As dificuldades enfrentadas pelo Friburguense são conhecidas há algumas temporadas. E, com o passar dos anos, a falta de apoio e a inexistência de novas receitas, a situação se agrava. Tanto é que, a pouco mais de um mês do início do Campeonato Carioca da Série A2, um mar de incertezas inunda o Eduardo Guinle. O Tricolor da Serra ainda não montou o seu elenco profissional, tampouco definiu o nome do novo treinador. E não há previsão concreta para essas definições.
Apesar de todos os obstáculos, o clube ainda vem mantendo as categorias de base ativas. O time Sub-17, por exemplo, disputa o campeonato da cidade e chegou a fazer um amistoso com a Seleção Brasileira que disputa atualmente o Sul-Americano da categoria. A partida aconteceu na Granja Comary, em Teresópolis, durante a preparação brasileira, e terminou com vitória da Seleção por 3 a 0.
Internamente, há um clima de insegurança por parte do departamento de futebol do Friburguense. Algo que, apesar de todos os percalços, não havia acontecido nos últimos 24 anos.
Em paralelo, praticamente todos os clubes que vão disputar a Série A2 do Carioca já retomaram o trabalho e iniciaram o período de pré-temporada. Com a manutenção de clubes fortes e a chegada do CEAC Araruama, o Tricolor da Serra terá desafios com nível grande de dificuldade, reencontrando equipes tradicionais que alimentam o mesmo objetivo.
Algumas equipes, à exemplo de América, Maricá, Americano, Olaria e Artsul vão investir alto para a competição. Sem contar o rebaixado Resende, que já inicia com uma estrutura acima da média dos rivais. O Tricolor da Serra chegou a sondar alguns jogadores que passaram pelo clube nas últimas temporadas, mas a concorrência é desleal em termos financeiros. Ou seja: a base montada para 2023 deverá sofrer diversas modificações.
O Friburguense terá o seu primeiro desafio no dia 13 de maio, na Região dos Lagos, contra a Cabofriense, provavelmente no estádio Correão. Na sequência, terá duas partidas no Eduardo Guinle, contra o Maricá, no dia 20, e Artsul, na semana seguinte. A tabela de jogos reserva duelos difíceis longe de Nova Friburgo, como as partidas contra Sampaio Corrêa, Olaria e América. Por outro lado, rivais tradicionais, à exemplo de Americano e Resende irão subir a serra. Serão cinco partidas em casa e outras cinco fora, de acordo com o novo formato definido para a competição.
Regras
O regulamento deste ano será semelhante ao do Campeonato Carioca, com as 12 equipes disputando um turno único (Taça Santos Dumont), de todos contra todos, classificando os quatro melhores para as semifinais e finais. Somente o campeão vai disputar o Cariocão de 2024. As duas piores equipes após, a disputa da Taça Santos Dumont, serão rebaixadas para a Série B1.
Os quatro finalistas também terão uma premiação: o campeão da competição vai faturar R$ 110 mil; o vice, R$ 40 mil; o terceiro colocado, R$ 30 mil e o quarto, R$ 20 mil. O campeão da Taça Santos Dumont também fatura um prêmio de R$ 20 mil.
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