveis às mudanças nas taxas de juros e podem se beneficiar com a redução da Selic. Por exemplo, o setor imobiliário pode experimentar aumento na demanda por imóveis devido à maior acessibilidade do crédito imobiliário.
  • Riscos associados: Investidores também devem estar cientes dos riscos potenciais, como o aumento da inflação no futuro, que poderia levar o Banco Central a elevar as taxas de juros novamente, afetando negativamente certos ativos.

 

Na última semana conversamos sobre expectativas e como manter estratégias alinhadas com os movimentos econômicos. Se ainda não leu, recomendo fortemente visitar nosso ambiente virtual e conferir a coluna pelo site do jornal. Será indispensável para a conclusão do assunto e construção do seu conhecimento sobre o assunto.

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Precisamos alinhar expectativas

quinta-feira, 27 de julho de 2023

O tempo foi passando e um ciclo de aperto econômico parece estar perto do fim. Agora, portanto, é importante entendermos o que está por vir e como podemos direcionar estratégias mais assertivas para o momento que se aproxima.

Com inflação aparentemente controlada, o Brasil vive um momento de juros real bastante elevado. Com esse alto custo do dinheiro, pouco se explora da capacidade empreendedora e tomada de risco em operações alavancadas. Fui muito rápido?

O tempo foi passando e um ciclo de aperto econômico parece estar perto do fim. Agora, portanto, é importante entendermos o que está por vir e como podemos direcionar estratégias mais assertivas para o momento que se aproxima.

Com inflação aparentemente controlada, o Brasil vive um momento de juros real bastante elevado. Com esse alto custo do dinheiro, pouco se explora da capacidade empreendedora e tomada de risco em operações alavancadas. Fui muito rápido?

Bom, este espaço busca democratizar o conhecimento econômico. Então por partes e, começando pelo custo do dinheiro, vamos falar da taxa Selic. Aqui, temos os juros básicos da economia brasileira que serve de parâmetro para financiar a emissão de dívidas pelo Tesouro Nacional. Atualmente em 13,75% ao ano, esta – a grosso modo – é a taxa mínima praticada no mercado para correções ao capital do comprador de um título de dívida; e cá entre nós, este é um número bastante elevado para representar apenas o custo da nossa moeda.

Tratando de forma simplista, ao trazermos o indicador de inflação para a equação, começamos a falar de juros real (Selic - IPCA = Juros Real). Tudo começa a fazer mais sentido, portanto, quando juntamos todos estes conceitos para simular uma prática cotidiano do mercado financeiro: a tomada de crédito. Em outras palavras, alavancar suas operações. Aqui, a leitura pode abranger os contextos pessoal e profissional. Afinal, financiar a casa própria ou tomar crédito para expandir uma rede de lojas são, igualmente, atividades de alavancagem financeira.

Entendendo a parte técnica eu venho com a seguinte questão: faz sentido se alavancar com juros básico a 13,75% ao ano? Não é caro? Pois esta é a dinâmica de um aperto econômico: desestimular o crescimento como ferramenta para controle inflacionário. Sabendo disso, você pode evitar uma má decisão financeira por ser capaz de interpretar diferentes momentos a fim de evitar riscos desnecessários.

E que tal trazemos um pouco mais de complexidade para o tema? Vamos incluir política monetária internacional no assunto.

Mas antes de achar que complicou muito, tudo o que conversamos até agora teve a ver com política monetária, mas a nível nacional. No Brasil, o Copom, nos Estados Unidos, o FED. Estas são as comissões – de seus respectivos bancos centrais – responsáveis por estabelecer políticas relacionadas às metas de juros e inflação. Depois de passarmos por tempos difíceis decorrentes da pandemia de Covid-19, o mundo se deparou com desafios enormes num contexto de taxas de juros alcançando mínimas históricas. Vale ressaltar, até mesmo o Brasil havia batido recordes e se viu praticando taxas de juros real negativas. Com baixo custo do dinheiro, portanto, muito foi feito de incentivo econômico para suprir a necessidade da baixa produtividade. O resultado? Inflação galopante e taxas de juros (como a Selic no Brasil) subindo abruptamente para pressionar a tendência inflacionária.

