TV Frizão, protocolos e Sub-20: os planos do tricolor para avançar

O Friburguense volta a disputar o Campeonato Carioca Sub-20 a partir do próximo dia 9 de setembro, quando receberá o América no Eduardo Guinle
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
por Vinicius Gastin
Siqueira projeta novos tempos e prepara o clube para cumprir os protocolos
Siqueira projeta novos tempos e prepara o clube para cumprir os protocolos

A pandemia do coronavírus parece ter acelerado algumas situações previstas para o futuro no mundo esportivo. No futebol, por exemplo, os clubes começam a intensificar o trabalho de mídias sociais, fortalecendo as já existentes e investindo cada vez mais nas TVs próprias, por exemplo. O imbróglio envolvendo a Rede Globo, Federação de Futebol do Rio de Janeiro e o Flamengo agravou todo esse cenário, e fez os clubes de menor investimento, à exemplo do Friburguense, começarem a planejar o futuro.

“A gente tem enfrentado uma fase nova com relação a essa questão de TV. Vieram as situações de finais de campeonato, com transmissões dos canais dos próprios clubes na internet. Hoje a mídia social tem uma mídia social, mas logicamente que os demais meios não vão acabar. No entanto, esse é um novo campo, uma nova era. Nós, como clube pequeno nesse primeiro momento, teremos que utilizar a coletividade. Mas é a hora de buscar algo, vender todos os jogos dos pequenos juntos”, explica o gerente de futebol do tricolor, José Siqueira, o Siqueirinha.

O Volta Redonda, por exemplo, já transmitiu algumas partidas através do canal do clube no YouTube. No entanto, para a realização deste trabalho, se faz necessário investir recursos em estrutura, equipamentos, equipe e demais itens necessários. “É o início de uma situação nova. Um clube hoje que não pensa em ter uma força de novas mídias para futuro está fadado a fechar as portas. Pegou a gente de surpresa, pois estávamos presos a um contrato até 2024. Temos que aguardar, mas já estamos pensando em uma série de coisas novas”, resume o dirigente tricolor.

O Carioca Sub-20

Dentro do contexto dos novos tempos, a testagem e o controle para o cumprimento dos protocolos de segurança passaram a fazer parte do dia a dia dos clubes. Mas também há custos elevados para seguir todas essas regras, em especial para custear os testes. Esse fato, inclusive, foi uma das motivações para o cancelamento da Copa Rio.

“O protocolo exigido, além de caro, é extremamente estudado. A Copa Rio e a própria Seletiva, com o atraso do Brasileiro, não vão ser disputadas esse ano. Para implementar um protocolo com as exigências feitas seria muito difícil. Paramos em 16 de março, entramos em agosto e, nesse período, tivemos todos os compromissos normais e nenhuma receita. Se não tivermos ações e parcerias vai complicar o nosso futuro”, acredita Siqueirinha.

O Friburguense volta a disputar o Campeonato Carioca Sub-20 a partir do próximo dia 9 de setembro, quando receberá o América no Eduardo Guinle. Esse vai ser o único compromisso do clube este ano, mantendo o trabalho que teve início no começo de 2020 e deve apresentar poucas novidades.

“Temos 26 jogadores inscritos, e a ideia era trazer mais cinco. Mas este ano não há mais como fazer testes, o Friburguense não vai observar mais nenhum jogador. Vamos ter um plantel bastante enxuto, até porque pode ter algum caso em que o jogador precise se afastar. Teremos jogos às quartas-feiras e sábados, e se não tiver um elenco de 25 a 28 jogadores, vai complicar um pouco. Pode ter um número maior de contusões e outras coisas novas”, explica Siqueirinha.

Não só a questão do elenco, como também dos demais envolvidos com os jogos terá de ser observada com cuidado. As regras para o dia a dia no clube, as partidas e até mesmo para o trabalho da imprensa vão seguir as determinações do protocolo Jogo Seguro, elaborado pela Ferj em parceria com os médicos dos clubes.

“Não basta ter um protocolo, e sim a autorização de cada município. Temos que respeitar as leis. Temos que testar todos os atletas, na sorologia e TCR, além de toda a comissão técnica e pessoas envolvidas. Precisaremos de, pelo menos, quatro vestiários, para que três ou quatro jogadores acessem por mês. A cada dia os departamentos utilizados serão higienizados. O próprio atleta vai lavar o material em casa. Fora todo o protocolo normal, sem acesso dos pais aos treinamentos. O acesso da imprensa aos treinos não poderá ocorrer, por exemplo. Os jogos não terão bar, torcedores e pais. Quem da imprensa for testado poderá participar, mas sem entrevistas, como pede o protocolo”, explica o gerente de futebol do Frizão.

Quanto ao retorno das escolinhas, Siqueirinha afirma que o planejamento já começou a ser feito, e será cumprido em acordo com o regramento definido pelo Conselho Regional de Educação Física e demais órgãos competentes.

“Converso muito com o Sávio Badini, representante das categorias de base e ligado ao Conselho Regional de Educação Física, tem participado das reuniões. Temos um protocolo a ser seguido muito baseado na Federação, e teremos muita dificuldade para o retorno das escolinhas, mesmo com as liberações. Ainda não temos data para isso, e as atividades têm sido feitas através da internet, com o Malhard, o Sávio e o Sérgio Gomes, de terça a sexta-feira”, lembra Siqueira.

“A partir do momento em que os casos de infecção diminuírem, os pais começam a ter mais segurança para trazer os filhos ao clube. E logicamente, assim que as autoridades liberarem, nós vamos retomar com todos os cuidados e segurança possíveis. A nossa vantagem é poder transferir toda a escolinha para o Eduardo Guinle, uma vez que temos apenas o Sub-20 este ano. O espaço é maior para fazer o trabalho”, completa Siqueira.

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