O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) anunciou recentemente que, em Nova Friburgo, “executa obras para substituição de sete travessias (três viárias e quatro de pedestres) ao longo do Rio Bengalas (no distrito de Conselheiro Paulino). A medida faz parte das intervenções que visam ao controle de inundações em complemento às obras de drenagem recém executadas, também pelo órgão. Para esses serviços, o investimento será de, aproximadamente, R$ 16 milhões”.
Até aí tudo bem. O problema é que a forma como o Inea divulgou a informação, sugere que as intervenções ainda serão iniciadas. No entanto, já estão em andamento há quase um ano, com atraso no cronograma inicial (que era dezembro de 2019). As obras seguem em ritmo bastante lento e causam transtornos aos pedestres. As pontes de pedestres, apesar de ainda inacabadas, já foram instaladas. Já as pontes viárias sequer foram substituídas.
Em janeiro deste ano A VOZ DA SERRA denunciou o atraso no cronograma das obras. Em nota, o Inea reconheceu o atraso e informou que o novo prazo para conclusão seria “até março”, o que também não ocorreu. Só que de março até agora já se passaram mais cinco meses e as obras seguem inacabadas.
Nesta quarta-feira, 26, notamos apenas um pequeno movimento no canteiro de obras. Também há muito material espalhado, máquinas paradas e uma sensação de improviso, já que as rampas de acesso às pontes ainda não foram finalizadas e estão com ferragens expostas e corrimões provisórios de madeira com pregos à mostra. Em pelo menos uma delas, a rampa construída aparentemente invadiu o acostamento. A margem do rio também cedeu em alguns pontos, prejudicando a passagem dos pedestres na calçada.
“Do lado da avenida fizeram rampas dos dois lados, mas do lado de cá só tem rampa de um lado, o que nos obriga a dar uma volta maior para entrar na ponte. Antes o acesso era mais fácil”, disse uma pedestre, que também se queixou do ritmo lento das intervenções: “Até a construção das rampas tinha gente trabalhando normalmente. Depois disso nunca mais vi ninguém aqui. Às vezes aparece um ou outro, mas a obra não sai disso há bastante tempo”.
O que diz o Inea
Em nota, o Inea reconheceu novamente o atraso nas obras, no entanto, dessa vez não deu um novo prazo para conclusão “devido ao momento que o estado vive por conta da pandemia”. Ainda segundo o órgão, “no início do ano houve uma redução no ritmo das atividades em função das chuvas recorrentes. E com o período de distanciamento social devido a Covid-19, foram mantidos somente os serviços essenciais”.
Quanto às rampas de acesso improvisadas, o órgão afirmou que a estrutura de madeira é provisória. Já sobre a substituição das pontes viárias (para passagem de veículos), o Inea informou que elas serão substituídas “assim que as obras forem plenamente retomadas” e também estão localizadas na Avenida Governador Roberto Silveira, duas na altura do Jardim Ouro Preto e outra no Prado.
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