Na última terça-feira, 12, um grupo de 18 mulheres se reuniu para subir a Pedra Mafort, em São Pedro da Serra, a mais alta montanha do distrito. Poderia ser mais uma atividade de trekking local, uma ação esportiva cotidiana, mas a equipe liderada por Natácia Luana tem a proposta de promover a inclusão feminina. Trata-se de um grupo fechado que todas as terças promove uma atividade esportiva para mulheres na região. O foco são o trekking, escaladas e rapel pelas montanhas locais, ações que têm atraído cada vez mais adeptas, com ou sem experiência.
A ideia do projeto é criar uma rede de apoio e oferecer às mulheres a oportunidade de ter um momento único de cuidados consigo mesmas. "Sempre pensei nisso, especialmente quando vim morar aqui com uma filha pequena. Não conhecia ninguém, sentia muita solidão. Pensava que poderia existir um grupo assim, para reunir, fortalecer e criar uma troca. O projeto nasceu e está ganhando força. Estamos muito animadas”, esclareceu Natácia.
As atividades atuais são caminhadas e escaladas, já que estamos na temporada oficial de montanhismo. “A próxima atividade será uma trilha de férias na próxima terça, 19, na Serra Queimada, em Boa Esperança, no distrito vizinho de Lumiar. Será uma atividade para toda família”, reforçou Natácia.
Todas as ações são realizadas através de colaboração espontânea, até porque a professora está investindo na recuperação das sapatilhas de escalada e outros equipamentos de segurança. A subida da Pedra Maffort, com elevação de 1.314 metros, tem um percurso de quase três quilômetros ida e volta e é classificada pelos montanhistas como média-moderada. O trecho, íngreme, requer um esforço considerado intenso para iniciantes, principalmente porque a trilha foi reaberta recentemente e uma grossa camada de folhas e galhos podem esconder obstáculos. Quase em sua totalidade, a subida é em meio a mata, na sombra, com abertura solar somente na chegada do cume, onde se descortina uma vista esplendorosa das montanhas no entorno de São Pedro.
“Longe da proposta de expedição turística, esse trekking que reuniu um grupo diverso de mulheres, muitas que não se conheciam. Pude provar a sensação de pertencimento, de sentimento de grupo.. Ao fim é como sair de um portal, dar um abraço e agradecer muito por compartilhar esse forte momento juntas”, relata a participante Eliane Macedo. Mais informações no perfil do projeto no Instagram: @inclusao.feminina .
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