O governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, publicou no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 5, o decreto 47.439, que decreta luto oficial de três dias em todo o território fluminense, em memória aos dez anos da tragédia climática na Região Serrana, ocorrida entre noite de 11 de janeiro e a manhã de 12 de janeiro de 2011.
De acordo com o ato oficial, “a memória das vítimas do desastre e em respeito aos respectivos familiares”. De acordo com o artigo primeiro, “fica decretado luto oficial de três dias nos dias 10, 11 e 12 de janeiro de 2021, em memória aos dez anos do desastre natural ocorrido na Região Serrana, como sinal de pesar pelas vítimas e em respeito aos seus respectivos familiares”.
Sede do governo na Região Serrana
Além do luto oficial de três dias no Estado, o governador em exercício, Cláudio Castro, também decretou a transferência da sede do governo para os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis nos próximos dias 10, 11 e 12.
“Há dez anos, os moradores da Região Serrana sofreram com o maior desastre natural da história do país, e não podemos deixar de relembrar a data. Vamos transferir a sede do governo para ouvir as demandas das prefeituras e da população e definir prioridades de ações para a prevenção a novas tragédias. Em memória às vítimas, vamos celebrar atos ecumênicos. Também iremos homenagear bombeiros que ajudaram a salvar vidas e resgatar as vítimas fatais”, explicou o governador.
As agendas na região começam no próximo domingo, 10, com um sobrevoo entre as cidades de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. Em Nova Friburgo, o governador e seu secretariado visitarão locais simbólicos da tragédia e de obras em andamento. Na segunda-feira, 11, em Teresópolis, o grupo se reúne com a Associação de Vítimas da Tragédia e participa de encontro com prefeitos e secretários municipais da Serra. Em Petrópolis, na terça-feira, 12, a comitiva vistoria obras de unidades habitacionais e anuncia melhorias para a região.
A tragédia
A tragédia de 2011 foi causada por um fenômeno raro que combina fortes chuvas com condições geológicas específicas da região. Porém, ela foi agravada pela ocupação irregular do solo e a falta de infraestrutura adequada para enfrentar o problema. Na madrugada do dia 12 de janeiro, toneladas de lama, pedras, árvores e detritos deslizaram das encostas. Os rios transbordaram rapidamente, ruas foram cobertas por um mar de lama, casas foram destruídas e carros empilhados. A queda de pontes em rodovias deixou cidades isoladas, e os moradores ficaram sem luz, água e telefone. Em Nova Friburgo, foram 429 mortos.
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