A Secretaria estadual de Saúde (SES), por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), informou ontem, 19, que há circulação da variante Delta, do coronavírus, no Estado do Rio de Janeiro. Dados atualizados até o último sábado, 17, apontam o registro de mais 63 casos da variante Delta, do total de 380 amostras processadas. Foram totalizados 74 casos em 12 municípios fluminenses. A confirmação foi possível graças aos últimos resultados do projeto Corona-Ômica-RJ, um dos maiores do país, que realiza a análise mensal de cerca de 800 amostras de todo o estado.
Os novos municípios com identificação de casos da variante Delta são a capital, Duque de Caxias, Itaguaí, Japeri, Mesquita, Nova Iguaçu, Queimados, Seropédica, São João de Meriti, Niterói, Maricá e Itaboraí. As secretarias de Saúde todos esses municípios já foram notificadas e farão a investigação epidemiológica, com apoio da SES.
Nesta última rodada de exames, a variante Delta representou 16,57% (n=63) do total (n=380) de amostras processadas. O relatório final do último levantamento está em finalização e, em breve, ficará disponível no link de publicação de rotina (http://www.corona-omica.rj.lncc.br/#/).
Os dados recentes do monitoramento mostram a presença da variante Delta (B1.617.2), contudo, a linhagem P.1 (Gama/Brasil) continua sendo a mais frequente no estado do Rio. Além disso, há registro em baixa frequência da VOC B.1.1.7 (Alfa/Reino Unido), além do declínio da P.2, desde novembro do ano passado.
O estudo Corona-Ômica-RJ é um dos maiores do país e foi idealizado pela Secretaria estadual de Saúde (SES). O sequenciamento do vírus da Covid-19 não é um exame de rotina nem de diagnóstico, é feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus SARS-CoV-2 no estado.
Independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da Covid-19 seguem os mesmos. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas, como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social. Além disso, é importante que os municípios continuem avançando no processo de vacinação contra a Covid-19 e que a população retorne para receber a segunda dose. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento.
O levantamento é uma parceria entre a SES, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, Laboratório Central Noel Nutels, Fundação Oswaldo Cruz e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
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