O Ministério Público Estadual e a Polícia Civilprenderam nesta quinta-feira, 7, o ex-subsecretário estadual de Saúde Gabriell Neves e mais três pessoas: seu substituto Gustavo Borges da Silva e Aurino Batista de Souza Filho e Cinthya Silva Neumann. Gabriell foi exonerado em 20 de abril. O grupo é suspeito de ter obtido vantagens na compra emergencial de respiradores para pacientes de Covid-19 no estado, informa o portal de notícias G1.
Na sua decisão, o juiz Bruno Rulière, da Vara Criminal Especializada da capital, diz que Gabriell e Gustavo atuaram, de acordo com as investigações, nos processos administrativos suspeitos.
Cinthya é sócia da empresa Arc Fontoura Indústria e Comércio e Representações Ltda, que venceu o primeiro processo administrativo de contratação, com R$ 169.800 por respirador, somando valor correspondente a R$ 67,9 milhões. As investigações, no entanto, não encontraram provas da entrega dos respiradores ao poder público.
Um quinto integrante do grupo, Glauco Octaviano Guerra, ainda era procurada até a última atualização desta notícia.
O preso Aurino faz parte da A2A, uma empresa de informática que ganhou contrato para fornecer respiradores ao estado -- indícios de irregularidade foram mostrados pelo jornalista independente Rubem Berta em seu blog no início de abril.
Exoneração em abril
Gabriell Neves foi exonerado pelo governador Wilson Witzel por suspeita de irregularidades em contratos de R$ 1 bilhão, entre compras sem licitação de respiradores, máscaras e testes rápidos. Equipes do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc/MPRJ) e da Delegacia Fazendária cumprem 13 mandados de busca e apreensão no Município do Rio.
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