Esse ciclo, portanto, está perto do fim e precisamos alinhar nossas expectativas diante do que o momento nos proporciona. Estamos perto de começar a viver um ciclo de incentivo econômico e pode ser um bom momento para você começar a planejar a realização de seus sonhos ou expansão/criação dos seus negócios. Estar em sintonia com o que parece distante pode ser o detalhe para fazer dar certo. Pense nisso!

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Golpes financeiros em ambiente virtual

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Com o crescimento da tecnologia e a popularização das transações online, os golpes financeiros em ambiente virtual se tornaram uma ameaça crescente. Nesta breve exploração, discutiremos os riscos associados a essas fraudes e forneceremos dicas essenciais para evitar cair nessas armadilhas digitais. Ficar atento e estar informado são fundamentais para proteger suas finanças na era digital.

 

Com o crescimento da tecnologia e a popularização das transações online, os golpes financeiros em ambiente virtual se tornaram uma ameaça crescente. Nesta breve exploração, discutiremos os riscos associados a essas fraudes e forneceremos dicas essenciais para evitar cair nessas armadilhas digitais. Ficar atento e estar informado são fundamentais para proteger suas finanças na era digital.

 

- Phishing: e-mails falsos ou sites fraudulentos que se parecem com instituições financeiras legítimas para obter informações confidenciais dos usuários, como senhas, números de cartão de crédito ou informações bancárias.

- Scams de investimento: ofertas de investimentos falsos que prometem retornos muito altos com risco mínimo. Os golpistas podem criar esquemas Ponzi ou esquemas de pirâmide para enganar os investidores.

- Malware: softwares maliciosos usados para roubar informações financeiras dos dispositivos das vítimas, como computadores e smartphones.

- Clonagem de cartões de crédito: golpistas podem usar dispositivos de leitura de cartão para copiar informações de cartões de crédito em caixas eletrônicos ou terminais de pagamento, possibilitando compras fraudulentas.

- Redes sociais e golpes de namoro: através de perfis falsos em redes sociais, golpistas se aproximam das vítimas para ganhar sua confiança e, eventualmente, pedir dinheiro ou informações financeiras.

- Fraudes em compras online: vendedores falsos podem criar sites de compras online que parecem legítimos para atrair consumidores a fazerem compras, mas os produtos nunca são entregues, ou são de baixa qualidade.

- Falsos programas de assistência financeira: golpistas podem oferecer ajuda para obter empréstimos, subsídios ou benefícios governamentais em troca de taxas adiantadas, mas nunca fornecem os serviços prometidos.

 

Entender quais são os golpes e como funciona a dinâmica de aplicação é o primeiro passo para saber como se portar quando estiver diante de uma situação delicada. Para evitar se tornar mais uma vítima, aqui estão algumas dicas importantes:

- Desconfie de ofertas que pareçam muito boas para ser verdade.

- Verifique sempre a legitimidade dos sites antes de fornecer informações pessoais ou financeiras.

- Não clique em links em e-mails suspeitos; vá diretamente ao site oficial da empresa digitando o URL na barra de endereços do navegador.

- Mantenha seu software antivírus e sistemas operacionais atualizados para se proteger contra malware.

- Utilize senhas fortes e diferentes para cada conta.

- Nunca compartilhe informações financeiras ou senhas por telefone ou e-mail, a menos que tenha certeza da legitimidade da solicitação.

 

Em caso de suspeita de golpe financeiro, é importante denunciar o incidente às autoridades competentes e informar o ocorrido ao seu banco ou instituição financeira para que eles possam tomar as medidas necessárias para proteger sua conta e evitar que outros sejam vítimas. São estes detalhes que, apesar de burocráticos, contribuem para desencorajar novos golpes e inibir a atividade de criminosos.

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