O Brasil subiu cinco posições e ocupa agora o 84º lugar entre os 193 países e territórios no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado na terça-feira, 6. O IDH do Brasil registrado em 2023 foi de 0,760.
O título completo do relatório é “A matter of choice: People and possibilities in the age of AI” (Uma questão de escolha: pessoas e possibilidades na era da IA). O estudo traz uma análise aprofundada sobre a interseção entre o desenvolvimento humano e a inteligência artificial (IA).
Em essência, o relatório oferece uma perspectiva sobre como a ascensão da inteligência artificial representa um momento crucial para o desenvolvimento humano, exigindo escolhas conscientes sobre como essa tecnologia é desenvolvida e integrada à sociedade para garantir que ela beneficie a todos e promova o florescimento humano.
Dados de 2023
Os dados do relatório atual referem-se a 2023. No documento anterior, que analisou os dados de 2022, o IDH brasileiro era de 0,778. Em 2023, o índice brasileiro ficou em 0,786. O IDH, que varia de 0 a 1, é um índice composto calculado com base em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: uma vida longa e saudável, medida pela expectativa de vida ao nascer; conhecimento, medido pelos anos esperados e média de anos de escolaridade; e um padrão de vida, medido pela renda nacional bruta per capita.
Na classificação da organização, o Brasil é considerado um país de alto desenvolvimento humano, grupo que engloba países com IDH entre 0,700 e 0,799. Apesar do crescimento de 0,008 ponto no valor do IDH entre 2022 (0,778) e 2023 (0,786), o crescimento mostra queda nas últimas décadas. O crescimento médio anual do IDH do Brasil foi de 0,91% entre 1990 e 2000, 0,71% entre 2000 e 2010 e 0,42% entre 2010 e 2023.
Ranking geral
O país com a melhor classificação em 2023 foi a Islândia, com IDH de 0,972. O segundo lugar é compartilhado pela Noruega (0,970) e pela Suíça (0,970). Na sequência, aparecem a Dinamarca no 4º lugar (0,962), e a Alemanha (0,959) e a Suécia (0,959) empatadas no 5º lugar.
Considerando as nações da América do Sul listadas com rankings do relatório, o Brasil ocupa a 4ª posição. O país está atrás de Uruguai (48º lugar, 0,815), Peru (79º lugar, 0,794) e Colômbia (83º lugar, 0,788). Por outro lado, o Brasil está na frente da Venezuela (121º lugar, 0,709), por exemplo, entre os países sul-americanos presentes na lista com ranking.
Desigualdades internas ainda preocupam
Embora tenha melhorado no ranking, o relatório alerta para as desigualdades internas no Brasil. O IDH municipal, por exemplo, varia muito entre regiões e evidencia disparidades de acesso à saúde, educação e renda dentro do próprio país.
Os dez melhores índices
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1º lugar: Islândia
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2º lugar: Noruega
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2º lugar: Suíça
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4º lugar: Dinamarca
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5º lugar: Alemanha
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5º lugar: Suécia
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7º lugar: Austrália
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8º lugar: Hong Kong, China
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9º lugar: Países Baixos
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10º lugar: Bélgica
Os piores colocados
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184º lugar: Iêmen
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185º lugar: Serra Leoa
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186º lugar: Burquina Faso
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187º lugar: Burundi
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188º lugar: Mali
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188º lugar: Níger
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190º lugar: Chade
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191º lugar: República Centro-Africana
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192º lugar: Somália
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193º lugar: Sudão do Sul
* Reportagem da estagiária Laís Lima baseada em informações da CNN Brasil. Supervisão de Henrique Amorim
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